"Os homens são como relógios, uns atrasam, outros, adiantam, poucos regulam bem"
Dom Adauto Aurélio de Miranda Henrique
Fonte: Esboços, página 20, 1968, de Thadeu Villar de Lemos.
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sábado, 29 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
"O SALVO DAS ÁGUAS" O MAIS NOVO CORDEL DE MANÉ BERADEIRO
Mané Beradeiro e seu jumento Ananias tem andado por aí conquistando o público que gosta de ouvir cordéis, poesias matutas e causos. Uma peculiaridade do personagem de Mané Beradeiro é que ele vem se dedicando à criação de cordéis bíblicos, baseado nas histórias do maior e mais vendido livro do mundo, a Bíblia. Desde o ano passado que ele já lançou os seguintes títulos:
1) O Cordel da Salvação
2) Assim Veio o Homem
3) O Engenheiro Noé
4) O Pai da Fé
5) O Administrador José
Agora, em novembro, Mané Beradeiro lançará dentro desta Série Bíblica, o 6º título "O Salvo das Águas", que trata sobre os primeiros três anos da vida de Moisés, de acordo com o que narra o Livro de Êxodo, capítulos 1 e 2 até o versículo 10.
Em primeira mão segue o texto ainda inédito em folheto de cordel:
1) O Cordel da Salvação
2) Assim Veio o Homem
3) O Engenheiro Noé
4) O Pai da Fé
5) O Administrador José
Agora, em novembro, Mané Beradeiro lançará dentro desta Série Bíblica, o 6º título "O Salvo das Águas", que trata sobre os primeiros três anos da vida de Moisés, de acordo com o que narra o Livro de Êxodo, capítulos 1 e 2 até o versículo 10.
Em primeira mão segue o texto ainda inédito em folheto de cordel:
O SALVO DAS ÁGUAS
Tem ordens que são cruéis
Ninguém pode duvidar
Mas nem tudo é prá sempre
Você há de acreditar
O ódio e o amor
Vão sempre se enfrentar,
Vou narrar um episódio
Que no Egito passou.
É coisa de muitos anos
Que na História ficou,
Fato emocionante
Que muita gente chorou.
Os filhos de Israel
Começaram a crescer
As mulheres davam luz
Mesmo sem estremecer,
Pareciam Maristela
Parindo sem perceber.
Com tanta gente na terra
Faraó se preocupou
Falando desse jeito:
“-Este povo aumentou
Se continuar assim
Nosso reino se acabou”
Prá evitar tal sumiço
O Faraó teve plano
Cansar os israelitas
Matando eles de sono
De tanto trabalho duro
Intenso e desumano.
Piton e a Ramessés
Foram as edificadas
No lombo daquele povo
Em muitas madrugadas
Sem caminhão e caçamba
As pedras foram fincadas.
Mas os homens eram fortes.
De dia nas olarias
Braço, peito se moíam
De noite só alegrias
Sem ter televisão,
Pegue bucho nas Marias.
Sifra e Puá sabiam
Que naquela agonia
Com aquele vuco-vuco
Outra coisa não viria
Só meninos e meninas
No Egito existia.
Faraó ficou foi bravo
“-Como pode acontecer?”
Perguntava soberano
E nunca ia entender
Que querendo Jeová
Ninguém pode suspender!
“-Chamem aqui as parteiras!”
Ordenou o Faraó
Sifra e Puá vieram
Tremendo que só cipó
Ouviram daquela boca
“-Matem os filhos de Jacó.”
Joquebede embuchou
E dentro daquele ventre
Um profeta lá ficou.
E agora minha gente,
Que será desta família
Tão pobre e impotente?
Diz a Bíblia, que não erra,
Que o menino nasceu.
Nos braços de sua mãe
Três meses ele viveu
Até que chegou o dia
Que a mãe não esqueceu.
Por ser ele um menino
Não poderia viver
Era a ordem do rei
Não ia desobedecer
Joquebede em sua fé
Não deixou se comover.
E Lembrando de Noé
Ela foi sem vacilar
Trouxe um cesto de betume
E a criança fez deitar
Era a arca do seu filho
No Nilo a navegar.
O cesto desceu o Nilo
Joquebede foi chorar
Lamentando ter perdido
O menino sem criar
Não sabia a mulher
Onde iria ele parar.
Miriam ficou olhando
Aquela cena sem par
Até que notou barulho
De Mulheres a chegar.
