quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - RAPOSA DOIDA

Damião de Anita, era este o nome dele. No interior as pessoas são sempre conhecidas como sendo propriedade de uma outra. Ele era de Anita, e por sua vez Anita de Damião. Simples assim. Pelo menos nos últimos 20 anos era este seu nome, até que houve uma fatídica noite.
Foi Damião de Anita para uma festa, um forró de latada, nas  proximidades da sua casa, coisa que distava aproximadamente duas léguas. Estradinha de barro, mato de um lado e do outro. Apenas as estrelas e a lua davam claridade. Ele foi só.  Forró  animado por  Tonha Mota. Não tinha como não ser bom. Damião dançou, bebeu, e extrapolou na bebida. Quando terminou a festa e ele voltou para casa, mais melado do que pincel de aprendiz, a estradinha parecia que tinha estreitado mais ainda, andava levando mato no peito. Depois de um certo tempo, já pertinho de casa, parou para tirar água do joelho. Estava lá todo relaxado, olhava para as estrelas, via a lua e sentenciava em voz alta, como se estivesse mais alguém ali, além dele:
-Nunca, nunquinha que o homem foi a lua. Não acredito mesmo...
E a urinada estava a todo vapor.
Eis que sai da mata uma raposa. Uns quatro metros mais para cima, por onde ele teria que passar. Raposa parada, olhando para Damião de Anita,  olhos faiscando. Damião deu um grito para assustá-la, mas ela nem se mexeu. Outro grito. Nada!
Damião pensou deve está aluada.  Ameaçou jogar um pedaço de pau e foi aí então que ele foi atacado pela raposa, que mordeu exatamente naquele local. Abocanhou  o precioso de Damião e saiu em disparada levando o pedaço na boca.
Damião  quando percebeu o prejuízo  correu  pedindo socorro e segurando as calças ensanguentadas Foi atendido pelos vizinhos que imediatamente o levaram até a cidade mais próxima.
Na urgência houve o seguinte diálogo:
-Que aconteceu?
-Doutor ele foi mordido nas partes íntimas por uma raposa
-Ela chegou a dilacerar alguma  parte?
-Pior do que isso Doutor, ela não só mordeu como arrancou um pedaço
- hã!
E feita a cirurgia, depois que teve alta, Damião de Anita ficou sendo conhecida por Damião da Raposa.

Mané Beradeiro
26 de dezembro 2019

AUTORES E ASSUNTOS NA REVISTA DA ANRL 2019

Foi em dezembro de 2018 que lancei o livro "Autores e Assuntos na Revista da ANRL - 1951 a 2018", um livro que contempla todas as pessoas que escreveram na revista da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras-ANRL ao longo do período de 1951 até 2018. Foi uma tiragem pequena. Um trabalho que tem o selo da editora informal Carolina Cartonera. Um livro totalmente artesanal, mas que tem servido a estudantes e pesquisadores. A labuta não para.  Uma vez editadas as 4 revistas de 2019 é a hora de preparar a plaquete que dará continuidade a este trabalho e o manterá sempre atualizado. No mais tardar, em março de 2020 estarei com "Autores e Assuntos na Revista da ANRL - 2019". Aguardem!

Francisco Martins


 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

MANUSCRITO DE CHARLOTTE BRONTË



O jornal O Estadão traz uma excelente matéria assinada por Maria Fernandes Rodrigues, sobre  o lançamento de um livro que vai contar a história dO manuscrito perdido de Charlotte Brontë, em um naufrágio no ano de  1812. Vale a pena dá uma conferida na matéria. Clique aqui: MANUSCRITO DE CHARLOTTE BRONTË

ASSIM DISSERAM ELES ...

