Morrer! Que certeza indesejável. Diz o crente que morrer é ir ao encontro definitivo com o Criador. Diz o gnóstico que é desfazer-se uma vez mais da capa corporal. Diz o materialista que é o fim da jornada. Mas, o que diz o poeta? Morrer é abandonar o casulo onde durante algum tempo se viveu. É terminar de cantar a última estrofe da existência. É deixar que se pense que tudo terminou. Morrer é proporcional ao viver. É tão natural quanto morrer.
Natal-RN, 01 de abril de 1999.
Francisco Martins Livro: Degustando Poesia, página 76.
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