segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO


Em Acari vive um homem que é conhecido por Zé de Nequinho, aliás em Acari as pessoas são sempre conhecidas assim, por apelido. Na época que lista de telefone tinha valor, Acari teve a sua totalmente preenchida com alcunhas dos cidadãos. Mas, voltemos a Zé de Nequinho. Estava este cabra trabalhando pela manhã, numa fazenda daquele município, realizando a árdua tarefa de colher algodão. A temperatura elevada fervia os miolos do cérebro. Zé de Nequinho e outros homens aguardavam ansiosos a hora do almoço. E, finalmente chega o tão esperado momento. Vão os trabalhadores famintos e sedentos em direção à casa do patrão, onde receberiam além de sombra e água fresca, o almoço da cozinha sertaneja.
Pois bem, neste dia, o prato principal servido foi cuscuz com leite. Zé de Nequinho comeu até não caber mais nada naquela pança abençoada. Finda a refeição, é comum permitir que os serviçais tirem alguma sesta, algo mais que meia hora e menos que uma. Aconteceu porém que nosso glutão armou a rede no alpendre da casa do patrão e ficou lá, dormindo de forma pesada.
O patrão percebeu que todos os trabalhadores voltaram à colheita do algodão, menos Ze de Nequinho. Vai até a rede, balança os punhos, acorda-o e diz:
--Trabalhar Zé! Tá na hora, todos os outros já foram.
Zé levanta um pouco a cabeça, arruma o lençol debaixo da orelha e responde:
--Vou nada. Eu vou é dormir.
E o patrão quis saber:
--Por quê?
Veio a resposta:
--Ôxente! Tu não serviu cuscuz com leite? Pois lá em casa quando a gente come cuscuz não faz mais nada não, vai é se deitar e dormir até o outro dia.
Disto isto, Zé de Nequinho balançou a rede com o pé na parede do alpendre e se pôs a dormir.

Fonte: Causo narrado por Laércio. Tendo esse recebido do próprio Zé de Nequinho.

ASSIM DISSERAM ELES


"TODA HIERARQUIA FUNDE-SE NECESSARIAMENTE EM PRIVILÉGIOS"

Sérgio Buarque de Holanda

Fonte: Raízes do Brasil, 12ª Edição, 1978. Página 6

domingo, 15 de novembro de 2009

MAIS FOTOS DE LEITURINO





ESSAS FOTOS SÃO DO EVENTO REALIZADO NA SEXTA-FEIRA ÚLTIMA, DIA 13 DE NOVEMBRO.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

AMANHÃ LEITURINO NA ESCOLA MANOEL MACHADO


Nesta sexta-feira, 13 de novembro, o Palhaço Leiturino estará tendo uma manhã especial com os alunos da professora Cristiane, na Escola Municipal Manoel Machado, no Jardim Aeroporto, em Parnamirim-RN.
Leiturino fará a contação da história "As coisas que a gente fala", de Ruth Rocha, em seguida promoverá um bingo de adivinhações e fará outras brincadeiras. Na foto, os professores do turno matutino, por ocasião da primeira visita de Leiturino àquela escola.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

HUMOR DE MANÉ BERADEIRO


Chico Martins, ao centro, na festa dos seus 70 anos, em 1973.
(Eu, Francisco Martins Alves Neto, sou este à direita, aos 9 anos)

Chico Martins, meu avó, homem criativo, cheio de histórias. Tinha sempre uma para contar àqueles que o visitavam. Estou reunindo os causos que dizem respeito a ele para posterior edição.
Chico Martins morou muitos anos em Patu - RN, depois se transferiu para Ceará Mirim.
Em Patu, onde tinha uma mercearia, certa manhã entram duas mulheres para comprar algo e uma delas observa que Chico Martins tinha o pé grande. Então ela fala:
--Veja comadre como Seu Chico tem o pé grande!
A outra respondeu:
--pu tamanho dele não é grande, tá bom.
E Chico Martins resolveu fazer um trocadilho com a resposta da mulher:
--Ei, minha mãe mesmo nunca foi puta não senhora. Que conversa é esta?
Chico Martins não sabia o que era cacofonia, mas tinha dentro de si a arte do riso.
***
É dele também a história que quando era rapaz e conseguiu a primeira namorada, na distante cidade de São José do Egito, visitava a namorada nos dias permitidos e naqueles idos de 1920 a coisa era bem diferente. Os costumes, tradições, etc. Pois bem, o jovem Chico notou que sua noiva não tinha nenhum perfume. Resolveu presenteá-la com um pote de talco de arroz, era o que havia de mais acessível em 1920 para os rapazes pobres. Passam-se dias e nada de Chico perceber que a namorada usava o talco, então um dia ele pergunta:
--E aquele talco que eu lhe dei, você não vai usar?
--Já usei Chico. Respondeu ela.
--Quando? Quis saber.
--Na mesma semana que você me deu.
--O que danado você fez com ele? Perguntou admirado.
--Fiz papa para papai e mamãe. Eles gostaram foi muito.
--Menina, aquilo não era para comer. Era para você botar na cara.
Dias depois Chico Martins traz para a namorada uma lata de doce de goiaba, novidade no mercado.
E à noite, quando vai visitá-la no dia seguinte, lá vem ela com a cara toda lambuzada de doce para recebê-lo.
Ele não aguentou e acabou o namoro.

