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sábado, 5 de dezembro de 2015

UM POETA SE DESPEDE

Aos 81 anos de vida encerrou sua existência terrena o poeta José Lucas de Barros (1934-2015). Faleceu ontem às 15:30 h. Filho de Joaquim Lucas de Araújo e D. Carmina Maria do Carmo, nasceu em Condado/PB, aos 12 de março de 1934 mas foi registrado e batizado em Serra Negra do Norte/RN. Autodidata do primário, fez o curso secundário em Caicó e o superior em Caruaru/PE, com colação de grau em 1980, em Direito. Segundo sua própria definição, "confabula com as musas desde menino". Em 1974 publicou "Cantigas do Meu Destino" (trovas) e, em 1985, "Repentes e Desafios". A partir daí não parou mais de editar obras. É aposentado pelo Banco do Brasil. Um dos dirigentes mais atuantes da ATRN: Academia de Trovas do Rio Grande do Norte. Extremamente habilidoso em todos os gêneros poéticos, em 2014 conquistou o honroso título de "Magnífico Trovador" em Nova Friburgo, na categoria "trovas líricas/filosóficas".
Inegável dizer que deixará muitas saudades. Quem o conheceu sabe da sua simplicidade e do seu carisma.  A sua página no face está repleta de homenagens, o que demonstra o quanto foi querido.  Lembro-me que foi uns dos primeiros a receber o folheto "Cordel da Salvação" (Mané Beradeiro) e depois quando o vi escutei dele o depoimento: "Vá em frente, você tem jeito para poesia popular".  A ele fiz estes versos, como forma de agradecimento por tê-lo conhecido:
 
O Céu se abre em festa/ Carnaúba chora de solidão/ Os Anjos cantam louvores/ O sertão em aflição/ Jesus Cristo chamou Zé Lucas pra dentro do coração/ O mundo dos poetas perdeu rima, métrica e inspiração/ Mas tudo tem sua hora diz a Bíblia com certidão.

"Há tempo de nascer, e tempo de morrer" Eclesiastes 3:2

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