Páginas

domingo, 18 de abril de 2021

O HEREGE DE SOANA – Gerhart Hauptmann

 Quinta e sexta últimas, li  "O Herege de Soana", do escritor alemão Gerhart Hauptmann. Uma novela encantadora, quem tem como cenário uma pequena cidade. Ia escrever a resenha, quando me deparei com o texto abaixo e preferi trazê-lo ao meu blog e compartilhar com vocês. Ele está publicado em Comunidade Resenhas Literárias e tem a autoria de Fabio Shiva.
 
 
Gerhart Hauptmann

 
"Quem seria a enigmática figura que o povo de Soana chamava simplesmente de “o herege”? Vivendo nas montanhas em meio a cabras e bodes, vestido com peles e tocando sua flauta de Pã, um homem que deixava transparecer inteligência e erudição, apesar de seu humilde ofício de pastor.

Ao travar contato com o Herege de Soana, o narrador recebe das mãos dele um manuscrito com a história do padre Francisco Vela, tido como santo pelo povo. Só que o padre acaba se apaixonando pela bela Ágata, filha natural de um casamento incestuoso.

Em linhas gerais, essa é a trama de “O Herege de Soana”, uma narrativa dentro da outra que é sobretudo um romance de ideias. O autor segue uma forte influência naturalista, o que fica patente nas apaixonadas descrições da natureza e também de alguns personagens. Mas há muito mais que isso nesse livro.

Hauptmann é um hábil crítico do cristianismo enquanto instituição, muitas vezes engessado por dogmas e rituais que pouco ou nada tem a ver com o Cristo. Mas não é o ateísmo vazio que o autor opõe ao cristianismo mofado, e sim uma vivência da divindade através do contato com a natureza e, principalmente, do amor. Tive a impressão de que ele propõe um retorno ao paganismo como forma de retomar a ponte entre o homem e Deus.

Trata-se de um livro sutil e rebuscado, escrito no início do século passado. Me evocou bastante Hermann Hesse, não só pelos cenários e pela nacionalidade, como pelo estilo e modo de conduzir a história.

Um item curioso foi o narrador da história ser tratado na terceira pessoa. Nunca havia visto esse recurso antes.

Gerhart Hauptmann ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1912."
 
Quem mais poderia acrescentar?   Talvez seja importante  saber que quando ele ganhou o prêmio Nobel de Literatura, a novela  "O Herege de Soana" ainda não estava publicada. Ela foi lançada em 1918. Quem desejar ler a novela pode adquiri-la em vários sites da internet, com preços módicos. Outrossim, gostaria de lembrar que esse escritor, em seu leito de morte, pediu para que fosse lido o texto bíblico da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios  (II  Cor. 12, 2 a 4), que registra a presença de um homem ao paraíso e que ouviu palavras inefáveis.
 
Em suma, na boa expressão latina: Sursum Corda (Erguei os Corações) e vinde conhecer "O Herege de Soana".
 
Francisco Martins
18 de abril de 2021
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.

2 Coríntios 12:3,4
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.

2 Coríntios 12:3,4
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.

2 Coríntios 12:3,4

 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

CACIMBA DE SÃO TOMÉ



A série de Mané Beradeiro que conta história com cordel



Esta é a mais antiga
Das Igrejas do Tirol.
Noventa e um já fez
Para muitos é farol.
O terreno foi doado
Em cartório bem passado
Há história em seu rol.

O Santuário de Nossa Senhora das Graças e Santa Terezinha, na Avenida Rodrigues Alves, bairro Tirol, em Natal-RN, teve sua inauguração em 24 de dezembro de 1930. A festa se estendeu até o dia 1 de janeiro de 1931. O Monsenhor José Landim foi o construtor. O terreno fazia parte da mansão do Coronel Cascudo que na época compreendia o que hoje é parte da Rua Rodrigues Alves, Rua Jundiaí e Avenida Prudente de Morais.


                                    ( Monsenhor LANDIM)

Mané Beradeiro
15 de abril de 2021.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

IRMÃOS GRIMM E LOBATO JUNTOS NA SEMANA MUNICIPAL DO LIVRO E DA LEITURA EM PARNAMIRIM

 

O que há em comum entre o aniversariante do dia 18 de abril e os irmãos Grimm?

          Ambos acadêmicos, porém separados por uma lacuna de dois séculos; ligados à fábulas infantis, entretanto em continentes diferentes - José Bento Renato Monteiro Lobato e a personagem dos irmãos Jacob Ludwig Carl Grimm e Wilhelm Carl Grimm, já confirmaram presença no evento a realizar-se no dia 19 de abril de 2021, das 8h às 11h, quando acontecerá uma distribuição de livros das CJA Editora, na pessoa de Cleudvan Jânio; do escritor e gestor da Escola Municipal Jacira Medeiros - Edilberto Cleuton - e da EP Produções, através de Eva Potiguar, durante a Semana Municipal do Livro e da Leitura de Parnamirim.  

          Os mediadores de leitura receberão o precioso acervo da janela da "torre" da Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley, em virtude da pandemia no COVID-19 das mãos de Monteiro Lobato e de Rapunzel, personagem dos irmãos Grimm.

 

Copiado de:  http://www.riodeleitura.com.br/2021/04/irmao-grimm-e-lobato-juntos-na-semana

quarta-feira, 14 de abril de 2021

AS FLORES DE MARACAJAÚ

 

Olhai não somente a beleza do mar e do céu.
Olhai também os lírios do campo, como mandou Jesus.

 
Tem cores lindas, design único, singeleza que tão somente o Senhor da vida é capaz de fazer

 
Olhai os lírios de Maracajaú...

 
Sejais livres e contemplai o mar, o céu é a terra
Tão perto de vós.
 

 
Francisco Martins
11 abril 2021

terça-feira, 13 de abril de 2021

O CIUMENTO MAR

 



Há muitos e muitos anos passados, o mar tropical contemplou o coqueiro e ficou com ciúmes da sua dança ao som do vento. Para o mar, imenso e forte, somente ele poderia dançar ao som do vento e mostrar seus passos com as ondas beijando a areia da praia.
O mar foi cada dia aumentando seu ciúme por aquela espécie de palmeira, que não apenas dançava, mas também crescia em altura e se propagava pelas areias das muitas praias do nosso litoral.
Um dia ele pensou que poderia acabar com todos os coqueiros. E faria isso batendo violentamente em sua base, arrancaria as raízes e o veria cair, como naufragaram tantos navios.
O que o mar não sabia é que o coqueiro tinha muitas raízes, é para fazê-lo cair seria preciso muitos meses de açoites em seu tronco.
O mar não desistiu e ainda hoje ele continua nesta pugna, fruto do seu ciúme doentio, derrubando os coqueiros que bailam até cair.

Francisco Martins
12 de abril de 2021







domingo, 4 de abril de 2021

VÁRIOS CONTADORES DE HISTÓRIAS PARTICIPAM DO CORDEL " A PÁSCOA DE ANANIAS"

 

O cordel foi escrito em março de 2012 e exatamente nove anos depois ele começa a ser conhecido de forma mais ampla, graças a atuação dos Contadores de Princípios e Contadores do Reino,  que  reúnem Contadores de Histórias. Meu agradecimento a todos que participaram desse momento tão especial.