(Para Protásio)
VERÍSSIMO DE MELO
Deixo para minha família, meu pó.
Para a humanidade, meu nome esquecido.
Para a história, meus feitos invisíveis!
E a minha alma,
Continue vagando pelo espaço!
Silenciosa... Calada...
Das outras almas,
Escondas sempre o Romance de amor,
Que ainda encerras...
Não contamines a eternidade!
Os eternos não admitem ilusões,
Nem amor profundo, nem falsidade!
Guardas tudo consigo...
E numa tarde semelhante Aquela...
Penses um pouco na vida, e na eternidade!
Reúnas Amor, ciúme, ilusão, ódio, saudade!
E precipite-se no abismo virgem dos infinitos!
Fonte: A República, 4 de Outubro de 1938.
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