A Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social – SETHAS, por intermédio do Programa do Artesanato do Estado do Rio Grande do Norte - PROARTE, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) na Portaria nº 1.007/2018, torna público o processo de seleção de interessados em participar da 21ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato, cujo edital pode ser lido no link: FEIRA DE ARTESANATO.
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
GOVERNO DO ESTADO OFERECE 10 VAGAS PARA A FENEARTE
SERRINHA - UM TOMBAMENTO QUE PARECE NÃO TER FIM
A 90 quilômetros de Natal fica a cidade de Serrinha, município com uma população estimada em 6.128 pessoas. Uma pequena cidade com um problema que parece não ter fim, que é o tombamento do monólito que deu nome ao lugar. A iniciativa partiu de um grupo de cidadãos, preocupados com a exploração que vinha sendo feita naquele bem natural, através de uma empresa de indústria e comércio, mobilizou-se e fundou em 29 de maio de 2001, a Comissão Municipal de Serrinha pela preservação da Serra -COMSERRA.
Em junho de 2001, a COMSERRA , que então tinha como Presidente Fábio Barbosa de Oliveira, pediu ao IDEMA que fosse cassada a licença de operação da empresa, que estava destruindo o principal cartão postal da cidade. A batalha continuou, e em 5 de março de 2013, já na gestão de José Genilson de Oliveira Souza, a COMSERRA entrou com um pedido de tombamento junto a Fundação José Augusto-FJA, tendo o apoio de 960 pessoas, através de Abaixo-assinado. O Processo (47959/2013-2) tramitou e em 4 de dezembro de 2018, o Conselho Estadual de Cultura, em sessão plenária, aprovou o tombamento. Mesmo assim, o registro ainda não foi reconhecido pelo Governo do Estado e mais uma vez o assunto volta a ser discutido em sessão do CEC/RN, nesta terça-feira, 26 de outubro de 2021. Uma luta que já tem 20 anos.
AVISO
Comunico que estou sem celular desde sábado pela manhã. Contato comigo apenas pelo e-mail: franciscomartinses@gmail.com
O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO
O Distrito de Dom Marcolino Dantas é um celeiro de personagens e histórias hilárias. Vou narrar uma, mudando o nome do protagonista. Vou chamá-lo de Lourival, e já adianto que se por acaso tiver por lá um homem com esse nome, não foi com ele que se deu tal fato.
Lourival foi para Natal fazer um exame de próstata. Conseguiu ser atendido no Hospital Universitário Onofre Lopes. No dia da consulta, ao entrar na sala, Lourival se depara com o médico e mais quatro estudantes de medicina. O médico conversa com ele e os estudantes vão acompanhando o diálogo. Depois de alguns minutos o médico diz que é preciso fazer o toque retal. Lourival acata a ideia depois de ser convencido de que é muito importante esse exame.
Feito os preparativos e estando pronto, o médico veste a luva, lubrifica o dedo e rapidamente faz o toque. Até aí tudo bem. O pior é que cada estudante também quis ter a experiência. Foi o primeiro, o segundo e quando o terceiro já se aproximava, Lourival gritou:
-Parando por aí! Vocês tão pensando que aqui é interruptor para todo mundo meter o dedo?
domingo, 24 de outubro de 2021
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
HUMOR DE MANÉ BERADEIRO
COMENTANDO MINHAS LEITURAS: PUSSANGA - MOLDURA DO BRASIL AMAZÔNICO
"Pussanga" é o título de um dos livros de Peregrino Jr, escritor potiguar, que foi membro e Presidente da Academia Brasileira de Letras-ABL e da Academia Norte-rio-grandense de Letras, além de outras instituições. As histórias de "Pussanga" são lendas, superstições, costumes, ofícios laborais do homem que vivia na Amazônia, no segundo decênio do século XX.
Peregrino Jr |
O livro foi premiado em 1929 pela ABL e recebeu tradução para vários idiomas. "Pussanga" é sinônimo de medicamento caseiro, conforme vemos no conto de abertura Garrafada Indígena: "nessa pussanga, tem infusão de muyrakitan".
Escrevo sobre livros antigos porque muitos leitores sequer sabem da existência deles. E é sempre bom lembrar que livro novo é todo aquele que ainda não foi lido. Em "Pussanga, Peregrino Jr nos leva a Belém (PA) onde vamos encontrar José Caruana e Vicente Dória, numa tentativa de sociedade comercial. Isso no primeiro conto já citado acima. Na sequência, em Areia Gulosa temos Antonio e Josino, o primeiro, nordestino de Catolé do Rocha (PB), o outro de Óbidos (PA). O conto tem como local a fazenda "Boa Esperança", do Coronel Zé Júlio. Ali veremos a força do trabalho e a ingratidão de uma mulher, bem como a prática da entrega de terra para cultivo em troca de uma percentagem (10%) ao proprietário.
Quando o leitor correr os olhos pelo conto "Carimbó" vai encontrar o nonagenário Zé Vicente, escravo que sabe muito sobre a presença do negro no Amazonas. Através dele conheceremos o Quilombo de Trombetas e a sua organização política, econômica e cultural. " No ritmo do Carimbó dançando a dança negra os negros velhos recordam as senzalas tristes".
Geralmente os escritores têm uma história dedicada à beleza da mulher. Peregrino Jr não fugiu a regra e deu formosura e curvas a "Feitiço", o nome pelo qual era conhecida a linda criada do Coronel Rodopiano. A cabocla descrita por Peregrino Jr é sem sombra de dúvida o protótipo literário do que mais tarde iremos conhecer em "Dona Flor", personagem de Jorge Amado. "Tinha bom cheiro de carne morena, mas nela havia também a maldição". Qual seria essa maldição? Vale a pena conhecer Feitiço, um conto que mostra a saga de uma jovem mulher, lutando pela vida, numa rota de sobrevivência que se passa entre Belém(PA) até o Rio de Janeiro.
