sexta-feira, 28 de maio de 2010

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO

Então, fazia tempo que eu não postava um causo. Os amigos e admiradores de Mané Beradeiro solicitaram e estou aqui atendendo o pedido. Será um causo pequeno, uma gota de humor. Na cidade de Mossoró, há muitos anos, lá prá década de setenta, Edmilson Lucena resolveu se candidat a vereador. Estava fazendo um discurso numa rua dos bairros daquela cidade, empolgado, querendo conquistar votos e corações dos seus ouvintes pegou o microfone e com avoz de radialista falou: "-Garanto ao meu povo que se eleito for, trabalharei para PARALEPIPEIDAR esta rua". Dizem que foi um desastre, a multidão botou a mão nas ventas e pensou: Já começou a fazer merda.

São causos da nossa terra, pérolas da literatura de humor potiguar.



quinta-feira, 27 de maio de 2010

XIII CONGRESSO DO SINTEST/RN

Às 9 horas, do dia 31 de maio, segunda feira, Mané Beradeiro fará um show de trinta minutos, na abertura do XIII Congresso do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (CONSINTEST/RN).
O evento acontecerá no auditório da Biblioteca Central Zila Mamede, no Campus Universitário, em Natal e terá a participação de representantes de outras entidades como: ADURN, DCE, CONLUTAS, AFURN, FASUBRA E REITORIA.
O congresso irá até o dia 2 de junho e tem como tema: Técnico-administrativos na luta frente às investidas do capitalismo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

COMENTANDO MINHAS LEITURAS 23/2010


Livro: Os Lusíadas
Autor: Luís Vaz de Camões
Edição de 1986, pela Porto Editora, 643 páginas
Organizada por Emanuel Paulo Ramos
Leitura: 3 de março a 5 de abril de 2010

Fazia tempo que vinha planejando a leitura deste clássico. Realmente é uma obra magnífica. Composta por dez cantos, todos formados por estrofes que são oitavas decassílabas, o maior poema da Língua Portuguesa, em suas 1102 estrofes, retrata a epopéia da viagem de Vasco da Gama, na descoberta do caminho marítimo para as Índias. O livro não deixa, desta forma, de registrar a história de Portugal e gloficar este povo. Confesso que ao ler "Os Lusíadas" senti-me na qualidade de leitor, navegando "por mares dantes navegados". Pelo que já liz, não vi emnenhum outro livro, tanta vezes juntos numa mesma obra, as figuras de estilo e linguagem. Luis Vaz de Camões, o soldado português, que soube com a pena e não a arma, vencer a batalha da imortalidade quando escreveu Os Lusíadas. Meu objetivo de leitura para 2010 é devorar 150 livros. Faltam 127, o que sinaliza que para atingir este propósito tenho que ler de 6 de abril até dezembro uma média de 14 livros por mês. Hei de conseguir.







HOJE NA UFRN MANÉ BERADEIRO CHAMOU ATENÇÃO

Não era bem a minha prentesão, mas hoje, à tarde, quando tive um encontro com os alunos do Departamento de Biblioteconomia da UFRN, turma 2010.1, (veja fotos abaixo), por onde passava provocava curiosidades. Também pudera, não é todo dia que dentro de um Campus Universitário chega um cidadão, com uma mala antiga, um cabaço à tira-colo, alpercatas de couro, chapéu de massa e sai andando no meio daqueles corredores como se nada estivesse fora do normal.
Foi isto que eu fiz, tão logo terminei o encontro com os alunos do curso de biblioteconomia. Visitei o Azulão, queria dá um abraço em Flávio Rezende, alma boa do bem, mas não o encontrei. Depois fui à Biblioteca Central Zila Mamede. Homem! para entrar lá tive que deixar minha mala e meu cabaço numa cancela metálica. Eita! mundo de meu Deus!
O melhor de tudo foi panfletar, falar do Momento do Livro e plantar sementes que hão de germinar.

