domingo, 31 de julho de 2022

CRÔNICA DE UMA VIAGEM AO BREJO PARAIBANO - PARTE III - AREIA - FINAL

 Qual a melhor distância entre dois pontos? Inegavelmente é uma linha reta. Quanto tempo se leva entre o ponto Bananeiras ao ponto Areia? Aí as respostas são diversas. Por onde iremos, como iremos, em qual velocidade, etc. No nosso passeio, o trajeto entre esses dois pontos que deveria ser menos de 30 minutos, durou mais de 1:30h. A culpa não foi das estradas, que volto a afirmar que são ótimas. O que aconteceu foi que ao pararmos no Posto Santa Fé, que fica defronte ao Santuário do Padre Ibiapina, tivemos um problema. Desliguei o carro para abastecer e depois ele não quis mais pegar. Tentei várias vezes e ligar.

Estávamos no município de Solânea, já na divisa com Arara. Qual seria a causa? Elétrica, mecânica? Não tínhamos certeza nem sabíamos afirmar. Ainda bem que neste mundo tem gente de bem, um rapaz do posto acionou um mecânico para nos socorrer. Esperamos ... 40 minutos e só depois ele nos disse que não podia vir nos socorrer.  E agora? Não conhecíamos ninguém naquela região.  Outra pessoa se sensibilizou com nossa situação e foi até ao centro de Arara buscar socorro. Ninguém disponível, todos os mecânicos de Arara estavam ocupados naquela manhã de sábado. 

 A situação nos deixou tão tenso que sequer tiramos fotos desse momento.  Finalmente apareceu o proprietário do Posto Santa Fé. Ladeou seu carro próximo ao nosso, colocou uns cabos interligando as baterias e o carro pegou sem precisar fazer outra tentativa. Confirmado o problema: bateria descarregada. Agradecemos imensamente e voltamos à estrada em direção a Areia.

Não demoramos a chegar em Areia. Almoçamos no Restaurante Rural  Vô Maria, bastante conhecido naquela cidade e depois fomos ao Engenho Triunfo, um espetáculo à parte, com sua beleza floral, recepção e a natureza cercando-o de carinho.

Restaurante Vô Maria - foto da internet


Engenho Triunfo - foto acervo do autor


Engenho Triunfo - foto acervo do autor.

Retornamos sem nenhum problema.

LEITURINO SE APRESENTOU ÀS CRIANÇAS DA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

 Foi na tarde de ontem, 30 de julho, que às 17 h o Palhaço Leiturino se apresentou para as crianças da Igreja do Evangelho Quadrangular, que realizava o congresso estadual, na cidade de Natal.

Leiturino contou histórias, levando em seu repertório não apenas histórias ligadas aos ensinamentos bíblicos, mas também valores humanos.

O evento estava muito bem organizado e tinha crianças de várias cidades do interior do Rio Grande do Norte. A Igreja do Evangelho Quadrangular foi fundada nos Estados Unidos da América, em  Janeiro de 1923. O termo Evangelho Quadrangular foi criado pela fundadora da Igreja, a Missionária  Aimée Semple McPherson, e signfica equilibrado por todos os lados, resistente.

Nas imagens abaixo momentos da equipe de jovens que colaborou com Leiturino quando se apresentava.







Ao fazer a postagem no meu instagran escrevi: Dos dois personagens que faço o que mais me emociona é o Palhaço Leiturino. Ele traz o encanto da infância que tem aquele aroma de "nunca mais".

Francisco Martins - 31 de julho 2022

quarta-feira, 20 de julho de 2022

"MEU SONHO DE AMOR" - POEMA DE SELMA JUSTINO

 A poeta Selma Justino retorna  hoje ao blog. Presenteia-nos com o poema romântico "Meu Sonho de Amor". Ah! o amor, esse sentimento nobre que dois grandes homens bem souberam definir. O Apóstolo Paulo escrevendo sobre a natureza desse sentimento nos diz: "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios 13:7) e o poeta Camões o define : "O amor é fogo que arde sem se ver/ É ferida que dói, e não se sente/ É um contentamento descontente,/É dor que desatina sem doer."

Leiam o poema de Selma Justino e vejam quanto há dessa verdade na sua escrita.



