Para Claudemir Chiarati
Ela estava lá, caída na calçada.
Sangrava, não se movia, morria, e nós sem percebermos morríamos com ela.
Passávamos insensíveis àquela vida.
Morria jovem, sem doenças, mais uma vítima da violência urbana.
Eu a vi tantas vezes naquela calçada, alegre, robusta, bela.
Mas, um homem, ou melhor, todos os homens, desta cidade decidiram matá-la.
Morreu a árvore. Ficamos sem sombra, sem verde, os pássaros neste dia entoavam uma melodia triste, sentados num fio da rede elétrica.
Quem será a próxima? Eu me pergunto.
Parnamirim – RN, 16 de julho de 2007
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