Páginas

sábado, 11 de fevereiro de 2023

JOÃO BATISTA PINHEIRO CABRAL: UM SÁBIO



“De fato, os dias de nossa vida chegam a setenta anos, ou a oitenta para os que têm mais saúde; entretanto, a maior parte dos anos é de labuta e sofrimentos, porquanto a vida passa muito depressa, e nós voamos!”
Salmo 90:10 (versão King James atualizada)


João Batista Pinheiro Cabral viveu exatos 81 anos e 8 meses. Nasceu em Assu, no dia 7 de junho de 1941. Seus pais foram Heitor Cabral e Gisélia Pinheiro Cabral. Foi sempre um homem voltado à cultura, quer seja sendo professor ou atuando como escritor, pesquisador e historiador.
Viveu mais de 25 anos fora de Natal, para cumprir, como ele mesmo escreveu, “o destino profissional, funcional e magisterial que me foi ditado pelos desígnios da Providência Divina”. Sua formação primária se deu no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, da Congregação “Filhas do Amor Divino”, em Assu e depois, em 1953, foi aluno do Colégio Estadual do Atheneu Norte-rio-grandense. Formado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1968, tornou-se depois Mestre em História (1972) e depois Doutor em História da América Latina, concluindo em 1979. Foi professor titular da Universidade de Brasília, mas antes, trabalhou em várias escolas de Natal, ministrando aulas de História e Inglês em instituições públicas e particulares. De 1965 a 1969, foi diretor da Escola Estadual Padre Miguelinho, em Natal. Ao todo, foram 32 anos de magistério.
Escrevia em vários idiomas. Quando esteve estudando nos Estados Unidos da América, casou-se com Joan Marie Cabral e constituiu família. No Brasil, também Foi funcionário do TRT-21ª Região, cursou a Escola Superior de Guerra (1984), foi diretor do SENAR e Oficial de Gabinete do Governo Aluízio Alves. Sua participação em simpósios, seminários e congressos é extensa.
Foi eleito para a Academia Norte-rio-grandense de Letras no ano de 1994 e tomou posse em 23 de março de 1995, na cadeira 6, que tem como patrono Luís Carlos Wanderley (Assu), sendo fundadora e primeira ocupante Carolina Wanderley (Assu), tendo como primeiro sucessor Gumercindo Saraiva (João Câmara), a quem João Batista sucedeu.
Seu primeiro livro foi “Partido Liberal Mexicano e a Greve de Cananeia” (1981) e depois vieram outros trabalhos. Escreveu em vários jornais e muito contribuiu com seus artigos para a Revista da ANRL, onde publicou 14 textos.
Foi sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, que diante da sua grandeza cultural, por iniciativa da Diretoria do IHGRN, passou a ser sócio honorário, compondo uma lista de renomados nomes de homens e mulheres que se dedicam à cultura. Na Revista do IHGRN, Joao Batista Pinheiro Cabral também deu sua contribuição. Estão lá nas edições de 1980, 1981 e 1987.
O intelectual João Batista Pinheiro Cabral atendeu, no dia 8 de fevereiro último, ao chamado da “Moça Caetana”, e quando o leitor estiver lendo esse artigo, nosso honrado e saudoso escritor e historiador já estará recebendo as insígnias que a ele estavam reservadas, na eterna “Potyguarânia Cósmica”.
A morte não irá ofuscar a sua trajetória, seus passos ficarão durante muitos anos nas estradas por onde passam seus amigos, as instituições culturais das quais participou saberão cuidar do seu legado.


Francisco Martins
Sócio efetivo do IHGRN, da Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes–ACLA – Pedro Simões Neto, da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel-ANLiC e do Conselho Estadual de Cultura do RN (Secretário Administrativo).


Fontes Consultadas:
Revista da Academia Norte-rio-grandense de Letras, nº 25, Janeiro 1996
Memória Acadêmica – Leide Câmara –Natal:IFRN, 2017
Site do IHGRN – www.ihgrn.org.br

https://ihgdorn.blogspot.com/2023/02/joao-batista-pinheiro-cabral-um-sabio.html?m=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário