domingo, 16 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
UM MENINO NOS FOI DADO
Não por meio de José
Seu noivo tão comportado
Na vila de Nazaré
A coisa ficou difícil
Prá falar o que não é.
Pois é que naquele tempo
O noivado diferente
Já comprometia moça
Em corpo, alma e mente
Tudo que acontecesse
Envolvia muita gente.
Maria era direita
Moça virgem tão singela
Por Deus foi escolhida
Para a missão mais bela
Ser a mãe de um bruguelo
Todo feito dentro dela.
Nesta gravidez tão ímpar
José não participou
Guardou a sua semente
Só depois ele plantou
Mas isso é outra fala
Que o Evangelho narrou.
O certo é que Maria
ficou toda abismada
Quando ela viu o anjo
Não sabia de nada
Mas tão logo lhe foi dito
Respirou aliviada.
Gabriel, anjo de Deus,
Trouxe grande emoção
Quando disse a Maria
Darás luz à Salvação
O seu nome é Jesus
Divindade neste chão.
Maria ficou alegre
Por tudo que sucedeu
Só mesmo amor tão grande
Para o povo Judeu
Resgatando neste mundo
Pobre, rico e ateu.
Sua prima Isabel
Também grávida ficou
Estava já barriguda
Quando Maria chegou
Em visita tão bendita
Que João estribuchou.
E o tempo foi passando
Maria com barrigão
Varia a sua casa
Pré-Natal não teve não
Dentro daqueles meses
Foi bela a gestação.
Fecho os olhos pra vê
Maria com seu José
dizendo ao bom marido:
"-Tá pertim de vê com'é
A cara deste menino
Filho do nosso Javé".
Um dia Cesar Augusto
Deste mundo Imperador
Ordenou contar o povo
Pra saber o seu valor
E Maria com José
Foram ao censo sem tremor.
A Belém eles chegaram
Não havia hospedagem
Maria sentiu as dores
E não foi desta viagem
José ficou nervoso
Quase perde a bagagem.
Coisas poucas meu leitor,
Uma manta para frio,
Um bornéu com rapadura,
Uma esteira só do fio
Da palha da carnaúba.
Era tudo atavio.
Toda casa que falou
Um lugar para deitar
Recebeu foi longo não!
"-Aqui não há mais lugar
Vá aperrear uma cega
E me deixe descansar".
A noite então chegou
De maneira tão intensa
E Maria com José
Em situação tão tensa
Debaixo daquele céu
Não perderam sua crença.
José olhou Maria
Lhe falou do seu amor
Disse eu creio em Deus
Vai passar a sua dor
Entre o céu e a terra
Manteremos o temor.
Maria ergueu a fronte
Viu a noite estrelada
Seu corpo era vulcão
Toda cêlula inflamada
O menino nasceria
Sem parteira e sem nada.
Cansados só lhe restaram
Na cidade de Belém
Ter o teto num estábulo
E por cama, vejam bem,
Capim na manjedoura
Nunca dado a ninguém.
Foi ali naquele quadro
Pintado por mão divina
Que Maria deu a luz,
Creia, pensa, imagina
Burro, boi, vaca e galo
A lição que nos ensina.
Um menino nos foi dado
Cantam os anjos em glória
Na terra há esperança
Tudo agora é história
Do amor universal
De quem brota a vitória.
Naquela noite Maria
Viu o céu com os portais
Tudo quanto era santo
Faziam seus recitais
Pois naquela manjedoura
Não teria outro jamais!
Agora você já sabe
Como foi que Jesus nasceu
Não teve"Papai Noel"
Mas ele nos aqueceu
Trazendo às nossas vidas
Esperança a quem perdeu.
Faça com quê o Natal
Seja então em sua vida
Um tempo de meditação
Para grande acolhida
Abra o seu coração
de maneira desmedida.
