segunda-feira, 3 de julho de 2017

MANÉ BERADEIRO ESCREVE CORDEL ATEMPORAL

O poeta se faz de instantes da inspiração. Comigo aconteceu na madrugada desta segunda feira, 1 h e  eu deitado sem  sono algum. Foi chegando a ideia de fazer um cordel, as cenas apareciam em minha mente, as palavras dançavam, davam-se as mãos na tentativa de formarem versos, que se abraçavam em estrofes. Sabia que quando isso acontece é inegável desconsiderá-la, é uma dádiva de Deus. Ergui, tomei um copo d'água, fui à mesa e comecei a escrever. O silêncio da madrugada, uma chuva fina,  um vento que ninava as folhas do cajueiro e bem próximo de mim um texto com mais de dois mil anos de existência,  Mateus 4: 1-11,  que trata sobre a tentação de Jesus. Li e como poeta fui buscar a licença de transportar parte daquela mensagem para meu cordel, começava nesta madrugada o trabalho de parto de mais um cordel, às 3 horas  tinha produzido 18 estrofes em sextilhas. Fui dormir, acordei às 6 h e somente à noite, por volta das 19 h retornei a escrever. Por volta das 20:40 h nascia "Jesus e o Diabo no Rio Grande do Norte". 

Algumas estrofes do cordel


Estava lendo a Bíblia
Me empolgando com Jesus
Que enfrentava o Diabo
Para vencê-lo na cruz
Quando fiquei sonolento
Logo  apaguei a luz.
 ...


Subiu enxofre queimado
Derreteu minhas esporas
Eu pensei:  é o “Capeta”!
Só num me caguei na hora
Porque um anjo divino
Me socorreu sem demora.

...


Eu pensei nos que se foram
 Em todos os meus parentes
Sozinho naquela gruta
Um calor sem procedente
Não entendia de nada
Mas permanecei  temente.
 ... 

Jesus estava orando
“Coisa Ruim” apareceu
E foi logo  aregando
Cutucando o hebreu
Mostrando que tinha muque
Pra tudo que é judeu.
...


Levou Ele para  Lajes
No Pico do Cabugi
Prometeu  dar-lhe de tudo:
Rede, pote, juriti
E como Jesus não quis
Nunca mais choveu ali.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

VERSO PERDIDO



Há um verso perdido 
Quem o buscará?
Poetas, uni-vos!
Façamos uma frota
Singramos os mares
Vamos a busca desse tesouro!

Um verso tecido com saudade,
Vestido de palavras amenas
Com voz de criança que balbucia, 
Tem hormônios que floram,
Rugas em algumas sílabas,
Um verso encantado!

Há um verso perdido!
Quem o encontrará?

Francisco Martins
Parnamirim-RN, 14 de janeiro 2015

ENGENHO LARANJEIRAS



O Engenho Laranjeiras, que iniciou seus trabalhos na metade do século XIX, conforme é informado por Nestor dos Santos Lima, foi fundado por Francisco Xavier de Souza Cabral, no mesmo lugar onde havia uma antiga engenhoca, denominada “Engenho Grande”.
Segundo o pesquisador e Acadêmico da ACLA Gustavo Leite Sobral, descendente direto do primeiro proprietário, “O engenho era a fábrica de se produzir açúcar, os torrões transportados em lombo de animal até Igapó e ali de canoa pelo Potengi até os armazéns da Ribeira em Natal. Aquele engenho era movido a besta na almajarra, nele conduziam a lida, tirador de cana, cambiteiro, mestre do açúcar, os trabalhadores. A cana plantada no solo de massapê, fértil, rico, fecundo, que bebia no rio Ceará-Mirim.
Engenho em um único edifício abrigava todas as funções para a fabricação do açúcar, moenda, caldeira, casa de purgar. Lá no alto o bueiro e a casa grande, plana, comprida que ao engenho se irmanava. Ainda havia a pastagem dos animais, o sítio de fruteiras, as mais diversas, e um roçado.”
Não se sabe precisar até quando funcionou o Engenho Laranjeiras, entretanto sabe-se que foi transferido, por herança do Capitão Francisco Xavier de Souza Sobral para o seu filho, o Coronel João Xavier Pereira Sobral, que continuou a produzir o açúcar mascavo por ainda um bom tempo.
A partir da década de 1930, com a grande crise que foi ocasionada pelo recém-criado IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), que implantou uma política protecionista, favorecendo os grandes industriais do açúcar (usinas), em detrimento dos pequenos proprietários de engenhos, o Laranjeiras parou de moer e dedicou-se ao fornecimento de cana-de-açúcar para as usinas existentes no Ceará-Mirim.
Após sucessivas transferências para herdeiros, a propriedade foi dividida em outros engenhos e engenhocas, como o Espírito Santo I e II.
O imóvel foi também propriedade de Manoel Fernandes Sobral e Joaquim Fernandes Sobral.
Na década de 1970, com a crise que afetou a safra de cana de açúcar, o proprietário Joaquim Fernandes Sobral dividiu as terras entre os funcionários para pagamento da dívida, o que originou a atual comunidade do Taboão.
Atualmente a propriedade é denominada Fazenda Agropecuária Espírito Santo e é de propriedade do Sr. João Patriota.
O conjunto rural do engenho Laranjeiras é composto pela casa grande, construída em meados do século XIX (que se encontra em precaríssima situação de abandono, embora ainda se constitua num importante exemplar da arquitetura colonial no contexto rural), casa de morador e depósito.
Do prédio onde funcionou a fábrica do engenho, nada mais existe, é mais uma lembrança não preservada dos tempos áureos do Ceará-Mirim.


