segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DO ANO 2011
Foi sábado à noite, na pequena comunidade de Timbó, município de Nísia Floresta, que Mané Beradeiro deu início as atividades culturais de 2011. A apresentação aconteceu dentro das festividades do padroeiro local São Gonçalo do Amarante. Mané fez show de humor, recheado de causos, poesias e mágicas.
Foi recepcionado pelo casal Genildo e Joelma Valentin, pais do pequeno Murilo (foto).
No domingo pela mannhã, Mané foi almoçar com os pais de Genildo. Numa granja bem acochegante e paradísiaca.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
NOVO ANO E NOVAS ATIVIDADES
Mané Beradeiro começou o ano assim, fazendo uma homenagem ao poeta Américo Pita, para quem dedicou a sua´mais recente poesia matuta "Rapadura de Mel". E no próximo final de semana, Mané Beradeiro começa sua agenda cultura de 2011 visitando pela primeira vez a comunidade do Timbó, município de Nízia Floresta, onde à noite fará show para a comunidade local.
RAPADURA DE MEL
Para Américo Pita
Venha cá Maria Amélia
Se achegue ao que é seu.
Tome conta deste homi
Que é todinho seu.
Maria! Oh, Maria! Você tá mouca?
Não vê que estou chamando?
Venha cá Maria Amélia
Nossa rede eu já armei,
Butei óleo nas escarpas promudi não rangir.
Apaguei a lamparina pra você se divertir.
Deixei apenas um tição, acesso lá no fogão,
Pra sua sombra esculpir.
Maria, nossa casa é pobrezinha,
Com piso de barro batido,
Um pote pra guardar água,
Uma mesa sem toalha,
Quatro tamboretes baixos.
Tudo isto é todo teu.
Aqui mora o amor, eu e tu, tu e eu.
Leôncio eu tô te ouvindo
Mas não vou me aprouchegar.
Eu sou moça donzela, acabei de me casar.
Mãe disse: "Varra a casa, limpe o terreiro, lave e passe bem lingeiro.
Cozinhe tudo que ele quiser, faça Leôncio feliz, sendo assim sua muié".
E apóis, minha estrela, minha fulô de açucena, meu pé de bugari,
Meu roçado de algodão. Tá aqui teu nego fornido, bucho cheio, bem nutrido,
Roupa limpa, bem passada te chamando pro chamego.
Venha logo Maria Amélia, não me faça vaquejar, tô perdendo a paciência, juro
Assim não aguentar.
Maria foi se chegando, com o polegar na boca, escorando-se nas paredes,
Aquela linda caboca, com duas tranças bem feitas e um vestido de chita.
Os olhos pretos diziam "Meu deus que será de mim?"
Leôncio sorria, mostrando os dentes brancos, cor de marfim, já tirara a camisa,
Com um pé abriu a rede. Maria deu um pinote d'um susto que tomou gritando: "Valha-me Santa Bárbara, Leôncio não se mexa, eu vi algo se bulindo, vou correndo acender a lamparina".
Nega, carece não, você tá vendo demais. Me de cá a sua mão. Deite aqui devagarinho, feche os olhos, bem de manzinho, escute eu aboiar. Sinta o calor do meu corpo buscando o seu abraçar.
Lá fora, a lua cheia, lançava raios de luzes, que por entre as palhas do teto chegavam àquela rede. Mária Amélia gemia, dizendo algo inaudível. Leôncio, feliz da vida, fazia juras sem fim. E assim naquela noite, a donzela sumia e na rede de algodão uma mulher se fazia.
...
Maria, Mária Amélia
Você quer me matar? O dia tá raiando, os pássaros tão cantando, eu preciso trabalhar.
Mané Beradeiro - dezembro 2010
Venha cá Maria Amélia
Se achegue ao que é seu.
Tome conta deste homi
Que é todinho seu.
Maria! Oh, Maria! Você tá mouca?
Não vê que estou chamando?
Venha cá Maria Amélia
Nossa rede eu já armei,
Butei óleo nas escarpas promudi não rangir.
Apaguei a lamparina pra você se divertir.
Deixei apenas um tição, acesso lá no fogão,
Pra sua sombra esculpir.
Maria, nossa casa é pobrezinha,
Com piso de barro batido,
Um pote pra guardar água,
Uma mesa sem toalha,
Quatro tamboretes baixos.
