Escrito em 1971/72 o romance "Chuva Crioula" vai tratar sobre a a
mais antiga profissão: a prostituição. Tendo por
palco o estado de Goiás, José Mauro de Vasconcelos
conseguiu transpor às páginas como viviam as mulheres naqueles cabarés. A
protagonista, morena, cabelos negros, corpo escultural e com olhos
verdes é a bússola que vai nortear os capítulos deste romance. Estrupo,
pobreza, selvageria, amizade, traição são pontos sobre os quais o autor
construiu a história de Esmeralda - a Chuva Crioula. Quero acreditar
também que este seja um dos romances da literatura brasileira, que teve a
ousadia de tratar sobre o homossexualismo, dando espaço a Suzi e
Turquinha, dois gays. A trama vai prender o leitor não apenas pela
beleza do texto, as imagens construídas, mas também pelo enredo. Há
sofrimento? Sim.Existe também muito humor causado pelos personagens. O
encontro de Chuva Crioula com Daniel é ao meu ver uma das cenas mais
lindas deste livro, com ele, Esmeralda vai aprender "não existe nada
fora do alcance do amor de Deus" (p.107). Poderia escrever mais sobre o
livro, no entanto, prefiro aguçar a sua curiosidade para que ponha em
sua lista de leitura. Esta foi a segunda vez que o li. C.S.Lewis
afirmou: Para mim, um livro não é bom enquanto eu não o ler duas ou mais
vezes".
Francisco Martins
Leia também as resenhas:
Banana Brava
Longe da Terra
Vazante
Farinha Órfã
Arara Vermelha
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Este livro foi o meu primeiro amor literário e continua sendo. José Mauro me ensinou o que é ternura, que o amor pode doer e que a vida, às vezes, também tem cheiro de goiaba...
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