Francisco Martins começou a fazer pão caseiro para venda, em março deste ano. De lá para cá a produção só tem aumentado. Faz pães de massa branca e integrais, com um cardápio que tem mais de 16 sabores no total.
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
O PÃO DO MENINO DE BELÉM
FAÇO PÃO
Faço pão como quem acaricia uma criança na tentativa de fazê-la adormecer.
Faço pão à semelhança do apaixonado que corre suas mãos pelo corpo da amada.
Faço pão pensando na química do amor que tudo transforma e faz o mundo melhor.
Francisco Martins
22.12.2020
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
TROVAS NATALINAS
No Natal não sou tão pobre
Na escassez de minha ceia,
Há sempre um pouco que sobre
Para dar à fome alheia
(Sérgio Correa Miranda Filho)
Que neste Natal profundo,
Jesus me faça capaz
De ver nos sonhos do mundo
O sonho maior da paz!
(Luiz Rabelo)
Fonte: O SEGREL, dezembro 1994, Ano VII, nº 30.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
CONHEÇA OS BICHOS DA "BANCA DO MURO"
01 - TÍTIUS, O ESCORPIÃO
02) LICOSA, A ARANHA ORGULHOSA
03) GRILO
04) DICA, A ARANHA D'ÁGUA
05) FU, SAPO NEGRO OURO
06) SOFIA, CORUJA
07) MUSI, A RATA
08) CAVALO DO CÃO
10) RAINHA BLATA, BARATA
12) BRINCO, O GATO
13) QUIRÓ, MORCEGO
14) ATA, FORMIGA
15) VELHO GÔ - RATO GABIRU
16) SUINARA - CORUJA DE IGREJA
17) BIDU - GALO
18) TIM - LAGARTO
19) O VELHO NITI - BACURAU
20) CATOLÉ - JUMENTO
21) DONDON - GALINHA CARIJÓ
22) CATÁ -URUBU CAPENGA
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
MANÉ BERADEIRO CRIA A "BANCA DO MURO" PROJETO QUE VAI HOMENAGEAR CÂMARA CASCUDO 24 VEZES NO ANO DE 2021
Dezembro é o mês em que o Rio Grande do Norte foi abençoado com o nascimento de Câmara Cascudo. Um gênio que nasceu em Natal, no bairro da Ribeira, no dia 30 dezembro de 1898. Sua obra é gigantesca. É um homem para todos os séculos, sem exagero.
Entre tantos livros que ele escreveu, o ativista cultural Mané Beradeiro (Francisco Martins) escolheu "Canto de Muro - Romance de Costumes(Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1959) para homenageá-lo ao longo do ano de 2021, com o projeto "Banca do Muro".1) O que é o projeto "Banca do Muro"?
É um jogo, onde todas as pessoas do Brasil podem participar, através do Facebook do escritor Francisco Martins (https://www.facebook.com/francisco.martins.714?_rdc=2&_rdr), que terá como objetivo o sorteio de livros.
2) Como vai funcionar?
Mensalmente haverão dois sorteios: um para o público adulto e outro para o público infantil. As datas serão anunciadas por Mané Beradeiro.
3) Os livros sorteados serão de quais autores?
Todos serão bem vindos. Aceito doações de livros de literatura, novos e usados (desde que estejam em bom estado de conservação), voltado para o público alvo da "Banca do Muro".
4) Quem desejar participar do sorteio vai pagar algum valor para concorrer?
Não!
5) Se o ganhador residir no interior do Rio Grande do Norte ou em outro estado como vai ser a entrega?
Neste caso, sempre através dos Correios e o frete será pago pelo ganhador.
6) Como serão feitas as apostas, quando terá início?
"A Banca do Muro" será aberta oficialmente no dia 30 de dezembro de 2020, às 17h 30m ( corresponde ao horário em que Câmara Cascudo nasceu) e as apostas poderão ser feitas até o dia 3 de janeiro de 2021, encerrando-se no mesmo horário 17h 30m. O sorteio será no dia seguinte.
7) Em que apostaremos?
É aqui que tem sentido o nome do projeto. Há uma lista com os nomes dos bichos citados no livro que deu nome à Banca. Alguns dos nomes eu citarei aqui: 1) Títius ( escorpião), 2) Licosa (aranha orgulhosa), 3) Grilo ( tenor), 4) Dica (a aranha d'água), etc. Cada bicho corresponde a um número e é neste número que você vai jogar na "Banca do Muro". Cada participante só poderá apostar num único bicho, por vez.