Tudo isto é todo teu.
Aqui mora o amor, eu e tu, tu e eu.
Leôncio eu tô te ouvindo
Mas não vou me aprouchegar.
Eu sou moça donzela, acabei de me casar.
Mãe disse: "Varra a casa, limpe o terreiro, lave e passe bem lingeiro.
Cozinhe tudo que ele quiser, faça Leôncio feliz, sendo assim sua muié".
E apóis, minha estrela, minha fulô de açucena, meu pé de bugari,
Meu roçado de algodão. Tá aqui teu nego fornido, bucho cheio, bem nutrido,
Roupa limpa, bem passada te chamando pro chamego.
Venha logo Maria Amélia, não me faça vaquejar, tô perdendo a paciência, juro
Assim não aguentar.
Maria foi se chegando, com o polegar na boca, escorando-se nas paredes,
Aquela linda caboca, com duas tranças bem feitas e um vestido de chita.
Os olhos pretos diziam "Meu deus que será de mim?"
Leôncio sorria, mostrando os dentes brancos, cor de marfim, já tirara a camisa,
Com um pé abriu a rede. Maria deu um pinote d'um susto que tomou gritando: "Valha-me Santa Bárbara, Leôncio não se mexa, eu vi algo se bulindo, vou correndo acender a lamparina".
Nega, carece não, você tá vendo demais. Me de cá a sua mão. Deite aqui devagarinho, feche os olhos, bem de manzinho, escute eu aboiar. Sinta o calor do meu corpo buscando o seu abraçar.
Lá fora, a lua cheia, lançava raios de luzes, que por entre as palhas do teto chegavam àquela rede. Mária Amélia gemia, dizendo algo inaudível. Leôncio, feliz da vida, fazia juras sem fim. E assim naquela noite, a donzela sumia e na rede de algodão uma mulher se fazia.
...
Maria, Mária Amélia
Você quer me matar? O dia tá raiando, os pássaros tão cantando, eu preciso trabalhar.
Mané Beradeiro - dezembro 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
PRESTANDO CONTAS DO MOMENTO DO LIVRO
Chegamos ao fim de mais um ano. Gostaríamos de compartilhar com vocês o trabalho do Momento do Livro, um projeto de divulgação do escritor potiguar, com incentivo à leitura.
Este projeto fará três anos em outubro de 2011. Neste ano, os personagens Mané Beradeiro e o Palhaço Leiturino, vividos por Francisco Martins, estiveram presentes em 30 escolas, 6 aberturas de congressos, 3 festivais: Artevida, Jesus In Concert e Acamparte(Maringá-PR), além de saraus, feira de ciênciais, etc.
Em todos os momentos falou-se da literatura local, quer seja através de contação de causos e poesias, com o Mané Beradeiro, ou através de histórias infantis, parlendas, trava-línguas, advinhações com o Palhaço Leiturino.
Em 2010 O projeto recebeu uma significativa melhora, posto que, o idealizador e gestor Francisco Martins, aprendeu números de mágicas e manipulação de bonecos, o que vem a somar e enriquecer as apresentações de Leiturino e Mané Beradeiro.
Também tivemos a iniciação de produção de cordéis, feitos por Mané, lançando uma série bíblica.
Para 2011, já estamos agendando os eventos e também recebendo doações de livros. Necessariamente não precisam ser livros novos, podem ser usados, deste que estejam em boa conservação. Caso você queira participar deste projeto entre em contato conosco através do e-mail: momentodolivro@hotmail.com ou maneberadeiro@hotmail.com
Agradeços a colaboração recebida e formulamos votos de um ano novo cheio de paz e realizações.
Este projeto fará três anos em outubro de 2011. Neste ano, os personagens Mané Beradeiro e o Palhaço Leiturino, vividos por Francisco Martins, estiveram presentes em 30 escolas, 6 aberturas de congressos, 3 festivais: Artevida, Jesus In Concert e Acamparte(Maringá-PR), além de saraus, feira de ciênciais, etc.
Em todos os momentos falou-se da literatura local, quer seja através de contação de causos e poesias, com o Mané Beradeiro, ou através de histórias infantis, parlendas, trava-línguas, advinhações com o Palhaço Leiturino.