Fonte: anotações manuscritas do próprio Chico Martins

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

AGENDA DO MOMENTO DO LIVRO

4ª feira, dia 11, pela manhã, na Escola Municipal Prfeito Mário Lira, bairro de Dix-Sept Rosado.
Apresentação de Leiturino. À noite, nesta mesma escola, às 19 horas, apresentação de Mané Beradeiro.

15ª feira, dia 12, pela manhã, o escritor Francisco Martins visitá centro histórico de Natal com quatro estudantes que sobressairam-se em produção textual, no turno vespertino, da Escola Municipal Manoel Machado, Jardim Aeroporto, Parnamirim-RN. As alunas farão visitas à Ribeira, Instituto Histórico e Geográfico, Memorial Câmara Cascudo, Palácio da Cultura e Academia Norte Riograndense de Letras.

6ª feira, dia 13, pela manhã, na Escola Municipal Manoel Machado, Jardim Aeroporto, em Parnamirim. Apresentação de Leiturino, contando histórias, cantando parlendas e adivinhações.

sábado, 7 de novembro de 2009

UM GRANDE DESAFIO - PARTE I


Quem me conhece sabe o quanto gosto de ler. E leio dos clássicos ao mais comum das produções literárias. E em todos eles tenho sempre algo a aprender.
Agora, neste mês de novembro, abraçei um grande desafio, a saber: ler ULISSES, de JAMES JOYCE. A obra não é extensa, já li livros bem maiores, como por exemplo a Bíblia, que anualmente venho lendo de Gênese a Apocalipse, seis anos consecutivos. Li também o clássico Moby Dick de Herman Melville, além de outros.
Mas, ULISSES parece ser realmente um osso duro de roer. Li o primeiro capítulo e não entendi nada. Reli e começo a tomar gosto pela obra considerada o maior romance da literatura mundial. Nas palavras de Harry Levin "um romance para acabar com todos os romances".
Volto-me então à releitura do primeiro capítulo, desta vez com maior sensibilidade e determinação de encontrar a vereda que me leve à compreensão da obra.
Aos poucos compartilharei com vocês esta saga de leitura. Possa até ser que nem mais leia outro livro em 2009, pois este ano até o momento já devorei 85 e Ulisses é o 86º livro. Se consegui passar por "Grandes Sertões Veredas", de Guimarães Rosa, creio que já tenho uma base adquirida para não me espantar com os neologismos de James Joyce, e olha que o gênio cria algo assim: contrasmagnificandjudeibumbatancialidade ( que pode ser isto?).
Vou ficando por aqui e breve volto a comentar sobre a leitura.

ESCOLA MÁRIO LIRA RECEPCIONA LEITURINO E MANÉ BERADEIRO

Quarta feira, dia 11, Leiturino (Francisco Martins) estará visitando a Escola Municipal Prefeito Mario Eugênio Lira, no Bairro Dix-Sept Rosado, em Natal, pela manhã. Na ocasião o Palhaço Leiturino fará um show de alegria e cultura para as crianças daquela escola.
À noite, será a vez de Mané Beradeiro (Francisco Martins) contar causos e declamar poesias matutas para os alunos desta mesma escola. Tudo isto será feito dentro das festividades da Mostra de Arte e Cultura promovida por aquela escola municipal.

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO

Vou contar este causo e quero dedicá-lo a Fernando Caldas, cabra bom e da mesma estirpe de Renato.

