quarta-feira, 29 de junho de 2011
MANÉ BERADEIRO LANÇA CORDEL Nº 5
Dando continuidade a Série dos Cordéis Bíblicos, Mané Beradeiro lança na próxima semana o cordel O ADMINISTRADOR JOSÉ, o quinto da coleção. O folheto estará disponível para venda diretamente com o autor através dos telefones (84)9956 4014 ou 8719 4534, podendo também ser encontrado na Livraria Gilgal. Mané Beradeiro atende convites para fazer apresentações também em igrejas, levando seus textos que são adequados para um momento de descontração e humor cultural. Aproveite e leia o cordel que já estar disponível aqui no blog.
O ADMINISTRADOR JOSÉ
Autor: Mané Beradeiro
Eu irei contar em cordel
A história de José
Que não foi um carpinteiro
Mas deixou tesouro-fé
Leia tudo e comprove
Como Deus agindo É!
O menino veio ao mundo
Numa família numerosa
Jacó vivia cercado
De quatro mulheres folgosas
Que em competição acirrada
Embuchavam astuciosas.
O Jacó foi pai de onze
Até nascer nosso José.
Teve filhos com a Lia,
Bila, Zilpa e a “Raqué”
Deitava com todas elas,
Mas amava só a “Raqué “.
Embora seja de Harã
Foi no Egito que José
Ficou de tudo conhecido.
É a história mais bela
Que tem nas páginas da Bíblia
Ação, comoção e a fé.
Vamos deixar de arrudeios
Que o tempo é precioso
E comecemos a história
Daquele menino mimoso
Que Deus marcou como seu
Sendo escravo primoroso.
Na terra que Jacó estava
Nasceu o filho Benjamim
O Pai não pode festejar
Pois com ele a mãe teve fim.
Morreu de parto a Raquel
A Bíblia registra assim.
José por ser mais amado
Era um rapaz odiado
Entregava seus irmãos
Que faziam tudo errado.
Foi o primeiro fuxiqueiro
Tá no Livro bem anotado.
Tinha sonhos mirabolantes
E contava a todo mundo
Aumentando a cada dia
A distância de dois mundos
O real e imaginário
Que Deus muda bem profundo.
Um dia, que não sei quando
Foi José a mando do pai
Ver os irmãos e o bando.
Se soubesse Jacó, pai
O quê traria tal comando,
Não mandaria o rapaz.
Aqueles malvados irmãos
Sem dó e nem piedade
Rasgaram as roupas de Zé
Não teve atrocidade
Porque Deus pôs a mão
Com a sua caridade .
Jogaram-no dentro do poço
Sem água em pelo e osso
Quando de longe avistaram
Que vinha vindo um bom moço
Venderam Zezinho a ele
Sem sombra de alvoroço.
Foi naquela hora então
Que Satanás cogitou:
“-Ganhei a competição!”
Ah! O diabim chispou
Pois Deus faz a história
Usando quem muito amou.
Aqueles malvados irmãos
Mentiram pra o genitor
Dizendo que foi um bicho
Quem atacou e matou
O jovem José amado
E Jacó muito chorou .
Foi assim que a Providência
Levou José para Egito
Que vendido a Potifar
Não ficou desprotegido
Deus era seu bem maior
E isto era infinito.
Ispie como a vida é
Deus abençoou José
E tudo que ele fazia
Com suor, amor e a fé
Potifar reconhecia.
Foi assim que já rapaz
Sendo escravo noutra terra
José se tornou um homem
Sem ganância e “misera”
Por isso que sem estudo
Foi governador de vera.
Mas antes de ser maioral
Naquela terra do Nilo
Este jovem passou foi mal,
Pois o diabim quis servi-lo
Com sexo e a corrupção
Duas moedas sem brilho
Por não ser ele infiel
Foi lançado na prisão
De volta a estaca zero
Sem remorso e solidão
Deus era seu “mistero”
No cárcere e coração.
Nesta nova experiência
Zé mostrou que aptidão
Era coisa que ele tinha
Sem lhe faltar no céu e chão
Se o problema era um sonho
José tinha a explicação.
Na cadeia ele mostrou
Pro padeiro e copeiro
O que iria acontecer
Não errou um só ponteiro
E quando Faraó sonhou
Foi José o conselheiro.
Faraó gostou foi tanto
De tudo o quê ouviu
Que dada a sabedoria
Outro homem ele não viu
E nomeou José de Deus
Para tudo que previu .
José casou, teve filhos
Com Deus sempre andou
Nem à força da cultura
Sua fé se transformou
Foi durante longos anos
A semente que ficou.
No tempo determinado
Seus irmãos já sem roçados
Com fome e aperreados
Ao Egito foram forçados
Comprar pão e cereais
Eram dez flagelados.
José podia se vingar,
Matar, os corpos esfolar,
Afinal ele era maioral
E ninguém ia duvidar
Mas não agiu assim
E se pôs a interrogar.
Depois de muita emoção
Com choro, saudades, perdão
José revelou-se aos manos
E gritando sem contenção
Perguntou: “-Ainda vive meu pai?”
O choque foi demais àquela geração.
Houve abraços no palácio
José abriu o coração
Dizendo que fora Deus
Sua fé e salvação
Agora era a hora
De grande confraternização.
Numa bela caravana
Pro Egito vieram todos
E enquanto José viveu
Não tiveram nenhum dolo.
Terminei o meu cordel
Com grande festa no céu.