segunda-feira, 15 de julho de 2019

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 039/2019

A experiência é fundamental na vida. Com certeza você já deve ter
ouvido a expressão: "macaco velho não mete a mão em cumbuca" - muito usada para mostrar que é difícil enganar uma pessoa experiente. É que tem gente que aprende com os ensinamentos das cicatrizes, outras não! E corrobora a Bíblia em Provérbios 13:16 "TODO HOMEM PRUDENTE AGE COM BASE NO CONHECIMENTO, MAS O TOLO EXPÕE A SUA INSENSATEZ"


sábado, 13 de julho de 2019

A CAÇADA DA ACAUÃ



"O processo que o casal emprega, para apanhar e matar uma cobra é curioso. Uma Acauã se apresenta diante do reptil, aproxima-se dele, o mais possível, com uma das asas em posição de escudo, a cabeça bem inclinada para trás. Quando a serpente atira um bote, ela apara com um golpe da asa distendida, jogando ao mesmo tempo uma rápida unhada por baixo, visando sempre a cabeça do inimigo. Luta, luta: quando cansa, sobe para a árvore onde está de observação a companheira. Desce esta imediatamente, e continua o combate, empregando a mesma estratégia. Cansada por sua vez, o macho a substitue, e assim sucessivamente, até a vitória. Morta a cobra, uma das acauãs a conduz presa nas garras terríveis, até ao lugar onde estão os filhotes, celebrando ambas o triunfo, com aqueles gritos eloquentes, que o amigo tão bem conhece"

Cipriano Bezerra Galvão Santa-Rosa

Observação:  Este relato foi dado pelo Coronel Santa-Rosa ao poeta Otoniel Menezes. Santa-Rosa faleceu a 14 de fevereiro de 1947.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

UMA POTIGUAR NA LÍRICA BRASILEIRA


O poeta Manuel Bandeira juntamente com Edgard Cavalheiro organizaram  a antologia Obras-Primas da Lírica Brasileira, lançada pela Livraria Martins Editora/SP, em 1943. Hoje, 11 de julho de 2019, 76 anos depois, eu tenho a felicidade de adquirir um exemplar. o de nº 3.714.  Manuel Bandeira escolheu os poemas e Edgard Cavalheiro escreveu as notas biográficas. É uma antologia com a presença de 130 poetas, dos quais 10 mulheres apenas participam e entre elas, o Rio Grande do Norte mostra sua arte  através de AUTA DE SOUZA, com os poemas Doloras, Agonia do Coração e Fio Partido. Provavelmente essa tenha sido a primeira antologia que registrou o nome da poeta. Nenhuma outra pessoa do RN está nela, além da "noiva do verso".
Francisco Martins
11 julho 2019

quarta-feira, 10 de julho de 2019

RIO DE LEITURA DIVULGA A AÇÃO DE HOJE DO PROJETO MEU PÉ DE LARANJA LIMA



O site do Rio de Leitura registrou a reunião que aconteceu hoje, 10 de julho, na Escola Professora Alzelina de Sena Valença.  Clique abaixo e leia.

MEU PÉ DE LARANJA LIMA (IM)PLANTADO EM OUTRAS ESCOLAS

ESTUDANTES DA REDE MUNICIPAL DE PARNAMIRIM SÃO APRESENTADOS A JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS

Na continuidade de semear cada vez mais a divulgação da vida e obra do escritor José Mauro de
Vasconcelos, o projeto O Meu Pé de Laranja Lima, começa suas  atividades no segundo semestre de 2019, em várias escolas da rede municipal, em Parnamirim. Hoje, das 13:30 às 15 h,  os mestres responsáveis pelo plantio da leitura se reuniram com Francisco Martins, mentor do projeto e Angelica Vitalino, coordenadora municipal do  Rio de Leitura ( um dos melhores projetos de incentivo a leitura do Brasil e o melhor do nordeste, com vários prêmios) para traçar o cronograma de atividades nas escolas. Se depender do Rio Grande do Norte, mas especificamente Parnamirim, José  Mauro de Vasconcelos  não cairá no esquecimento, nem fará parte do rol de escritores que já teve sua glória.