Deixe nele habitar
O Rei que dá alegria,
Que traz paz e comunhão
Na eterna calmaria
Festeje seu nascimento
Com amor e melodia
Fim
Mané Beradeiro - 10 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
CIDADE PERDIDA
Natal considerada uma das cidades mais lindas do Brasil em termos de beleza natural, afabilidade, boa cozinha e entretenimento, se depara hoje com uma situação inusitada, inóspita, vergonhosa, mal cheirosa e desprotegida pelo poder público. Não há como compreender tanto descaso com a população natalense destituída que foi de parte dos seus direitos constituídos que deveriam ser empregados em benefício da mesma. Quem não lembra à cobrança imoral do IPTU ano passado? Famílias humildes com áreas de 50 metros quadrados tendo que pagar a peso de ouro por algo não correspondente a realidade. As débeis e injustificáveis declarações da prefeitura no que tangia o aumento substancial dos impostos dando-se em função de uma pesquisa aérea que atualizava todo o município de Natal com “muita precisão”. Hoje sabemos o “porque” do aumento do IPTU e de outros impostos mais; o resultado está estampado no descalabro da gestão fraudulenta, no cartão corporativo e na incompetente gestão perdulária.
Natal nesses dias anda com cara devastada, perdida na imensidão da desordem no trânsito, da violência, dos buracos nas avenidas, das calçadas transformadas em bares, estacionamento, escolas fechadas, professores sem receberem seus soldos, creches fechadas por falta de alimentação, unidades de saúde sem profissionais médicos, hospitais sem leitos, gestantes morrendo de parto por falta de assistência, natimortos sendo levados para suas casas por suas mães em caixas de cartão como se não representassem, obnubilando as dores do parto, da alma, da existência exclusa; por incrível que pareça Natal assume um estado de caos. E nós que pagamos impostos escorchantes apenas nos indignamos e seguimos acreditando nos “salvadores da pátria”, no discurso messiânico, nas alianças promíscuas. Será esse o preço de termos governos que merecemos? Ou serão nossas infelizes escolhas?
Natal vive um estado parcial de calamidade pública, entretanto não impediu que hostes poderosas passassem por cima da carne seca e trouxessem o famigerado lupanar chamado de carnatal/carnabahiano, emporcalhando as ruas, infernizando os moradores das redondezas por quatro dias de orgias, sodomias, estupros, roubos, drogas, prostituição, trânsito caótico além de escutarmos as mesmas musiquinhas impertinentes e caducas. Assim caminha a cidade perdida em festejos descabidos e insultantes, desgraças e pesadelos intermináveis; até quando, só a Destaque e o seu poder de mando sabe, assim como as milionárias bandas bahianas... .
Graça/Gracinha
Natal, 06 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
ÚLTIMA SESSÃO DO CEC-RN NO ANO DE 2012
A tarde de ontem marcou a última sessão ordinária do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte, que se reuniu na Sala Onofre Lopes, em sua sede, em momento de alegria com os Conselheiros para confraternização de fim de ano. A sessão foi bem diferente das demais, pois nela predominou um clima de conversas em torno do Natal, o menino Jesus, a importância desta festa para nossas vidas. Outro fator relevante foi o retorno do Conselheiro Diógenes da Cunha Lima, Presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que esdtava em Londres desde o mês de setembro último. Agora o CEC-RN entra em recesso e só retorna às suas sessões logo após o carnaval.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
11 ANOS DE KAROL
Não é bem do meu projeto fazer apresentações em aniversários. Atendo apenas a casos especiais, quando vejo que a presença de Leiturino será vista como algo além do que um mero palhaço. Por isto, sem cachê, vou e presenteio o aniversariante. Foi assim ontem à noite, com a amiga karol que completou 11 anos. Uma menina cheia de vida, e vida em abundância, pois é uma cristã convicta. Seus amiguinhos estavam por lá e curtiram Leiturino, o jumento Ananias e o macaco Sarauê. Parabéns Karol, que você continue crescendo sem perder seu alvo maior: JESUS.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
"MONTE DE VENUS" UM LIVRO DE DUPLO PRAZER
A poeta Jeanne Araújo vai lançar amanhã dia 30 de novembro seu primeiro livro. Foi na cidade de Parelhas, sua terra natal, que dia 13 de janeiro deste ano, ela primeiramente autografou sua obra. Agora, Jeanne Araújo, poeta bem conhecida e estimada no meio cultural, ganhadora do Concurso Luis Carlos Guimarães (FJA, ano de 2006) e 2ª colocada no concurso Zila Mamede, no ano 2011, em Parnamirim-RN, nos agracia com seu lançamento na capital, às 17:30 hs, na |Livraria Nobel, sito à Rua Potengi. Jeanne Araújo reside em Ceará Mirim e trabalha como professora na rede estadual, lecionando na Escola Edgar Barbosa
JEANNE ARAÚJO: POESIA FEMININA, ERÓTICA E SERIDOENSE
Você lançou, recentemente, o livro de poesias “Monte de Vênus”. Qual o
conceito desse livro? As poesias têm alguma unidade entre si?
