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terça-feira, 28 de maio de 2013

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO

O BISPO 
Mané Beradeiro

O Bispo passou o dia todo viajando, em estrada de barro, quando chegou a Paróquia já era tarde, estava deveras cansado. O sacristão era a única pessoa que se encontrava na Casa Paroquial e recebe a autoridade eclesiástica:
-Bem vindo Vossa Excelência! Acredito que Vossa Excelência está cansada ( empregou a concordância com o tratamento)
O Bispo respondeu prontamente:
-Cansada? Eu estou é morta  meu filho! Falou abanando-se  com o solideu (aquele chapeuzinho de cuia).
- Me perdoe a pergunta, mas Vossa Excelência é devoto de São Sebastião?
- Sou sim, sacristão, como você sabe?
-Seu jeito de sentar e falar não nega. Está na cara que Vossa Excelência, assim como o Mártir São Sebastião, adora andar se esfregando em pau ... de  larajeira, completou!
É por estas e outras que eu digo e repito: sacristão novo, cospe fora da Igreja, sacristão velho, mija no altar!

O LIVREIRO, HERÓI ANÔNIMO

Vemos exaltados, com frequência, na mídia, escritores e editores e, na maioria dos casos, com inteira justiça pelo trabalho que realizam. Na cadeia produtiva do livro, porém, há um grande herói anônimo que, apesar de sua comprovada importância, quase nunca é lembrado. Ficaram na memória dos que acompanham o movimento editorial algumas figuras exponenciais, como os franceses Garnier e Garraux, o carioca Francisco Alves, os paulistas José Olympio (que começou sua carreira na Casa Garraux, em São Paulo, aos 18 anos) e Monteiro Lobato, que nacionalizou a impressão e a venda de livros em grande escala. Ainda no começo deste século, Lobato, tentando suprir a falta de livrarias, lançou o projeto de vender livros em farmácias, quitandas e onde mais houvesse pessoas interessadas nesse difícil mister.Menos do que um comerciante típico (embora precise sê-lo), o livreiro no Brasil é a pessoa que tem um vínculo muito forte, quase afetivo, com o livro, que o respeita mais do que uma simples mercadoria, defendendo-o como indispensável à formação da personalidade, ao aprimoramento cultural, e como ferramenta para o crescimento profissional em todas as áreas.Na sua loja, discreto, amável, silencioso, sem o estardalhaço publicitário de outros ramos de comércio – que a pequena margem de lucro de seu negócio impossibilita –, o livreiro tem sido, nos dois últimos séculos, o profissional que mantém azeitadas e funcionando as engrenagens da indústria do livro no Brasil. Conheci alguns que, depois de 50 anos de trabalho diário em sua livraria, pernas já vacilantes, ganhavam novas forças, subiam altos degraus de escadas, para apanhar um livro pedido pelo freguês – pelo simples prazer do atendimento.Não há nenhum reconhecimento explícito ao seu trabalho – e ele não o reivindica.Ao contrário, sempre que pode, em seminários e convenções, apenas levanta sua voz para lembrar a importância do livro, do hábito da leitura, a necessidade de medidas que reforcem a presença do livro como veículo de cultura e base da Educação. Nos últimos anos triplicou o número de livrarias no Brasil. Surgiram as megas nas cidades grandes, cresceu a presença do capital estrangeiro, cuida-se de oferecer a leitura por todos os meios físicos e eletrônicos. Em todo o Brasil há uma cruzada pela leitura, em programas privados e do Governo.Surgem novos canais de venda, informatizados. E de tudo isso se beneficia a nossa gente, graças ao trabalho silencioso, anônimo, perseverante, do livreiro, seja nas metrópoles, seja nas pequenas cidades deste país imenso.Muitas vezes ele é a sentinela mais avançada nos povoados distantes, vigilante oferecendo a sua inestimável cooperação. Num país onde a Educação ainda é precária, no qual crianças mal aprendem a ler e escrever e o analfabetismo ainda é uma nódoa vergonhosa, o livreiro faz seu importante trabalho.O livreiro semeia livros. Não colhe aplausos, mas tem em cada cliente conquistado a gratíssima certeza do dever cumprido. E isso lhe basta.

escrito por Adriano Carvalho da Costa, livreiro na Saraiva, Midway Mall, em Natal-RN

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Videoconferencia para o setor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas

