domingo, 18 de agosto de 2019

ANADITE FERNANDES DA SILVA - A INCANSÁVEL

Professora Anadite Fernandes da Silva
Seu nome é Anadite Fernandes da Silva, mas bem que poderíamos  congnominá-la de "A Incansável". Ela começou uma pesquisa que durou quarenta anos. Isso mesmo, quatro décadas focada num tema  específico que rendeu, através do seu esforço próprio, um livro que enobrece as estantes das bibliotecas. O livro tem o título de: " Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte".
O livro recebeu crédito da Professora  Isaura Amélia Rosado Maia, que escreveu o texto para as orelhas e foi prefaciado pelo Jornalista Vicente Serejo. A autora escreve na Introdução:
"A ideia da criação das Bandeiras Municipais do RN teve início em 1971 com o Departamento Cultural da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, durante a administração da Professora Zilda Lopes do Rêgo ..." (p. 19)
Como pesquisador eu fico pensando quanto trabalho teve a Professora Anadite  Fernandes para juntar e criar este material. Quantas viagens, reuniões, encontros e desencontros aconteceram até a realização do livro. Ainda bem que  "A Incansável" não desistiu do seu sonho.
"Iniciei, então, um minucioso trabalho de pesquisa junto às prefeituras, com a finalidade de subsidiar  a criação das bandeiras e brasões municipais, trabalho gratuito, ousado e único no Brasil em se tratando de um livro didático..." (p. 20).
Parabenizo a Professora  Anadite Fernandes da Silva que se tornou para mim um exemplo de dedicação e esperança aos sonhos que nutrimos.

Francisco Martins
18 de agosto 2019
  

TARDE DE EVANGELIZAÇÃO VOLTADA ÀS CRIANÇAS

O Palhaço Leiturino, personagem criado e vivido por Francisco Martins, esteve na tarde do sábado  último, 17 de agosto, na Igreja Cristã Efraim, bairro Planalto, em Natal/RN. Leiturino contou histórias para o público que esteve participando da tarde dedicada às crianças, que foi carinhosamente preparada  pelos membros daquela Igreja. Além dos louvores e da mensagem central que teve como versículo base a citação de Marcos 10:14 "Deixai os pequeninos vir a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o Reino de Deus", houve também  brincadeiras, pipocas, refrigerantes,etc.



sexta-feira, 16 de agosto de 2019

LEITURINO AMANHÃ À TARDE NO PLANALTO

E abrilhantando este evento, levando alegria e ensinamento,  com seus bonecos e entre eles um jumento, o Palhaço Leiturino  fará desse momento uma tarde de encantamento.  


O SERTÃO DE OSWALDO LAMARTINE DE FARIA

O escritor Gustavo Sobral disponibilizou através da internet, de forma gratuita, o livro  "O Sertão de Oswaldo Lamartine de Faria -  a biografia de obra". Um livro muito interessante, importante e indispensável para quem desejar conhecer o homem e a obra de Oswaldo Lamartine. Lembrando que neste ano de 2019 é comemorado o seu  centenário de nascimento. Já baixei o meu e como escrevi para o autor, irei lê-lo com esmero, pois sei que muito aprenderei.
Quero registrar que neste livro eu  e outras pessoas  ajudamos Gustavo Sobral, fornecendo material bibliográfico para o enriquecimento da obra. Minha contribuição foi referente aos  artigos de Oswaldo Lamartine, que ele escreveu  no jornal "A República", sobre assuntos ligados à agropecuária. 
Oswaldo Lamartine ( 1919-2007)   
Os temas  são sobre Ordenha higiênica,  avicultura remunerada,  bicho da seda,  o caruncho, melhoramento do gado, sarnas, etc. Todos publicados em 1945. Fico feliz em ter contribuído para o livro de Gustavo Sobral e mais feliz ainda, em saber que ele reconhece o esforço deste pesquisador.  

Quem desejar baixar o livro é só clicar no link:Oswaldo Lamartine

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

MANÉ BERADEIRO AUTOGRAFA CORDEL PARA OS CONSELHEIROS ESTADUAIS






Ontem, à tarde, por ocasião da sessão do Conselho Estadual de Cultura, o poeta Mané Beradeiro foi mostrar seu mais recente trabalho, o cordel livro "A avó com a saia de merinó - a poética história de Dindinha".