O livro tem uma poética altamente feminina em que temas como amor, desamor, saudade, solidão, encontros e desencontros são recorrentes. Também há uma certa sensualidade - alguns diriam erotismo - e ironia nos poemas. Acredito que esses elementos unam os poemas sim num mesmo contexto.
Você já venceu o Luis Carlos Guimarães e foi 2ª colocada no mais recente Zila Mamede. Qual a importância dos concursos?
Eles são importantes porque divulgam nosso trabalho neste ambiente literário onde poucas pessoas conseguem circular. Não é fácil produzir um livro, seja ele de poesia, crônicas, contos ou novelas. Não é rentável, e as pessoas preferem comprar outras coisas a livros. Os concursos são as portas para os não famosos, os que guardam seus poemas em gavetas. Através dos concursos de poesia aqui no Estado, conheci as poesias de outros poetas maravilhosos como Alexandre Magnus, Wescley Gama, Iara Carvalho, Maria José Gomes, Antoniel Campos, Kalliane Sybelli e tantos outros.
Sua obra é marcada por um teor erótico e uma visão extremamente feminina do mundo. Pode comentar sobre isso?
Sim, meus poemas giram em torno do mundo feminino e este é marcado substancialmente pelo erotismo e pelo lirismo, não há como separar essas duas coisas neste universo.
Quais suas influências poéticas e culturais?
Quando eu tinha 13 anos, deparei-me com um livro de poesias de Hilda Hilst numa Biblioteca no sertão do Seridó. Na verdade, era uma Antologia, e eu me encantei pelos seus versos. Nunca mais entreguei o livro (risos) e ele continua entre os meus preferidos. Depois veio a poesia de Marise Castro, que eu lia numa coluna chamada "Fora de pauta"- acho que era assim que chamava - e depois ganhei o livro "Marrons, crepons , marfins" do amigo Sebastião Vicente. Depois, vim a ler e conhecer outros escritores, porque eu não tinha acesso a esses livros. Então, conheci a poesia de Zila Mamede, de Luis Carlos Guimarães, Nei Leandro de Castro, Jorge Fernandes, entre outros. Não posso deixar de mencionar a poesia de Carmen Vasconcelos e as crônicas de Vicente Serejo, a irreverência de Clotilde Tavares...
Como você vê a poesia potiguar atualmente?
Um cenário promissor. Existe muita gente de excelente qualidade poética. Temos apenas de garimpar esses talentos. Muitos estão guardados em gavetas. Precisam apenas de uma oportunidade para mostrar seu trabalho.
Existe uma “poesia seridoense”, como dizem?
Existe uma poesia que fala profundamente sobre as coisas do sertão. Nós, seridoenses, escrevemos sobre o que vemos e ouvimos. A poesia de Ana de Santana, Maria Maria Gomes, Iara Carvalho invadem este pedaço de chão chamado seridó e fala lindamente sobre seus elementos. Eu não sei se caberia chamá-la de "Poesia Seridoense", mas não acho problema algum designá-la assim.
Entrevista reproduzida parcialmente do blog NOTICIANDO do jornalista Cefas Carvalho (http://cefascarvalhojornalista.blogspot.com.br/2012/06/jeanne-araujo-poesia-feminina-erotica-e.html)
O livro tem uma poética altamente feminina em que temas como amor, desamor, saudade, solidão, encontros e desencontros são recorrentes. Também há uma certa sensualidade - alguns diriam erotismo - e ironia nos poemas. Acredito que esses elementos unam os poemas sim num mesmo contexto.