Renato estava em Natal, no bairro da Ribeira e vinha saíndo do Carneirinho de Ouro, um clube tradicional na Tavares de Lyra, quando um velho chofer de praça, viciado em jogo de bicho, o avista e corre para ele falando:
--Seu Renato, essa noite eu sonhei com o senhor. Quem sonha com o senhor o que é que dá?
E Renato. mestre das respostas afiadoras, gozadas e mordazes responde:
--DÁ A BUNDA!

São causos da nossa terra, pérolas da nossa literatura, coletadas por Mané Beradeiro.

Fonte: "De Líricos e de Loucos", Augusto Severo Neto, pág. 123. Edição Clima, 1980.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

MATEUS 7: (1-5)


Que me permita acrescentar, o filósofo alemão, Martin Heidegger – que certa vez disse: “Somos seres para a morte” – a essa frase, as seguintes palavras: “passando pela incoerência”. Então, é isso caro leitor: somos seres não só para a morte, mas também para colocar em prática a nossa incoerência.

Por isso, não me surpreende que o maior homem que já pisou neste planeta, Jesus Cristo, tenha, insistentemente, falado neste assunto. No capítulo 7 do evangelho de Mateus, os primeiros versículos abordam exatamente isso: “Por que reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave que está na tua vista? Como ousas dizer ao teu irmão: ‘deixa-me tirar o argueiro de tua vista’, tendo tu uma trave na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão”.

Pois bem! Feito o diagnóstico, cabe-nos agora, encontrar as causas dessa doença – a incoerência – pois só assim, poderemos estabelecer o tratamento adequado. Seria a incoerência, originada pelas circunstâncias? Sim! Não vamos esquecer o que disse o grande escritor, filósofo espanhol, Ortega y Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”. E a circunstância, a ocasião, faz o ladrão (o PT sabe muito bem isso que estou falando...). A circunstância faz também o covarde, que num dia tem um discurso exaltado, revoltado, áspero, mas quando está na frente de quem ele se exaltou e se revoltou, muda o tom: fala manso e o que é pior: até defende, com unhas e dentes, o seu antigo desafeto...

Esse tipo de comportamento ocorre em todas as profissões, mas duvido que seja mais comum do que no meio médico. Afinal, se hoje, estamos sofrendo todas essas mazelas – baixos salários, condições subumanas de trabalho, etc. etc. – é porque os nossos pretensos “líderes” da classe médica, um dia, quando ainda não estavam na cadeira do poder, tinham um discurso aguerrido, bravo e duro contra os poderosos, mas, quando se torna um deles – um poderoso (de pés de barro, é bem verdade) – mudam o discurso, o conteúdo e o seu tom... Quando eu sou médico, apenas médico, eu critico, mas quando estou diretor de hospital, vereador, deputado, secretário de saúde, etc. etc. aí eu me transfor mo... e haja incoerência incoerente!

E essa incoerência incoerente é terrível, pois - diferentemente da incoerência defendida por Osho, o mestre budista, que certa vez disse: “Se você realmente quer desfrutar a vida em toda a sua riqueza, tem que aprender a ser incoerente, a ser coerentemente incoerente”-, ela, a incoerência não coerente, é aquela que permite que milhares de pessoas sejam mortas nos corredores dos nossos hospitais públicos, porque eu não tenho a coragem de continuar coerentemente coerente com o meu discurso que tinha antes de ocupar a cadeira do poder...

Então, caro leitor, já temos duas causas para a mudança tão rápida, extremante abrupta, do nosso comportamento: a circunstância e a cadeira do poder. Porém, há outra causa muito mais forte, explicada pela física quântica: toda vez que inspiramos, colocamos para o interior do nosso organismo um trilhão de átomos que um dia podem ter sido também respirados por Cristo, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, Hitler, Saddam Hussein... e o danado é que me parece que os átomos desses dois últimos têm sido responsáveis pelo ar- mau cheiroso, e bote fétido nisso - que estamos respirando na saúde do nosso estado...

Portanto, meu caro amigo, você que tem me acusado, constantemente, de incoerente, veja que a origem desse problema pode está em você mesmo, afinal não tenho cadeira do poder, nem pretendo “criar” circunstâncias para ocupá-la. Portanto, só resta-nos acusar os átomos que estou respirando, quando estou perto de você... mas, não se preocupe, como cirurgião, será fácil resolver esse problema: usarei sempre a máscara cirúrgica, quando lhe encontrar, certo?