MEU SONHO DE AMOR

Você me fez reviver, 
Te conheci, te amei, 
Chorei, sofri, sem entender  o porquê você se foi..
Senti raiva, mágoas, desilusão, decepção.
Dias, meses, anos, foram passando e tudo foi ficando como uma lembrança. 
A dor se foi 
A tristeza cessou 
A mágoa passou 
A saudade  foi a que mais demorou, mas um dia também se foi...
E o que restou?
Restou o amor, mas este um dia também congelou, 
Bloqueei todos os meus desejos.
Apaguei da minha vida,da minha história tudo que pudesse lembrar você...
Decidi caminhar sozinha...dentro mim eu queria te encontrar.
Onde você estava? Estava no meu sonho.
Na realidade nunca te esqueci...te procurei..te busquei..
Te encontrei..,relutei...voltei..mas algo me impulsionava até você..
Te olhei...te desejei  como antes. 
Descobri o melhor e o maior sentimento ,você chegou...e com apenas um sorriso quebrou todo gelo do meu coração, me fez renascer, reviver.
HOJE ÉS O SONHO MAS LINDO QUE ESTOU A VIVER.

Selma Justino


terça-feira, 19 de julho de 2022

QUINTA CULTURAL NO IHGRN COM VICENTE SEREJO

 


O IHGRN dentro das festividades do centenário do Modernismo fará na próxima quinta-feira, palestra aberta ao público, com o tema: Modernismo e Identidade Brasileira. O palestrante será o jornalista, cronista e bibliófilo Vicente Serejo.

CRÔNICA DE UMA VIAGEM AO BREJO PARAIBANO - BANANEIRAS - AREIA - PARTE II

 Em 1936 o poeta Manuel Bandeira lança o livro "Estrela da Manhã" e dentro dele há um dos mais conhecidos poemas brasileiros: "Trem de Ferro". Quem nunca ouviu ou leu  a sonoridade dos versos que lembram um trem em movimento: "Café com pão/ Café com pão/ Café com pão/ Virge Maria que foi isto maquinista? ..."

É com a imagem desse trem da infância que eu trago ao leitor a continuidade da crônica de viagem ao Brejo Paraibano.  A Estação Bananeiras fica em uma parte alta da cidade, aliás, lá tudo ou é no alto ou no baixo, dificilmente no plano. Bananeiras tem um relevo que oscila literalmente entre vales profundos e estreitos dissecados. E isso é encantador! Ali bem próximo da Estação fica o túnel.


A passagem foi aberta em 1922 e os trilhos colados em 1925. O local é conhecido como Túnel da Serra da Viração, e foi feito durante o Governo de Solon de Lucena. Faz muito tempo que não passa nenhum trem por ali, até os trilhos foram extraídos e hoje, a passagem é uma estrada rodoviária.

Bananeiras é cidade
Que dá gosto conhecer
Cada rua tem uma ladeira
Que faz a gente tremer
O frio é bem gostoso
Um bom vinho vou beber
(Mané Beradeiro)

Na noite de sexta-feira, quando chegamos ao apartamento, a lua nos saudava desejando um bom descanso. Antes, bebemos um vinho tinto, tendo queijo, pão e  pasta de trutas defumadas com azeitonas verdes. Na condição de poeta escrevi:


Vejo a lua da janela
Tão fria e solitária
Como quem busca na vida
Ser mais que celibatária
Inda é musa do poeta
De alma milionária
(Mané Beradeiro)

No outro dia, saímos por volta de 9 horas com destino  a Areia, distante 46 km de Bananeiras. Pedimos uma sugestão a Yvana e a mesma nos disse que o melhor trajeto era ir por Solânea.
Nos despedimos de Yvana, que nos alugou o apartamento (veja o espaço clicando aqui:Apartamento em Bananeiras)



E o "trem de ferro" correu com destino a Areia...

...Vou depressa/ Vou correndo/Vou na toda/ Que só levo/ Pouca gente/Pouca gente/ Pouca gente"

Espero vocês na estação de Areia-PB, quando terminaremos a viagem!

Francisco Martins
19 julho 2022







segunda-feira, 18 de julho de 2022

CRÔNICA DE UMA VIAGEM AO BREJO PARAIBANO - BANANEIRAS - PARTE I

 Sexta e sábado passados eu  e minha esposa voltamos ao Brejo Paraibano, para rever as cidades de Bananeiras e Areia. Dessa vez fomos em nosso carro, acompanhados de Clovis e Conceição, pais de Sandra. Viagem de 552 km, compreendidos no trajeto Parnamirim- Ceará-Mirim- Areia  (ida e volta). 

