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domingo, 27 de novembro de 2016
sábado, 26 de novembro de 2016
FRANCISCO MARTINS É AGRACIADO COM A MEDALHA DEÍFILO GURGEL
O escritor Francisco Martins foi agraciado na última quinta-feira, dia 24 de novembro, às 19 h, na Pinacoteca do Estado, com a Medalha Deifilo Gurgel, principal comenda do Estado do Rio Grande do Norte que homenageia pessoas físicas e instituições que se destacam na cultura popular. Francisco Martins teve seu trabalho reconhecido, no tocante a produção literária dos folhetos de cordéis, que assina com o heterônimo de Mané Beradeiro e o projeto Momento do Livro.
domingo, 20 de novembro de 2016
A RELEITURA DE MANÉ BERADEIRO NA DISCUSSÃO DOS MINISTROS
Os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes protagonizaram uma discussão no plenário do Supremo Tribunal Federal na tarde desta quarta-feira (16). Durante o bate-boca, Mendes chegou a criticar a condução de Lewandowski no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
A confusão começou quando Lewandowski questionou um pedido de vista feito por Mendes, que já havia votado. Os ministros podem mudar o voto até que o julgamento seja finalizado. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou que o procedimento de Mendes estava correto.
Lewandowski: Pela ordem, o ministro Gilmar Mendes já não havia votado? Eu tenho impressão que acompanhou a divergência. Depois votou o ministro Marco Aurélio e Sua Excelência está abrindo mão do voto já proferido e pediu vista? Data vênia, é um pouco inusitado.
Versão de Mané Beradeiro: o ministro Gilmar Mendes já votou? Eu acho que ele tá querendo sacanear
Gilmar Mendes: Enquanto eu estiver aqui eu posso fazê-lo.
Versão de MB: Eu sou ruim igual a necessidade em casa de rico
Cármen Lúcia: Enquanto não estiver proclamado, o regimento permite que haja...
Versão de MB: Meninos, comportem-se!
Mendes: Vossa Excelência fez coisa mais heterodoxa...
Versão de MB: Bixiguento, fez coisa pior...
Lewandowski: Eu, graças a Deus, não sigo o exemplo de Vossa Excelência em matéria de heterodoxia, viu? Graças a Deus e faço disso ponto de honra.
Versão de MB: Padim Ciço é testemunha do que faço
Mendes: Basta ver o que Vossa Excelência fez no Senado.
Versão de MB: Tá se vendo, tá se vendo...
Lewandowski: No Senado? Basta ver o que Vossa Excelência faz diariamente nos jornais. Uma atitude absolutamente ao meu ver incompatível com ...
Versão de MB: Tá se vendo o quê? E você que só vive de caganeira e se limpa com jornal...
Mendes: Faço isso inclusive para poder reparar os absurdos que Vossa Excelência faz.
Versão de MB: Se aperreie não bixim, tu faz pior....
Lewandowski: Absurdos não, Vossa Excelência retire o que disse porque isso não existe. Vossa Excelência está faltando com o decoro não é de hoje. Eu repilo qualquer... Vossa Excelência, por favor, me esqueça.
Versão de MB: Por muito menos já puxei a peixeira... acho bom sair do meu caminho
Mendes: Não retiro.
Versão de MB: não saio
Lewandowski: Bom, então, Vossa Excelência se mantenha como está. Eu reafirmo que Vossa Excelência está faltando com o decoro que essa corte merece.
Versão de MB: Então vá se lascar!
sábado, 19 de novembro de 2016
SOBRE O QUE ESTÃO DIZENDO DO LIVRO A GRANDE PESQUISA - PARTE I
Paulo de Tarso e Gustavo Sobral |
SAIU O RESULTADO DO DESAFIO CRIATIVO DA ESCOLA 2016
Cruzando os sertões da Mata Branca: educação e sustentabilidade na caatinga – Escola Estadual de Ensino Profissional Lucas Emmanuel Lima Pinheiro / Iguatu (CE).
Descobrindo as riquezas e importância da Gruta do Padre – Escola Estadual Edvaldo Flores / Santana (BA).
Entre versos e rimas: História e cultura local – Escola de Ensino Médio Ronaldo Caminha Barbosa / Cascavel (CE)
Libras: a voz do silêncio – Escola Municipal Dom Sílvio Maria Dário / Itapeva (SP).