Francisco Edilson Leite Pinto Junior (edilsonpinto@uol.com.br)

Professor, médico e escritor

domingo, 1 de novembro de 2009

ASSIM DISSERAM ELES


"Eu não tenho medo da morte. Só não quero estar lá quando ela aparecer"

Woody Allen

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO


Como amanhã é o Dia de Finados, o causo de hoje é sobre um falso defunto. Fui buscar esta história, assim como as demais, na imensa literatura que existe sobre o tema espalhada por aí. Desta vez bebi na fonte da grande Cora Coralina, no livro "Estórias da casa Velha da Ponte", edição de 1987.
Vamos então ao causo.
"Seu Maia" teve um ataque de catalepsia e foi tido como morto. Ele era casado com Dona Placidina, que já não estava tão encantada com o marido que há muitos anos vivia maltratando-a. Como é costume naquelas terras de Goiáis, Dona Placidina com muita alegria e prazer preparou o velório, fazendo bolachas, servindo café, bolo, outras comidas e até mesmo pinga.
Finalmente chega a hora de levarem "Seu Maia" para o cemitério. Os homens partem carregando o caixão, segurando-o pelas alças, alguns estão em estado de fogo, fruto da tamanha quantidade de pinga absorvida. E entre uma rua e outra em direção ao cemitério, quando dobram um esquina, o caixão de "Seu Maia" vai de encontro a um lampião que havia naquela esquina. O Choque é intenso, o poste de ferro do lampião da Rua do Fogo despedaça o caixão, fazendo com que "Seu Maia" acorde do ataque e fique sentado no meio da rua. O povo corre... é grande o alvoroço na cidade.
Dona Placidina fica triste.
Alguns meses depois, realmente "Seu Maia" morre de verdade e desta vez, quando o caixão vai saindo de casa para o cemitério Dona Placidina Adverte: "--Cuidado com o lampião da Rua do Fogo, não vão fazer como da outra vez".

A MORTE

A morte é como um golpe inexorável,
Desferido, sem pena, contra a vida,
Separando a família unida...
Dissipando a fortuna mais durável.

O grande, o rico, o pobre, o miserável,
A gente mais famosa, mais temida,
A morte leva tudo de vencida,
Na fúria mais cruel, mais indomável.

Mas a morte do justo é tão preciosa
Que, sofrendo...morrendo...ele já goza,
Qual nauta que escapasse do escarcéu.

Se arrasta para o inferno o pecador,
Se espalha pelo mundo, o pranto, a dor,
A morte leva os santos para o céu!...


Dom Marcolino Dantas
Livro: Dom Marcolino Dantas por ele mesmo, do Côn. José Mário de Medeiros

sábado, 31 de outubro de 2009

ASSIM DISSERAM ELES...

"Onde a morte está, eu não estou. Onde estou a morte não está. Por quê me preocupar?"

Lucrécio, filósofo latino.

DESPEDIDA


Quando se vai deve-se ir de tal forma que a sua ausência provoque saudades.
Quando se parte deve-se ir de tal maneira que o meio usado para sua partida sirva de divisor nas vidas pela qual você passou.
Quando de despedir, faça isto de forma singular, tão própria e sua, cujas marcas fiquem tatuadas se possível no coração e na alma de quem recebe seu adeus.
Quando enfim, decididamente, tomar a resolução de não mais viver juntos a estes, lembre-se que a despedida é muitas vezes unilateral, e por assim ser, leve consigo a lembrança das melhores virtudes que você visualizou em seus amigos e companheiros de trabalho.
Por fim, vá, parta, mas não feche as portas que passar, nem derrube as pontes que atravessar, pois tanto uma como a outra levam você a seus amigos.


Francisco Martins
Livro: Degustando Poesia, página 83.

MORRER



Morrer! Que certeza indesejável.
Diz o crente que morrer é ir ao encontro definitivo com o Criador.
Diz o gnóstico que é desfazer-se uma vez mais da capa corporal.
Diz o materialista que é o fim da jornada.
Mas, o que diz o poeta?
Morrer é abandonar o casulo onde durante algum tempo se viveu. É terminar de cantar a última estrofe da existência. É deixar que se pense que tudo terminou.
Morrer é proporcional ao viver. É tão natural quanto morrer.

Natal-RN, 01 de abril de 1999.

Francisco Martins
Livro: Degustando Poesia, página 76.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tudo pronto para o Show Diga Sim ao Bem


Evento acontece nesta segunda-feira (02/11) com surpresas, convidados especiais e muitas homenagens

O Show Diga Sim ao Bem, promovido pela Casa do Bem, está com tudo pronto para sua realização na próxima segunda-feira (02/11), às 19h, no Teatro Alberto Maranhão. A produção geral do espetáculo é do professor de balé Heberth Gleydson, que também comanda o cerimonial ao lado da criança Maria Eduarda, de sete anos.