Você já venceu o Luis Carlos Guimarães e foi 2ª colocada no mais recente Zila Mamede. Qual a importância dos concursos?
Eles são importantes porque divulgam nosso trabalho neste ambiente literário onde poucas pessoas conseguem circular. Não é fácil produzir um livro, seja ele de poesia, crônicas, contos ou novelas. Não é rentável, e as pessoas preferem comprar outras coisas a livros. Os concursos são as portas para os não famosos, os que guardam seus poemas em gavetas. Através dos concursos de poesia aqui no Estado, conheci as poesias de outros poetas maravilhosos como Alexandre Magnus, Wescley Gama, Iara Carvalho, Maria José Gomes, Antoniel Campos, Kalliane Sybelli e tantos outros.
Sua obra é marcada por um teor erótico e uma visão extremamente feminina do mundo. Pode comentar sobre isso?
Sim, meus poemas giram em torno do mundo feminino e este é marcado substancialmente pelo erotismo e pelo lirismo, não há como separar essas duas coisas neste universo.
Quais suas influências poéticas e culturais?
Quando eu tinha 13 anos, deparei-me com um livro de poesias de Hilda Hilst numa Biblioteca no sertão do Seridó. Na verdade, era uma Antologia, e eu me encantei pelos seus versos. Nunca mais entreguei o livro (risos) e ele continua entre os meus preferidos. Depois veio a poesia de Marise Castro, que eu lia numa coluna chamada "Fora de pauta"- acho que era assim que chamava - e depois ganhei o livro "Marrons, crepons , marfins" do amigo Sebastião Vicente. Depois, vim a ler e conhecer outros escritores, porque eu não tinha acesso a esses livros. Então, conheci a poesia de Zila Mamede, de Luis Carlos Guimarães, Nei Leandro de Castro, Jorge Fernandes, entre outros. Não posso deixar de mencionar a poesia de Carmen Vasconcelos e as crônicas de Vicente Serejo, a irreverência de Clotilde Tavares...
Como você vê a poesia potiguar atualmente?
Um cenário promissor. Existe muita gente de excelente qualidade poética. Temos apenas de garimpar esses talentos. Muitos estão guardados em gavetas. Precisam apenas de uma oportunidade para mostrar seu trabalho.
Existe uma “poesia seridoense”, como dizem?
Existe uma poesia que fala profundamente sobre as coisas do sertão. Nós, seridoenses, escrevemos sobre o que vemos e ouvimos. A poesia de Ana de Santana, Maria Maria Gomes, Iara Carvalho invadem este pedaço de chão chamado seridó e fala lindamente sobre seus elementos. Eu não sei se caberia chamá-la de "Poesia Seridoense", mas não acho problema algum designá-la assim.
Entrevista reproduzida parcialmente do blog NOTICIANDO do jornalista Cefas Carvalho (http://cefascarvalhojornalista.blogspot.com.br/2012/06/jeanne-araujo-poesia-feminina-erotica-e.html)
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO
VOLTAR A ESTUDAR
-Uma tia minha foi ao médico e quando chegou em casa estava super chateada. Notei seu mau humor e perguntei:
-Como foi a consulta tia?
-Aquele dotô merdinha não sabe de nada!
-Por que?
-Olha só o que ele escreveu aqui na receita: mandou eu voltar a estudar no MOBRAL.
Achei aquilo esquisito e pedi para ler a receita. Estava escrito: FAZER UMA ULTRA-VAGINAL.
-Uma tia minha foi ao médico e quando chegou em casa estava super chateada. Notei seu mau humor e perguntei:
-Como foi a consulta tia?
-Aquele dotô merdinha não sabe de nada!
-Por que?
-Olha só o que ele escreveu aqui na receita: mandou eu voltar a estudar no MOBRAL.
Achei aquilo esquisito e pedi para ler a receita. Estava escrito: FAZER UMA ULTRA-VAGINAL.