ALUNOS DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA CONHECERAM MANÉ BERADEIRO




TODA OBRA O COURO DÁ

Dá bola, manta, silhão, dá corona e da perneira, dá chapéu, dá bandoleira, dá sapato e dá gibão. Pra se fazer matulão o couro é como não há, serve até pra cassuá, dá péia e dá rabichola, se prendendo o couro e sola toda obra o couro dá.
Poeta Moysés Lopes Sesyom.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O HOMEM E O TEMPO


"Há entre o homem e o tempo contradições bem fatais; o homem não faz mais diz; o tempo não diz, mais faz. O homem traz, mas não leva e o tempo leva e não traz."

(João, poeta pernambucano)

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO VARELA SANTIAGO


O escritor Francisco Martins Alves Neto, que praticamente há dois anos já vem realizando contação de histórias nas escolas da rede pública municipal e estadual, firmou um compromisso com o Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal, onde duas vezes por mês, inicialmente, fara contação de histórias para as crianças daquela instituição. O escritor levará a sua experiência do projeto MOMENTO DO LIVRO, do qual é gestor, fazendo uso dos personagens Mané Beradeiro e Palhaço Leiturino para o público infantil e adulto, uma vez que suas apresentações também serão voltadas para os acompanhantes das crianças internadas. Quem desejar participar deste trabalho, pode ajudar fazendo doações de livros de histórias infantis. As doações podem ser deixadas na Biblioteca da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que fica na Rua Mipibu 443, Cidade Alta, de segunda a sexta-feira, sempre pela manhã, aos cuidados de Francisco Martins. Maiores informações pelos telefones (84) 9956 4014 ou 8719 4534. Os trabalhos no Varela Santiago irão começar no mês de junho próximo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A FESTA DE MADALENA - ROMPENDO A DIMENSÃO DO TEMPO


Amanhã, tão somente amanhã, o sino da velha matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Ceará Mirim, deve dobrar de forma alegre, lembrando a cada vivente que o escutar, que em 25 de maio de 1880, exatamente há 130 anos nascia Maria Madalena Antunes Pereira.

Sinhá Lica, assim chamada pelos íntimos, cresceu no Engenho Oiteiro; no Sobrado dos Antunes e seus olhos viram e o coração guardou, a história mais bela escrita por suas mãos e revelada ao público no "outuno da vida".

A obra de Madalena: Oiteiro - Memória de Uma Sinhá Moça, lançada em 1958, foi, é e continua a desafiar os escritores do RN a sobrepô-la em grandeza e riqueza de detalhes de um memorial. Não é força de expressão quando se diz que Madalena Antunes, é a maior escritora memorialística do Rio Grande do Norte. Leia a obra e confira esta verdade. Eu mesmo já li Oiteiro três vezes e em todas elas me encantei com o mundo resgatado por Madalena.

Amanhã, quando o dia lançar os primeiros raios do sol sobre o lugar do Engenho Oiteiro, num espaço onde não há tempo, nem destruição, Zé Vedóia, o "despertador" do Coronel José Antunes há de falar: -Acorda coroné, hoje é a festa de Sinha Lica!.

Mais tarde então, na cozinha da casa grande do engenho, Patica, a mãe-preta, juntamente com Tonha, servirão doces, bolos e ouvirão atentas as narrativas da escritora Madalena.

E assim, a festa prolongar-se-á por todo o dia, de tardezinha, a Liteira do Coronel José Antunes sairá de Oiteiro com destino à cidade dos Verdes Canaviais (Ceará Mirim). Boca de Aruá, o acendedor de lampiões, já estará cumprindo seu ofício. Ao subir pela Rua São José, a Rua Grande, (atual Rua Manuel Varela) Madalena lançará seu olhar para as torres da Igreja e pensará: "Aquelas cruzes, lá do alto das torres, foram trazidas por meu pai, da distante Inglaterra".

No Sobrado dos Antunes, hoje Prefeitura Municipal, Madalena entrará e será recebida pelos pais Juvenal Antunes e Joana Soares, pelos irmãos Ezequiel, Juvenal e Etelvina, por tantos outros de ontem e de hoje, que rompendo este fio tênue e a cortina da vida, querem ao som do piano, cantar a beleza da sua existência e agradecer por Oiteiro.