Miriam se escondeu
E ficou a brechar.
Dentre elas lá estava
A filha do faraó
Que notou algo estranho
No meio dos cipó
Mandou uma serva ir
E trazê-lo sem ter dó.
Àquela prontidão
A princesa se rendeu
Diante do menino
Logo ela percebeu
Ser seu destino-mor
Salvar aquele plebeu.
Miriam saiu da moita
E a ela foi dizendo:
“-Eu sei de uma mulher
Que pode amamentando
Ser babá deste menino
E cuidar dele amando”.
A princesa ordenou:
“-Corra, traga a mulher,
Quero vê-la sem demora”.
Miriam fincou o pé
“-Corre, mãe, ele voltou,
Vai cria-lo pela fé”.
E naquele mesmo dia
A criança ao lar voltou
Teve muita oração
A Deus Pai que salvou
Usando gente da alta
Que seu plano nem notou.
E foi lá naquela casa
Nos braços da genitora
Que educação primária
Foi sua mola propulsora
Mas tarde em sua vida
Não esqueceu a tutora.
Foram três anos apenas
Que fizeram diferença
E soube a Joquebede
Usá-los com paciência.
Na missão tão sagrada
Daquela benevolência.
Então veio a princesa
Levar o nosso Moisés
Que foi Salvo das Águas
Nos meio dos igarapés
Para viver no palácio
No meio dos coronéis.
Inté
26 de outubro de 2011
NÃO ESQUEÇAM
Àqueles que visitam com certa frequência este meu blog, gostaria de lembrá-los que desde o dia 15 de agosto último que venho trabalhando na elaboração do meu mais novo livro "O Silêncio dos Secretários", uma biografia de um entidade cultural, que em abril próximo completará 44 anos de existência. As pesquisas tem me tomando um tempo precioso, principalmente no que diz ao alimento deste blog. Mas confesso que valerá a pena. Aguardem mais notícias brevemente.
CESTA CULTURAL NA SUA IVª EDIÇÃO
A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN - SPVA/RN vai realizar amanhã, a IV Edição do Projeto Cesta Cultural, das 19 às 22 hs, no Instituto Federal do RN, Campus da Av. Rio Branco em Natal. Na oportunidde o Presidente da SPVA outorgará o título de Honra ao Mérito Cultural a escritora e artista plástica Sheyla Ramalho, ao poeta e compositor Mario Lúcio Cavalcanti, ao cantor Fernando Tová e ao poeta e escritor Ciro José Tavares. O evento contará com a participação especial do cantor Rodolfo Amaral. A entrada é franca e é sem sombra de dúvidas, um excelente programa para esta sexta-feira.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
CORDÉIS DE MANÉ BERADEIRO ESTÃO EM CURITIBA
Os cordéis de Mané Beradeiro estão sendo divulgados em Curitiba-PR. Eles foram levados por uma grupo de professores do Rio Grande do Norte que estão fazendo uma especialização em gestão escolar, junto ao Ministério da Educação e Cultura.
Serão doados aos demais participantes desta especialização, que fazem parte de vários Estados do Brasil. É uma alegria para Mané Beradeiro ter seu trabalho divulgado fora das fronteiras do RN.
Serão doados aos demais participantes desta especialização, que fazem parte de vários Estados do Brasil. É uma alegria para Mané Beradeiro ter seu trabalho divulgado fora das fronteiras do RN.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 009/2011
Diz o ditado popular: quem muita fala, muito erra. E a Bíblia assegura: "NO MUITO FALAR NÃO FALTA TRANSGRESSÃO, MAS O QUE MODERA OS LÁBIOS É PRUDENTE" Provérbios 10:19
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
LEITURINO NO HEGÉSIPO REIS
Sexta-feira, 30 de setembro, à tarde, estive na Escola Estadual Hegésipo Reis, em Nova Descoberta, onde fui alegrar, com o Palhaço Leiturino, a vida daquelas crianças. Comigo estavam Ananias (o jumento) e Roque ( o quaxinim).
CANTO DE AMIZADE
O escritor Diógenes da Cunha Lima, Presidente da Academia Norte Rio Grandense de Letras, celebra este ano 50 anos de vida profissional no ramo da advocacia. Ele recebeu muitas e justas homenagens. Também quiz presenteá-lo, e fiz para ele o CANTO DE AMIZADE, inserindo cada título dos seus livros dentro deste poema, feito em septilhas, onde a rima acontece na terceira, quarta e sétima linha de cada estrofe.