"Ninguém deixa de ser moderno por causa do verso e da rima"

Francisco Carvalho (1927 a 2013)

COMENTANDO MINHAS LEITURAS: CORDÉIS ACADÊMICOS - LIVRO DA ACVPB



“Cordéis Acadêmicos  - folhetos de membros da Academia de Cordel do Vale do Paraíba” é o título da antologia organizada por Fábio Mozart, poeta.  Tem a participação de 20 poetas. Lancei meu olhar de leitor aos textos e fui ansioso conhecer um pouco da produção destes imortais.
O livro tem apenas 96 páginas, portanto, uma leitura que não demanda muito tempo. Começa com um resgate da história de Branca Dias, uma mulher judia que foi levada à fogueira na época da Inquisição, coisa que aconteceu aqui pelo Brasil. O poeta Antonio Marcos escreveu sobre o assunto.
Chico Mulungu chega lembrando “sou passageiro do tempo como uma flecha certeira”, e nesta condição vai abrir cenas da sua vida, numa trajetória de lutas e aprendizados, dando ao leitor um testemunho de glória, ornada com a poesia. Finaliza o poeta afirmando que “Este mundo é Severino/ Mas é possível driblar”. Tem toda razão poeta Chico Mulungu, somos “Severinos”, como bem anunciou João Cabral de Melo Neto.
Fábio Mozart escreve um cântico de amor verdadeiro quando narra a presença de Bob Motta e Adele na outra dimensão, onde somente o amor pode chegar, “pois o amor é mais forte/ que a decomposição”.  Não tenho certeza se Fábio Mozart conhece aquela citação do Poeta Paulo de Tarso, presente na carta que ele escreveu aos Coríntios, capítulo 13, versos 8, texto bastante antigo, mas que permanece vivo: “ O AMOR JAMAIS ACABA”.  Nesta mesma linha de homenagem, Gilberto Baraúna registra a ação de Aderaldo Luciano, um dos grandes defensores e estudiosos do cordel brasileiro. Orlando Otávio traz uma cacimba  repleta de reminiscências, da época em que trabalhou na SUCAM. Rubens do Valle também pode ficar junto a esses poetas, pois ele personificou seu pai João Paraibano, nas estrofes  do poema “As coisas que João cantava”.
Cristine Nobre, Jota Lima e Marconi Araújo usam a arte do cordel para expor coisas dos seus ofícios, respectivamente na Odontologia, Matemática e Direito.
No tocante a poemas com temas de gracejos, vamos encontrar na Antologia Bento Júnior,  sobre um jumento que assiste a uma aula e Lino Sapo  participa com suas memórias adolescentes, lembrando aquele tempo em que a masturbação ainda tinha como principal material os calendários de bolsos.
Pai e Filho se encontram nesta antologia. Estou me referindo a Sander Brown e Sander Lee, parecem até nomes de artistas de cinema dos anos setenta, mas são dois poetas, que  escreveram sobre Jackson do Pandeiro e a feira de Itabaiana.  Sander Brown ainda sendo lapidado pelo pai neste gênero poético.
Em “Agruras de um poeta popular”, Manoel Belizário, mostra a luta do poeta Zé Damião com a evolução da tecnologia, onde rádio, luz elétrica e televisão se tornam o trio fantástico que vai abalar o cordel brasileiro. Abala, mas não destrói.
A luz elétrica chega
Com olhar bisbilhoteiro.
Vai logo cuspindo assopro
Em tudo o que é candeeiro.
Com isso apaga a fogueira
Que iluminava o terreiro”
  ...
“A noite ficou chorosa.
Perdeu sua companhia.
O terreiro num clamor
Nem comia nem bebia.
O folheto não falava
Nem chorava nem sorria”