Nesta festa, em algum recanto do Sobrado dos Antunes, estarão também Anbel Antunes Pereira, Ruy Antunes Pereira, Nilo Pereira, Denise Gaspar, Lúcia Helena, todos ali, vendo Madalena, sem no entanto serem vistos, e que também hão de nos ofertar belos textos, pois todos trazem no sangue e na alma a arte do escriba e a cor da poesia. Parabéns Sinhá Lica, receba meu afeto e minha gratidão. Seu leitor e admirador, Francisco Martins Alves Neto.

MOMENTO DO LIVRO SERÁ CONHECIDO PELOS ALUNOS DA UFRN

Amanhã, quarta-feira, 25 de maio, os alunos do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do RIo Grande do Norte-UFRN terão, à tarde, um encontro com o escritor e humorista Francisco Martins Alves Neto, gestor do MOMENTO DO LIVRO.
Na oportunidade, Mané Beradeiro, personagem do projeto acima, fará uma apresentação para os alunos. O evento acontece dentro da programação dos seminários que estão sendo realizados pelos alunos daquele curso. O convite partiu do jovem Wandyr Villar, bibliófilo, que detém a maior biblioteca particular de obras dos escritores potiguares, e que este ano começou a cursar biblioteconomia.

E AGORA JOSÉ?


O 16° Prêmio Nacional Assis Chateubriand de Redação 2010/Projeto Memória, instituido pela Fundação Assis Chateubriand, que visa estimular os trabalhos de redação nas escolas brsileiras e promover o exame de assuntos de interesse nacional, já está recebendo inscrições para quem desejar participar, o tema deste ano é: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - TESTEMUNHO DA EXPERIÊNCIA HUMANA.

Há prêmios para os estudantes do ensino público e privado, com premiação distinta para os níveis: Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Universitário. Os valores dos prêmios vão de R$ 500,00 (quinhentos reais) até R$ 8.000,00 (oito mil reais).

O prazo final para entrega das redações é 31 de agosto de 2010. Informações e regulamento através do site http://fac.correioweb.com.br/ ou (61) 3214 1508.

Os professores orientadores dos estudantes que conquistarem os três primeiros lugares também ganham, a título de reconhecimento, um notebook.

ASSIM DISSERAM ELES...

"Na essência, o homem é o resultado do que aprende"

Padre Mota. Ex-prefeito de Mossoró.

CORRENDO ATRÁS DE VOCÊ CAPOTEI MEU CORAÇÃO

"Sobrei mesmo pra valer nas curvas da suas pernas! Tive fraturas internas correndo atrás de você. Foi demais meu desprazer nessa estrada da paixão; eu parei na colisão, num rochedo de vontade que na veloz ansiedade capotei meu coração."
Autor: Luiz Francisco Xavier (Dedé).
Fonte: Livro Trovas e Trovoadas. Ed. Bagaço, 1996.

I CICLO DE LEITURAS DRAMÁTICAS


Ludovicus Instituto Câmara Cascudo, que funciona na Ribeira, na Av. Câmara Cascudo, no endereço mais famoso da Capital do Rio Grande do Norte, vai realizar o I° Ciclo de Leituras Dramáticas. Maiores informações você poderá obter através do telefone 8723 5946, com Alana Cascudo, produtora cultural. É uma ótima oportunidade para presenciar os artistas locais e ao mesmo tempo ter um encontro com textos contemporâneo e clássico da literatura. Tudo isto, através de um preço simbólico de R$ 5,00 (cinco reais) numa promoção casadinha para os dias 28 e 29 de maio. O evento tem a frente o Núcleo de Jovens Artistas (www.nucleodejovensartistas.blogspot.com).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

MANÉ IRÁ SE APRESENTAR NA UFRN


Não vai demorar muito e Mané Beradeiro estará fazendo uma apresentação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mais especificamente para os alunos do curso de Biblioteconomia. Na oportunidade, o escritor Francisco Martins falará para os alunos sobre o projeto Momento do Livro, que valoriza e divulga os escritores potiguares, com incentivo à leitura. O show de Mané será apenas uma demonstração do que acontece nas escolas do Rio Grande do Norte. Breve maiores detalhes sobre o evento.