O uso do papel reciclado para a produção de embalagem para mudas – Escola Estadual Técnica Agrícola Desidério Finamor / Lagoa Vermelha (RS)
Para além dos muros da escola: intervindo no Jardim Maringá – EMEF Assad Abdala / São Paulo (SP).
Solta esse Black – Escola Municipal Levy Miranda / Rio de Janeiro (RJ).
Tenda Móvel – Escola de Ensino Médio Professor Milton Façanha Abreu / Mulungu (CE).
Urupet – Escola do Sesi de Campo Grande / Campo Grande (MS).
Utilização de plantas medicinais no município – Colégio Estadual do Rio do Antônio / Rio do Antônio (BA).
Fonte: http://criativosdaescola.com.br/desafio-2016-conheca-os-premiados/Visualizada em 19 novembro 2016
Descobrindo as riquezas e importância da Gruta do Padre – Escola Estadual Edvaldo Flores / Santana (BA).
Entre versos e rimas: História e cultura local – Escola de Ensino Médio Ronaldo Caminha Barbosa / Cascavel (CE)
Libras: a voz do silêncio – Escola Municipal Dom Sílvio Maria Dário / Itapeva (SP).
O uso do papel reciclado para a produção de embalagem para mudas – Escola Estadual Técnica Agrícola Desidério Finamor / Lagoa Vermelha (RS)
Para além dos muros da escola: intervindo no Jardim Maringá – EMEF Assad Abdala / São Paulo (SP).
Solta esse Black – Escola Municipal Levy Miranda / Rio de Janeiro (RJ).
Tenda Móvel – Escola de Ensino Médio Professor Milton Façanha Abreu / Mulungu (CE).
Urupet – Escola do Sesi de Campo Grande / Campo Grande (MS).
Utilização de plantas medicinais no município – Colégio Estadual do Rio do Antônio / Rio do Antônio (BA).
Fonte: http://criativosdaescola.com.br/desafio-2016-conheca-os-premiados/Visualizada em 19 novembro 2016
O PARTO
A história do vaqueiro continua, depois que ele pediu a moça para namorar com ele (PEDIDO), recebeu o sim ( RESPOSTA DA DONZELA), teve o casamento (NUPCIAS SERTANEJA), engravidou a mulher (DESEJO DE BUCHUDA), vem agora a hora do nascime to da criança, leia:
A mulher tem
uma arma de forte convicção
Quando a
danada usa golpeia o coração
O poder de
fogo é alto não há quem resista não!
Vaqueiro
dormindo fora com medo da castração
Ouvia de
onde estava os soluços da mulher
Que toda
noite chorava, batia e fincava o pé
Dizendo que
bago cozido toda gestante quer.
Quando o dia
raiou na manhã de sexta-feira
Há muito que
seu marido já estava no curral
Pensativo, com um plano, infalível, sem igual.
Capou o
novilho branco e gritou descomunal
Fingindo ter
sido o seu extraído do local.
Entregou o
sacrifício falando à mulher:
-Por você
corro este risco, dou beijo em jacaré,
Me agarro
com tacaca, guaxinim e Lampião.
Se Deus me deu
dois, um é seu, meu coração!
A mulher
acreditou na farsa que foi montada,
Pois o
vaqueiro esperto, todo dia de madrugada,
Antes de ir
pro curral, assim ele se tratava:
Jogava cinzas
na trouxa, lavava
com infusão
De cajueiro
bravo e raspas de limão
Prometia
ficar bom pra próxima vadiação.
E agulha do tempo cozia o grande evento
Usava linha
tão fina, de fibra resistente,
Feita do
algodão mocó, que tem o suor da gente.
A mulher
pressentia que açude também seria
Fazendo
jorrar a vida em momentos de agonia
Dando a luz
à criança, motivo de alegria.
Parteira foi
avisada e ficou de prontidão,
De
apetrechos lavados esperava a ocasião
Daquelas
mãos tão benditas colherem
Com mansidão
mais uma alma pro sertão.
Naqueles
dias finais do ciclo da gestação
Precavido o
vaqueiro foi buscar
no Alazão
Sua mãe tão bondosa que cuidaria da nora
Nas dores de
contração.