E agora José? A clássica interrogação de Drummond chega ao cordel e tem a resposta: somos uma classe de poetas que traz na história e no sangue, na vida e na obra, no ritmo e nos versos a resistência. Vencemos!
Maurício Lima apresenta “ A bela e a cobra”, um cordel  que ao meu ver necessita de um burilamento (revisão do português;  coesão textual; entre outras coisas). Francisco Carvalho, poeta, tem uma expressão que ajudará Maurício Lima a entender o que escrevo: “Forma e conteúdo são coisas indispensáveis”.
Pádua El Gorrión talvez tenha escrito, sem perceber, toda a filosofia cristã do Sermão da Montanha, em seu cordel “Valores de A a Z para vivermos melhor”. Fui comparar os valores citados por ele e vi que todos se fazem presentes no texto de Mateus, capítulo 5.  Se eu fosse o autor mudaria a posição da primeira estrofe para o 37º lugar, pois aí tudo ficaria de “A”  a “Z” como propõe o texto.
Tiago Monteiro com sua pena poética, provavelmente extraída do “Pavão Misterioso”, traz uma história muito bem contada, que surpreende o leitor  em determinado momento. Tudo escrito com tamanha maestria que ao longo dos seus 192 versos, usou apenas uma vez a rima oral.
Ao Thiago Alves peço permissão para dizer que em “Macaco matriculado” também se aplica a citação acima de Francisco Carvalho e junte-se a ela, que “a palavra é o instrumento primordial do poema. Cabe ao poeta usá-la da melhor maneira possível”.  Thiago Alves optou em fazê-lo em décimas setissilábicas ( abbaaccddc), mas em algumas estrofes  ele se perde na construção na estrutura proposta, o que indelevelmente prejudicou o conjunto. 
Josafá de Orós, poeta e sociólogo, teve a coragem de montar um texto onde Ariano Suassuna e um cantor de rap vão se encontrar numa peleja. Se foi pretensão do poeta fazer uma crítica aos dois gêneros, um literário (cordel) e o outro musical (rap), eu teria escolhido um outro nome para o cantor do rap, não o nomearia MC Merda Seca. Senti aí uma caracterização de aversão ao rap,  gênero artístico musical mais presente na cultura brasileira atual. Entretanto, o diálogo entre Ariano e o cantor de rap  tem a sua singularidade e é um tema que vem enriquecer qualquer mesa de debate entre os dois gêneros.
Raniery Abrantes mostra que já aprendeu a escrever cordel. Está pronto para levantar voos por esse mundo poético.
No geral a média poética da antologia é nota 4,2 ( na minha mensuração crítica). Perdoai-me aqueles que acham que estou querendo estabelecer uma escala, mas infelizmente vivemos em um mundo onde tudo é avaliado.  No tocante à parte gráfica ficaram a desejar a diagramação, a digitação e a colagem. O meu exemplar  já soltou todas as folhas, não aguentou  a leitura e releituras que faço no processo da construção de uma resenha.
Erros de diagramação:
Página 9 – repetiu a 4ª estrofe
Página 56 – estrofe 8 tem um verso a mais. Exatamente o que falta na página 57, estrofe 14
Página 60, a estrofe 5 falta o primeiro verso.
Página 84 – repete as estrofes 12 a 16, já presentes na página anterior.
Página 95 -  O último verso da 3ª estrofe ( nesta página) é o que falta na página 95, 1ª estrofe, verso 3º.

 TÍTULO – AUTOR E NOTA
Branca Dias – Antonio Marcos Monteiro – 4,0
O jumento estudante – Bento Júnior – 4,0
De Mulungu a Guarabira – Chico Mulungu – 5,0
Odontologia também rima com poesia – Cristine Nobre – 3,0
Chegada de Bob Motta no céu de Adele – Fábio Mozart – 5,0
Aderaldo Luciano, o professor de Cordel – Gilberto Baraúna – 5,0
A peleja de Ariano Suassuna com MC Merda Seca – Josafá de Orós – 4,0
O Debate do Plano com o espaço no Reino da Geometria – Jota Lima – 5,0
Meu amor proibido que terminou em tragédia – Lino Sapo – 4,0
Cordel da Conciliação – Marconi Araújo – 4,5
Agruras de um poeta popular – Manoel Belizário – 4,0
A bela e a cobra – Maurício Lima – 3,5
Sucam, um gostoso veneno – Orlando Otávio – 3,0
Valores de A a Z para vivermos melhor – Pádua El Gorrión – 4,5
Um Aprendiz de cordel – Raniery Abrantes – 5,0
As Coisas que João cantava – Rubens do Valle – 5,0
Quando Jackson do Pandeiro tocou na casa de Tota –  Sander Brow –  3,5
Sander Lee na feira de Itabaiana – Sander Lee – 5,0
A criança raptada – uma história de angústia e de perdão – Tiago Monteiro – 5,0
Macaco matriculado –Thiago Alves – 2,0