Viajar é oxigenar a alma, é jogar sal na vida que às vezes se apresenta tão insípida e carece desses momentos. E quando fazemos isso em família os momentos são melhores e inesquecíveis. Nossa primeira parada foi em Tangará, onde tomamos café degustando os famosos pastéis daquela cidade, que se tornaram patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte.

Logos após o desjejum seguimos pela RN 093 que liga Tangará  até a cidade de Passa e Fica. O trecho que compreende o percurso da entrada de Lagoa Dantas até Passa e Fica está insuportável. Muitos buracos na estrada, praticamente sem asfalto. Lamentável, pois é uma RN importante para o turismo local.

Tão logo entramos no estado da Paraíba, a rodovia estadual PB-099 nos recebeu  com a dignidade que merecem os que trafegam na qualidade de viajantes. Excelente pista, sem problemas no asfalto. As demais que as seguiram também assim estavam. A malha rodoviária da Paraíba já é conhecida pela sua qualidade suprema. Junte-se a isso o preço da gasolina que é bem mais barato que aqui no RN. Encontramos o preço do litro de até R$ 6,08 (seis reais e oito centavos).

Finalmente chegamos na linda cidade de Bananeiras. Às 12 h a temperatura era amena. Almoçamos no Divino Casarão, onde fomos bem servidos com uma moqueca de pescada branca.

Sandra, no Divino Casarão, Bananeiras-PB

Os bananeirenses são bem hospitaleiros e receptivos. Alegres, puxadores de uma boa prosa. Ainda pegamos a Praça  Epitácio Pessoa, centro, totalmente  ornamentada com tema junino. Visitamos a Estação Bananeiras, o túnel  do Trem e caminhamos pelas ruas conhecendo pontos comerciais e vendo o artesanato local.


Por enquanto eu fico por aqui. Depois continuo o relato dessa viagem.


Francisco Martins

18 julho 2022







terça-feira, 12 de julho de 2022

COMENTANDO MINHAS LEITURAS: "A CIDADE EM CHAMAS" - CHAMOU MINHA ATENÇÃO!

Diz o povo em seu saber
Que fogo ladeira acima
A água ladeira abaixo
são coisas que não anima
Por isso meu camarada
Não passe nesta estrada
Nem queira sentir o clima

Isso é coisa pra Bombeiro
Que sabe bem o que faz
A ele nosso louvor
Que da dor nos dá a paz
É anjo aqui na terra
A verdade que encerra
Em espírito tão audaz"

Mané Beradeiro.

Flademir Gonçalves Dantas, guardem bem esse nome, ele tem muita coisa a nos dar no campo da literatura de pesquisa. Quem é ele?  É um homem que tem 40 anos, casado, pai de dois filhos, estudou em escolas públicas, prestou concurso para  soldado no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande Norte (2002), graduou-se em  História e Direito e é Mestre em História. Atualmente é 3º Sargento Bombeiro Militar.


Li recentemente o seu  livro " A Cidade em Chamas: O serviço de extinção de incêndios em Natal/RN (1917-1955). Fui ao lançamento que aconteceu no dia 9 de junho deste ano, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, do qual ele faz parte. A dedicatória veio assim: "Ao amigo Martins Neto, dedico esse livro para ser lido com capa, capacete e cilindro de ar respirável, pois as chamas do passado ainda queimam ."



Há livros que você ler e esquece. Há aqueles que são lidos e ficam por algum tempo em nossa memória e existem os que têm o poder de nos cativar. O livro "A Cidade em chamas ..." vai ficar na minha biblioteca por muitos anos. Primeiro porque é fruto de uma pesquisa árdua ( e quem é pesquisador sabe bem o que isso representa), segundo: ele traz um resgate  valioso e inédito na lacuna da História do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte. Some-se a isso, que através dele mergulhamos numa Natal  dos séculos XIX e XX com suas fragilidades na  inexistência e depois na estrutura de uma corporação dos bombeiros.  Enquanto o fogo queima, Flademir Dantas vai tirando das cinzas o calor da história e monta um painel repleto de cenas que Natal viveu.


Não pretendo tirar o sabor do mel que Flademir tem guardado nas páginas do seu livro aos leitores, mas posso reavivar a chama da curiosidade e dizer que vale a pena tê-lo. O projeto gráfico é muito bom. Capa bonita, diagramação bem feita, revisão  textual excelente, papel pólen no miolo ( que não cansa a vista), muitas fotografias, etc. O próprio autor promete que esse é a primeira parte de uma trilogia: " Esse é o primeiro volume de uma trilogia que almeja rascunhar a centenária História do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte ...". Parabenizo o autor, pois um trabalho deste nível fica para sempre! 