MORRE O "GUARDIÃO DA CULTURA POTIGUAR" RAIBRITO
"... Gostaria que ao término da minha missão terrena, quando, pela
lei natural das coisas, passar desta para outra vida, estes
apontamentos, com os quais pretendo, com a graça de Deus, fazer uma
série de trabalhos, com legado à posteridade, não fossem destruídos.
Desejo que uma mão amiga e familiar passe a guardá-los com os cuidados e as reservas devidas, pois não direi 'carne da minha carne; sangue do meu sangue', mas direi que neles se encontram, simbolicamente, retalhado e em pequenas partículas todo o meu corpo, todo o meu ser. E mais: tudo aquilo que fui, sou, e ainda tudo aquilo que desejaria ter sido".
O fragmento retirado do texto "Aqui estou", originalmente publicado em 1976, reflete resumida, mas ao mesmo tempo profundamente, o amor pelo qual o historiador e pesquisador Raimundo Soares de Brito, como era carinhosamente conhecido, dedicou ao longo de sua vida ao seu acervo histórico.
A preocupação de Raibrito, em 1976, mais do que nunca se torna atual, já que agora ele, definitivamente, não mais poderá dedicar-se aos documentos, jornais, revistas que há mais de quatro décadas vinha reunindo. Raimundo Soares de Brito, 92 anos, faleceu, vítima de falência múltipla de órgãos, na tarde de ontem, 27, em Natal, no Hospital da Unimed, onde estava internado desde o dia 3 de setembro. Com seu jeito simples, dono de um carisma e de uma memória invejável, Raibrito deixa um legado imensurável para a cultura local.
Caraubense, mas que adotou Mossoró como sua terra natal, Raibrito construiu ao longo de sua trajetória um acervo de valor cultural imensurável, composto por documentos que registram o que de mais importante aconteceu na cidade, no Rio Grande do Norte, Nordeste, no Brasil e também no mundo.
Na sua hemeroteca podem ser encontrados mais de 300 mil documentos, entre jornais, livros, revistas, plaquetes. Todo esse valioso material está preservado na casa onde Raibrito residia em Mossoró, sendo que o pesquisador e historiador transferiu-se para Natal em 2009 para submeter-se a um tratamento de saúde.
O interesse de Raimundo Soares de Brito por colecionar informações teve início na infância. Segundo Marcos Oliveira, sobrinho do pesquisador, quando o tio via uma manchete interessante no jornal ao embalar alguma mercadoria (seu pai era comerciante) trocava o folhetim por um outro e guardava a notícia.
A importância do acervo histórico do "guardião da cultura potiguar" despertou o interesse da Petrobras, que patrocinou da iniciativa do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (Icop), criando a Biblioteca Virtual Raimundo Soares de Brito, através da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, lançada em 2005. Atualmente, o acervo digital está indisponível aos internautas.
O amor de Raibrito pela história lhe rendeu o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), e também diversas comendas e homenagens. Filho de José Soares de Brito e Raimunda Saul da Costa, o pesquisador faz parte de uma família de 20 filhos e repassou sua lição de vida para muita gente que conviveu com ele.
Profissionalmente, Raibrito iniciou a vida como comerciante em sua cidade natal, mas se tornou um verdadeiro andarilho, passando por Natal, Fortaleza, Assu e Mossoró, sempre levando em sua bagagem seus livros e pastas de pesquisa documental.
O pesquisador ocupou vários cargos públicos, dentre os quais, juiz distrital em Caraúbas, diretor do Museu Lauro da Escóssia, em Mossoró, e gerente postal dos Correios de Assu, Caraúbas e Mossoró.
O corpo de Raibrito será velado hoje, 28, na Biblioteca Municipal Ney Pontes, e será sepultado às 16h, no Cemitério Novo Tempo.