8) O sorteio será ao vivo?
Sim. Anunciarei sempre a data e o horário.
9) Além do jogo o que mais propõe a "Banca do Muro"?
Todas as edições vão ter um pequeno ensaio, antes do sorteio, sobre um livro, poesia, Acta Diurna, lenda, etc que foi escrito por Câmara Cascudo. Dessa forma a "Banca do Muro" vai atingir também o lado literário.
Mané Beradeiro/Francisco Martins
11 de dezembro 2020
UM COMPLEMENTO PARA A POSTAGEM DE ONTEM
Ontem eu fiquei o dia todo sempre pensando onde tinha visto um folheto com a capa abaixo? Sabia que nas minhas leituras e pesquisas eu havia me deparado com ela, mas onde? Procurei em vão pela minha cordelteca e não encontrei. Somente à noite, já por volta das 22 h, vendo uma pasta de imagens das minhas pesquisas, eis que a acho. Ele faz parte do acervo da Biblioteca Zila Mamede - UFRN. Foi usado para ilustrar o folheto " O Povo Desembestado", de Chico Ramalho.
Mané Beradeiro
11 dezembro 2020
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
GRAVURA POPULAR - PROJETO MEMÓRIA DA UFRN - UM RESGATE DE 40 ANOS
Alcides Sales, Alcimar Sales, Marcia Cícera Salustino, Pedro Jacob de Medeiros, Rosáfico Saldanha e João Paulino são artistas que participaram do projeto Memória - Volume I - da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Pró-reitoria para Assuntos de Extensão universitária, no ano de 1980. O que há de comum entre eles? O trabalho da xilogravura.
O projeto acima teve a culminância com a publicação de 20 impressões de xilogravuras, no tamanho 10 x 15 cm, em papel cartão. As xilogravuras ilustraram capas de folhetos que foram os seguintes:
1) O Inverno. Autor: Olívio Martins Viana - xilo de Rosáfico Saldanha
2) Um pequeno romance ou o sofrimento de Sofia. Autor: Olívio Martins Viana - xilo de Rosáfico Saldanha.
3) O sofrimento do pobre. Autor: Olívio Martins Viana e xilo de Alcides Sales e Alcimar Sales
Olívio Martins Viana, paraíbano que veio morar em Santa Cruz-RN, em 1934. Começou a escrever cordeis em 1970 e publicou na década de oitenta, graças ao Projeto Memória.
Rosáfico Saldanha Dantas é natural de Santana do Matos, onde nasceu em 1946. Breve saberemos mais sobre ele e a sua contribuição ao cordel brasileiro.
4) A Pobreza aperriada procurando a emergência. Autor Leandro Simões da Costa - xilo de Rosáfico Saldanha.
5) A vida e a morte de Padre Cícero Romão Batista. Autor: Raimundo Bezerra de Moura - xilo de Rosáfico Saldanha.
Leandro Simões da Costa (1921-1992), caicoense, publicou seu primeiro cordel em 1974. Raimundo Bezerra de Moura, de Acari-RN, teve vasta produção desde 1950.
Raimundo Bezerra de Moura, Acariense de 1922. Veio morar em Natal em 1957.
6) Discussão de Roberto Carlos com o Diabo. Autor e xilo de Pedro Jacob de Medeiros.
7) O barbeiro dentista. Autor e xilo de Pedro Jacob de Medeiros.
8) A caverna das Sete Bocas. Autor e xilo de Pedro Jacob de Medeiros.
9) O tremor de terra em Natal. Autor e xilo de Pedro Jacob de Medeiros.
Pedro Jacob de Medeiros (1922-1999), natalense, foi um batalhador da cultura popular. Escrevia, ilustrava e vendia seus folhetos.
10) O que se vê no sertão. Autor: Paulo Pereira e xilo de Alcides Sales e Alcimar Sales.
Paulo Pereira era natural de Santana do Matos-RN e viveu de 1948 a 2003
11) A seca do nordeste. Autor: Francisco F. da Motta e xilo de Alcides e Alcimar Sales.
12) O sofrimento do jumento. Autor: Francisco F. da Motta e xilo de Alcides e Alcimar Sales.
13) Homenagem a Frei Damião, o Santo do Nordeste.Autor: Francisco F. da Motta e xilo de Alcides e Alcimar Sales.
Francisco F. da Motta também conhecido como Chico Mota, nasceu em Catolé do Rocha-PB no ano de 1925 e foi na cidade de Campo Grande-RN, que começou a cantar de viola no ano de 1949. Fixou residência em Caicó-RN.