“Há dois meses trabalho na construção do espetáculo e tudo foi preparado com muito carinho. Além das apresentações dos projetos e ações desenvolvidas pela Casa do Bem e da participação do Coral Infantil, do Grupo de Dança Ritmo Bom, do Grupo Vocal Casa do Bem, dos Capoeiristas do Bem, do teatro dos Surfistas, ainda teremos homenagens e muitas surpresas. Será um show muito especial”, conta Heberth Gleydson.

O produtor trabalha com a Casa do Bem há dois anos e coordena o Grupo de Dança Ritmo Bom, responsável pela abertura do show. “O nosso balé será o momento de glamour do espetáculo. Vamos apresentar um figurino baseado no Circo de Soleil, coreografias do balé clássico e contemporâneo e vamos fazer uma homenagem ao bailarino e ator Patrick Swayze, astro de 'Dirty dancing' e 'Ghost', que morreu em setembro após uma batalha contra um câncer” revela Gleydson. Segundo ele, outro destaque da noite será a presença da renomada bailarina Flora Quaresma, do Conservatório de Dança do Rio de Janeiro, convidada especial que vai apresentar uma coreografia elaborada para o momento.

O Show Diga Sim ao Bem é realizado anualmente e compreende um momento de apresentação dos projetos humanitários da Casa do Bem para todos os interessados, com entrada franca. De acordo com o presidente da entidade, o escritor Flávio Rezende, a ação tem duas finalidades: uma delas é oferecer um ambiente de alto nível cultural da cidade para que os jovens que participaram durante todo o ano de diferentes projetos culturais possam mostrar aos amigos, familiares e à sociedade em geral o que aprenderam; e a outra idéia é a prestação de contas para todos aqueles que ajudam de alguma maneira os 22 projetos em andamento.


O evento conta com a iluminação de Castelo Casado e som de Helisom e tem a colaboração da CVC Natal, Sebrae/RN, COT, Toli, Potiguar Turismo, Hotel Pirâmide, Inter City Premium, MSom, Viação Cidade das Dunas, Transflor, Ângela Dieb, entre outros parceiros. Mais informações: Flávio Rezende pelo telefone (84) 9902-0092 ou Heberth Gleydson pelo (84) 8853-9625.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

NOVO LIVRO DO CÔN. JOSÉ MÁRIO NAS BANCAS


O mais novo livro do Côn. José Mário de Medeiros, Dom Marcolino Dantas por ele mesmo, foi lançado hoje à noite, em Natal. É um livro indispensável para quem aprecia a história da Igreja e da Cidade do Natal.
Parabéns ao Côn. José Mário e aguardamos com ansiedade os outros dois volumes que virão completar esta pesquisa.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO



Quantas mulheres você conhece que mora em Natal e já teve a oportunidade de ter nas mãos os testículos do Governador? PELAS CARIDADES, NÃO PRECISA RESPONDER!
Mas, quando Natal era uma cidade pequena ( início dos anos 40), e o Estado tinha como interventor o Dr. Rafael Fernandes, existia nesta cidade uma mulher por nome SIMOA. "Simoa era preta, comprida, tipo lazarina" escreveu Augusto Severo Neto.
Pois bem, numa tarde, como de costume, Rafael Fernandes desceu à Rua Chile e foi visitar a firma Fernandes & Cia, que pertencia aos seus familiares. De longe, acompanhava o ajudante -de-ordens, um capitão da polícia militar. E lá vinha Dr. Rafael Fernandes, trajando um terno de linho branco, chapeu de massa e fumando um charuto.
Quando Nezinho Fernandes, seu parente, que estava conversando com Simoa, percebeu a aproximação do Dro. Rafael, ele, Nezinho, propôs a Simoa a quantidade de 20 pratas para que em troca ela arrrochasse os "documentos" de Rafael Fernandes. Simoa aceitou o desafio e partiu para executar a missão confiada.
O Interventor ficou a ver navios na Rua Chile, encurvado com a dor nos tésticulos e o ajudante- de -ordens procurando debalde a louca Simoa que já estava longe com as 20 pratas. Enquanto isto, Nezinho ria acocorado na porta da sua firma, ria de forma descontrolada.

Causos da nossa cultura. Colheita de Mané Beradeiro.

Fonte Livro: " de Lírico e de Loucos" , de Augusto Severo Neto, página 17 e 18. Ed. Clima. 1ª Ed. 1980.