"... O Sertão é mais que uma região fisiográfica. Além da terra, das plantas, dos bichos e do bicho-homem, tem o seu viver, os seus cheiros, cores e ruídos. O cheiro da água que nos desertos também cheira. O da terra molhada, do curral, da lenha queimada e de cada flor. O belo-horrível-cinzento dos chãos esturricados, o arrepio-verde da babugem, a explosão em ouro das craiberas em flor. Os ruídos dos ventos, das goteiras, do armador de rede, o balido das ovelhas, o canto do galo, o estalo do chicote dos matutos, o ganido dos cachorros em noite de lua, os tetéus, o dueto dos casacas de couro, os gritos do socó a martelar silêncios, os aboios, o bater dos chocalhos, o mugido do gado e tantos outros que ferem nas ouças da saudade"
Referência
MELLO, FREDERICO PERNAMBUCANO DE, Oswaldo Lamartine de Faria: Pesquisador Emérito da Fundação Joaquim Nabuco - 2002. Revista da Academia Norte-rio-grandense de Letras, Natal, nº 34, p.55,Julho 2005.
Referência
MELLO, FREDERICO PERNAMBUCANO DE, Oswaldo Lamartine de Faria: Pesquisador Emérito da Fundação Joaquim Nabuco - 2002. Revista da Academia Norte-rio-grandense de Letras, Natal, nº 34, p.55,Julho 2005.
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