O autor falou sobre o assunto do poema e os Conselheiros elogiaram a qualidade artesanal da obra. Alguns não conheciam a edição dos livros cartoneros, um trabalho que no Rio Grande do Norte tem o pioneirismo através da editora informal Carolina Cartonera.


REVENDO A PRIMEIRA ESCOLA





Faz muito tempo, na escala efêmera da vida, quando aqui eu pisei para estudar. Era nos anos 70 o Grupo Escolar Dom Marcolino Dantas. Praticamente é a mesma arquitetura. Pouca coisa mudou, mas no tocante às pessoas que aqui trabalhavam tudo foi mudado. Não escuto a voz da Professora Marta, não vejo a Dona Severina, a Diretora de riso tão lindo.Esta escola foi o berço que deu base à minha formação estudantil.


Eis-me aqui, visitando o velho grupo, ando pelos corredores e ninguém sabe que eu fui aluno daqui e que hoje sou um Escritor autor de 11 livros e mais de 50 folhetos de cordéis.



segunda-feira, 12 de agosto de 2019

I FEIRA DE LITERATURA DE CORDEL




CARAVANA DE ESCRITORES VOLTA À NÍSIA FLORESTA






SPVA UMA ENTIDADE QUE SERVE À CULTURA

A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins -SPVA/RN dentro da realização do projeto Poetas na Escola, se faz presente na tarde de hoje, na Escola Municipal  Professora Íris de Almeida Matos, no bairro de Monte Castelo, em Parnamirim, através dos poetas José de Castro, Emília Alcides, Marciano Medeiros e Nathália Albuquerque. O  evento vai começar às 13 h.

Na próxima quarta-feira, o projeto acontecerá  em São José de Mipibu, às 8 h, na Escola Municipal Professor Severino Bezerra de Melo, situada à Rua Olavo Feliciano, 127. Em São José de Mipibu participarão os poetas Juninho Rebouças, Claudia Borges e Filipe Borges, Grace Kelly e Wedna Carvalho.

As atividades  culturais da SPVA não param.  Dia 15 de agosto, às 20 hs,  será aberto o Debate Literário Virtual, na página do Facebook,   que este mês homenageia  o poeta Sandemberg Oliveira. A culminância desta homenagem se fará na noite do dia 16, com um Sarau às 18h, no Café Letra A, Potengi Flat, em Petrópolis.


Como é notório, a sigla  SPVA  bem que poderia significar Somos Poetas Valorizando a Arte! Parabéns aos que fazem a SPVA.

Francisco Martins
12 agosto 2019

domingo, 11 de agosto de 2019

POEMA DA ATENÇÃO

Cuide dele como quem cuida de uma pérola especial, pois um dia, nem que você procure em todos os oceanos não encontrará outra igual.

Ouça-o com o mesmo jeito que você escuta a chuva cair, talvez não perceba, mas suas palavras também têm o poder de nutrir o chão da sua alma.

Sorria com ele! Os dias são curtos. Não deixe que seu peito sirva  apenas para saber das coisas ruins que a vida lhe apronta.

E, quando você notar que os cabelos deles estão prateados é o sinal de que 50% da missão ele já cumpriu.

Cuide
Ouça
Sorria
Observe

Ele é o seu Pai.

Francisco Martins
11 de agosto 2019

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

QUANTAS PESSOAS SÃO NECESSÁRIAS PARA PRODUZIR UM LIVRO ARTESANAL?

Para fazer um livro artesanal é preciso muito mais do que vontade, é necessário determinação, criatividade, disciplina, amigos,  esforço e outras coisas mais. Vejam por exemplo, o que venho fazendo na montagem da 2ª edição do cordel "A avó com a saia de merinó - a poética história de Dindinha". Primeiro fui rever o texto da  1ª edição e melhorei  algumas estrofes que estavam com rimas  desencontradas e alguns erros de digitação. 