Referência:  https://www.facebook.com/profile.php?id=100008452352746&pnref=story

FESTA DA SPVA - 20 ANOS - PARTE II


DESPEDIDA JUNINA

É verdade que a fogueira já queimou
que a canjica e a pamonha se acabou
que a sanfona enfadada se fechou
que o nordestino com saudade
já marcou na folhinha um recado:
no ano vindouro brincarei
e tudo será mais arretado!

(Mané Beradeiro)

terça-feira, 27 de junho de 2017

ANA PIROLO E O SEU MAIS NOVO LIVRO: A SENHORA DO PARQUE


Ana Pirolo é formada em publicidade e marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM – São Paulo. Mestre em Ciência da Informação pela PUC Campinas/SP. Iniciou sua carreira, em 1987, em uma grande agência de publicidade em São Paulo: Norton Publicidade http://nortonpublicidade.com.br/).
(
Retornando para o Vale do Paraíba, trabalhou no departamento de marketing do CenterVale Shopping e, em seguida, atuou em pequenas agências de propaganda das cidades de São José dos Campos e Taubaté. Atuou como supervisora de marketing do Clube de Compras Apoio, em São José dos Campos e, em pequenas gráficas.
Trabalhou como responsável pelo conteúdo do Jornal Espaço OFF (já extinto), impresso e online.
Foi docente do SENAC – São José dos Campos, em Marketing nas áreas de Gestão Empresarial, Informática, Turismo e Hotelaria. Dedicou-se, até junho de 2007, à Coordenação do Curso Técnico em Publicidade do Colégio Técnico UNIVAP Villa Branca Jacareí e à Agência Experimental FOCO, agência de propaganda e marketing destinada aos  estagiários de publicidade.
Foi docente da FMA – Faculdade Maria Augusta, também na cidade de Jacareí, desde 2002. Atualmente a FMA integrou-se ao grupo Anhanguera Educacional. É docente em cursos de graduação e pós graduação.
É artista plástica e escritora –www.galeriaanapirolo.com.br, em São José dos Campos.

Referência:
 https://galeriaanapirolo.wordpress.com/sobre-ana-pirolo/ Visualizada em 27 jun 2017

segunda-feira, 26 de junho de 2017

ASSIM DISSERAM ELES...





Quem vai buscar lã muitas vezes volta tosquiado. 

Dom Quixote


Referência
LOBATO, Monteiro. Dom Quixote das crianças. São Paulo . Ed. Brasiliense, 1968

domingo, 25 de junho de 2017

MAIS UM FOLHETO COM A ASSINATURA DE MANÉ BERADEIRO

O poeta Mané Beradeiro assina mais um folheto que vem crescer a coleção de cordéis com temas bíblicos. " Os dois pastores", um texto que trata sobre a missão dos pastores, homens chamados por Deus para cuidar do rebanho em  sua Igreja. Com esse título, o 44º folheto, Mané Beradeiro  passa a ter publicado dentro  desta série 22 folhetos que tratam sobre evangelismo, igreja, bíblia e outros temas correlatos.

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - FALAR E FAZER


O Padre estava admirável naquele seu sermão. A Igreja lotada ouvia com muita atenção tudo que ele falava sobre os valores cristãos. Ele acentuava que a fé sem as obras é morta, citando o trecho da Carta de Tiago: "Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?" (Tg 2:14) E nesta cadência continuou o sacerdote sua bela homilia sobre a caridade. Finda a missa, depois que saíram todos, o sacristão já estava fechando as portas do templo, quando entra um mendigo suplicando uma esmola.
-Padre, por favor me dê uma ajuda!
-Perdoe
-Como?
-Per-do-e - falou  - soletrando
E o mendigo que  acompanhara tão empolgante pregação, lá na porta da Igreja, falou:
-Perdoe não enche barriga. Soque seu perdoe no rabo!

Moral do causo: Entre falar e fazer há muito o que fazer