terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A AVÓ DA SAIA DE MERINÓ - A POÉTICA HISTÓRIA DE DINDINHA - 43º CORDEL DE MANÉ BERADEIRO

Quatro dias, de 20 a 24 de janeiro,  foi o tempo que levou o poeta Mané Beradeiro para escrever o cordel " A avó da saia de merinó  - a poética história de Dindinha". O folheto terá 36 estrofes, em sextilha, cada uma com versos heptassílabos. O cordel é um resgate da memória de Silvina de Paula Rodrigues, a Vovó Dindinha, que no silêncio da sua existência foi a mãe de cinco netos: Eloy de Souza, Henrique Castriciano, Auta de Souza,  Irineu de Souza e João Câncio. Veja algumas das estrofes:



Silvina foi a mulher
Cujo busto honraria
A Praça de Macaíba
E ninguém desmentiria
Pois na terra do Brasil
Outra igual não havia.
Eloy e Henriqueta, os pais  das crianças
Doravante chamaremos
A humilde, dadivosa,
Pelo nome de Dindinha
A avó maravilhosa
Que foi mãe dos cinco netos
De maneira gloriosa.
Henrique Castriciano e Eloy de Souza

Eloy de Souza ouvia
   Dindinha ensinar
A aula forte da vida
Que cedo fez soletrar
Ficando órfão da mãe
Que pouco pode amar.
***
“Há em cima deste chão
Tão certo como o ar,
Há embaixo deste céu,
Tão grande como o mar,
Um ser que chamamos morte,
Que ceifa sem cultivar”.
***
Auta de Souza e João Câncio
Se eu pudesse faria
Sem sombra de ilusão
Um altar pra esta santa
Em toda religião
Que no silêncio da vida
Teve grande galardão.
***
Ao poeta Criador
Peço cheio de fervor
Quando eu chegar ao céu
Conceda-me  o favor
Vê desta avó a face
Repleta de esplendor.

Referência
SOUZA, Eloy de.Memórias.Natal-RN/Brasília-DF: Instituto Pró-Memória de Macaíba - RN/ Senado Federal,2008. 2ª edição.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O RN PERDE DORIAN GRAY CALDAS

A cadeira 9 da Academia Norte-rio-grandense de Letras está vazia. Faleceu na tarde de hoje o seu quinto ocupante, Dorian Gray Caldas, nascido em Natal-RN, no dia 16 de fevereiro de 1930. Tinha 86 anos. Foi eleito para a ANL no dia 10 de outubro de 1984 e tomou posse  em 26 de setembro de 1986,  tendo sido saudado por Diogenes da Cunha Lima. Dorian Gray Caldas foi pintor, tapeceiro, escultor, gravador, poeta, ensaísta, jornalista, professor, tradutor e ilustrador.
São dele os versos abaixo:

Não lamento o que não tive, ou que não tenho;
por mim passou. Os campos continuam claros,
neles debruço-me para colher os frutos
que homens e mulheres obscuras herdaram

***

Tudo amei.
Com este amor de fúria
e de paixão. Tudo amei.

***

Nasci, vivi, morri
muitas vezes. Dividi-me
em muitos, multipliquei-me
em tantos.

MANÉ BERADEIRO ESCREVE UM NOVO CORDEL

O poeta cordelista Mané Beradeiro está realizando esse ano um dos seus projetos que é um folheto de cordel homenageando Dindinha, a avô que criou Eloy de Souza, Henrique Castriciano, Auta de Souza, Irineu e João Câncio, todos filhos de Eloy e Henriqueta, vítimas da tuberculose. O cordel é um resgate da história dessa mulher, que poucos conhecem e que foi fundamental para que doasse ao Rio Grande do Norte os valores presentes em Eloy de Souza, jornalista, político, escritor, Henrique Castriciano, jornalista, educador, e poeta  e Auta de Souza, inesquecível poeta, dona do horto das letras. O folheto terá como título:  A vovô da saia de merinó   (A poética história de Dindinha).