O poeta  Mané Beradeiro
Texto pronto, passei  para Francisco de Assis que fez a diagramação. Enquanto ele fazia o seu trabalho, eu e Bete (Santa Cruz/RN) trabalhávamos na montagem da capa,  para isso já tínhamos recebido as impressões da imagem da capa, que foram feitas na gráfica rápida de Alessandra (Parque Industrial/Parnamirim/RN). Até agora já contamos com a presença de 4 pessoas no processo e se levarmos em consideração Lucas Marques que cedeu o direito de uso da imagem, vamos para 5 pessoas. A missão ainda não terminou, pois  dela também fez parte o xilógrafo Jefferson Campos, que fez a matriz e a impressão da xilo.Como se vê, ninguém faz nada sozinho, sempre estamos precisando um do outro, nem que seja de forma indireta. Eu só tenho a agradecer a estas pessoas envolvidas no processo. 
A xilo  feita por Jefferson Campos




O desenho de Lucas Marques já fixado na capa do cordel

Mané Beradeiro
09 de agosto de 2019

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

UM DIA ESPECIAL - UMA ÁRVORE SÍMBOLO DE UM GRANDE LIVRO


Hoje foi um daqueles dias especiais em minha vida.  Está  guardado em um escaninho  lá dentro do meu coração. As memórias de hoje irão se juntar a outras mais que são semelhantes a tema. Refiro-me ao universo da leitura e do livro e com olhar focado para José Mauro de Vasconcelos e sua produção mais conhecida: O Meu Pé de Laranja Lima.
Sou apaixonado pelos dois. Vivo semeando e garimpando coisas que levem outras pessoas a amá-los assim  como eu. Agora, pela primeira vez, desde quando comecei a fazer este projeto com os alunos da rede municipal de Parnamirim, a Escola Jornalista Rubens Lemos plantou por ocasião da culminância do projeto, a muda de uma árvore  (laranja lima), assinalando que naquele solo brotará duplamente frutos no sentido conotativo, mas também muitos outros que germinarão nas almas dos leitores. Como não dizer diante disso que o dia foi lindo e especial? Parabéns  aos alunos, às mediadoras de leitura ( Girlane e Patrícia), ao pessoal do Rio de Leitura (Angélica e Aracy) e a todos os demais envolvidos no evento de hoje. Como as imagens falam mais que as palavras, convido o leitor a visitar  a postagem seguinte: Escola Rubens Lemos - O Meu Pé de Laranja Lima.

Francisco Martins
07 agosto 2019

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

APRENDENDO SOBRE CORDEL - SEXTILHA

Escrever no estilo de cordel não é coisa fácil. Hoje eu recebi um texto de um professor que deseja  entrar neste ofício de poeta de bancada. Ele me procurou e pediu para olhar o "cordel" que ele tinha escrito. Quando enviou o texto para mim eu respondi que o poema que ele escreveu  estava longe de ser considerado um cordel. Vejam uma das estrofes:


Foi então numa pracinha

Na cidade de Pau dos Ferros

Que o encanto se firmou

Pois encontrou o seu cupido

A chamando de meu amor

Mostrei ao  amigo que   a estrofe precisava ter no mínimo  6 versos,  cada um com sete sílabas poéticas ( chamamos isso de métrica) e que os versos pares ( 2, 4 e 6) terminassem com palavras rimadas.
Muitos pensam que qualquer texto impresso em forma de folheto é um cordel. Ledo engano! O professor acima aceitou o desafio de rever seu texto e reescrevê-lo fazendo uso das três coisas indispensável ao cordel: métrica, rima e oração.

A estrofe com seis versos é denominada de sextilha. A forma mais usada no cordel, ela pode ser feita de 5 maneiras diferentes: aberta ( rimam apenas o versos pares), fechada (rimam todos os versos), solta (rimas presentes apenas no verso 1 com 3 e  2 com 4, ficando o 5 e 6 sem rimas), corrida ( as rimas  são assim: versos 1 com 2, 3 com 6 e 4 com 5) e por último a sextilha desencontrada  (  as rimas estão presentes nos versos 1 com 4 e 5 ( mesma terminação) e 2 com 3 e 6 também com outra terminação)

De todas as cinco maneiras, a aberta é a mais preferida pelos poetas cordelistas.  Por enquanto é só. Breve escreverei sobre a septilha, a estrofe com sete versos.

