Você lançou, recentemente, o livro de poesias “Monte de Vênus”. Qual o
conceito desse livro? As poesias têm alguma unidade entre si?
O livro tem uma poética altamente feminina em que temas como amor, desamor, saudade, solidão, encontros e desencontros são recorrentes. Também há uma certa sensualidade - alguns diriam erotismo - e ironia nos poemas. Acredito que esses elementos unam os poemas sim num mesmo contexto.
Você já venceu o Luis Carlos Guimarães e foi 2ª colocada no mais recente Zila Mamede. Qual a importância dos concursos?
Eles são importantes porque divulgam nosso trabalho neste ambiente literário onde poucas pessoas conseguem circular. Não é fácil produzir um livro, seja ele de poesia, crônicas, contos ou novelas. Não é rentável, e as pessoas preferem comprar outras coisas a livros. Os concursos são as portas para os não famosos, os que guardam seus poemas em gavetas. Através dos concursos de poesia aqui no Estado, conheci as poesias de outros poetas maravilhosos como Alexandre Magnus, Wescley Gama, Iara Carvalho, Maria José Gomes, Antoniel Campos, Kalliane Sybelli e tantos outros.
Sua obra é marcada por um teor erótico e uma visão extremamente feminina do mundo. Pode comentar sobre isso?
Sim, meus poemas giram em torno do mundo feminino e este é marcado substancialmente pelo erotismo e pelo lirismo, não há como separar essas duas coisas neste universo.
Quais suas influências poéticas e culturais?
Quando eu tinha 13 anos, deparei-me com um livro de poesias de Hilda Hilst numa Biblioteca no sertão do Seridó. Na verdade, era uma Antologia, e eu me encantei pelos seus versos. Nunca mais entreguei o livro (risos) e ele continua entre os meus preferidos. Depois veio a poesia de Marise Castro, que eu lia numa coluna chamada "Fora de pauta"- acho que era assim que chamava - e depois ganhei o livro "Marrons, crepons , marfins" do amigo Sebastião Vicente. Depois, vim a ler e conhecer outros escritores, porque eu não tinha acesso a esses livros. Então, conheci a poesia de Zila Mamede, de Luis Carlos Guimarães, Nei Leandro de Castro, Jorge Fernandes, entre outros. Não posso deixar de mencionar a poesia de Carmen Vasconcelos e as crônicas de Vicente Serejo, a irreverência de Clotilde Tavares...
Como você vê a poesia potiguar atualmente?
Um cenário promissor. Existe muita gente de excelente qualidade poética. Temos apenas de garimpar esses talentos. Muitos estão guardados em gavetas. Precisam apenas de uma oportunidade para mostrar seu trabalho.
Existe uma “poesia seridoense”, como dizem?
Existe uma poesia que fala profundamente sobre as coisas do sertão. Nós, seridoenses, escrevemos sobre o que vemos e ouvimos. A poesia de Ana de Santana, Maria Maria Gomes, Iara Carvalho invadem este pedaço de chão chamado seridó e fala lindamente sobre seus elementos. Eu não sei se caberia chamá-la de "Poesia Seridoense", mas não acho problema algum designá-la assim.
Entrevista reproduzida parcialmente do blog NOTICIANDO do jornalista Cefas Carvalho (http://cefascarvalhojornalista.blogspot.com.br/2012/06/jeanne-araujo-poesia-feminina-erotica-e.html)
O livro tem uma poética altamente feminina em que temas como amor, desamor, saudade, solidão, encontros e desencontros são recorrentes. Também há uma certa sensualidade - alguns diriam erotismo - e ironia nos poemas. Acredito que esses elementos unam os poemas sim num mesmo contexto.
Você já venceu o Luis Carlos Guimarães e foi 2ª colocada no mais recente Zila Mamede. Qual a importância dos concursos?
Eles são importantes porque divulgam nosso trabalho neste ambiente literário onde poucas pessoas conseguem circular. Não é fácil produzir um livro, seja ele de poesia, crônicas, contos ou novelas. Não é rentável, e as pessoas preferem comprar outras coisas a livros. Os concursos são as portas para os não famosos, os que guardam seus poemas em gavetas. Através dos concursos de poesia aqui no Estado, conheci as poesias de outros poetas maravilhosos como Alexandre Magnus, Wescley Gama, Iara Carvalho, Maria José Gomes, Antoniel Campos, Kalliane Sybelli e tantos outros.
Sua obra é marcada por um teor erótico e uma visão extremamente feminina do mundo. Pode comentar sobre isso?
Sim, meus poemas giram em torno do mundo feminino e este é marcado substancialmente pelo erotismo e pelo lirismo, não há como separar essas duas coisas neste universo.
Quais suas influências poéticas e culturais?
Quando eu tinha 13 anos, deparei-me com um livro de poesias de Hilda Hilst numa Biblioteca no sertão do Seridó. Na verdade, era uma Antologia, e eu me encantei pelos seus versos. Nunca mais entreguei o livro (risos) e ele continua entre os meus preferidos. Depois veio a poesia de Marise Castro, que eu lia numa coluna chamada "Fora de pauta"- acho que era assim que chamava - e depois ganhei o livro "Marrons, crepons , marfins" do amigo Sebastião Vicente. Depois, vim a ler e conhecer outros escritores, porque eu não tinha acesso a esses livros. Então, conheci a poesia de Zila Mamede, de Luis Carlos Guimarães, Nei Leandro de Castro, Jorge Fernandes, entre outros. Não posso deixar de mencionar a poesia de Carmen Vasconcelos e as crônicas de Vicente Serejo, a irreverência de Clotilde Tavares...
Como você vê a poesia potiguar atualmente?
Um cenário promissor. Existe muita gente de excelente qualidade poética. Temos apenas de garimpar esses talentos. Muitos estão guardados em gavetas. Precisam apenas de uma oportunidade para mostrar seu trabalho.
Existe uma “poesia seridoense”, como dizem?
Existe uma poesia que fala profundamente sobre as coisas do sertão. Nós, seridoenses, escrevemos sobre o que vemos e ouvimos. A poesia de Ana de Santana, Maria Maria Gomes, Iara Carvalho invadem este pedaço de chão chamado seridó e fala lindamente sobre seus elementos. Eu não sei se caberia chamá-la de "Poesia Seridoense", mas não acho problema algum designá-la assim.
Entrevista reproduzida parcialmente do blog NOTICIANDO do jornalista Cefas Carvalho (http://cefascarvalhojornalista.blogspot.com.br/2012/06/jeanne-araujo-poesia-feminina-erotica-e.html)