segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O QUE DEVE SER O GOVERNO

 Neste dia 1 de janeiro de 2019 já estaremos sob a matuta administrativa de Jair Bolsonaro.  Um governo diferente? Até onde? Eu estou na torcida para que seu governo seja próspero e que a nação brasileira cresça. Como tudo aqui puxa leitura e literatura, nada melhor do que termos este texto de Monteiro Lobato, publicado na década de 40, que trata sobre a ética na política.

Uma nação é o conjunto organizado das criaturas humanas que habitam um certo território. Para promover a ordem e a justiça essas criaturas delegam poderes a certos indivíduos para a aplicação de uma coisa chamada lei, a qual não passa da vontade coletiva aceita por  consenso unânime. Tais homens constituem o governo. O governo é, pois,  um delegado, uma criatura da Nação. Só esta é soberana, porque só esta é a força e a verdade.
Quando os delegados fogem aos seus deveres e voltam contra a Nação os  aparelhos defensivos que ela lhes entregou para salvaguardar a sua soberania das agressões externas, esse governo deixa de ser governo. Cessa de funcionar legalmente e – ou rei como Luís XVI, ou ministro, ou presidente, ou congresso – deve ser incontinenti varrido por todos os meios, a guilhotina como na França, ou a processo criminal como nas repúblicas livres.
O dever mais elementar dos delegados da Nação é aplicar sensatamente os dinheiros públicos. O povo dá o imposto para receber em troca um certo número de benefícios de caráter geral. Para fiscalizar esse emprego existe a imprensa, plenário onde se ventila o abuso, o qual abuso, competentemente autuado, sobe à Opinião Pública para o julgamento supremo. Se a opinião pública, por vício incurável, não toma as providências do caso, paciência. A imprensa não tem culpa disso. Seu papel limita-se a esclarecer o público.
Assim, todo jornalista, ou todo cidadão, tem o dever de agarrar pela gola os funcionários relapsos, sejam reis ou ministros, e expor os seus crimes na grande montra.
Referência
LOBATO, Monteiro.  Mundo da lua e miscelânea. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1946, p. 106 e 107. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

JEFFERSON CAMPOS ENTREGOU HOJE A ARTE EM XILOGRAVURA DO CORDEL "O NATAL DENTRO DO CÉU"

O artista plástico, xilógrafo, Jefferson Campos entregou no início da tarde de hoje a impressão da xilogravura que servirá de capa para o cordel "O Natal dentro do Céu", de Mané Beradeiro. A figura tem dois níveis: o terrestre onde está acontecendo o nascimento de Jesus, já ladeado por Maria e José e os Reis Magos. E, na parte superior, o Céu onde está acontecendo a grande festa em homenagem a encarnação do Verbo.  Da esquerda  para a direita, o artista Jefferson Campos ilustrou o Profeta Elias,  o anjo vestido de xibão e o casal Adão e Eva.
Num salão todo dourado
Veio um anjo com  gibão
Usava chapéu de couro,
Alpercatas e cinturão,
Logo a sanfona puxou
E com voz forte cantou
Começou a animação

 Este será o 48º folheto, com a assinatura do poeta Mané Beradeiro. Próximo dia 20 já estará disponível para venda.





terça-feira, 11 de dezembro de 2018

MANÉ BERADEIRO TEM NOVO CORDEL SOBRE O NATAL

O poeta cordelista Mané Beradeiro que já tem mais de  40 folhetos publicados, brevemente estará com mais um na praça. Será o terceiro folheto  que abordará o tema do Natal. O primeiro foi lançado em 2012, com o título: "Um menino nos foi dado",  três anos depois, em 2015,  ele escreveu  "O primeiro Natal", e agora, Mané Beradeiro  nos presenteia com um cordel maior do que os anteriores, com 32 estrofes, sendo 31 escritas em sétimas e 1 décima ( assinatura MBERADEIRO). A capa e as ilustrações serão feitas por Jefferson Campos Natal-RN). A correção teve o olhar criterioso do poeta Gilberto Cardoso (Santa Cruz-RN). O título deste terceiro trabalho sobre o nascimento de Jesus é:  O NATAL DENTRO DO CÉU.

Vejamos algumas estrofes:

Naquele dia bendito,
Algo no Céu diferente,
Sentiram celestes anjos,
Em Deus, o Onipotente
Era chegado o momento
De Jesus, seu nascimento,
Neste mundo tão carente.

...

Um anjo pixotôtinho
Que de Deus não se afastava
Perguntou ao Criador,
A quem ele tanto amava:
"-Será hoje na história
A grande noite de glória
Que Isaías proclamava?"

...

Perguntei a um profeta
Que a morte não destruiu,
Se ficou o Céu mais pobre,
Pois Emanoel partiu.
Riu de mim o pregador
E disse sem ter temor:
"-Daqui ele não saiu!"

O folheto estará disponível na semana do Natal.



CEC REALIZOU HOJE A ÚLTIMA SESSÃO DO ANO


O Conselho Estadual de Cultura do RN, entidade da qual faço parte como Secretário Executivo,  fez hoje sua última sessão do ano. Após a reunião houve uma confraternização entre Conselheiros e funcionários. Após a sessão de hoje é declarado o período de recesso para os Conselheiros. Eles voltam às suas atividades no mês de fevereiro de 2019. Este ano, o CEC/RN realizou 40 sessões plenárias.

domingo, 9 de dezembro de 2018

UM BOI SEM RODAS


Monteiro Lobato conta que uma criança, filho do seu vizinho, com três anos de idade, sempre via o boi atrelado no carro de boi, com a canga. Nunca vira isolado, sempre em bloco. Qual não foi sua surpresa quando vê uma vaca na rua. Grita para para a mãe:
_Mamãe, venha ver um boi sem rodas!