Mané Beradeiro
Parnamirim-RN, 25 de dezembro 2019









terça-feira, 24 de dezembro de 2019

CACIMBA DE SÃO TOMÉ - COCÃO



Em 1867 morreu Cocão, em Mossoró/RN. Antes foi atendido pelo pároco em confissão, mas não perdoou um inimigo e o padre não lhe deu a absolvição. Morto, a família procurou o padre para enterrar Cocão no Sagrado (nas paredes da Igreja), como era costume. O padre não permitiu alegando que o falecido não partiu em paz com Deus e os homens. Cocão foi enterrado num terreno baldio que havia por trás da Igreja de Santa Luzia. Muitos anos depois, o templo passou por reformas, foi ampliado e onde Cocão estava sepultado é o atual lugar do altar-mor (foto). Coisas da história e que Cascudo registrou.

Cocão partiu sem a paz.
Quem somos nós pra julgar?
O Sagrado foi negado
Sepultura singular
E Deus mudou esse fato
Altar-Mor é seu lugar.

Mané Beradeiro

domingo, 22 de dezembro de 2019

SÓ DEUS (Sempre)


Por mais forte que seja sua dor, Deus (sempre) irá curar.
Mesmo que não haja mais solução, Deus (sempre) irá ajudar.
Mesmo que esteja perdido, Deus (sempre) irá encontrar.
Mesmo que tudo dê errado, Deus (sempre) irá consertar.
Por mais que a luz do seu coração apague, Deus (sempre) irá acendê-la.
Se por acaso sua fé acabar, Deus (sempre) irá reavê-la.
Se a paz não estiver com você, Deus (sempre) irá concedê-la.
Se alguém condenar sua intenção, Deus (sempre) irá reconhecê-la.
Por mais insensata que seja sua loucura, Deus (sempre) há de sanar.
Quando não tiver mais para onde ir, Deus (sempre) há de mostrar o caminho.
Quando não souber mais o que falar, Deus (sempre) há de falar por você.
Quando não mais puder acreditar, Deus (sempre) há de te provar.
E por mais longe que você esteja, Deus (sempre) estará ao seu - lado. 
E quando não tiver mais olhos para abrir, Deus (sempre) te fará enxergar.
E se você pensar em andar para trás, Deus (sempre) te guiará para frente.
E mesmo que ainda assim você não o ame, Deus SEMPRE irá te amar. 


RAUL NAVARRO é advogado, autor do livro "Lembranças do Amanhã" inédito.




COM FÉ NA NUTRIÇÃO




Meu almoço está bonito.
Arroz de 7 grãos,
apenas 3 colheres 
para alegrar o coração.
Depois tem 2 espetinhos,
Foram feitos com carinho.
Carne de soja assada,
lindamente ornamentada.
Grãos de bicos e inhame
completam a nutrição
Quero ir para 2 dígitos
com fé na alimentação.

Francisco Martins

22 de dezembro 2019

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

NATAL NA PRAÇA DA CIDADE DE NÍSIA FLORESTA


2º PRÊMIO LITERÁRIO DA AFEIGRAF - INSCRIÇÕES ABERTAS



UMA OFICINA DE FOTOGRAFIA COM ALEXANDRE SANTOS



ESCRITOR FRANCISCO MARTINS VISITA ESCOLA ARNALDO MONTEIRO

A Escola Municipal Professor Arnaldo Monteiro é uma instituição que tem 40 anos de existência. Está localizada no bairro de Neópolis, em Natal/RN.  A gestão atual é constituída  por  Ilana Diniz (Diretora Administrativa),  Simone Rodrigues (Diretora Pedagógica),  Lúcia Cunha (Coordenadora Pedagógica do turno matutino)  e Andreia Batista Simplício dos Santos (Coordenadora Pedagógica do turno vespertino).




As salas de aula receberam neste ano os nomes de  pessoas que a comunidade escolar resolveu homenagear.  O meu foi escolhido para ser o patrono de uma das salas. Foi lá, hoje à tarde,  conhecer a escola e agradecer a homenagem. Aproveitei a oportunidade para falar aos alunos da Professora Maria Diana Carlos Maia sobre minhas atividades de escritor e contador de histórias. Fiz até uma apresentação para eles. É claro que não deixei de levar Ananias. Voltarei amanhã para conhecer a outra turma.
 