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ASSIM DISSERAM ELES....

"A discrição e síntese valorizam o que se escreve"

Edgar Barbosa
Imagem: http://chamine2.blogspot.com.br/2009_01_18_archive.html

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

MANÉ BERADEIRO LANÇA SEU 42º FOLHETO HOMENAGEANDO O JORNALISTA WODEN MADRUGA

O poeta cordelista Mané Beradeiro lançará amanhã, sábado, dia 14 de janeiro, na II Feira Livre, que acontecerá no Mercado de Petrópolis, em Natal, o seu 42º folheto,  que é uma homenagem ao jornalista Woden Madruga,  um dos mais veterano e atuante no jornalismo potiguar. O folheto não é uma biografia, mas um poema que trata sobre o folclore tendo como principal protagonista o bode Woden.  A ilustração da capa foi feita pelo jornalista, chargista e cartunista Eliabe Alves.
Ruminante cavicórneo

Que pra roça não voltou

Depois que molhou bigode

Ser humano se tornou

Formou-se em Jornalismo

Nunca mais ele berrou.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

AVISO



Esse é meu ganha-pão
Dele tiro meu sustento
Não posso vender fiado,
Nem tampouco
Aviado como pago.
Preste bem atenção!
Não faça dessa estrofe
Causa de separação.

Mané Beradeiro
04 de janeiro 2017

II FEIRA LIVRE - MERCADO CULTURAL DE PETRÓPOLIS

O escritor Francisco Martins estará no próximo sábado participando da II Feira Livre, que acontece no Mercado Cultural de Petrópolis, em Natal. Na oportunidade disponibilizará seus livros de crônicas, contos, poemas, pesquisas e cordéis para a venda, além de fazer demonstração de produção de livros pela Editora Carolina Cartonera. 

 
Para mais um sábado de livros, música e artes, o Mercado Cultural de Petrópolis promove a 2ª Feira Livre em seu espaço e oferece ao público inúmeras opções de visita, cultura e lazer.

Com o intuito de promover o comércio local e a produção artística da cidade, a feira é realizada pelos permissionários do mercado e está aberta a participação de expositores.

A programação do encontro tem início às 10h e conta com:

- Feira de livros com a participação de sebos, editoras locais e autônomos;
- 24ª Feira de Vinil de Natal;
- Encontro de Brechós;
- "Exposição "Fotografando com os Sentidos";
- Antiquários e Ateliês de Arte;
- Botecos e comidas regionais;
- JOFLES (discotecagem);
- Samba com Zé Eduardo (16h);


 Evento: Feira Livre
Data: 14 de janeiro (sábado)
Horário: 10h às 19h
Local: Mercado Cultural de Petrópolis

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

QUEM SEREI EU EM 2017?



Tomei a séria resolução de que em 2017 eu serei menos Leiturino,  um pouco Mané Beradeiro , já preparando  o público para que em 2018 eu aposente de vez esses personagens, por ocasião dos 10 anos do projeto Momento do Livro. Entretanto, isso não significa que deixarei de produzir pela cultura,ao contrário, terei muito mais tempo disponível para minhas linhas de produções. A prova disso vocês testemunharão esse ano, quando terão oportunidades de acompanhar vários trabalhos que serão publicados.
                Começo uma nova fase dentro de mim, diria que acordei o pesquisador, que foi alimentado ao longo do período de 2004 a 2016 com as minhas leituras. Sempre encontrava algo que me alertava: será que já pesquisaram sobre isso?  E fui anotando os temas. Agora é tempo de amadurecer e colher. O batismo do pesquisador aconteceu com “A Grande Pesquisa – homenagem aos 80 anos da Academia Norte-rio-grandense de Letras”, publicado em novembro de 2016.
                Dando prosseguimento virão por aí, brevemente:
1)      Autores e assuntos ... ( livro que vai reunir mais de 200 autores que escreveram artigos, ensaios, crônicas, poesias, discursos, palestras  com foco na literatura potiguar).
2)      Os Três Reis Magos da Cultura: ...., .... e  ..... ( 60 anos de um importante evento que aconteceu em Natal)
3)      O Legado de Rômulo Wanderley – ensaio biográfico.
4)     Doutor Buti – livro infantil, lançamento em abril.
 É notório que em 2017 procurei uma trilha que deixará marcas mais duradouras da minha existência neste solo cultural. 