A reunião aconteceu na Escola Municipal Professora Alzelina de Sena Valença, bairro Rosa dos Ventos, em Parnamirim. Para o segundo semestre  teremos:

1) Escola Manoel Machado
2) Escola Sadi Mendes
3) Escola  Maria Francinete 
4) Escola Alzelina de Sena 
5) Escola Iris de Almeida 
6) Escola Irmã Maura 
7) Escola Carlos Alberto 
8) Escola Eva Lúcia
9) Escola Maria de Jesus

Com a participação das escolas acima, atingiremos um público de aproximadamente 400 alunos.



AQUELE DIA DIFERENTE

É bem verdade que a gente não escolhe o lugar em que vamos nascer, tampouco como aqui chegamos, mas acredito que podemos dizer como almejamos a nossa despedida. Eu, sinceramente, vejo a morte como algo natural, não tenho medo, nem me causa tédio escrever sobre ela. Por isso vou deixar aqui no meu blog, algumas recomendações aos amigos e leitores para quando eu partir. Façam assim:

1) Não quero nenhuma flor, nem dentro, nem fora.

2) Nada de choro. Conversem sobre o que fiz e o que fui. Contem mentiras sobre mim.

3)  Nas minhas mãos eu quero uma rapadura. Ela vai lembrar aos que me velam que a vida me foi doce, mas não mole.

4) Abaixo da minha cabeça coloquem  meu primeiro livro.

5)  Ao lado do caixão ponham um bloco de anotações e uma caneta, para que as pessoas escrevam suas frases e depositem dentro do esquife. Quero me tornar cinza junto às palavras.

6) Sirvam chás, sucos, refrigerantes e outras bebidas.

Por último:

Não esqueçam de um trio de sanfoneiro, tocando forró de pé de serra.

E enquanto a moça  Caetana ( a morte) não aparece Carpe diem!

Francisco Martins
10 julho 2019

terça-feira, 9 de julho de 2019

ASSIM DISSERAM ELES ...





Urubu voa alto, mas só come carniça!

Chico Pimenta

segunda-feira, 8 de julho de 2019

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 038/2019

A voz do povo é a voz de Deus, ou no bom latim Vox populi, vox
Dei. Será?  Se formos olhar o que disse Deus através do profeta Isaías veremos que isso não procede. Tá lá, no livro de Isaías 55:8 "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor"

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.

Isaías 55:8
Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.

Isaías 55:8

sábado, 6 de julho de 2019

55 ANOS CELEBRADOS DIFERENTES

O artista Francisco Martins que completou hoje 55 anos abriu espaço em sua agenda para comemorar a nova idade de uma maneira que ele nunca tinha feito antes em nenhum dos seus aniversários. Ele celebrou junto às crianças que participavam da Escola Bíblica de Férias-EBF da Igreja Sementes da Fé, com sede na Rua da Grécia, no bairro Passagem de Areia, em Parnamirim/RN, onde se apresentou com seu personagem o palhaço Leiturino
O bom de tudo é que somente ele sabia disso e nada falou para o pessoal que organizou a EBF. "Foi uma tarde inesquecível - começando um ano novo individual  na Casa do Senhor!" Disse o artista.

A RUA ENCANTANDA DE PARNAMIRIM - SENADOR JOÃO CÂMARA

Ruas são artérias de uma cidade, vila ou povoado por onde passa a vida. Nela moramos,  algumas nos cativam até a nossa partida definitiva. De todas as ruas da minha existência tem algumas que eu não sinto nenhuma falta, há outras que me trazem recordações felizes.
Mas eu quero mostrar aos meus leitores uma rua que existe em Parnamirim/RN que chama a atenção de todos os que por ela passam. É a Rua Senador João Câmara, Centro. Ela é a prova contundente  de que nós fazemos a rua em que moramos, e que nem sempre devemos esperar pelos órgãos municipais. Na Rua Senador João Câmara a poesia  nos encanta. Saiamos da retórica e vamos às imagens, pois como já sabemos elas valem mais do que as palavras.  Se esta rua fosse a minha eu não mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhantes, pois sei que os homens deste Brasil, em sua maioria, não estão preparados para contemplar o brilho das joias. Eu diria ao meu amor: Passe pela minha rua, não tem brilhantes no calçamento, mas é uma rua de fadas, de fantasia, de olhar poético e significados múltiplos, de varões nobres. Parabéns aos moradores da Rua Senador João Câmara.






Francisco Martins
06 julho 2019

ASSIM DISSERAM ELES ...


Feliz aniversário! Pode ser o último.