COMENTANDO MINHAS LEITURAS 22/2010


Livro: Padre Mota
Autor: Tomislav R. Femenick
Fundação José Augusto - Natal - 2007
Páginas: 209
Leitura: 1 e 2 de março de 2010

O livro é indispensável para aqueles leitores que desejam ter um encontro com a história da cidade de Mossoró. Com muita competência Tomislav faz um mergulho nas raízes históricas do povoado que deu origem a cidade e traça uma linha que leva o leitor até a administração do Padre Mota, o maior prefeito de Mossoró. São 17 capítulos que prendem o leitor com fatos e dados da história potiguar que aconteceram naquele torrão. Vale a pena tê-lo e sobretudo lê-lo. Luiz Ferreira Cunha da Mota continua sendo um exemplo de administrador para muitos políticos. Quem dera que os atuais homens públicos pudessem fazer pelo menos 10% do que fez este homem, que nas palavras de Benício Gago "é padre, é mota, é gordo, é buchudo" mas soube governar Mossoró como ninguém.

EM MAIO DEVEMOS LEMBRAR....

19 de maio de 1935 faleceu em Natal, o Coronel Francisco Justino de Oliveira Cascudo, pai de Câmara Cascudo.
20 de maio de 1983 é inaugurada a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Açu.
21 de maio de 1912 nascia em Mossoró, Dix-Huit Rosado Maia, político, deputado estadual e federal, senador e prefeito de Mossoró.
23 de maio de 1945 nasceu José Agripino Maia , atual Senador pelo RN.
26 de maio de 1982 faleceu o escritor José Bezerra Gomes, bacharel e historiador.

74 ANOS DA ANRL

Amanhã, 15 de maio, a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras faz 74 anos da sua instalação. A primeira reunião para sua fundação aconteceu em 15 de maio de 1936, na casa de Câmara Cascudo, e exatamente um ano depois foi instalada. A data de fundação é 14 de novembro de 1936. Seu presidente atual é Diógenes da Cunha Lima, poeta, escritor. Recentemente a sede da academia passou por uma reforma nas suas instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, em convênio firmado com o Governo do Estado e a Fundação José Augusto. A Biblioteca Padre Luiz Monte, que pertence a academia, já tem sala de pesquisa climatizada, aberta ao público. Recebe em horário agendado, sempre pela manhã, de segunda a sexta-feira, que pode ser feito através do telefone 3221 1143. O acervo consta com mais de doze mil livros, de escritores nacionais e internacionais. Há um bom número de livros sobre a literatura potiguar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O ENCONTRO DE MANÉ COM OS PROFESSORES




Na quarta-feira última, pela manhã, Mané Beradeiro apresentou o show: "Rir nunca foi tão bom e saudável", para os professores da rede estadual, que trabalham na região do Mato Grande. Estavam presentes cerca de 25 municípios. Para eles foi uma oportunidade de ver a riqueza dos causos e das poesias matutas que há na literatura do Rio Grande do Norte. O evento aconteceu no hotel Praia Mar, em Ponta Negra, Natal-RN, com a participação de 150 professores.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cartas para Mel XI O arco da mãe e a flecha da filha que voa para a vida

Por Flávio Rezende*

Linda e cada vez mais simpática Mel, estamos no segundo domingo do mês de maio de 2010 e, em nosso planeta, famílias de todas as nações, raças, condições sociais e religiões diversas, comemoram o chamado Dia das Mães.

Tudo começou na Grécia antiga, quando festejavam no começo da primavera, a deusa Rhea, intitulada Mãe dos Deuses. Depois a Inglaterra do século XVII começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães operárias e, nesse dia, as trabalhadoras folgavam e ficavam em casa com as mães, no que chamavam de "Mothering Day".