SANDUICHE NATURAL



Anote aí uma receita de sanduíche natural que eu criei na manhã de hoje:

Ingredientes:

2 fatias de pão integral
Purê de batata doce ( feito com leite desnatado)
Requeijão ligth
Peito de frango grelhado e triturado
Cenoura ralada

Modo de fazer:

Numa fatia passe o purê de batata  e na outra o requeijão.   Coloque o frango e a cenoura e depois junte as fatias. Simples assim. Uma delícia!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ONDE ESTÁ O BUSTO DE DINARTE MARIZ?

Tocha Lopes (militante político e cultural) e eu, bem como outras pessoas desejamos  saber para onde foi o busto de Dinarte Mariz. Ele ficava ali nas proximidades da passarela do Posto Chianca  que foi retirada para ser construído um túnel. O  busto era uma homenagem prestada a Dinarte Mariz, que governou o Rio Grande do Norte no período de 31 de janeiro de 1956 a  31 de janeiro de 1961. Foi neste tempo que a cidade de Parnamirim foi emancipada, mais precisamente no dia 17 de dezembro de 1958.

A INFANCIA DE JESUS SERÁ LANÇADO SEXTA-FEIRA DIA 20

A Confraternização de Natal  dos Mediadores de Leitura das Escolas Municipais de Parnamirim, que atuam no projeto Rio de Leitura, vai acontecer sexta-feira próxima, das 17 às 19 h, numa tarde  alegre e com poesia, no Café Incantare, Rua Brigadeiro Pessoa Ramos, nº 50, no bairro COHABINAL. Ocasião em que haverá também o lançamento do cordel "A Infância de Jesus", do poeta Mané Beradeiro.



Este evento será fechado para o seleto grupo de professores mediadores. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

CACIMBA DE SÃO TOMÉ - AUTA DE SOUZA

Cacimba de São Tomé é uma série de postagens que publicarei aqui  sobre curiosidades da história de Natal. Fatos de ontem e fotos de hoje. Hoje vamos conhecer o local onde morreu Auta de Souza.

Auta de Souza morreu
Bem aqui neste lugar.
Na avenida Rio Branco
Você pode confiar
Deixou para nós o Horto
Livro espetacular.

Mané Beradeiro

Veja também: A placa de Auta

PEQUENAS AULAS - GRANDES LIÇÕES COM A PROFESSORA CEIÇA PAIVA


Direto do Facebook da Professora Ceiça Paiva - compartilhamos com os leitores o uso correto de VEZ e VÊS.


UM BONSAI LARANJA LIMA

Este é meu bonsai. Um pé de laranja Lima. Presente que recebi este ano dos alunos que participaram do projeto da leitura do livro O Meu Pé de Laranja Lima, na Escola Hélio Galvão. Está cada dia mais lindo. Mas não é de muita conversa.
Fico sonhando quando ele começar a fruticar, como vai ser? Quanta beleza ele terá a me mostrar.

ASSIM DISSERAM ELES ...

A vida nunca é longa demais. Dou-me conta de que os mortos vivem mais em nós do que os vivos ...Não se extinguem pela ausência física. Eles vivem em nós porque o passado não morre como querem alguns.

Valério Mesquita 

Referência

LYRA, Anderson Tavares de (Org.) A Macaíba de cada um - antologia de crônicas. Natal: Z Editora, 2019

ARTE CÊNICA SENDO USADA NA EVANGELIZAÇÃO

Domingo último, às 18 h, por ocasião do culto na Igreja Batista Cidade Jardim - IBCJ, em Neópolis, houve a apresentação teatral da peça "A Parábola do Natal". Tive a oportunidade de  encenar e fazer o papel de Papai Noel. Foi uma noite linda e cheia de alegria.