Mané Beradeiro
Parnamirim/RN, 05 de agosto 2019


TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 042/2019


Tem aquela  conversa que um macaco estava sentado à beira de uma estrada, com o rabo descontraidamente estirado  no caminho. Ao seu lado chegou uma cotia, animal que não tem rabo, comendo uma casca de banana. De repente o macaco escutou o barulho de um carro  que vinha na direção deles e começou a falar:
-Dona Cotia tire seu rabo da estrada que está vindo um carro
A cotia nem deu ouvidos
-Dona Cotia estou lhe avisando, o carro  já chegou na curva. Tire o rabo do caminho.
A cotia tranquila.
E o carro chegou e passou por cima do rabo do macaco. Moral da história: cuide do seu rabo e não fique dando rabo à cotia,  em outras palavras: "Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás ver com clareza para tirar o cisco do olho do teu irmão" (Mateus 7:5)

domingo, 4 de agosto de 2019

COMENTANDO MINHAS LEITURAS: MEMÓRIAS E CONTOS DE J.BORGES


“Escrevo o que vi acontecer, o que vivi e ouvi dizer”
J.Borges

J.Borges - acervo do memorial J.Borges - Facebook


O livro é de 2002, mas somente ontem pela manhã eu tive conhecimento da sua existência, graças ao amigo Oreny Jr, poeta, sebista e editor, que sabe os tipos de livros que me agradam. Recebi uma mensagem perguntando se tinha interesse. Respondi que sim e no mesmo dia no final da tarde passei na casa dele e sai com o livro para degustá-lo à noite. "Memórias e Contos de J.Borges", 300 páginas, edição Gráfica Borges, teve para mim o gosto de umbuzada, com seu aroma e sabor.
Um livro personalíssimo em todos os sentidos. Se formos olhar pelo lado editorial ele tem a singularidade dos folhetos, desde a diagramação e a ilustração das xilogravuras, que formam à parte um belo conjunto com 64 gravuras. Se optarmos em querer analisar a  estrutura textual, aplicando a norma culta, perceberemos que não é necessário, posto quê estamos diante de um homem que escreve sem nenhuma pretensão de fugir ou esconder seus vocábulos. Ele tem consciência que é autodidata (p. 257) e a manifestação do seu texto não tem divisa entre a língua escrita e a  oral. Tive a impressão que J. Borges estava ali do meu lado, falando ao meu ouvido suas memórias, seus causos (que ele intitula contos), seus cordéis e outras coisas que tem o livro. Nele, J.Borges viaja ao tempo da sua infância e de lá nos trás o sertão com seus costumes, suas crenças, responsabilidades sociais. 6 poemas de cordel fazem parte do livro. Todos com aproveitamento de rimas acima de 97%, são eles:

 1) "As andorinhas da fé ou os ladrões do pé da serra" (38 estrofes,37 sextilhas e 1 septilha. Total de 229 versos e 97,8% aproveitamento de rimas)

2)"As bravuras de Cipriano e os amores de Jacira" (79 estrofes,78 sextilhas e 1 oitava. Total 476 versos e aproveitamento de 98,9% das rimas)

3)"O exemplo da cabra que falou sobre crise e corrução" (20 estrofes, todas em sextilhas, no total de 120 versos e 98,8% de aproveitamento de rimas)

4) _______, sem título, que trata sobre a Fundação Roberto Marinho. (20 estrofes,19 sextilhas e 1 em septilha. Total 127 versos e tem 98,4% de aproveitamento de rimas)

5)"Os efeitos do viagra" (10 estrofes, 6 sextilhas e 4 décimas. Total 76 versos e 97,3% de aproveitamento de rimas)

6) "A filosofia do peido" (30 estrofes, 29 sextilhas e 1 septilha. Total 181 versos e 98,9% de rimas aproveitadas).

Na parte dos contos, que na verdade são causos, o leitor vai se deparar com muitas histórias engraçadas, com características daquelas que chamamos de Trancoso. Eu considero estas as melhores:
O Coronel e o carpinteiro
O Velho Pedro Bandeira
Os meninos da porteira
O casamento de Mariano
O eclipse de 40

Por fim, quero concordar com o autor e se ele me permite assinar embaixo, no texto que tem como título "O Artista", que trata sobre a valorização do poeta, do artesão em todos os sentidos e principalmente no pagamento dos seus serviços.
J.Borges chegou de forma tardia na escola, apenas aos 12 anos e lá passou 10 meses, mas a escola maior, a vida, deu-lhes lições que o fez universal, um orgulho para o povo brasileiro, um homem com o valor de uma botija de diamantes, que muitos ainda precisam conhecê-lo.

Mané Beradeiro
Parnamirim/RN
04 de agosto 2019