Robert Benayoun (1926-1996)

sexta-feira, 5 de julho de 2019

DIA 24 DE JULHO SERÁ LANÇADA A 2 EDIÇÃO DO CORDEL-LIVRO CARTONERO A AVÓ COM A SAIA DE MERINÓ - A POÉTICA HISTÓRIA DE DINDINHA

O cordel-livro " A AVÓ COM A SAIA DE MERINÓ - a poética história de Dindinha" que teve a sua primeira edição em junho de 2017, pela editora Carolina Cartonera, estará  sendo publicado em julho de 2019  com a 2 edição, pela mesma editora. Desta vez, a capa do cordel-livro presta uma homenagem a  Maria Daluz, in memoriam, avó materna do artista plástico Lucas Marques, que ilustrou o livro Doutor Buti, de Francisco Martins, que assina o cordel com o heterônimo de Mané Beradeiro. O desenho foi todo produzido com canetas esferográficas. 
Dindinha foi Silvina de Paula Rodrigues (1828-1908), avó de Eloy, Henrique, Auta , Irineu e João Câncio todos criados por ela, após o falecimento dos pais.  Dindinha nunca se deixou fotografar, acreditava que a captura da imagem roubava a alma do corpo. Diante da impossibilidade de ilustrar a capa do cordel-livro com a foto da protagonista, o poeta Mané Beradeiro fez o convite a Lucas Marques que soube ser sensível,  cedendo o uso de imagem do seu desenho para este propósito.
Lucas Marques
O texto do poema é constituído por 36 estrofes de sextilhas, com sete sílabas poéticas. A segunda parte contém dados biográficos dos personagens citados, fotografias e referências. Um trabalho literário para quem deseja conhecer curiosidade da história e literatura  do Rio Grande do Norte. O lançamento será dia 24 de julho, às 14 h, no evento do Chá Literário em homenagem às avós, na Escola Municipal Professor Jussier Santos, em Parnamirim.


quinta-feira, 4 de julho de 2019

GRATIDÃO




Hoje eu fui ao centro de Natal com alunos e professores da Escola Brigadeiro Eduardo Gomes - ouvimos estórias e histórias. Compartilhamos saberes. Recebi um presente: três livros, adornados com uma fita. São seus autores: Câmara Cascudo, Auta de Souza e Newton Navarro, três potiguares que enobrecem nosso RN e vão fixar morada nas prateleiras da minha biblioteca. Muito obrigado @Maria Jose e demais professores e alunos.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

O CURIOSO E FLAMEJANTE COLORISTA

     Quando uma pessoa se propõe a fazer algo para o qual não teve nenhum ensinamento afirmamos que ela é "curiosa". Quero apresentar ao leitor a história de um homem "curioso" que marcou a nossa literatura e foi de grande importância na estrutura editorial deste país.
   
     Suas atividades como "curioso" foram em vários campos da vida; em algumas teve sucesso, noutras não. Foi jornalista, tradutor, fazendeiro, escritor, editor, adido comercial brasileiro (em Nova York), político, desenhista, pintor, caricaturista e ilustrador. Além desses ofícios, a pessoa sobre a qual estou escrevendo teve sua graduação em Direito e foi promotor público. Viveu 66 anos, compreendidos entre 1882 a 1948.

     Consegue o ledor já saber sobre quem escrevo? Nos textos espalhados por vários jornais e revistas da sua época, ele usou muitos pseudônimos, bem mais de vinte. Refiro-me a Monteiro Lobato e quero mais precisamente resgatar o lado, talvez o menos conhecido, das atividades de desenhista, pintor e ilustrador.


( O Minarete, em Belenzinho, São Paulo capital, onde morou quando estudante de Direito. Aquarela pintada por ele)

     A vida de fazendeiro, aos vinte e seis anos de idade, dava ao homem Lobato tempo para se dedicar aos desenhos e aquarelas. Em 1908 ele escreveu para o amigo Godofredo Rangel:

Também pinto muito. Aquarelas como sempre.
A razão de preferir a aquarela ao óleo é que
com este sujo-me todo, inclusive a ponta do nariz.
Vou mandar-te um mar. Vivo aqui entre montanhas
e pois muito sem horizontes - e sempre com grandes
saudades dos horizontes marinhos. E pinto mar como
derivativo. Invento mares, aquarelas de mar...Invento
mares para sentir o horizonte. O horizonte faz bem à
alma (LOBATO, 1946, t. l, p. 224).

