A chave de leitura é dada pela condição da autora, Anita Leocádia
Prestes, filha do líder comunista e sua assessora de 1958 até sua morte.
Não se deve esperar isenção da historiadora. Sua perspectiva,
naturalmente, é a de Prestes, cuja careira foi marcada por polêmicas,
inclusive no campo da esquerda.
Trata-se de uma biografia política. Aspectos pessoais são logo tirados
do caminho. A notícia da morte de Olga, mãe da autora, nos campos
nazistas, é resumida em duas linhas. Algumas análises são apenas
burocráticas, como argumentar que o levante de 1935 não foi uma
insurreição comunista.
O que o livro tem de melhor é a documentação, à qual a autora teve acesso privilegiado. Nesse sentido, é uma obra importante para ser consultada. O "Prestes" de Anita Leocádia fica no meio do caminho entre a exaltação de Jorge Amado em "O Cavaleiro da Esperança" e "Um Revolucionário entre Dois Mundos", de Daniel Aarão Reis, que oferece um relato mais equilibrado. (Oscar Pilagallo)
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O que o livro tem de melhor é a documentação, à qual a autora teve acesso privilegiado. Nesse sentido, é uma obra importante para ser consultada. O "Prestes" de Anita Leocádia fica no meio do caminho entre a exaltação de Jorge Amado em "O Cavaleiro da Esperança" e "Um Revolucionário entre Dois Mundos", de Daniel Aarão Reis, que oferece um relato mais equilibrado. (Oscar Pilagallo)
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