 Francisco Martins

sábado, 14 de dezembro de 2019

UMA PARÁBOLA DE NATAL

Francisco Martins estará se apresentando neste domingo, sendo o personagem Papai Noel.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

UM SILÊNCIO QUE GRITAVA DENTRO MIM

A amiga Nina escreveu em sua pagina no Facebook: "A emoção do Escritor, Poeta-cordelista Francisco Martins ao ser homenageado hoje na Escola Municipal Jornalista Rubens Lemos, em Emaús"

Eu respondi: " Por pouco as lágrimas não se externaram, mas elas estavam lá, lavando a alma, lágrimas de alegria e gratidão a Deus por ter me dado a oportunidade de ser útil em 11 anos de atividades e ser o patrono desta Biblioteca. Há uma lista interminável de pessoas que carrego comigo e a elas não sei como dizer obrigado. Você é uma delas."

E o amigo Arnildo Albuquerque comentou:  "Uma imagem vale por mil palavras", a frase já é um tanto batida, mas neste caso, verdadeira, pois a imagem do poeta, visivelmente emocionado, com o dedo em riste, como se pedisse silêncio a própria alma, como que a exigir das lágrimas um momento de trégua para que pudesse viver a sublimidade do momento. Parabéns poeta."

'NO VALE DO SOL, FLORESCE A LITERATURA' - LIVRO CARTONERO

Mais um projeto da editora informal Carolina Cartonera torna-se realidade, com a produção do livro "No Vale do Sol, floresce a Literatura", que foi feito por um grupo de alunos da Escola Municipal Hélio Galvão, no bairro Vale do Sol, em Parnamirim/RN.
O projeto contou com a importante participação da Professora, Mediadora de Leitura,  Wilde Valéria Alves dos Santos, que organizou a turma e junto com Francisco Martins, o editor cartonero, realizaram as oficinas de produção. Uma tiragem de 50 livros, todos carinhosamente com as capas produzidas pelos autores, além dos textos em prosa e poesia.
A beleza do livro cartonero é exatamente esta liberdade de cada autor escolher como vai querer a sua capa.


O lançamento aconteceu na manhã de ontem, 12 de dezembro. Veja a matéria e fotos do evento de lançamento clicando aqui: Livro do Hélio Galvão

CONFRA DOS AMIGOS DO LIVRO


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

UMA RETROSPECTIVA CULTURAL NOS 11 ANOS DAS ATIVIDADES

Eu sabia que um dia chegaria este momento, o que eu não sabia é que quando ele acontecesse eu teria um legado tão bonito à cultura. Foi ontem, 11 de dezembro de 2019, na escola Municipal Rubens Lemos, em Parnamirim/RN, por ocasião do 10º aniversário da Biblioteca da qual sou patrono (desde  2014), que fui homenageado pela comunidade escolar e aproveitei para encerrar minhas atividades diárias culturais pelas escolas.
Francisco Martins  - 2008

É um momento de retrospectiva. Tudo começou em outubro de 2008, quando tive a ousadia de falar aos alunos sobre a importância da leitura. Em fevereiro de 2009 criei a personagem Mané Beradeiro, e ele cresceu tanto que hoje é quase impossível saber quando eu sou Francisco Martins e quando estou sendo Mané Beradeiro. O heterônimo vive e respira em meu corpo, usa minha mente e escreve sobre temas relacionados à cultura popular.
Mané Beradeiro - 2009
 No mesmo ano, em outubro de 2009, foi a vez de acordar o palhaço que existia dentro de mim e estava adormecido desde 1979. Ele chegou e com ele eu fui aprendendo a ser palhaço, a acreditar que a matéria que nos faz é diferente dos outros homens. O que nos alimenta não é apenas o pão, mas sobretudo o sorriso das crianças. Leiturino, um palhaço que tem um livro no lugar do coração.
Leiturino - 2009
 Um escritor, dois personagens, estaria faltando mais alguma coisa para a receita da alegria ser completa? Sim. Faltava Ananias e sua entrada no projeto se deu em fevereiro de 2011.
Ananias - Fevereiro 2011
Daí para frente estava cada vez mais sendo conhecida as ações desenvolvidas nas escolas e igrejas. Se os números dizem algo, ei-los:

2009....19 ações 
2010....53 ações
2011....41 ações
2012....79 ações
2013....79 ações
2014....116 ações
2015....75 ações
2016 ....89  ações 
2017 ....107 ações
2018.....79 ações
2019.....95 ações

Total de ações em 11 anos de atividades: 832

E para 2020?

