Um dia e que este dia não
esteja tão distante, eu começarei a escrever a história da minha vida com
Sandra, já me disseram que dará um bom livro. Nossa história teve encontro e desencontro
e novamente encontro, depois de dez anos e sete meses separados.
Quando eu namorava com ela (1985/86) e completamos um ano de
namoro, eu fiz para ela a poesia abaixo. A primeira vez que a vi foi em 25 de
de agosto de 1985, eu estava no Exército, ela foi até aquela guarnição assistir
a formatura alusiva ao Dia do Soldado. Foi amor à primeira vista.
Lembro-me que na primeira oportunidade que tive, fui até
Ceará Mirim, procurei saber onde ela estudava e fiz chegar até as suas mãos, um
pequeno bilhete onde havia transcrito um verso do poeta Aristheu Bulhões:
“Segue teu coração confiantemente e faze tudo quanto ele te diz; pois quando o
coração está contente, é sinal de que o amor nos faz feliz” (Dúvida de Amar).
FÉ
A Sandra Pimentel
Essa nossa história tão cheia
de esperanças, tão abundante de saudades e
ao mesmo tempo pobre de decisão, há de ter um final feliz.
Esses nossos olhares tão
pertos nos pensamentos, estes nossos lábios ressequidos de tormentos e estas
nossas faces coradas de tanto amor, hão de testemunhar a fortaleza do nosso
sim.
Nós seremos propulsores do
amanhã que nascerá mais primaveril.
Edificaremos estes sonhos que
nos causam alucinações, e, domaremos todo o infinito que nos possa separar.
Essa nossa fé, insondável,
hoje mais do que ontem, assegura-nos o azul cerúleo e acende a fumegante chama
que de solidão tenta sucumbir.
Natal-RN, 25 de agosto de
1986.
Fonte: MARTINS, Francisco.Degustando Poesia. CBE: Rio de Janeiro, 2007.
Genial! Sua fã!
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