Aguardamos ansiosos os outros livros.


Francisco Martins
12 de julho de 2022





segunda-feira, 11 de julho de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...



 "O homem é uma doença da Natureza - e a pior de todas porque é uma doença inteligente."

Fonte Ideias de Jeca Tatu - Editora Brasiliense Ltda. São Paulo: 1946, página 209.

terça-feira, 5 de julho de 2022

UMA IMAGEM DE CEARÁ-MIRIM EM 1900

 Somente quem é apaixonado por pesquisa é capaz de compreender a alegria que se sente quando nos deparamos com algo assim. Estava eu pesquisando a Revista Semanal, que começou a circular em 20 de maio de 1900, na cidade do Rio de Janeiro, quando encontro na edição de nº 63, de 28 de julho de 1901, esta fotografia. Pena  que não há nenhuma reportagem sobre o evento, apenas pequeno texto informando que era a subida do sino grande na  Matriz de Ceará-Mirim  no ano de 1900. 


Francisco Martins


quinta-feira, 30 de junho de 2022

SERRA BARRIGUDA É PATRIMÔNIO IMATERIAL

 A Serra  Barriguda, localizada em Alexandria, cidade que fica a 380 km da Capital, é agora patrimônio imaterial histórico, cultural , paisagístico e turístico do Rio Grande do Norte. A Lei nº 11.184 foi assinada ontem pela Governadora Fátima Bezerra e está sendo publicada hoje, no Diário Oficial do Estado, edição de 30 de junho de 2022.


O projeto de lei foi uma iniciativa da Deputada Estadual Cristiane Dantas (SDD),  que teve aprovação na Assembleia Legislativa em 7 de junho. Serra Barriguda foi eleita em 2007 como a primeira das 7 maravilhas do Rio Grande do Norte.  Numa altitude de 602 metros,  e com altura de 310 metros, ela é um lindo cartão postal, orgulho de Alexandria e do Rio Grande do Norte.

Fontes: Blog de Ana Cadengue, em 7 de junho 2022; Diário Oficial do Estado, edição de 30 de julho 2022.

ESPREMENDO OS ANOS



1.
2.3
4.5.6
7.8.9.10
Até aqui comi pastéis


11.12.13.14
15.16.17.18.19
20.21.22.23.24.25
Brinquei, estudei, trabalhei


26.27.28.29.30.31
32.33.34.35.36.37
38.39.40.41.42.43.44.45
Trabalhei, suei, chorei, despertei


46.47.48.49.50.51.52.53.54
55.56.57 e em julho: 58
Semeando, poetizando
Vivendo, sendo, lendo.

Coisa besta é espremer os anos.


Francisco Martins

quarta-feira, 29 de junho de 2022

AOS PESCADORES

 

No meu ofício pesqueiro
Eu conheço bem o mar
Os peixes que nele habitam
Sou capaz de nomear
As ondas que são bravias
Fazem coração pulsar


Minha jangada singela
Quando está em alto mar
É pra mim a segurança
A certeza de voltar
Pra rever minha família
Tesouro espetacular


Desse mar tiro o sustento
Meu almoço e meu jantar
Nas redes ou nos anzóis
Recolho os frutos do mar
Sou pescador destemido
Navego em qualquer lugar.


Mas hoje eu ouvi a história
De um pescador diferente
Que na rede não traz peixe
E já mudou muita gente
O seu nome é Jesus Cristo
Filho do Onipotente


Suas redes já pescaram
Mais peixes que os Oceanos
A isca que Ele usa
É a mesma a muitos anos
Sua Palavra Divina
Que transforma os humanos


Conhece tão bem o mar
E tudo que nele tem
Que dá ordem aos ventos
E águas acalma também
Pois sendo filho de Deus
Não perde para ninguém


Ele pesca corações
Que trata com seu Espírito
Apresenta a Deus Pai
Deixando-os mais bonitos
Salva a gente do calvário
Nos leva ao infinito.


Ele diz: "Sou pão da vida"
Posso Nele acreditar
Fez milagres cá na Terra
De forma espetacular
Por isso que hoje quero
A Ele me entregar


Jesus - que és Luz do Mundo
Meu farol a me guiar
Eu te peço nesta noite:
Venha mim agasalhar
Aqueça meu coração
Ele é seu, pode entrar.