14) Destino cruel. Autor: Manuel Clementino dos Santos e xilo de Alcides e Alcimar Sales.
Manuel Clementino dos Santos nasceu em Macaporama, em Pernambuco, em 1918. Em 1965 estava residindo em Currais Novos-RN e era conhecido como o poeta "Piraná".
15) Alegria do Sertão. Autor: Francisco Alexandre da Silva e xilo de Alcides Sales e Maria Cícera Salustino.
Francisco Alexandre da Silva, o "Chicozinho" natural de São Tomé-RN, onde nasceu em 1924 e fixou residência em Currais Novos-RN. Chamo a atenção para a participação da única mulher xilógrafa a participar desta coleção, Maria Cícera Salustino, pioneira no Rio Grande do Norte.
16) Experiência do Inverno no sertão. Autor: Francisco Bezerra e xilo de Alcides e João Paulino.
17) A carta do patrão e a resposta do vaqueiro. Autor: Francisco Fabrício de Oliveira (Chico Pedra) e xilo de Alcides e Alcimar Sales.
Chico Pedra nasceu em Jardim de Piranhas, em 1918. Começou a publicar seus folhetos em 1966. Residia em Mossoró.
18) As piranhas e os cabeludos. Autor Severino Cândido e xilo de Alcides Sales.
19) As 12 batalhas herculanas. Autor: José Cosme da Silva e xilo de Alcides Sales.
Alcides Sales andou pelo interior do Rio Grande do Norte - fazendo parte do Circo da Cultura (Fundação José Augusto) ministrando cursos de xilogravura: Macau, Pendências, São Gonçalo do Amarante, Santo Antonio, Monte Alegre, foram alguns dos municípios que ele esteve ensinando a arte da xilogravura.
São estas as xilogravuras:
No sentido anti-horário: "A Seca do Nordeste"; "Alegria do Sertão" (Alcides Sales e Maria Cícera Salustino); "Destino Cruel"; " O Que se vê no sertão" (Alcides Sales e Alcimar Sales) |
"A vida e a morte de Padre Cícero Romão Batista"( Rosáfico Saldanha) |
"Um pequeno romance ou o sofrimento de Sofia"; "A pobreza aperriada procurando a emergência" e "O inverno" (Rosáfico Saldanha). |
E
há ainda uma única xilogravura que não foi identificada nem o autor nem
o título da ilustração. No entanto, o pesquisador
Gutenberg Costa, diz em seu Dicionário que o autor é Rosáfico Saldanha ( página 324).
Fechando a coleção temos as xilogravuras de Pedro Jacob de Medeiros.
Da esquerda para a direita: "O barbeiro dentista"; "Discussão de Roberto Carlos com o diabo"; "A caverna das sete bocas" e "O tremor de terra em Natal" |
Mané Beradeiro
10 dezembro 2020
Fontes:
COSTA, Gutenberg. Dicionário de Poetas Cordelistas Rio Grande do Norte. Mossoró/RN. Queima Bucha, 2004.
________________. A Presença feminina na literatura de cordel do Rio Grande do Norte. Natal/RN: 8 Editora/Queima Bucha, 2015.
EVOCAÇÃO DE ZILA MAMEDE
A reunião de hoje, deste Conselho Estadual de Cultura, marca, para todos nós, o início da ausência definitiva de uma grande e querida companheira. Não precisaria, certamente, relembrar-lhe o nome, porque, há cinco dias, ele percorre os vãos de nossa memória: Zila Mamede. Mas bem merece ela todas as nossas homenagens, esta emoção, este sentimento, esta mágoa que sobem do íntimo de todos nós, inapelavelmente.
Integrante deste Conselho, e é sob este aspecto que dela me ocupo, em primeiro lugar, tinha ela o pleno senso da responsabilidade e da importância do seu encargo. Vimo-la, aqui, quantas vezes, sugerir, debater e defender problemas, iniciativas e providências de ordem cultural (históricos, artísticos, patrimoniais, literários), com a visão, o discernimento, a experiência, a seriedade de quem se sentia votada, por múltiplas faces, ao serviço do benefício coletivo. Criadora, organizadora e diretora de bibliotecas públicas, como a da Universidade e a da Fundação José Augusto, ambas se tornaram modelares no gênero, e constituíram sempre objetivos fundamentais, uma de cada vez, de seus cuidados e de suas preocupações.