Ela seria
então, ajudante da parteira,
Cozinheira e
lavadeira no resguardo que viria.
Família que
é unida é igualzim mercearia
De tudo nela
se tem, pra na hora da precisão
Tá ao
alcance da mão, servindo de coração.
A criança
resolveu que ao mundo viria
Naquele mês
de dezembro, ninguém a empataria.
A aparadeira
chegou, foi precisa e pontual
Pediu ajuda
aos santos e se deu o ritual:
Água fervia
na panela de barro
Vaqueiro
suava lá fora
A mulher
sentia dores, reclamava toda hora
Prometeu
pegar Vaqueiro, sementeiro do amor.
Disse ser
aquilo errado, no plano do Criador,
O cabra
joga semente e ela quem sente a dor?
Parteira
trocava os panos naquela arrumação.
Mulher
empurrava a cama e gritava: amolem o facão,
Pois se eu
dessa eu escapar, Vaqueiro será capão!
Respirava
agoniada, sentia as contrações.
Quebrou dois
caibros do quarto, tamanha sua aflição.
Todo seu
corpo era dor, açude em transbordamento,
No meio das
suas pernas já havia sangramento.
Parteira
deu-lhe garrafa e disse: pode assoprar
Isso não é
besteira, a dor vai aliviar.
Mulher
agüenta dor, é costela modelada
Pelas mãos
do Maioral, é miolo de aroeira,
Tronco de
carnaubeira, natureza sem igual.
Duas horas
se passaram naquele clima infernal
Deitada em
cama de couro, chorava e esperneava.
No
terreiro, o Vaqueiro, também já se
desmanchava
Pedindo em sua fé, providência imediata.
Caningou
tudo que é santo pra dor dela então passar.
Parteira viu
que deitada a criança não viria
Trouxe o tronco de Ipê para mulher se sentar
Somente
daquela forma o parto ia acabar.
Mãe de
imbigu orientou: - Neste tronco sua dor logo irá passar
Sente-se
com o mucubu, nada de bunda ajeitar
Garanto que
rapidinho a criança vai chegar.
Alfazema foi
queimada, para o quarto incensar.
A catinga da
placenta ela iria ocultar
Coroou para
a vida a criança afinal.
E foi assim
que nasceu, a menina do Vaqueiro,
Beleza regional,
moreninha, bem gordinha
E o parto
foi normal.
Mané
Beradeiro
Parnamirim – RN , 15
de novembro 2016
DISCURSO DE POSSE E ELOGIO AO PATRONO
Antonio Glicério - 1981 - 1921 |
Exma.
Sra. Joventina Simões, Presidente desta Academia.
Exmas.
Autoridades presentes ou representadas,
Senhores
Acadêmicos,
Meus
familiares, amigos, convidados,
Meus
senhores e minhas senhoras,
Serei
breve, como breve foi a vida do meu patrono.
Chego a esta casa
conduzido pelas mãos de uma
senhora, ela não é minha mãe, mas me
deu vida, pois através dela ganhei o que há de mais precioso na minha
existência, que é a minha esposa.
Agradeço a ela, Maria da Conceição de Oliveira Pimentel, professora, por ter dados
estes passos comigo, conduzindo-me à
Casa de Pedro Simões Neto.
A imortalidade daqueles
que integram esta Academia Cearamirinense de Letras e Artes – ACLA - Pedro
Simões Neto é consagrada, aqui e em outras Arcádias literárias não pelo número
de anos que vivemos, afinal, no tocante a isso, somos efêmeros. O poeta bíblico, Davi, escreveu:
A
duração da nossa vida é setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam aos oitenta, o que ela lhes pode dar
não é mais do que cansaço e aborrecimento. O tempo
passa de tal maneira que temos a sensação de voarmos (Salmo 90:10)
Diante desta realidade
cabe a cada membro da Academia deixar às gerações o seu legado de produção
artística na prosa e/ou poesia. Isso
sim, nos fará imortal. Ficaremos presentes nas páginas que escrevemos, no
conjunto das letras que conseguimos sincronizar dando corpo a ideia do texto.