Maricelio Almeida
maricelio_almeida@hotmail.com
Fonte:http://omossoroense.uol.com.br/cotidiano/27084--morre-o-qguardiao-da-cultura-potiguarq-raibrito
Desejo que uma mão amiga e familiar passe a guardá-los com os cuidados e as reservas devidas, pois não direi 'carne da minha carne; sangue do meu sangue', mas direi que neles se encontram, simbolicamente, retalhado e em pequenas partículas todo o meu corpo, todo o meu ser. E mais: tudo aquilo que fui, sou, e ainda tudo aquilo que desejaria ter sido".
O fragmento retirado do texto "Aqui estou", originalmente publicado em 1976, reflete resumida, mas ao mesmo tempo profundamente, o amor pelo qual o historiador e pesquisador Raimundo Soares de Brito, como era carinhosamente conhecido, dedicou ao longo de sua vida ao seu acervo histórico.
A preocupação de Raibrito, em 1976, mais do que nunca se torna atual, já que agora ele, definitivamente, não mais poderá dedicar-se aos documentos, jornais, revistas que há mais de quatro décadas vinha reunindo. Raimundo Soares de Brito, 92 anos, faleceu, vítima de falência múltipla de órgãos, na tarde de ontem, 27, em Natal, no Hospital da Unimed, onde estava internado desde o dia 3 de setembro. Com seu jeito simples, dono de um carisma e de uma memória invejável, Raibrito deixa um legado imensurável para a cultura local.
Caraubense, mas que adotou Mossoró como sua terra natal, Raibrito construiu ao longo de sua trajetória um acervo de valor cultural imensurável, composto por documentos que registram o que de mais importante aconteceu na cidade, no Rio Grande do Norte, Nordeste, no Brasil e também no mundo.
Na sua hemeroteca podem ser encontrados mais de 300 mil documentos, entre jornais, livros, revistas, plaquetes. Todo esse valioso material está preservado na casa onde Raibrito residia em Mossoró, sendo que o pesquisador e historiador transferiu-se para Natal em 2009 para submeter-se a um tratamento de saúde.
O interesse de Raimundo Soares de Brito por colecionar informações teve início na infância. Segundo Marcos Oliveira, sobrinho do pesquisador, quando o tio via uma manchete interessante no jornal ao embalar alguma mercadoria (seu pai era comerciante) trocava o folhetim por um outro e guardava a notícia.
A importância do acervo histórico do "guardião da cultura potiguar" despertou o interesse da Petrobras, que patrocinou da iniciativa do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (Icop), criando a Biblioteca Virtual Raimundo Soares de Brito, através da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, lançada em 2005. Atualmente, o acervo digital está indisponível aos internautas.
O amor de Raibrito pela história lhe rendeu o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), e também diversas comendas e homenagens. Filho de José Soares de Brito e Raimunda Saul da Costa, o pesquisador faz parte de uma família de 20 filhos e repassou sua lição de vida para muita gente que conviveu com ele.
Profissionalmente, Raibrito iniciou a vida como comerciante em sua cidade natal, mas se tornou um verdadeiro andarilho, passando por Natal, Fortaleza, Assu e Mossoró, sempre levando em sua bagagem seus livros e pastas de pesquisa documental.
O pesquisador ocupou vários cargos públicos, dentre os quais, juiz distrital em Caraúbas, diretor do Museu Lauro da Escóssia, em Mossoró, e gerente postal dos Correios de Assu, Caraúbas e Mossoró.
O corpo de Raibrito será velado hoje, 28, na Biblioteca Municipal Ney Pontes, e será sepultado às 16h, no Cemitério Novo Tempo.
Maricelio Almeida
maricelio_almeida@hotmail.com
Fonte:http://omossoroense.uol.com.br/cotidiano/27084--morre-o-qguardiao-da-cultura-potiguarq-raibrito
NOTA DE PESAR PELA MORTE DO ESCRITOR RAIMUNDO SOARES DE BRITO
“É com profundo pesar que a governadora
Rosalba Ciarlini vem a público lamentar o falecimento do historiador e
escritor Raimundo Soares de Brito, o nosso conhecido Raibrito. Autor de
50 livros e membro da Academia Mossoroense de Letras, Raibrito era um
incansável pesquisador autodidata de nossas raízes históricas e
culturais. O livro Ruas e Patrono de Mossoró é uma de suas obras mais
conhecidas. Aos 92 anos de idade, Raimundo Soares de Brito conservava
com orgulho seu rico acervo cultural, sempre procurado por estudantes,
pesquisadores e professores universitários.