Depois veio a americana Ana Jarvis, dando início a uma campanha para instituir o Dia das Mães. O ano era 1905 e Ana, filha de pastores, perdeu a mãe, entrando assim em depressão. As amigas ficaram tristes com sua situação e decidiram eternizar a memória de sua mãe com uma festa. Ana preferiu que a festa fosse para todas as mães, vivas ou mortas, fortalecendo assim os laços familiares e o respeito pelos pais.

Ela passou a lutar então pelo Dia das Mães e, a primeira celebração oficial aconteceu no dia 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. A boa luta obteve bom êxito quando em, 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Rapidamente mais de 40 países adotaram a data.

Querida filha, logo que conheci sua amável mãe Deinha ela manifestou o desejo de exercer a maternidade. Eu já tinha seu irmãozinho Gabriel, mas, já queria ter um outro filho, principalmente uma menininha.

Concordamos que em nossa relação, não evitaríamos um novo ser e, até, investimos com carinho nessa mútua vontade. Não demorou e você surgiu, dando a sua mãe hoje, no dia dedicado a ela, uma grande alegria.

Agora estamos envoltos com seu crescimento. Vamos fazer todo o possível para educá-la da melhor maneira. Sabemos que somos o arco e você a flecha. Estamos ajudando na construção de sua personalidade com todas as boas ferramentas que dispomos. Torcemos para que, ao ler estas cartas, possa nos dar o testemunho que acertamos em nossas condutas.

Sou muito ligado a um mestre indiano, educador e autoridade espiritual respeitado, chamado Sai Baba, que lhe deixa uma excelente dica, “você deve compreender o valor do amor de mãe e da sua preocupação por você. Você deve dar a sua mãe a mais elevada prioridade. Às vezes, a juventude moderna não se importa com suas mães. Eles pensam que são altamente qualificados e que suas mães não sabem nada. É um grande erro pensar isso. Nunca menospreze sua mãe. As mães também não devem obrigar seus filhos a concordar com cada desejo delas. Por amor e sinceridade, ela deveria colocar seus filhos no bom caminho. Toda mãe deveria aspirar que seus filhos fossem bons; eles não precisam ser notáveis”.

Sai Baba diz ainda que “a verdadeira finalidade da educação é a formação do caráter" e é isso que venho insistindo. Para mim se pudermos contribuir para a formação de um caráter que inclua os valores humanos, lhe tornando pacífica, amorosa, solidária e cheia de bem aventurança, teremos dado nossa contribuição.

A sua mãe e eu somos o arco que junto com a corda impulsiona você para a vida. Todo nosso esforço é que ao lhe entregar ao mundo, possas acertar nos alvos corretos e ser feliz.

Torço ainda para que o Dia das Mães do futuro possa ser menos comercial. Vivenciamos uma fase muito capitalista nas comemorações em geral. Ainda bem que eu e sua mãe não ligamos muito para isso. Damos os presentes de praxe, mas não focamos muito no materialismo sem alma.

No dia de hoje levamos você para um restaurante vegetariano. Como sempre todos lhe saudaram com efusivo carinho. Depois ficamos na cama brincando e lhe dando beijinhos. Ao entardecer um passeio pela praça nos colocou em contato com a natureza. O céu estava lindo, de um azul gostoso de ver.

Amamos a vida e transferimos para você toda essa energia positiva que temos dentro de nós. Certamente isso está lhe fazendo muito bem. Este sim, é o nosso maior presente e, de você para nós, seu permanente sorriso ao nos observar, nos enche de renovado prazer.

Continuemos assim e, nessa saudável troca, os dias todos, das mães, dos pais e dos filhos, serão sempre dias de muito amor a compartilhar.