Ocupo a cadeira 18, sendo seu fundador e primeiro ocupante. Essa cadeira tem como patrono Antonio
Glicério. Quem foi ele? Que sabemos sobre sua existência? Antonio Glicério nasceu em Ceará Mirim no dia
2 de julho de 1881, no Engenho Verde-Nasce.
Nilo Pereira escrevendo a Veríssimo de Melo diz que Antonio Glicério era
filho da escrava Sancha Conceição, mucama famíliar muito querida e que gostava de contar estórias. Foi poeta, boêmio.
Não
chegou a ter grandes estudos, provavelmente apenas o que corresponde
hoje ao Ensino Fundamental II. Aos 9 anos já morava em Natal, onde teve como
professor o Padre João Maria. O poeta
Bezerra Júnior, descreve no seu discurso
de posse na Academia Norte-rio-grandense de Letras, que ele era um homem
pálido, esguio e melancólico.
Foi poeta que abraçou o estilo romântico no
início do século XX. Vejamos, por exemplo este soneto, publicado no jornal A República, em 1908.
Vamos
cantar o nosso amor, sozinhos,
longe de tudo que é descrente: vamos!
Onde
somente os ternos passarinhos
Beijam,
sorrindo, os orvalhos ramos.
Vamos
gozar os íntimos carinhos
Nos
róseos lares onde nos amamos
E
ouvir o doce gorjear dos ninhos
Enquanto
flor, na primavera estamos.
Vamos,
beijando as adoradas folhas,
Puras,
estreitas, duleidas, formosas,
De
nossa verde e fúlgida existência
Cantar
o nosso amor imaculado
Como
num leito santo e perfumado
Cantar,
ditosa, a alma da inocência.
Como
se vê, Antônio Glicério podia até não ter formação acadêmica, mas suas
leituras, fez dele um homem culto, que escrevia com maestria. A leitura é sem sombra de dúvida, a mais
natural das formações intelectuais.
Antonio Glicério foi também profissional gráfico, tendo sido tipógrafo,
onde trabalhou na composição e paginação
do jornal A República, e foi funcionário do Grupo Escolar Padre Miguelinho, em
Natal.
Casou aos 29 anos com Leopoldina Matos, em 16 de
maio de 1911 e chegou a preparar seu único livro de poemas, que chamou de Cantilenas, embora o mesmo não
tenho sido publicado. Em 5 de junho de 1921, doente, vitimado pela tuberculose,
um destino que tanto atingiu os poetas românticos, faleceu aos 39 anos na
cidade de Santo Antonio do Santo da Onça –RN.
Hoje
seu nome é referenciado como patrono das cadeiras 23 e 18, respectivamente na
Academia Norte-rio-grandense de Letras e na Academia Cearamirinense de Letras e
Artes-ACLA-Pedro Simões Neto, além de dá nome a uma rua no bairro de Lagoa Seca, na capital.
Meus
senhores, minhas senhoras, termino meu elogio ao patrono e lembro que nesta noite sou apenas aquela
criança que brincava pelas ruas de Ceará-Mirim, correndo acima e abaixo, indo
muitas vezes ao rio, onde tomava banho escondido dos meus pais.
Ceará
Mirim sempre permanece dentro de mim e agora, mais do que nunca hei de amá-la
mais e mais e cantá-la como o verso da prosa poética de Edgar Barbosa:
Vejo-te sempre
com o teu longo vestido verde, com as torres altas de tua igreja; vejo-te ainda
em minha lembrança e no meu sonho.
Obrigado.
Ceará Mirim- RN, 18 de novembro de 2016
FRANCISCO MARTINS FOI EMPOSSADO ONTEM NA ACLA
A noite de ontem, 18 de novembro de 2016, na Estação Cultural Prefeito
Roberto Varela, em Ceará-Mirim-RN, aconteceu a Sessão Solene do VIº
aniversário da Academia Cearamirense de Letras e Artes - Pedro Simões
Neto. Na ocasião a ACLA deu posse a três novos Acadêmicos, entre eles, o
escritor e poeta Francisco Martins, que foi conduzido pela Professora
Maria da Conceição de Oliveira Pimentel.
Autogrando para o Poeta Paulo de Tarso |
Com Manoel, Rejane, Socorro e Oderval |
Com Solange e Sandra |