Em 2010 O projeto recebeu uma significativa melhora, posto que, o idealizador e gestor Francisco Martins, aprendeu números de mágicas e manipulação de bonecos, o que vem a somar e enriquecer as apresentações de Leiturino e Mané Beradeiro.
Também tivemos a iniciação de produção de cordéis, feitos por Mané, lançando uma série bíblica.
Para 2011, já estamos agendando os eventos e também recebendo doações de livros. Necessariamente não precisam ser livros novos, podem ser usados, deste que estejam em boa conservação. Caso você queira participar deste projeto entre em contato conosco através do e-mail: momentodolivro@hotmail.com ou maneberadeiro@hotmail.com
Agradeços a colaboração recebida e formulamos votos de um ano novo cheio de paz e realizações.
CD - ORAÇÃO DE UM NORDESTINO
A Missão Desafio acaba de lançar o CD "ORAÇÃO DE UM NORDESTINO". Toda a renda do CD será destinada para os trabalhos missionários realizados pela Missão Desafio entre os POVOS QUILOMBOLAS com foco na comunidade quilombola Negros do Riacho. Invista em Missões adquirindo o seu por apenas R$10,00. Se você não mora em Natal acrescente mais R$ 2,00 para despesas de Correio (Total R$ 12,00).
Participe comprando 2 CDs. Um para você e outro para um amigo
Pedidos através do e-mail: marconidesafio@gmail.com
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
LIVRO DE MANÉ NA BIBLIOTECA DO METRÔ
Recebi ontem, um e-mail do leitor Tarcísio Ataíde (Brasília-DF), falando da alegria de ter lido o livro "Mané Beradeiro em causos e poesias", e que como costumeiramente faz, fará doação do mesmo à Biblioteca do Metrô, em Brasília, para que Mané seja conhecido também no Planalto. Meus sinceros agradecimentos a Tarcísio.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
LEITURINO E "REUMAR" FAZEM A ALEGRIA DOS IDOSOS
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
UM LUGAR ESPECIAL
"Há um lugar único no mundo que te abriga e cuja existência consiste em te amar sempre. Este lugar é o meu coração"
Fonte: Degustando Poesia, Francisco Martins.
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Centelhas Poéticas,
Poesias
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
ÚLTIMO SARAU DA CRO EM 2010
Lembramos a todos aqueles que gostam de poesia, música, teatro que na quarta-feira, 15 de dezembro, às 18 hs, haverá o último sarau do ano promovido pelo Conselho Regional de Odontologia.
O CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DO RN
CONVIDA PARA O SEU “PROGRAMA QUARTA CULTURAL” - ANO V
ÚLTIMO SARAU LÍTERO MUSICAL DO ANO: 15.12.2010 - 18/21horas
Tema Central: “É NATAL EM NATAL!”
Confortável Auditório: Rua Cônego Leão Fernandes, nº 619. Petrópolis
(Paralela à Av. Afonso Pena, liga a Av. Rodrigues Alves à Rua Mossoró)
Venha fazer “SARAU-TERAPIA”: Declame, cante, conte causos ou, apenas, assista à apresentação de Poetas, Músicos etc..
Coordenação/Recepção: Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores
Apoio/Apresentação: Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
Valor do ingresso: Um Fraternal Abraço!
O CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DO RN
CONVIDA PARA O SEU “PROGRAMA QUARTA CULTURAL” - ANO V
ÚLTIMO SARAU LÍTERO MUSICAL DO ANO: 15.12.2010 - 18/21horas
Tema Central: “É NATAL EM NATAL!”
Confortável Auditório: Rua Cônego Leão Fernandes, nº 619. Petrópolis
(Paralela à Av. Afonso Pena, liga a Av. Rodrigues Alves à Rua Mossoró)
Venha fazer “SARAU-TERAPIA”: Declame, cante, conte causos ou, apenas, assista à apresentação de Poetas, Músicos etc..
Coordenação/Recepção: Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores
Apoio/Apresentação: Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
Valor do ingresso: Um Fraternal Abraço!