* É escritor, ativista social, pai de Mel, Gabriel e esposo de Deinha em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)

domingo, 9 de maio de 2010

MANÉ BERADEIRO FAZ SHOW PARA 150 PESSOAS EM PONTA NEGRA

Terça-feira, dia 11 de maio, às 9 horas, no Hotel Praia-Mar, em Ponta Negra (Natal-RN), Mané Beradeiro estará fazendo o show: Rir Nunca foi tão bom e saudável. Aproximadamente 150 pessoas, em sua maioria professores da rede estadual que atuam na Região do Mato Grante, formarão a platéia que terá um encontro com os causos e as poesias que são trazidas por Mané Beradeiro. Quem desejar levar este show para algum evento entre em contato com Francsco Martins através dos e-mails mané beradeiro@hotmail.com ou momentodolivro@hotmail.com e dos telefones (84) 9956 4014 e 8719 4534.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

COMENTANDO MINHAS LEITURAS 19, 20 E 21/2010



Livros: De Boca em boca/ Nem Kombi, nem Ford, nem sai de Sinca/Fogo no Rabo
Autora: Myrian Gurgel Maia
Editora(s): pela ordem Clima 1989, da autora 2006 e Natal Gráfica 2007
Páginas: 111, 217 e 192 respectivamente
Leitura: 24 a 27 de fevereiro de 2010

Myrian Gurgel Maia foi uma escritora que produziu 15 livros sobre humor. Neles, ela registra anedotas, piadas, causos, jargões, provérbios, adágios, trava-línguas, advinhações, etc. tudo colhido da cultura popular. Myrian foi professora da Universidade Federal da Paraiba-UFPB, onde trabalhava como pesquisadora do conto popular. Ler os livros de Myrian é ir ao encontro do povo. É paginar cada folha sentido o gosto de uma mordida no cajá, uma água de coco, uma tapioca com ginca, é molhar os dedos nas palavras que traduzem cheiro do mar, cana do litoral, é passar o dorso da mão na testa e limpar o suor das empregadas domésticas que escorrem em linhas engraçadas, finalmente, cada livro que ela produziu nos mostra, parafraseando a própria autora, "a essência de uma verdade; que vêem na graça da gente uma dádiva de Deus"

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A FORÇA DA EXPRESSÃO POPULAR


Não é novidade para vocês que eu dou vida ao personagem Mané Beradeiro, o cidadão da lendária São Sarauê, que desde o mês de fevereiro de 2009 anda pelo Rio Grande do Norte contando causos e declamando poesias matutas. Sinto-me orgulhoso do caminho que ele tem conquistando, isto é fruto do seu trabalho e da sua dedicação em oferecer aos seus admiradores o que há de melhor na produção literária do Estado. Pois bem, alimentar Mané Beradeiro tem sido uma das minhas preocupações constantes. Vivo buscando em bibliotecas, livrarias e sebos, livros de autores norte-rio-grandenses onde possa garimpar novos causos, como também poesias matutas e expressões regionais, bem características do homem do campo. É aqui que quero fazer despejar em sua leitura a alegria que muitas vezes sinto ao ler um livro que traz coisas boas para o show de Mané Beradeiro. Nos últimos meses, sempre tenho mesclado minhas leituras entre clássicos e escritores locais. Foi assim que pude anotar algumas preciosidades tais como: Assustado que só socó na lagoa.
Aprumada que só arranha-céu.
Adiantado que só relógio de vigilante.
Por dentro que só talo de macaxeira.
Comendo por fora, feito pinto no cocho.
Demorado que só doença em casa de pobre.
Quem é dona dos beijos, é dona dos peidos.
Mais apertado do que cavalo de São Jorge em Quarto Minguante.
Safado que só papagaio de rapariga.
Furada que só tábua de pirulito.
Frio que só pau de defunto.
Nem caga, nem desocupa a moita.
Não quero nem saber onde fica o cu da cobra de duas cabeças.
Delicado que só rolo de arame farpado.
É melhor escapar fedendo do que ser um defunto cheiroso.
Safada que só mão de ginecologista.
Herança é aquilo que os mortos deixam para os vivos se matarem.
Bicho que mija prá trás é que bota homem pra frente.
Sem parar que nem fole de ferreiro.
Sai de uma e entra na outra que nem lagarta em folha nova.
Quem não dá pra sela, dá pra cangalha.
Tá feito cobra que perdeu o veneno.

São expresões que mostram a força do povo simples e dentro dela, a filosofia experimentada na vida cotidiana.