Vou lhe contar de um sonho
Que eu tive esta noite
Não sei bem o que se deu
Mas meu peito derreteu
Nele eu vi um homem-anjo
Fugindo do Paraíso
Pra servir o povo seu.
Ele trouxe uma lua,
Não uma lua qualquer
Uma lua quatro vezes sol
Cujos raios em arrebol
Tocam o homem em sua alma
No mais profundo do ser
e o levam ao farol.
Farol da sabedoria.
Das poesias e dos livros
Onde a vida que cria
Lhe pede sem agonia
Um instrumento dúctil.
Quando aqui ele chegou
Procurou a “academia”.
Este sonho enlouqueceu?
O certo não seria Cascudo,
Que ao pai prometeu,
Conhecer o filho seu?
Sim, Câmara Cascudo,
Um Brasileiro Feliz.
Prontamente o atendeu.
E aquele nosso homem
Qual um pássaro a voar
No seu Corpo Breve
Ele mesmo prescreve
O desejo de sonhar.
Sonhar com coisas altas
E não apenas semibreve.
Em suas mãos a pena
Na cabeça mil palavras
No coração o desejo
“Ser grande homem eu almejo”.
E se pôs a observar.
Cada rosto, cada frase, todo olhar
Tudo nele era cortejo.
Mas como a vida é dinâmica
O nosso anjo humano
Queria o mundo pintar
E sua curiosidade se pôs a aguçar.
- O que queres aprender?
Perguntou alguém sem querer.
“- Quero só pintar e adicionar”.
Eu sei quem pode te ajudar.
Por aqui há um pintor
Ele morar em algum lugar
Espere, deixe-me pensar
Ele é conhecido como
O Homem que pintava cavalos azuis
Onde ele está? Disse o homem a indagar.
Pegue a rua da Tendresse,
Do mais puro sentimento.
Na cidade de Natal poemas e canções
Leve suas emoções.
Lá o encontras, com certeza, assim verás
Lendo poemas versus prelúdios
Mas, cuidado, com os alçapões.
Nosso homem assim se foi
Pensando em tudo aquilo
Que ainda aprenderia
E qual não foi sua alegria
Quando as idéias que lhe moviam,
Os pássaros da memória,
Lhes trouxeram calmaria.
Eram tantas as perguntas.
Quem ousaria saber,
Tudo o que precisava dizer
Antes mesmo do anoitecer?
O livro das respostas
Seria sua aposta
Outra fonte não poderia ter.
Mas “bem sabe o pintor”
Que na memória das cores
O preto, a dor, a morte
É sempre um transporte
Que leva e traz
Solidão, solidões
Neste eterno passaporte.
E assim, nesta jornada,
Ele pode percorrer , sua existência,
Marcar suas estações
Alcançar suas posições.
Era o trem, não o seu, o dele,
“o trem da minha vida”
Em suas palpitações.
E por entre dunas e baobás,
Nosso homem assim vai
Seu desejo aumenta mais e mais
Suas mãos são castiçais,
Sua vida tem a beleza das xananas
Quem as vê
Não esquece jamais.
Esquecer? Por que?
Diz o poeta na sua filosofia
Quem pode esquecer o que ama
Principalmente quando a alma se derrama,
E mergulha nas memória das águas,
Riqueza sensorial, tesouro sem igual,
Onde todo nosso ser se inflama.
E se preciso for, independente da cor,
O poeta é capaz de numa nave
Com a avó e o disco voador
Sobrevoar natal em todo seu esplendor.
E sob um olhar azul, de alguém tão especial, o homens da letras,
Louvará o criador.
A jornada é mais que cinqüentenária.
Houve encontro com o colecionador de perguntas e o poeta
e ele que não é profeta
traz o trem das crianças,
razão da nossa esperança
orgulho deste planeta.
Eu despertei do meu sono,
E ainda vi lá no sonho
O semeador de alegria.
Que tanto enaltecia
O anjo eremita,
Portador da bondade,
Imortal da academia.
E agora José? Que farei?
Voltarei ao sono, tão belo e santo.
Isto não é nada científico,
Mas creiam, foi o magnífico
Dos sonhos da minha vida.
E para torná-lo real eu leio
Natal uma nova biografia.
