Quando Câmara Cascudo fundou a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras ele tinha como objetivo congregar nessa instituição homens voltados à cultura, e assim aconteceu. Isso foi em 14 de novembro de 1936, de lá para cá, 81 anos depois, nem sempre a Academia tem se mantido fiel a trazer para seu rol homens literários. Conheço sua história, sou um apaixonado pela ANRL. Tudo nela me interessa. Trabalhei mais de dez anos na sua Biblioteca; levei sua história às escolas, trouxe alunos e professores para conhecer as instalações da Academia. Leio e pesquiso sobre ela. E quando ouso criticar faço na intenção de que a mesma não saia dos trilhos, permaneça voltada à sua missão como bem rege seu lema em latim: Ad lucem versus (Rumo à luz).
81 anos quando se trata de pessoa física podemos assegurar que é um idade provecta, mas no tocante a uma instituição, é ainda um bebê, e devemos cuidar para que ela chegue aos 300 anos ou mais repleta de saúde e notável em história. Parabenizo a ANRL e , mesmo sem ser membro, enquanto escritor, literário e amante da leitura, tenho o direito e a liberdade de dizer o que penso, independente de qualquer situação e censura. Somos uma democracia. A leitura liberta. A imortalidade consagra, mas à vezes sangra. Honra a quem tem honra. Viva os 81 anos da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Francisco Martins