LEITURINO COM OS ESCOTEIROS DA UFRN
O Palhaço Leiturino esteve na tarde do último sábado, com o grupo de escoteiros da UFRN. Ele se reúnem todos os sábados, na Praça Cívica do Campus. Sábado foi a confraternização de final do ano. Leiturino recebeu convite e atendeu com muita alegria. Em 2011 há grande chace de fazer parceria com este grupo de escoteiros.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
MANÉ BERADEIRO NO JESUS IN CONCERT
A Arca Produções (leia-se Jarbas Targino) traz para Natal, dentro do projeto JESUS IN CONCERT, Ano V, Edição 2010, a banda CHRISTAFARI, de Los Angeles, Califôrnia, que será a atração internacional na noite de 18 de dezembro.
JESUS IN CONCERT começará dia 16, sempre às 18 horas, tendo como local a Praça Mirassol, onde está a Árvore de Natal. A entrada é franca, devendo os participantes contribuirem com um quilo de alimento não perecível.
Além da atração internacional, outras haverão, como bandas locais, apresentação de teatro, dança, humor, que ficará a cargo de MANÉ BERADEIRO, tendo apresentações nas três noites do JESUS IN CONCERT.
O evento é uma realidade graças ao esforço de Jarbas Targino, que desde o mês de abril se mobiliza noite e dia em busca de patrocínio. "A gente se disponibiliza e Deus age" diz o diretor da Arca Produções - Jarbas Targino.
ACRÓSTICO DE NATAL E ANO NOVO
Feliz
N unca
A bandone
T eus
A migos, pois
L ogo sentirás que sem
E les não
A ndarás tão fortemente,
N ão poderás ir tão distante e não conseguirás atingir os
O bjetivos desejados.
N este 2011 que
O s teus amigos se tornem
V erdadeiros irmãos, e tu possas ser para eles
O amigo, “aquele que chega, quando todo mundo se foi”.
Francisco Martins (Mané Beradeiro)
N unca
A bandone
T eus
A migos, pois
L ogo sentirás que sem
E les não
A ndarás tão fortemente,
N ão poderás ir tão distante e não conseguirás atingir os
O bjetivos desejados.
N este 2011 que
O s teus amigos se tornem
V erdadeiros irmãos, e tu possas ser para eles
O amigo, “aquele que chega, quando todo mundo se foi”.
Francisco Martins (Mané Beradeiro)
A MUSA DO NORDESTE
Ela é diferente de todas as demais que conheci.
Tem um cheiro singular, sui gêneris.
Tem uma beleza própria, tão sua e personalizada que dificilmente se verá em outra.
Tê-la nas mãos então! É por demais gostoso. Fica-se a acariciando, sentindo a pele, deixando que dela venha o aroma natural e que desperta a vontade de mordê-la, literalmente comê-la.
Ela é diferente. Poucas vezes seremos superiores ao grande poder de sedução que dela emana.
É a musa do Nordeste brasileiro.
Ela é diferente. Veja a foto e diga-me se verdadeiramente isto não é verdade.
Parnamirim – RN, 16 de agosto de 2006
Francisco Martins
MINHA IRMÃ
Para Socorro Fernandes
Na vida da minha irmã já se passaram tantas coisas!
Ela viveu momentos que nenhum dos outros cinco viveu.
Foi ela que primeiro tomou do leite materno, quem primeiro recebeu os carinhos de nossa mãe. Foi com ela, que nas ruas de Campina Grande papai caminhava orgulhoso, pelas calçadas, segurando em sua mão pequenina.
Minha irmã, não diria mais velha, pois quem a conhece, sabe que ela não envelhece, teve a primazia de ver todos os demais irmãos chegarem, um a um. Em quantos lugares viveu? Em cada canto que pisou, minha irmã plantou e colheu. E o tempo passava, a morena crescia, a menina vivia, a moça despertava.
Veio o tempo de estudar, namorar, de se encontrar em bancos de praça, com quem jurava nunca deixar. Minha irmã cresceu, sangrou corações, casou, gerou filhas, e a vida, sábia mestra da existência, foi depurando a alma. Em alguns momentos rasgou-lhe a felicidade, ocultou dela o sol, tirou-lhe a beleza dos jardins, negou-lhe o orvalho das manhãs.
Mas, minha irmã, incansável lutadora, domou tudo isto. Já se despediu de tantas pessoas que de forma indelével selaram seus sentimentos, sua vida. Algumas ela não quer jamais revê-las, outras, com certeza, desejaria nunca ter perdido.
(homenageando a mana primogênita, que hoje celebra mais uma primavera no início do outuno da sua vida. Esta poesia faz parte do meu segundo livro: Degustando Poesia)
Na vida da minha irmã já se passaram tantas coisas!