Nas pescas que eu fizer
Oh Jesus, comigo vá
Não temerei as tormentas,
Perigos em alto mar
Pois sei que eu voltarei
Pra com os irmãos eu louvar.

Mané Beradeiro
29 de junho 2022



ESPAÇO INFANTIL FOI INAUGURADO NA BIBLIOTECA DO IFRN DE PARNAMIRIM

 Momentos de hoje à tarde, na inauguração do Espaço Infantil, na Biblioteca Nísia Floresta, no IFRN de Parnamirim. Mané Beradeiro contou suas histórias e encantou os presentes.





terça-feira, 28 de junho de 2022

INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO INFANTIL NA BIBLIOTECA DO IFRN - PARNAMIRIM

 Vai ser amanhã, à tarde, com início às 14 h, que Mané Beradeiro se apresentará na inauguração do Espaço Infantil da Biblioteca Nísia Floresta - que fica localizada dentro do IFRN- Parnamirim. O poeta e contador de histórias levará ao publico um repertório cheio de coisas boas, que tratam sobre os livros e seus encantamentos. Como  não podia ser diferente, com ele estarão também Ananias e Sarauê.



segunda-feira, 27 de junho de 2022

SELMA JUSTINO - UMA ESCRITORA QUE BROTA NA MADRUGADA

Hoje, tenho a alegria de apresentar àqueles que visitam o meu blog, a escritora e poeta SELMA JUSTINO. Eu a conheci quando ela era criança, convivemos na mesma terra da infância, a Fazenda Santa Maria.  Seu cardápio literário contém crônicas, memórias, poemas, tudo guardado com carinho no baú da alma.  


Selma Justino ainda não tem livro publicado, mas não é por falta de produção textual.  Para apresentar Selma Justino aos meus leitores eu escolhi este texto: "Silêncio na Madrugada", uma crônica vestida de poesia. Ela tem o Ensino Médio e mora no sítio Maria Alves, no distrito de Tamanduá, município de Ceará-Mirim. Já trabalhou como professora, mas atualmente cuida do lar, o que significa que trabalha muito mais.

SILÊNCIO NA MADRUGADA

 No silêncio da madrugada, onde toda inspiração vem, onde nos sentimos livres, nossos pensamentos vagueiam e se complementam na mais perfeita sintonia. É no silêncio que nos sentimos livres , é no silêncio que sentimos as batidas suaves do nosso coração, é no silêncio que tudo se faz, esse silêncio me traz paz, liberdade, no silêncio que consigo ver tudo com leveza.

 É no silêncio que consigo me conectar com o meu eu, e sei quem sou, onde estou e aonde quero chegar, é no silêncio dessa madrugada fria que consigo sentir também o vazio que alguém deixou e que minhas artérias congelam e posso sentir o arrepio no meu corpo ao lembrar do passado, um passado não tão distante, mais um passado que não volta....é nesse silêncio, frio...que busco no presente os melhores momentos da minha vida....é nesse silêncio frio que não sei o que será o meu futuro....mais sei que meu futuro terá um enigma a ser desvendado ....na mesma intensidade que sinto o silêncio frio, também sinto meu coração que antes quente...também esfriando...antes querendo dominar meus pensamentos ficando quieto...na mais perfeita compreensão falando para o meu cérebro...consigo neste momento te entender....e  eu no meu silêncio frio .....também consegui entender.


Selma Justino terá outras postagens em meu blog. Aguardemos!

Francisco Martins
27 de junho 2022



CAÇADOR DE BOTIJAS



Julho vai chegar brevemente
Ele traz para mim meus 58 anos.
Ei de recebê-los com alegria e disposição.
Vou sair estrada à fora, sendo caçador de botijas.
Não faço questão que sejam de ouros.
É níquel pesado e cobiçado.
Quero botijas de histórias
Onde moedas de sentimentos  estão enterradas nas cinzas de antepassados.
Quero ser caçador de botijas.

Francisco Martins

domingo, 26 de junho de 2022

PROJETO DAS ARTES VAI REALIZAR EVENTO NA PRAÇA ALUÍZIO ALVES



 O Projeto das Artes, uma iniciativa popular, sem fins políticos, fruto da consciência de umas pessoas que reconhecem o quanto a cultura, em suas mais variadas formas de apresentações é importante para o prazer, formação e crescimento da cidadania, vai realizar brevemente, no dia 16 de julho, na Praça Aluízio Alves,  localizada no Jardim Aeroporto, bairro Emaús, em Parnamirim-RN, o SÃO JULHÃO DO PROJETO, tendo início às 17:30 h.