     Lobato sabia que para se tornar um bom desenhista era preciso praticar com constância: "Desenho é como piano, questão de exercício" dizia ele. E assim o fez. Sempre que podia enviava algumas ilustrações junto com as cartas remetidas para Rangel, e os desenhos tinham como tema as histórias dos contos que Lobato escrevia e até mesmo de textos da autoria de Rangel, como foi o caso de "Mãe".

     Prosseguiu o artista Lobato e em 1915 um artigo de uma revista feminina ousa adjetivá-lo de "flamante colorista", o que o deixou muito feliz. Ainda na Fazenda Buquira(SP), no mês de maio de 1915 ele se dedicou às aquarelas e desenhos. Vejam o que escreveu para seu amigo Rangel: "Todo este mês foi de desenho e aquarelas - com a literatura de castigo no canto." (LOBATO, 1946, t. 2, p 31).

     Esta prática de desenhar e pintar nunca foi aceita por Lobato como algo profissional; escreveu: "Desenho e pinto como me coço, porque vem a coceira - mas só me coço portas a dentro, para mim mesmo" (Idem, t.2, p. 60). O certo é que aos poucos ele foi vencendo a timidez e começou a mandar seus desenhos para algumas revistas, como, por exemplo, "Vida Moderna", que publicou caricaturas.

(Revista Vida Moderna - Ano XIII - Edição 309 - 12 de abril de 1917)

     No final do ano de 1917 Lobato já está buscando aperfeiçoamento na arte de desenhar. Vamos encontrá-lo frequentando o curso Elpons-Zadig-Wasth, em São Paulo, com aulas noturnas e isso já o encoraja a ilustrar o seu primeiro livro, que será marco da história editorial literária no Brasil.

     Em 1918 Monteiro Lobato estreia como escritor, com o livro de contos Urupês. A primeira edição é de mil exemplares, calculada pelo autor para ser esgotada em três ou quatro anos, o que surpreendeu Lobato, pois todos os livros foram vendidos em uma semana. E é em Urupês, na primeira edição, que podemos ter o maior conjunto de ilustrações assinadas por ele: vinte e três desenhos.

     É esta a face lobatiana que desejei compartilhar neste artigo. Um homem múltiplo, um herói civil, um apaixonado pela arte e sobretudo pela literatura.




Referências: 

ROCHA, Ruth. MARANHÃO, Ricardo. LAJOLO, Marisa. Monteiro Lobato - Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, 1981.

LOBATO, Monteiro. A Barca de Gleyre. 1 Tomo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

________________. A Barca de Gleyre. 2 Tomo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

________________. Prefácios e Entrevistas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

________________. Urupês. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

Desenho 1. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=189740&pesq=helio%20bruma


FRANCISCO MARTINS é escritor e pesquisador. Secretário Administrativo do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte. Autor de numerosos cordéis e livros, dentre eles "Canção do Canavial na Briosa Vila do Ceará Mirim" "Autores e Assuntos na Revista da ANRL - 1951 a 2018".                                                                                                        

segunda-feira, 1 de julho de 2019

ASSIM DISSERAM ELES ...




O júri é um grupo de pessoas escolhidas para decidir quem tem o melhor advogado

Eric Ambler (1909-1998)

sábado, 29 de junho de 2019

IGREJA DE SANTO ANTONIO DOS MILITARES


A Igreja de Santo Antonio, em Natal, que também é conhecida como Igreja do Galo ou dos Militares. Foi nela, mais precisamente nesta lateral, onde hoje funciona o Museu de Arte Sacra, que durante 25 anos (1836 a 1861) foi instalado o primeiro Corpo Policial, por isso ela ficou conhecida como Igreja dos Militares.

Hoje muita gente sabe
Amanhã pouco se fala
É preciso semear
A cultura, não a bala.
A Polícia sabe disso
É mister valorizá-la.

Mané Beradeiro
29/06/2019

FUNDAÇÃO VINGT-UN ROSADO - CONCURSO LITERÁRIO

Resultado de imagem para coleçÃO mossoroense

ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE - AINDA DÁ TEMPO DE ENVIAR SEU MATERIAL PARA ESTE CONCURSO.