Ela viveu momentos que nenhum dos outros cinco viveu.
Foi ela que primeiro tomou do leite materno, quem primeiro recebeu os carinhos de nossa mãe. Foi com ela, que nas ruas de Campina Grande papai caminhava orgulhoso, pelas calçadas, segurando em sua mão pequenina.
Minha irmã, não diria mais velha, pois quem a conhece, sabe que ela não envelhece, teve a primazia de ver todos os demais irmãos chegarem, um a um. Em quantos lugares viveu? Em cada canto que pisou, minha irmã plantou e colheu. E o tempo passava, a morena crescia, a menina vivia, a moça despertava.
Veio o tempo de estudar, namorar, de se encontrar em bancos de praça, com quem jurava nunca deixar. Minha irmã cresceu, sangrou corações, casou, gerou filhas, e a vida, sábia mestra da existência, foi depurando a alma. Em alguns momentos rasgou-lhe a felicidade, ocultou dela o sol, tirou-lhe a beleza dos jardins, negou-lhe o orvalho das manhãs.
Mas, minha irmã, incansável lutadora, domou tudo isto. Já se despediu de tantas pessoas que de forma indelével selaram seus sentimentos, sua vida. Algumas ela não quer jamais revê-las, outras, com certeza, desejaria nunca ter perdido.
(homenageando a mana primogênita, que hoje celebra mais uma primavera no início do outuno da sua vida. Esta poesia faz parte do meu segundo livro: Degustando Poesia)
domingo, 5 de dezembro de 2010
MANÉ DIVULGA SEU TERCEIRO CORDEL
Compartilho com vocês o terceiro cordel, "O ENGENHEIRO NOÉ",da Série Evangélica. Todos já postados aqui no blog. Feito em 24 versos, em sextilha, na sequência 1A2X3B4X5C6X. Este cordel trata sobre a vida de Nóe, homem escolhido por Deus para construir a arca e recomeçar a história da humanidade. Quem desejar saber maiores detalhes deve ler o relato bíblico em Gênesis, a partir do capítulo 5, verso 27.
Na próxima semana estarei trazendo "O PAI DA FÉ", que trata sobre a saga de Abrão e seu filho Isaac. Quem desejaradquirir os folhetos podem pedir via e-mail maneberadeiro@hotmail.com
Recebam um acôcho de Mané Beradeiro
Na próxima semana estarei trazendo "O PAI DA FÉ", que trata sobre a saga de Abrão e seu filho Isaac. Quem desejaradquirir os folhetos podem pedir via e-mail maneberadeiro@hotmail.com
Recebam um acôcho de Mané Beradeiro
O ENGENHEIRO NOÉ
Autor: Mané Beradeiro
Sou neto de Matusalém
O homem que mais viveu
Vou contar a minha vida
E tudo que aconteceu
Tá escrito lá na Bíblia
Só não lê quem for ateu.
Quando eu vim ao mundo
Muito se trabalhava
Mas diziam os velhos:
"-Deus amaldiçoara
pois quanto mais fazíamos
nada nos prosperava".
Naquele tempo a vida
Era uma disparada
Quem viveu só cem anos
Da vida não viu foi nada
E eu sem irmão cresci
Numa grande jornada.
A maldade era grande
Em todo homem criado
Na mente e coração
Não havia outro ditado.
Eu já estava adulto
Com três filhos barbados.
O pecado dominava
E Deus não suportara
Tanto ódio e desamor
No Homem que modelara
Somente um recomeço
Em tudo que planejara.
Diante de tanta gente
Eu fui um agraciado
No plano da destruição
Os meus foram poupados,
Fruto das minhas andanças
Com Deus maravilhado.
Recebi foi a missão:
"-Vai fazer a embarcação.
Algo tão grandioso
Que chamará atenção
De todos os que andarem
Na terra da perdição".
Disse mais o meu Senhor:
"-Eis que trago muitas águas
Em grande proporção, algo
Que jamais foi visto. Aves
Se afogarão. E tudo
Que criei eu exterminarei".
Eu me pus a perguntar:
"-Como é a embarcação?"
Recebi todo projeto
Não faltou explicação.
O negócio era grande
Quase fico sem noção.
Chamei logo os filhos
Comecei a trabalhar.