A Rede Nordeste do Livro, da Leitura e da Literatura (RNELLL), o Fórum de Literatura, Livro e Leitura do Ceará (FLLLEC), o Instituto Delta Zero e a Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE/MinC) promoveu, nesta tarde de hoje, dia 22 de maio de 2013, uma Videoconferencia para o setor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.
Geraldo, Francisco Martins e Angélica Vitalino


          
O Projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura” esteve presente na convenção que foi coordenada por Francisco Alves Sobrinho, editor e produtor potiguar.
Osnir Damásio e Francisco Alves
Representando José Castilho - o secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura - Rosália Guedes, de Brasília, leu uma carta em que o doutor em filosofia, sob ardente esperança, disse que “o país está em uma nova e promissora fase condizente com a bravura e a honradez daqueles que lutam para que o livro seja o epicentro na formação dos brasileiros.”.
          Na discussão, dentre representantes de estados do Nordeste, estava Brasília e o Rio Grande do Norte, contando com oito representantes no auditório do Banco do Nordeste do Brasil, no Edificio RioCenter, em Natal.
As políticas de livro e leitura do país deixarão de ser atribuição da Fundação Biblioteca  Nacional (FBN) e voltarão à estrutura do Ministério da Cultura, em Brasília, a focar na formação de leitores, na modernização de bibliotecas publicas que precisam ser, cada vez mais, centros culturais de inclusão e no incentivo aos mediadores de leitura.

Fonte:  http://riodeleitura.blogspot.com.br/visitado em 22.05.2013


terça-feira, 21 de maio de 2013

III SEMANA LITERÁRIA DE CARNAUBAIS

Há eventos que marcam a vida do artista, o de ontem a noite foi um deles. Fiquei por demais feliz quando vi o publico em plena segunda-feira, à noite, vindo à praça para prestigiar a cultura. E isto sem banda de música, sem atração nacional, mas sim motivados pelos livros. A praça se transformou numa biblioteca sem paredes, onde livros espalhados "conversavam" com os cidadãos. Parabéns a Prefeitura de Carnaubais, principalmente a Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Seguem as fotos da apresentação de Mané Beradeiro.

















segunda-feira, 20 de maio de 2013

NA PRAÇA DO ALTO JURUÁ, EM PETRÓPOLIS-NATAL

 Ontem à tarde, na Praça do Alto Juruá, ao lado da Igreja do Padre João Maria, em Petrópolis, Natal, Mané Beradeiro participou do evento "Arte na Praça" um projeto da  ONG Bandeira Lilás, com apoio do Vereador Hugo Manso. Um momento de lazer e cultura dado ao povo. Parabéns a equipe pela realização.





ASSIM DISSERAM ELES ...

"Onde quer que se descuide da educação, o Estado sofre um golpe nocivo"

Aristóteles (384-322 a.C)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

DOMINGO COM ALEGRIA E ARTE NA PRAÇA

Mané Beradeiro participará no próximo domingo deste evento. É uma realização do mandato do Vereador Hugo Manso levando arte e cultura ao povo. Estarei lá com o jumento Ananias, o macaco Sarauê e toda a descontração e alegria de Mané Beradeiro. Um show para toda a família. Vá conferir.

ASSIM DISSERAM ELES ...

"Só pela inteligência pode um homem sobrepujar a outro"
 Sófocles, em "Édipo Rei"

ESCOLA ESTADUAL JEAN MERMOZ VISITA HOJE ANRL

Hoje à tarde a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras irá receber em sua sede, os alunos da Escola Estadual Jean Mermoz, Bom Pastor - Natal. Serão 55 alunos que conhecerão as instalações da Casa  Manoel Rodrigues de Melo. A visita faz parte do projeto Conhecendo a Cultura do RN, em desenvolvimento nos meses de maio e junho de 2013.
Os alunos serão acolhidos pelo escritor Francisco Martins, que falará sobre a história da instituição, o procedimento que é feito para ingressar nesta Arcádia e também fará uma pequena palestra sobre  a leitura e os livros.

sábado, 11 de maio de 2013

CORDEL DE MANÉ BERADEIRO É CITADO EM DISCURSO ACADÊMICO

Escritor Ernani Rosado
Por ocasião  do discurso de recepção ao novo imortal Benedito Vasconcelos Mendes, proferido ontem à noite, 10 de maio, na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, pelo escritor Ernani Rosado, ele citou em seu texto o personagem Mané Beradeiro e o cordel "Plantas da Caatinga". Fiquei demais feliz com a lembrança do escritor Ernani Rosado, pois isto demonstra um reconhecimento da minha obra e seriedade da mesma, a ponto de servir como matéria para compor um discurso desta natureza.