Obs: as reticências são para aguçar a curiosidade.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

VAMOS COMEÇAR A AGENDAR?

Termino o ano cultural de 2016 celebrando sete anos do projeto Momento do Livro, que tem várias vertentes dentro dele. Há o Palhaço Leiturino e o Mané Beradeiro,  contador de histórias, causos e declamador de poemas,ambos personagens criados e vividos por mim.





Dentro do projeto realizo também o resgate da vida e da obra de José Mauro de Vasconcelos, autor do livro O Meu Pé de Laranja Lima e outras obras. Já fiz isso em algumas escolas municipais de Parnamirim e estou aberto a receber convites para realizar em outras escolas da Grande Natal. O projeto O Meu Pé de Laranja Lima acontece da seguinte forma: Leitura do livro, exibição do filme, produção textual  sobre a vida e a obra do autor e no final uma palestra sobre o mesmo, que é feita por mim.




Um terceiro segmento das minhas ações culturais é a Editora Carolina Cartonera, que incentiva as escolas a produzirem livros  cartoneros, revelando talentos de alunos que escrevem poesia e prosa.

Conto com vocês para esse ano poder dar continuidade ao  Momento do Livro, projeto que tem dado sua participação às escolas e à cultura do Rio Grande do Norte. Em 2016, do dia 22 de janeiro até 16 de dezembro foram as seguintes realizações:

16 ações de Mané Beradeiro
17 ações do Palhaço Leiturino
14 ações de Carolina Cartonera
1 ação do projeto O Meu Pé de Laranja Lima
41 ações como escritor
 Isso totaliza 89 atividades, lembrando que não fiz mais por causa do problema de saúde que tive no mês de maio o que de lá para cá reduziu muito a minha capacidade física de atender a outros convites. É com alegria que começo o ano prestando conta do que fiz e já posso adiantar que em 2017 muita coisa boa virá por aí.

Francisco Martins
98719 4534
momentodolivro@hotmail.com



quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

HOMENAGEM AO ANIVERSARIANTE QUE MAIS AMOU O RN



O INESQUECÍVEL

Ele amou esta terra como ninguém outro a conseguiu amar.
Quando chorou,  inda bem pequeno, teve o acalanto da poeta Auta de Souza.
Foi príncipe  numa época onde seu reino se espalhava por grandes chácaras do Tirol.
Teve  livros,  que lhe faziam as vezes de irmãos, e com eles conversando tornou-se sábio
(Menos para Anália que sempre o via estudar as noites inteiras).
Sua alma foi pespontada  ao solo potiguar, com fios tecidos  pelas rendeiras, ao som  dos folguedos populares  e  rematada com os raios do crepúsculo do Potengi.
Ah! Como ele nos  amou.  Com qual fita poderemos comensurar a grandeza desse sentimento?
Ele  foi a grande enciclopédia  viva, a  “Câmara sem deputados”,  a primeira universidade do  estado, um provinciano incurável, um brasileiro feliz!
Ele é Câmara Cascudo,  inesquecível, o homem que a morte escondeu!

Francisco Martins 29 dezembro 2016

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

PROPAGANDA DE ANTIGAMENTE

Vejam só como eram os fogões a carvão e a lenha. Claro que para a época ( 1941) era o que havia de mais moderno. Fonte: jornal A República, 6 de fevereiro de 1941.