Terminamos mais um ano. Os homens são sedentos pelas frações do tempo,
quer sejam em séculos, décadas, anos, meses, dias, horas, minutos, segundos.
Isto vem de longe, duma época bem distante. Contar os dias é algo tão peculiar
do ser humano, assim como é próprio do rio correr à foz.
Mas os grandes, aqueles que constroem um mundo a
parte e vivem numa dimensão muito mais superior, não se preocupam com o fator
tempo, aliás no que tange ao transcendental o cronos não existe.
Há pessoas que passam por aqui muitos anos, no
entanto, nada edificam, são adeptos da pior filosofia da existência: a normose,
que assim é definida pelo grande mestre Hermôgenes: “Os maus hábitos
cristalizados como normais pela sociedade, tais como o consumismo e a
corrupção”.
E o pior é que a grande maioria segue a normose e
não sabe. São escravos sem horizontes a libertação. Que em 2013 sejamos capazes
de fazer um ano diferente em nossa vida. Sejamos idealistas e não e apenas
sonhadores, pois a diferença entre este e aquele é que o idealista luta para
realizar aquilo que sonha.
Que os homens possam no ano vindouro ser mais
poetas, cantar a vida, viver a fé. Que cada mulher cultive durante todo o ano
novo não apenas a beleza exterior, mas sobretudo a interior.
Que os pais tenham sabedoria para transmitir aos
filhos. Que os professores, ah! os mestres, bem a eles desejamos um 2013
paradisíaco. Aos jovens deixamos a tarefa para que cada um possa vir a obedecer
a si mesmo, não sem freios, sem limites, sem horizontes, mas com foco. Pois
aquele que não obedece a si mesmo é regido pelos outros.
E às crianças, tesouro de cada lar, que para elas
haja em 2013 uma Civilização de Amor. Feliz Ano Novo!