Pesquisadora de caráter histórico e intelectual, bio-bibliográfico, seu trabalho sobre os primeiros cinquenta anos de atividade cultural de Câmara Cascudo, em três volumes, constitui um documentário de relevo excepcional. Obra de atualidade e de interesse permanente, dela tive a alegria de observar (nessa época eu também me ocupava de um ensaio sobre Cascudo) que, de então por diante, ninguém poderia estudar ou abordar o mestre da Junqueira Aires, impávido ainda e agora nos seus 87 anos gloriosos, sem consultar o livro de Zila. Obra do mesmo molde é a que já se encontrava concluindo, sobre o poeta João Cabral de Melo Neto. Ambos iniciativas e realizações creio que raríssimas em nosso país, pela meticulosidade das investigações procedidas.
Extraordinária, em Zila, nos dois trabalhos, essa capacidade de abelha laboriosa, movimentando-se na colheita e na ordenação de milhares de fichas, quando se sabe, ainda, as obrigações sempre desgastantes, que assumia na vida particular, orientando, ajudando, provendo, decidindo, quotidiana e regularmente.
Em Zila, havia, sobretudo, mulher prodigiosa e incansável, a grande poetisa que, embora nascida na Paraíba, viera aos cinco anos, menina ainda, para a cidade de Currais Novos, em nosso Estado, e aqui se fixou com a família. Aqui se fez, assim, a sua formação educacional, moral e social, aqui integrou-se nas condições e nos interesses de nossa vida coletiva,aqui participou, fez amigos, viveu, em suma, com tudo quanto uma vida humana comporta de alegrias e dores, sacrifícios e compensações, desânimos e vitórias. Viveu, lutou e construiu um nome estelar, na poesia norte-riograndense, dos mais altos, dos mais puros, dos mais belos, com repercussões nos grandes centros intelectuais do país.
Pelo seu estilo, pela natureza do seu verso, de sua linguagem, Zila permanecerá, imune a escolas, a modas, a correntes, a movimentos; elaborou um tipo de poesia despojado, lúdico, exato, com a energia vital interior e a verdade imanente das coisas criadas para vencer o tempo. Nela, o "exercício da palavra" (título de um dos seus livros), era sempre um ato de consciência e de fé. Zila sabia o segredo das palavras que ficam, que têm vida própria, e não há, portanto, na sua poesia, fantasias e artifícios. Sentimento não é sentimentalismo, emoção pieguismo. Harmoniosa e serena, ela cantou o mar e a terra, os destinos humanos e as incertezas da vida, as coisas e as paisagens, o urbano e o rural, o amor e o tempo. Com igual intensidade e onírica visão. Viajou, viu mundos e ares estrangeiros, na América do Norte e na Europa. Noites de jazz, em Nova Orleans e de flamenco, na Espanha, coisas que adorava. Nunca se teria imaginado um mito, sempre se afirmou como mulher, isto é, como criatura humana, no seu espírito, no seu corpo, no seu sangue. E no entanto, nem sempre de saúde estável e repousada, num temperamento inquieto. Reli, estes últimos dias, mitos de seus poemas. E como é estranha essa presença constante do mar no seu caminho, de menina e moça do sertão, só depois costeira. Mas foi já sob a sugestão ou a influência do mar, que ela compôs, um dia, os melancólicos e não sei se premonitórios "Canto do afogado" e "Canção do sonho oceânico", do seu livro "Salinas", de 1958. Antes, no seu primeiro livro, "Rosa de Pedra", de 1953, o primeiro poema intitula-se "Mar morto", e, além disso, são as águas do mar que escorrem na quase maioria dos seus poemas de então, Quanto à "Herança", seu último livro publicado, em 1984, perfeito nos temas e na forma, este é um balanço da existência familiar, tipos curiosos e vultos de parentes e aderentes, velho baú de guardados, um retorno aos dias perdidos, estrofes lembrando aqueles retratos que amarelecem nas paredes das salas bem-postas de antigamente.
Insisto na presença do mar na poesia de Zila. Ainda um exemplo: "Navegos", de 1975, é uma coletanea de temas diversos, mas o título denuncia mais uma vez, a sua obsessão. Foi o mar, assim, o seu refúgio, o seu companheiro de cismas solitárias, o seu espaço de navegos, seus sonhos sem alcançar,seus horizontes distantes e vazios. O instrumento fatídico de sua morte, afinal. Terá sido, igualmente, o de sua paz? (Palavras sobre Zila Mamede, no Conselho Estadual de Cultura, dezembro, 1985).
