Quinta e sexta últimas, li "O Herege de Soana", do escritor alemão Gerhart Hauptmann. Uma novela encantadora, quem tem como cenário uma pequena cidade. Ia escrever a resenha, quando me deparei com o texto abaixo e preferi trazê-lo ao meu blog e compartilhar com vocês. Ele está publicado em Comunidade Resenhas Literárias e tem a autoria de Fabio Shiva.
"Quem seria a enigmática figura que o povo de Soana chamava simplesmente
de “o herege”? Vivendo nas montanhas em meio a cabras e bodes, vestido
com peles e tocando sua flauta de Pã, um homem que deixava transparecer
inteligência e erudição, apesar de seu humilde ofício de pastor.
Ao travar contato com o Herege de Soana, o narrador recebe das mãos dele
um manuscrito com a história do padre Francisco Vela, tido como santo
pelo povo. Só que o padre acaba se apaixonando pela bela Ágata, filha
natural de um casamento incestuoso.
Em linhas gerais, essa é a trama de “O Herege de Soana”, uma narrativa
dentro da outra que é sobretudo um romance de ideias. O autor segue uma
forte influência naturalista, o que fica patente nas apaixonadas
descrições da natureza e também de alguns personagens. Mas há muito mais
que isso nesse livro.
Hauptmann é um hábil crítico do cristianismo enquanto instituição,
muitas vezes engessado por dogmas e rituais que pouco ou nada tem a ver
com o Cristo. Mas não é o ateísmo vazio que o autor opõe ao cristianismo
mofado, e sim uma vivência da divindade através do contato com a
natureza e, principalmente, do amor. Tive a impressão de que ele propõe
um retorno ao paganismo como forma de retomar a ponte entre o homem e
Deus.
Trata-se de um livro sutil e rebuscado, escrito no início do século
passado. Me evocou bastante Hermann Hesse, não só pelos cenários e pela
nacionalidade, como pelo estilo e modo de conduzir a história.
Um item curioso foi o narrador da história ser tratado na terceira pessoa. Nunca havia visto esse recurso antes.
Gerhart Hauptmann ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1912."
Quem mais poderia acrescentar? Talvez seja importante saber que quando ele ganhou o prêmio Nobel de Literatura, a novela "O Herege de Soana" ainda não estava publicada. Ela foi lançada em 1918. Quem desejar ler a novela pode adquiri-la em vários sites da internet, com preços módicos. Outrossim, gostaria de lembrar que esse escritor, em seu leito de morte, pediu para que fosse lido o texto bíblico da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios (II Cor. 12, 2 a 4), que registra a presença de um homem ao paraíso e que ouviu palavras inefáveis.
Em suma, na boa expressão latina: Sursum Corda (Erguei os Corações) e vinde conhecer "O Herege de Soana".
Francisco Martins
18 de abril de 2021
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2 Coríntios 12:3,4
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2 Coríntios 12:3,4
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2 Coríntios 12:3,4
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2 Coríntios 12:3,4
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2 Coríntios 12:3,4
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2 Coríntios 12:3,4
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