SAIBA MAIS CLICANDO AQUI: CONCURSO

sexta-feira, 28 de junho de 2019

COCÃO NO MAIS SAGRADO DO SAGRADO


Em 1867 morreu Cocão, em Mossoró/RN. Antes foi atendido pelo pároco em confissão, mas não perdoou um inimigo e o padre não lhe deu a absolvição. Morto, a família procurou o padre para enterrar Cocão no Sagrado (nas paredes da Igreja), como era costume. O padre não permitiu alegando que o falecido não partiu em paz com Deus e os homens. Cocão foi enterrado num terreno baldio que havia por trás da Igreja de Santa Luzia. Muitos anos depois, o templo passou por reformas, foi ampliado e onde Cocão estava sepultado é o atual lugar do altar-mor (foto). Coisas da história e que Cascudo registrou.

Cocão partiu sem paz.
Quem somos nós pra julgar?
O Sagrado foi negado
Sepultura singular
E Deus mudou esse fato
Altar-Mor é seu lugar.

Mané Beradeiro
28/06/2019

VIVENDO E ENSINANDO


João Wilson Mendes Melo é um dos mais longevos integrantes da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Nascido no Sítio dos Filgueiras, em Mossoró. Filho de Mirabeau da Cunha Melo e Cândida Filgueira Mendes Melo. Mirabeau foi um dos homens que fez parte do grupo que combateu Lampião. João Wilson nasceu em 3 de junho de 1921. Aos sete anos a família se transfere para Ceará-Mirim e no dia 30 de junho de 1929 falece a sua mãe. O menino João foi aluno do Externato Ângelo Varela, dirigido pela poeta Adele de Oliveira e recebeu aulas preparatórias para o Atheneu, com o poeta Abner de Brito. Em 1934 começa a estudar naquele liceu e em 1936 publica com seu colega Jessé Dantas Cavalcanti, em Ceará-Mirim, o jornal "O Idealista". Em 1944 é estudante de Direito na Faculdade de Alagoas. Em 1945 participa do grupo de fundadores da Escola de Serviço Social de Natal e no dia 15 de agosto de 1946 se une em matrimônio a Maria Augusta da Cunha. João Wilson começa a trabalhar como professor na Escola de Serviço Social de Natal, depois na Faculdade de Filosofia. Sua vida foi sempre voltada para o ofício de estudar. Fez parte do Conselho Estadual de Educação, Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, criou a Escola Técnica de Cooperativismo e quando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte é criada ele integra o Departamento de História. A UFRN o agracia com a Medalha do Mérito Universitário - Grau de Conselheiro, em 21 de maio de 1979. No ano de 1983 é eleito para ocupar a cadeira 25 da ANRL. João Wilson já fazia parte do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte desde 9 de julho de 1966. No ano 2002 ele é condecorado com o título de Cidadão Natalense e a Medalha de Mérito Governador Dinarte Mariz, pelo Tribunal de Contas do RN. Livros, plaquetes, conferências e artigos fazem parte da sua extensa bibliografia. No dia 2 de abril de 2018, o Departamento de História da UFRN propôs, e o Conselho Universitário aprovou a outorga do título honorífico de Professor Emérito, pelos relevantes serviços prestados à UFRN. Tudo que aqui foi escrito é um pouco da história deste homem intelectual. Se desejar saber mais, leia o livro "João Wilson Mendes Melo - VIVENDO E ENSINANDO", de Claudio Galvão. Foi desse livro que colhi as informações.


Francisco Martins.

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - CASAMENTO

Estavam Mané Beradeiro e o macaco Sarauê passeando  por aí, quando se deparam com um amigo que pulando de alegria anunciava aos quatro aceiros que iria se casar com Clotilde, a  filha do Coronel Mortecerta.  Mané ouviu por alguns momentos as razões daquela paixão, e ficou sabendo os alicerces de um amor tão profundo quanto pisada de borboleta. Aí vem a pergunta do noivo:
-Estou certo Mané Beradeiro?
-Homem, eu recorro à sabedoria para lhe dizer que três tipos de homens não entendem nada de mulheres: os jovens, os velhos e os que estão entre os dois. E, outra coisa, pelo que percebi você vai casar é por causa do dinheiro que Clotilde tem, neste caso NÃO SE CASE POR DINHEIRO, VOCÊ PODE CONSEGUIR EMPRÉSTIMO MAIS BARATO.