Américo de Oliveira Costa
Fonte: O Comércio das Palavras, Volume II, páginas 95 a 97.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
SEXTA-FEIRA COMEÇA O 5º CÍRCULO NATALENSE DO CORDEL
Confira a Programação que tá pra lá de arretada
11 de dezembro (Sexta-feira)
» 18h30min – Abertura oficial com a presença da Estação do Cordel e Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel (Anlic)
» 19h – Mesa de ideias: Marcos no Cordel: Fortalezas poéticas, construções sociais
Mediação: Carlos Alberto (RN)
Debatedores: Aderaldo Luciano (PB/RJ), Paulo Teixeira Iumatti (SP) e Helonis Brandão (CE)
12 de dezembro (Sábado)
» 8h30min – Café com Cordel com a presença dos poetas de Pau dos Ferros-RN, Manoel Cavalcante, Robson Renato e Ingrid Natália
» 9h30min – Mesa de Glosas – Na trilha feminina
Coordenação: Anita Alves (RN)
Mediação: Thaynnara Queiróz (PE)
Poetisas glosadoras: Dayane Rocha (PE), Elenilda Amaral (PE), Érica Pereira (PB), Erivoneide Amaral (PE), Francisca Araújo (PE), Lucélia Santos (RN) e Lu Fernandes (RN)
» 12h – Sarau: Poesia no Prato com a participação dos poetas e seus filhos declamando em família. Neste time teremos: Cacá de Cirilo e Clara Bezerra (Carnaúba dos Dantas – RN), Cláudia Borges e Filipe Borges (São José do Mipibu – RN), Jadson Lima e Davi Lima (Bom Jesus – RN), Wagner Cortês e Bia Cortês (Carnaúba dos Dantas – RN), Adriano Bezerra e Liane Bezerra (Santa Cruz – RN) e para fechar o sarau do dia, a voz e a criatividade dos violeiros Felipe Pereira (Natal-RN) e Helanio Moreira (Serra de São Bento – RN)
» 14h – Mesa de ideias: Debate – Cordel em Movimento, A Escrita de Inspiração Feminina no Cordel – Movimentos e atuações
Mediação: Tonha Mota (RN)
Debatedoras: Erica Montenegro (PE), Madu Costa (MG) e Nilza Dias (SP)
» 16h – Mesa de ideias: Revolução no Traço Xilográfico Brasileiro – O Protagonismo das Mulheres.
Mediadora: Cláudia Borges (RN)
Debatedoras xilogravuristas: Nireuda Longobardi (RN/SP) e Lucélia Borges (BA/SP)
» 18h – Sarau de Encerramento: Estação do Cordel vai à sua Casa!
Coordenado por Daniel Francisco (Parelhas – RN), que contará com a seguinte seleção de poetas: Aleixo Luiz da Fonseca (Parelhas – RN), Anielly Nogueira (Caicó – RN), Claudson Faustino (Currais Novos – RN), Constância Uchoa (Caicó – RN), Dodora Medeiros (Caicó –RN), Dorinha Rocha (Ipueira – RN), Evanilson Adelino (Carnaúba dos Dantas – RN), Fabricio Vale (Caicó – RN), George Azevedo (Jardim do Seridó – RN), Geraldo do Norte (Parelhas –RN),Hérculys França (Parelhas – RN),Iany Alves (Caicó – RN),José Alves da Silva (Parelha – RN), Léo Medeiros (Currais Novos – RN), Lucélia Santos (Patu – RN), Neco do Acordeon (Parelhas – RN), Patricia Gurgel (Caicó – RN), Patricia Sampaio (Caicó – RN), Paulo Varela (Assu – RN), Rainilton de Sivoca (Parelhas – RN), Thiago Camilo (Currais Novos – RN), Thiago Monteiro (PB), Tonha Mota (PB/RN) e Varneci Nascimento (BA/SP)
Realização
Comissão Organizadora:
» Tonha Mota, Moura Galvão, Claudia Borges, Anita Alves, Lucineide Vieira, Carlos Alberto e Nando Poeta
» Você pode acompanhar e interagir passo a passo com as mesas de ideias e interagir com os(as) debatedores(as). É só clicar no link da plataforma Zoom
» Mas também poderá acompanhar pelo facebook ou youtube
ESTE DEUS
Este Deus que não se contenta em ser Deus mas que também quis ser Pai.
Este Deus que nos ensina que AMAR é distribuir tudo de nós a todos.
