C.S Lewis diz: o homem literário relê, outros homens simplesmente leem. Estou aproveitando esse tempo em casa para reler alguns livros de José Mauro de Vasconcelos. Ontem foi a vez de "Banana Brava", escrito em 1942, quando o autor tinha 22 anos. São 27 capítulos que narram prostituição, traição, adoção, companheirismo, caridade, vingança, suicídio e assassinato, num espaço de garimpo. José Mauro esclarece o leitor "o que escrevo não é meu, é da vida. Apenas copio a vida" (p.12).
"Banana Brava" é um garimpo, em Goiás, onde Gregório e Joel são os protagonistas do enredo. Gregório é a representação da força muscular. Joel, a parte racional, tão necessária num lugar "que prende mais do que algemas. Prende o corpo, prende a alma"(p.45). 78 anos depois do seu lançamento, "Banana Brava" ainda é um romance desconhecido por muitos. Bem escreveu Janilson Sales de Carvalho: "Saiu da coragem de um jovem de 22 anos que se embrenhou na selva para descobrir esse povo e suas histórias. É hora desse povo (e de cada brasileiro) descobrir José Mauro de Vasconcelos".
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