Muitas barracas com produtos alimentícios e artesanato, plantas, roupas, livros, cordéis, etc estarão disponíveis para o público, com preços especiais. Desta forma, o projeto une o útil ao agradável, trazendo alegria e promovendo a economia do bairro.

Como já escrevi acima, o Projeto das Artes vive exclusivamente das contribuições que a própria comunidade oferta, quer seja através das pessoas físicas e os estabelecimentos comerciais, sem receber nada do poder público, em qualquer esfera. Para poder alugar uma tenda, visando proteger os expositores, o Projeto está oferecendo às pessoas, bilhetes de um balaio julhino, ao preço de R$ 2,00 (dois reais, que será sorteado no evento).


Ontem à tarde, teve a reunião sobre essa ação e o local não podia ser outro: a Praça Aluízio Alves, afinal como escreveu o poeta Castro Alves, "A Praça é do povo".


Francisco Martins

26 de junho de 2022


terça-feira, 21 de junho de 2022

CURSO DE LIBRAS COMEÇA EM JULHO

 


Se você é professor da rede pública estadual ou municipal do Rio Grande do Norte e tem vontade de aprender o idioma dos sinais, Libras, a oportunidade vai se abrir no próximo dia 6 de julho. Veja as informações no cartaz.

domingo, 19 de junho de 2022

JORGE O'GRADY DE PAIVA

 

Publicado: 00:00:00 - 19/06/2022Atualizado: 15:02:34 - 18/06/2022
André Felipe Pignataro e Francisco Martins 
[Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte ([IHGRN)]

Jorge O’Grady de Paiva conseguiu, como poucos, conciliar a fé e a ciência. Natural de Ceará-Mirim, nascido em 26.05.1909, mudou-se muito cedo para o Rio de Janeiro, então capital federal, sendo, lá, conhecido, simplesmente, como padre Jorge.

Além de sacerdote e cientista, a política também despertava o interesse de Jorge O’Grady. Em telegrama de agosto de 1954, enviado ao jornalista Carlos Lacerda, eterno opositor de Getúlio Vargas, O´Grady afirma que parte da responsabilidade pelo atentado da Rua Toneleros, a que Lacerda sofreu e sobreviveu, era dele próprio, pela falta de respeito com que tratava o presidente da República. Dias depois, Vargas dava fim à própria vida.

Quando ele vinha a Natal, era comum fazer conferências sobre o espaço sideral. Além disso, o padre-astrônomo dava entrevista aos jornais de todo o país sobre a corrida espacial entre as duas superpotências da época: Estados Unidos e União Soviética.

Jorge O´Grady é o autor do “Dicionário Brasileiro de Astronomia e Astronáutica”, de 1969, obra teve boa aceitação em Portugal e em toda a Europa. "Um dicionário pioneiro em toda a bibliografia mundial da matéria", escreveu Tristão de Athaíde, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima, famoso crítico literário carioca e membro da Academia Brasileira de Letras, em carta enviada ao padre Jorge, e que foi publicada no Diário de Natal, pelo jornalista Aderbal de França, que usava o pseudônimo Danilo.

Francisco Martins lembra que, certa vez, viu um sacerdote usando o clérgima no gabinete do arcebispo de Natal. Era o então cônego Jorge O’Grady de Paiva. A secretária Terezinha Villar tinha-lhe dito que o cônego era natural de Ceará-Mirim.

Teve vez, então, uma rápida conversa com o sacerdote, que muito o marcou. Ao dizer-lhe que tinha familiares naquela cidade, perguntou-lhe se iria lá rever os seus. A resposta, porém, veio vestida de saudades: “Não há mais nenhum parente meu em Ceará-Mirim”. Encerrada a conversa, Martins preparou a entrevista coletiva que o cônego daria à imprensa por ocasião de sua posse na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.

O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte guarda, em seu museu, uma maleta com objetos litúrgicos e um solidel e uma sobrepeliz, vestes católicas, que foram do cônego Jorge O´Grady de Paiva, falecido em 24.01.2001. Este artigo faz parte da série “Nossas velhas figuras” do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN), coordenada por Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro, alusiva às comemorações dos 120 anos da mais antiga instituição cultural potiguar, fundada em 29.03.1902.

FONTE: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/jorge-o-grady-de-paiva/54097