Este Deus que aparentemente possa parecer distante, ele tem o comando de todos os reinos ontem, hoje e amanhã.
Este Deus tão meu, tão ao seu alcance ...
A Ele meu louvor, minha fé, meu canto popular e meu apelo: Maranata!
Francisco Martins
09 de dezembro 2020
DUDA DA BONECA FAZ EXPOSIÇÃO DE MÁSCARAS NA PRAIA DE SAGI
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
O MEU ESCRITOR E POETA PREFERIDO
Ele é Aquele que conhece a alma humana melhor do que todos os ganhadores do Nobel de Literatura.
Escreve com tanta sapiência, mas tanta sabedoria que tudo que registrou em seu livro até o momento, nada deixou de se realizar. Não é o máximo?
O leitor quando descobre o autor e por Ele se apaixona, assim como nos apaixonamos por: Cervantes, Saramago, Shakespeare, Dostoiésvki, Machado de Assis, Borges, Exupery, Clarice Lispector, Gabriel Garcia Marquez, Lobato, Adélia Prado, Drumonnd, Quintana...(lembre dos seus autores favoritos), a gente vai cada vez mais gostando Dele e percebemos que Ele nos ama como nenhum outro escritor que você conhece (mesmo fisicamente). Por isso lá no livro há muitas promessas para você. Não vou citar nenhuma, para não praticar spoiler. Vá lá e descubra você mesmo!
É algo transcendental - domina a prosa e a poesia. Escreve crônicas, descreve batalhas, romances, dramas, humor. Leva-nos para cenas inesquecíveis, toca-nos o coração e quem compreende sua mensagem transforma-se! Não, Ele não é mágico, mas seu livro uma vez lido causará uma reação de repulsa ao mal.
Meu escritor e poeta preferido ... Será que não é o seu também?
Francisco Martins
08 de dezembro 2020
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
O VIRUS E O VELHO - PARTE II
-Olá Dotô! A gente se encontrou de novo.
Em março eu tive aqui proseando com vosmicê sobre o tal Corona Virus. Se arrecorda?
Pois num é que eu estou contaminado por ele!
E tem gente que me pergunta:
“Compadre você pegou a Covid 19?”
Arrespondo com o espríto de Seu Lunga: - Não, foi ela quem me pegou!
Mentira? Não! Pegou mesmo na última quinta-feira deste mês de Santa Luzia.
Comecei a sentir uma dor no juízo, aqui dentro da cabeça. Adepois veio um cansaço grande,
Um esmorecimento parecia até que eu tinha levado uma surra de cipó brocha.
Homi, Dotô, pra mió o sinhô intendê, era como se eu fosse um tejo e tivesse passado umas duras horas pelejando com a cascavel.
Pra piorar a situação chegou a caganeira, destas de chicotada, que a gente vai se acabando pelo fundo igualzim a panela veia.
Perdi as contas que fui a casinha. Ah vírus miserável!
As caixas dos peitos num foram afetadas, respiro tal qual um bezerro novo.
O velho bombo (coração) continua a bater na merma cadência de 56 anos atrás, que dizer, menos, mas bate bem.
Por onde será que esse condenado entrou?
Num importa, né dotô?.
Eu quero mesmo é fazer com que ele saia de dentro de mim e vá pros quintos do Inferno.
Bicho nojento
Sujeito homicida dos sonhos alheios
Destruidor de famias
Isso só pode ser o peido do Satanás espaiado pelos cinco continentes.
Mas eu vou miorá, Vou sim!
Anote aí Seu dotô
Mané Beradeiro não é homem que vai morrer assim facilmente.
Inda vou abrir muitas cancelas,
passar por mata-burros,
Deixar rastro em estradas e espaiar versos como quem planta pé de fulô.
Parnamirim-RN
07 de dezembro 2020
Observação: Se você não leu a Parte I clique aqui e leia: O Velho e o Vírus
domingo, 6 de dezembro de 2020
MARGARIDA
A todas as mulheres poetas, principalmente as cordelistas, trago hoje este lindo poema "MARGARIDA", da poeta Lisbeth Lima.
BEM ME QUER,
MAS ME QUERES.
BEM ME QUER,
MAL ME QUEREM.
BEM ME QUER,
MAL NENHUM ME QUERES.
QUANDO BEM ME QUERO
MUITO MAIS ME QUEREM.
Fonte: Revista da Academia Norte-rio-grandense de Letras, nº 58, ano 2019, p.247.