Para Beth - que perdeu seu tesouro
Eu não sei
bem explicar
Como foi que
sucedeu
Eu só sei é
garantir
Que a coisa
assim se deu
Dentro do
coração humano
Água e sais se juntaram
E fortemente
se abraçaram
E a lágrima
nasceu.
Criada desta
junção
Perfeitamente
cresceu
E logo
percebeu
Que dentro
do coração
Não poderia
ficar.
Tentou
navegar no sangue
Mais este se
recusou
Carona à
lágrima dar.
“-Estarei prisioneira
Neste coração
humano?”
Indagou a
lágrima.
“-Não, você
há de partir
Nos
sentimentos da alma!”
Respondeu o
sangue rubro.
E a lágrima,
então sozinha,
Nutria-se de
imagens e ações,
Vestia-se de
momentos
Banhava-se
nos pensamentos
Calçava a
ALEGRIA, trazia na cabeça
Um diadema
de FELICIDADE.
Era a
lágrima rica naquele tesouro
Foi quando
um dia,
Oh! Que dia!
A lágrima
Dormiu.
Levaram-lhe
ALEGRIA e
FELICIDADE
Quando
acordou sentiu
Tamanha dor.
Sem pedir ao
sangue
Caiu na
correnteza,
Andou por
todo o corpo
E o tesouro
não achou.
Veio o dia,
veio a noite,
A lágrima
cansada
Perguntou ao
coração:
“-Se aqui
não está meu
Tesouro: Alegria e Felicidade,
Onde poderei
acha-lo?”
Coração, acelerou e disse
A quem
perguntou:
“-Pegue o
trem da SAUDADE,
Desça na
estação dos olhos
E busque na
praça da face
A razão do
seu viver".
Eu não sei
bem explicar...
Mas foi
assim que choramos
Pela primeira
vez e ainda hoje,
O trem da
saudade vai e vem
Do coração
à Estação dos Olhos.
Francisco Martins
Parnamirim –
RN, 9 de maio de 2014
Obrigada amigo!!!!!!!!!!!!!!
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