Sua Hemeroteca é considerada a maior do
estado, o que possibilitou a criação de um acervo virtual, com o apoio
da Petrobras e do Instituto Cultural do Oeste Potiguar. Raimundo Soares
de Brito foi sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do
Cangaço, sócio-efetivo do Instituto Cultural do Oeste Potiguar e
sócio-efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do
Norte. Por sua contribuição ao conhecimento, foi homenageado com o
título Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte e com o diploma Amigo da Cultura.
Por seu amor pela nossa gente e nossa cultura, ficam os nossos votos de eternas saudades e respeito merecidos”.
Rosalba Ciarlini
Governadora do Rio Grande do Norte
ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS - NOTA DE FALECIMENTO
A
Academia Mossoroense de Letras (AMOL) lamenta o falecimento de um dos
seus mais ilustres membros, o pesquisador Raimundo Soares de Brito,
ocupante da cadeira de número 4, ocorrido ontem, 27, às 14h, na capital
do Estado.
Raimundo Soares de Brito, um dos sócio-fundadores desta entidade, sempre lutou por causas nobres, defendendo a cultura do RN e engrandecendo o fazer literário, com suas produções, que compreendem uma importante pesquisa sobre nossas ruas e avenidas, além de figuras populares, fatos históricos e personalidades.
Historiador por vocação, Raimundo Soares de Brito, que nos deixa aos 92 anos de idade, é exemplo de uma vida dedicada às letras, à cultura e ao desenvolvimento intelectual do Brasil...
Deixa a saudade em cada um de seus amigos de academia, naqueles que, por muitas vezes, se debruçaram sobre suas pesquisas, a fim de não deixar morrer nossa própria história, a história de cada um de nós.
Elder Heronildes da Silva
Presidente da Amol
Raimundo Soares de Brito, um dos sócio-fundadores desta entidade, sempre lutou por causas nobres, defendendo a cultura do RN e engrandecendo o fazer literário, com suas produções, que compreendem uma importante pesquisa sobre nossas ruas e avenidas, além de figuras populares, fatos históricos e personalidades.
Historiador por vocação, Raimundo Soares de Brito, que nos deixa aos 92 anos de idade, é exemplo de uma vida dedicada às letras, à cultura e ao desenvolvimento intelectual do Brasil...
Deixa a saudade em cada um de seus amigos de academia, naqueles que, por muitas vezes, se debruçaram sobre suas pesquisas, a fim de não deixar morrer nossa própria história, a história de cada um de nós.
Elder Heronildes da Silva
Presidente da Amol
terça-feira, 27 de novembro de 2012
UMA ESCOLA COM DIFERENCIAL HÁ 28 ANOS NO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM
Hoje à tarde retornei à Escola Municipal Nossa Senhora da Guia, em Emaús - Parnamirim-RN, onde fiz a segunda apresentação do Palhaço Leiturino. A escola é dirigida pela Irmã Salomé ( há 28 anos) e caracteriza-se pela sua disciplina espartana, Os alunos são os únicos do município que ainda usam a tradicional farda no estilo da década de setenta. Fazem fila para entrar nas salas de aula, para merendarem e tudo funciona harmoniosamente com muita ordem e respeito. Há quem possa criticar a forma de trabalhar da Irmã Salomé e sua equipe, entretanto, pelos frutos se conhece a árvore, e assim sendo, é notável que a comunidade escolar aprova o êxito da instituição.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
LEITURINO SE APRESENTA AMANHÃ EM ESCOLA DE EMAÚS
O Palhaço Leiturino vai se apresentar amanhã, em dois momentos, pela manhã (8 hs) e a tarde (14 hs) na Escola Municipal Nossa Senhora da Guia, em Emaús, Parnamirim-RN. Suas apresentações abrem a semana de leitura que a escola realiza de forma tão organizada, envolvendo alunos, professores e demais funcionários da instituição.
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