Quanto mais eu fazia
Vinha o povo vasculhar.
"-Que danado é isso?"
Não cansavam de falar.
"-Isto? É a salvação
Vai boiar e navegar,
Mas não me pergunte quando
Pois não saberei datar".
Noé pirou de vez,
Vocês hão de confirmar.
E assim ia fazendo
A Arca monumental.
Cada tábua que botava
Pensava naquele mal
Que forçara Deus no céu
matar homem e animal.
Naquele trabalho todo
Grande lição aprendi.
Se Deus diz: "Vá e faça"
Obedeça o que Ele diz
Não se desespere
Dele vem a forla motriz.
E assim se sucedeu
Muitas anos labutei
Depois da arca pronta
Deus disse: "-Eu já notei
Entre nela e espere,
Pois ainda não completei".
Foi chegando cada bicho
Na maior animação.
Macaco, cutia, porco,
Cobra, bode, gato, cão,
Periquito, peba, vaca
Cavalo, quiné, cancão.
Todos acompanhados
Das paixões e dos amores
Atendiam a voz de Deus
Sem receio e temor.
Depois que todos chegaram
O círculo 'terminô'.
Do céu veio um trovão
O pânico foi sem igual
Homem mijou nas calças
Mulher tomou melhoral
Aquilo foi agonia
E não havia hospital.
O povo sem direção,
Tonto, na maior confusão
Viu cair água do céu.
Piorou a situação,
Quando alguém gritou:
"-As fontes transbordarão!"
Choveram dias e noites.
O mundo imerso vivia.
Naquela solidão total
Somente arca existia
Não se via um 'pé de pau'
Nem aqueles que não criam.
E nos montes de Ararate
A arca fincou o pé
Cento e cinquenta dias
Com bichos, filhos e mulher.
E tome um mês e meio
Prá poder soltar o guiné.
Depois de tudo passado
Quiando da arca desci
Senti sede tão grande
Coisa que eu jamais vi
Fiz um roçado de uvas
Cuidei, colhi, bebi.
Matemática não fiz
Nem cálculo estrutural
Mas creiam fui engenheiro
E não haverá outro tal
Fiz a arca tão bela
Única e mundial.
Quando vires o arco-íris
Lembre-se desta história
E sinta nas suas veias
O gosto da vitória
Pois se vives neste mundo
A deus dê toda glória.
Acreditem neste velho
E tudo que ele contou
Saibam que viver com Deus
É ter certo o seu amor
Contem longevidade
Assim como Noé contou.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
ASSIM DISSERAM ELAS....
O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
LANÇAMENTOS DO INSTITUTO LUDUVICUS
O Instituto Luduvicus lança no dia 15 próximo, dois livros, a saber: Câmara Cascudo e Mário de Andrade – Cartas, 1924-1944 e Coronel Cascudo: O Herói Oculto
Para os pesquisadores e estudiosos da brasilidade, não é nenhuma novidade dizer que Câmara Cascudo e Mário de Andrade, além de ícones na matéria, tiveram muito em comum. Mesmo um morando em Natal e outro em São Paul, com os parcos recursos da época, escarafuncharam os quatro cantos do Brasil para conhecê-lo a fundo. Os resultados dessas pesquisas foram grafados em obras de ficção e de referência tendo a nossa cultura popular como principal foco. O resultado desse conjunto precioso de escritos se encontrava inédito até hoje, e agora a Global Editora, reafirmando seu compromisso com a cultura brasileira, leva às livrarias a obra Câmara Cascudo e Mário de Andrade: Cartas, 1924-1944, numa edição organizada por Marcos Antonio de Moraes, professor de Literatura Brasileira e pesquisador do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP).
A escritora e acadêmica Anna Maria Cascudo Barreto mergulha nas suas raízes emocionais, encerrando com chave de ouro revisão histórica em grande vulto norte-riograndense, Francisco Justino de Oliveira Cascudo. Destaque em múltiplos setores da vida potiguar, foi notável militar, comerciante e empresário de comunicação, incentivando o desenvolvimento da sua terra. A Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EDUFRN) presenteia a cidade com esta biografia, revisitando um autêntico herói, dantes desconhecido.
Os lançamentos terão início às 19 nhoras, na sede do Instituto Luduvicus, na Avenida Câmara Cascudo, bairro da Ribeira.
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