Autor: Marcelo José Gomes Costa
Tu sabe o que um véio sente
Quando vê uma mulhé,
Disfilano em sua frente
Cumo quem qué e num qué?
-Ispere só invelhecê,
Que aí sim, tu vai vê
E sabê como é que é.
Ocê pensa que o véio
Olha só de inxirimento.
Num se apresse no pensá,
Nem faça tal julgamento.
Amanhã tu vai sabê
Qu'esse olhá num dá prazê
Só lhe traz mais sofrimento.
O véi sofre s'alembrano
Dum tempo que já passô.
S'alembra da juventude,
Seus "tempo" de predadô.
E quando uma delas passa
Charmosa, cheia de graça,
Inda se vê "caçadô".
Tem uns véi que num s'inquadra,
Mas esses são exceção.
Sai da farmácia feliz
Com a "solução" na mão.
Dispôs que o azulzim tomá
Só dá tempo festejá
A sete palmos do chão.
Sei que tem mulhé que abusa,
Mas quem sô eu pra acusá?
Mas pra que saia tão curta
Se num fô só pra amostrá,
O "Pico do Everest",
Sem que o cabra da peste
Se mexa nem do lugá?
E adepois ficam chamano
O véio de inxirido.
Num vô defendê ninguém
Pois isso num faz sentido.
Mas sem querê ô quereno,
Acabam sim, REVIVENO,
O que já tava "MURRIDO".
Já "MURRIDO' e INTERRADO
Por força da NATUREZA,
Qué dá sinal que tá vivo
Por conta da SAFADEZA.
Acha milhó s'inganá
Ao num querê inxergá
Que tudo nele é MOLEZA.
Quando a cabeça num pensa
Se colhe decepção.
O TREM JÁ PASSÔ PRA ELE,
JÁ PARÔ N'OUTRA ISTAÇÃO.
Precisa se conformá
Que nada mais vai mudá
A sua situação.
SE CONFORME COM A VELHICE
QUE É PRESENTE DIVINO.
QUEM VELHO NÃO QUER FICAR,
QUE MORRA QUANDO MENINO.
MAS SAIBA RECONHECER
COMO É BOM ENVELHECER
SEM PERDER RUMO NEM TINO.
FIM
Nota: o autor é natural de Campina Grande-PB, nasceu em 1948, é bacharel em Direito e aposentado. Escreve poemas como forma de passatempo, publicando nos grupos das redes sociais. Essa é a primeira participação do poeta no meu blog.
Tu sabe o que um véio sente
Quando vê uma mulhé,
Disfilano em sua frente
Cumo quem qué e num qué?
-Ispere só invelhecê,
Que aí sim, tu vai vê
E sabê como é que é.
Ocê pensa que o véio
Olha só de inxirimento.
Num se apresse no pensá,
Nem faça tal julgamento.
Amanhã tu vai sabê
Qu'esse olhá num dá prazê
Só lhe traz mais sofrimento.
O véi sofre s'alembrano
Dum tempo que já passô.
S'alembra da juventude,
Seus "tempo" de predadô.
E quando uma delas passa
Charmosa, cheia de graça,
Inda se vê "caçadô".
Tem uns véi que num s'inquadra,
Mas esses são exceção.
Sai da farmácia feliz
Com a "solução" na mão.
Dispôs que o azulzim tomá
Só dá tempo festejá
A sete palmos do chão.
Sei que tem mulhé que abusa,
Mas quem sô eu pra acusá?
Mas pra que saia tão curta
Se num fô só pra amostrá,
O "Pico do Everest",
Sem que o cabra da peste
Se mexa nem do lugá?
E adepois ficam chamano
O véio de inxirido.
Num vô defendê ninguém
Pois isso num faz sentido.
Mas sem querê ô quereno,
Acabam sim, REVIVENO,
O que já tava "MURRIDO".
Já "MURRIDO' e INTERRADO
Por força da NATUREZA,
Qué dá sinal que tá vivo
Por conta da SAFADEZA.
Acha milhó s'inganá
Ao num querê inxergá
Que tudo nele é MOLEZA.
Quando a cabeça num pensa
Se colhe decepção.
O TREM JÁ PASSÔ PRA ELE,
JÁ PARÔ N'OUTRA ISTAÇÃO.
Precisa se conformá
Que nada mais vai mudá
A sua situação.
SE CONFORME COM A VELHICE
QUE É PRESENTE DIVINO.
QUEM VELHO NÃO QUER FICAR,
QUE MORRA QUANDO MENINO.
MAS SAIBA RECONHECER
COMO É BOM ENVELHECER
SEM PERDER RUMO NEM TINO.
FIM
Nota: o autor é natural de Campina Grande-PB, nasceu em 1948, é bacharel em Direito e aposentado. Escreve poemas como forma de passatempo, publicando nos grupos das redes sociais. Essa é a primeira participação do poeta no meu blog.
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