Bem! Vamos aguardar chegar. Por enquanto estou como o salmista: aguardando, confiando e esperando no Senhor, pois Nele nunca me decepcionei.

Francisco Martins
Mané Beradeiro
Leiturino



NOITE DO VINHO


ASSOCIAÇÃO DAS RENDEIRAS E TAPIOCARIA DA VÓ


segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

CORDEL COLETIVO A PAULO NUNES BATISTA

A Nordestina Editora está ultimando um cordel coletivo com a participação de 30 poetas de vários estados brasileiros, que vão homenagear Paulo Nunes Batista. Natural de João Pessoa/PB, nasceu no dia 2 de agosto de 1924, numa família que chegaria a 12 irmãos. Ele foi o 9º. Seu pai, Francisco das Chagas Batista -  o primeiro poeta a organizar e publicar uma antologia de cordel no Brasil (1929). Seu irmão Sebastião Nunes Batista fixou o nome na galeria dos maiores pesquisadores do cordel brasileiro.
Nosso homenageado começou a trabalhar muito cedo: vendeu doces nas ruas,  cobrador de ônibus, vendedor de cordéis nas feiras livres, eletricista, mecânico, ferreiro, lustrador de móveis, carpinteiro, professor de português, matemática, ciências, história e geografia.  Andou por este Brasil buscando sobreviver e  viver. Recife, Maceió, Rio Largo, Viçosa, Rio de Janeiro, Saco da Onça/BA ... e finalmente chega em Goiás na noite do dia 15 de janeiro de 1947. 
Paulo Nunes Batista foi da Academia Goiana de Letras, cadeira 8, onde tomou posse em 31 de agosto de 2000.  Foi ele quem implantou no Planalto Central a literatura do cordel. Publicou muitos livros e mais de 100 folhetos. Especializou-se em escrever ABCs, um gênero do cordel. Faleceu no dia 1 de dezembro de 2019, aos 95 anos, em Anápolis/GO.  

Mané Beradeiro

PERO MENDES DE GOUVEIA



Pouca gente sabe quem foi PERO MENDES DE GOUVEIA.  Agora quem nunca ouviu falar vai saber um pouco sobre ele. Um militar que comandava o  Forte dos Reis Magos no longínquo ano de 1633. Já se foram  386 anos.
Que ato heróico fez este homem para merecer um registro em nossa história?  
Ele enfrentou com 80 soldados, no período de 8 a 12 dezembro, dentro do Forte dos Reis Magos, a tropa de 800 soldados que atacavam  por mar e terra. Era a invasão holandesa comanda pelo Coronel Baltazar Bijma. Foi ferido no combate,  "mesmo assim, Pero Mendes de Gouveia teve forças para erguer-se e protestar contra a entrega dos Santos Reis Magos" (CASCUDO, 1977). O Comandante faleceu entre Itamaracá a Goiana/PE, cerca de 13 a 14 depois desta batalha.






Referências

CASCUDO, Câmara. O Livro das Velhas Figuras - Volume III. Natal/RN.IHGRN, 1977.p. 64 e 65.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ASSIM DISSERAM ELES ...

"A Biblioteca é o santuário das letras, o altar dos romances, a mesa das crônicas, a cadeira dos contos, a rede dos versos e o habitat dos livros"

Francisco Martins

ESCOLA EVA LÚCIA CONCLUIU O PROJETO O MEU PÉ DE LARANJA LIMA

Mais uma escola do município de Parnamirim/RN concluiu na manhã de hoje o projeto de leitura do livro "O Meu Pé de Laranja Lima" do escritor José Mauro de Vasconcelos. Quando os alunos findam a leitura eles vão assistir o filme e depois, num outro momento fazem a culminância do projeto, com a presença do escritor Francisco Martins, que leva até eles uma conversa descontraída sobre a vida e a obra do autor. Fala dos outros livros que José Mauro escreveu, da sua trajetória por Natal, a presença do RN em alguns dos seus livros.


Hoje o evento aconteceu na Escola Professora Eva Lúcia, bairro Parque de Exposições. Foi tudo carinhosamente preparado. Lindos depoimentos, o que nos leva a crer que a leitura é o caminho para outros mundos e conhecimentos.