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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SAUDADE



(Para Nina, a quem não soube responder como se tira a saudade do coração.)

Saudade é dor sem remédio.
É corpo sem alma.
É árvore sem flor.

Saudade é céu sem anjos.
Crente sem Bíblia.
Católico sem terço.

Saudade é rio sem peixe.
É filha sem mãe.
Sou eu sem Sandra.

Saudade, minha amiga,
Eu não sei extirpar.
Só sei segurar, abrir o
Peito e deixar ela morar.

Saudade, Nina, são moedas do amor
que guardamos no peito e levamos com a alma.

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