Francisco Martins Alves Neto
21 de setembro de 2011
Vou lhe contar de um sonho
Que eu tive esta noite
Não sei bem o que se deu
Mas meu peito derreteu
Nele eu vi um homem-anjo
Fugindo do Paraíso
Pra servir o povo seu.
Ele trouxe uma lua,
Não uma lua qualquer
Uma lua quatro vezes sol
Cujos raios em arrebol
Tocam o homem em sua alma
No mais profundo do ser
e o levam ao farol.
Farol da sabedoria.
Das poesias e dos livros
Onde a vida que cria
Lhe pede sem agonia
Um instrumento dúctil.
Quando aqui ele chegou
Procurou a “academia”.
Este sonho enlouqueceu?
O certo não seria Cascudo,
Que ao pai prometeu,
Conhecer o filho seu?
Sim, Câmara Cascudo,
Um Brasileiro Feliz.
Prontamente o atendeu.
E aquele nosso homem
Qual um pássaro a voar
No seu Corpo Breve
Ele mesmo prescreve
O desejo de sonhar.
Sonhar com coisas altas
E não apenas semibreve.
Em suas mãos a pena
Na cabeça mil palavras
No coração o desejo
“Ser grande homem eu almejo”.
E se pôs a observar.
Cada rosto, cada frase, todo olhar
Tudo nele era cortejo.
Mas como a vida é dinâmica
O nosso anjo humano
Queria o mundo pintar
E sua curiosidade se pôs a aguçar.
- O que queres aprender?
Perguntou alguém sem querer.
“- Quero só pintar e adicionar”.
Eu sei quem pode te ajudar.
Por aqui há um pintor
Ele morar em algum lugar
Espere, deixe-me pensar
Ele é conhecido como
O Homem que pintava cavalos azuis
Onde ele está? Disse o homem a indagar.
Pegue a rua da Tendresse,
Do mais puro sentimento.
Na cidade de Natal poemas e canções
Leve suas emoções.
Lá o encontras, com certeza, assim verás
Lendo poemas versus prelúdios
Mas, cuidado, com os alçapões.
Nosso homem assim se foi
Pensando em tudo aquilo
Que ainda aprenderia
E qual não foi sua alegria
Quando as idéias que lhe moviam,
Os pássaros da memória,
Lhes trouxeram calmaria.
Eram tantas as perguntas.
Quem ousaria saber,
Tudo o que precisava dizer
Antes mesmo do anoitecer?
O livro das respostas
Seria sua aposta
Outra fonte não poderia ter.
E aquele homem amigo
Amou a cidade presépio
Como quem ama o eterno,
O colo mais puro e materno.
Por isso escreveu
Natal biografia de uma cidade
E ao povo foi fraterno.
Mas “bem sabe o pintor”
Que na memória das cores
O preto, a dor, a morte
É sempre um transporte
Que leva e traz
Solidão, solidões
Neste eterno passaporte.
E assim, nesta jornada,
Ele pode percorrer , sua existência,
Marcar suas estações
Alcançar suas posições.
Era o trem, não o seu, o dele,
“o trem da minha vida”
Em suas palpitações.
E por entre dunas e baobás,
Nosso homem assim vai
Seu desejo aumenta mais e mais
Suas mãos são castiçais,
Sua vida tem a beleza das xananas
Quem as vê
Não esquece jamais.
Esquecer? Por que?
Diz o poeta na sua filosofia
Quem pode esquecer o que ama
Principalmente quando a alma se derrama,
E mergulha nas memória das águas,
Riqueza sensorial, tesouro sem igual,
Onde todo nosso ser se inflama.
E se preciso for, independente da cor,
O poeta é capaz de numa nave
Com a avó e o disco voador
Sobrevoar natal em todo seu esplendor.
E sob um olhar azul, de alguém tão especial, o homens da letras,
Louvará o criador.
A jornada é mais que cinqüentenária.
Houve encontro com o colecionador de perguntas e o poeta
e ele que não é profeta
traz o trem das crianças,
razão da nossa esperança
orgulho deste planeta.
Eu despertei do meu sono,
E ainda vi lá no sonho
O semeador de alegria.
Que tanto enaltecia
O anjo eremita,
Portador da bondade,
Imortal da academia.
E agora José? Que farei?
Voltarei ao sono, tão belo e santo.
Isto não é nada científico,
Mas creiam, foi o magnífico
Dos sonhos da minha vida.
E para torná-lo real eu leio
Natal uma nova biografia.
Francisco Martins Alves Neto
21 de setembro de 2011