No centro do livro temos o conto "O Putirum dos Espectros" no qual o autor vai mostrar a forma de sobrevivência de uma família pobre, através da prática da barganha. No sexto conto "O Sobejo da Cobra Grande" temos um jogo de ciúmes entre Leôncio e Luizinha, adolescentes. Ele capaz de realizar grandes gestos de coragem por amor a ela.
"Recordações da Madeira- Marmoré" é o único texto nesse livro, no qual a narrativa está na primeira pessoa. Pode ser um conto, mas há traços de ser uma crônica. O autor relata sua estada de três meses em Guajará-Mirim, fronteira com a Bolívia.
No oitavo conto, o leitor mais uma vez terá um encontro com a cultura machista que imperava naquela região, fazendo da mulher um mero instrumento, um objeto de prazer. "Ladrão de mulheres" trata disso e muito mais. Já no "O Espritado" a temática é a crença de que não se deve fazer esforço laboral nos dias grandes da Semana Santa. Zeferino foi caçar e "ficou possuído de uma mau espírito! Sabe como é? Espritado, patrão".
E a viagem vai terminar no décimo conto "A Fogueira de Guajará". Nele tudo acontece num ambiente de festa junina, em Guajará, reinado do Coronel Antonio Gomes, rico e solteirão que tem como filosofia: " Não se deve fazer a vida pior do que ela é". Que pode uma curiboca fazer na vida de um cinquentão? Deixarei para o leitor buscar a resposta.
E assim fica resenhado "Pussanga", livro de Peregrino Jr, lançado em 1929 quando ele tinha 31 anos. A segunda edição veio em 1945 e a terceira em 1948. Peregrino Jr nasceu em Natal no dia 12 de março de 1898 e faleceu aos 85 anos, no dia 23 de outubro de 1983.
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
segunda-feira, 11 de outubro de 2021
LEITURINO ESTARÁ AMANHÃ COM AS CRIANÇAS NA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR, EM FELIPE CAMARÃO
A Igreja do Evangelho Quadrangular, no bairro Felipe Camarão, em Natal-RN, celebra amanhã à tarde, O Dia das Crianças. Preparou com muito carinho um evento destinado aos pequeninos. "SIGA-ME!" É o tema do encontro. Como acontece em outras ações, a Igreja sempre convida o Palhaço Leiturino para abrilhantar o momento. Desta vez não será diferente. O palhaço vai comemorar com as crianças os seus 12 anos de atividades no mundo do riso. Na pauta: parlendas, piadas, Palavra de Vida, afinal "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Lucas 21:33).
domingo, 10 de outubro de 2021
A REZADEIRA CREUZA BATISTA
Carminha passou a noite sem dormir. O motivo foi uma dor aguda que ela estava sentindo, começava no ouvido esquerdo, descia para a garganta e subia para os olhos. Foi uma noite agoniada.
Mal o dia amanheceu a mãe de
Carminha mandou o irmão ir à casa de Dona Creuza, a rezadeira mais conhecida
daquela região. Quando ela soube do acontecido com Carminha, disse ao portador:
“Vou botar o café de João e daqui a pouco eu chego lá”.
Assim disse e assim fez. No caminho
colheu algumas folhas de pinhão roxo. Isso era indispensável no seu ofício de
rezadeira.
−Bom dia!
− Pode entrar Creuza. Carminha tá lá
no quarto, a bichinha nem quis tomar o café.
Dona Creuza entrou naquele quarto e
viu Carminha encolhida e coberta com o lençol de saco de algodão.
− Sente fia, não é bom receber a
reza deitada.
A menina-moça sentou com muito
esforço. Dona Creuza perguntou o que ela sentia, à medida que Carminha falava,
a rezadeira catalogava os santos.
−Tenho dor nos olhos
−Santa Luzia desce pra cá
−A garganta muito inflamada
− São Braz venha também
−Meu ouvido esquerdo lateja demais
Aí Dona Creuza ficou em silêncio
tentando lembrar quem invocaria. Poucos segundos depois ela tinha duas opções:
São Francisco de Sales e Santo Agostinho. Qual escolheria? Optou por São
Francisco de Sales.
−Chico de Sales não demore chegar.
Dona Creuza tinha intimidades com os
santos da sua preferência. Uma vez feita a convocação deu-se início o ritual da
reza. Fez o Pelo Sinal, o Sinal da Cruz e com os ramos de pinhão roxo na mão
direita tocava levemente na cabeça, umbigo, ombros esquerdo e direito de
Carminha, inúmeras vezes, enquanto pronunciava as palavras da sua reza:
Iam
Pedro e João a caminho de Jerusalém, quando se depararam com Santa Luzia.
“Pra
donde vai Luzia Santa?” Perguntou Pedro.
“Vou
curar a menina Carminha que sofre de dor nos zóios”. Pai Nosso e Ave Maria,
seja noite ou seja dia dai a cura a Carminha.
João disse a Luzia:
“Leve
pinhão roxo pra benzer a tal menina. Vá depressa oh Luzia acabar com agonia que
ela veja Jesus Cristo nesta sua travessia”.
Creio
em Deus, o Pai Eterno
No
seu filho, o Redentor
Creio
no Espírito Santo
Do
amor revelador.
Enquanto Creuza rezava e tocava
Carminha com as folhas, essas iam ficando murchas.
Na estrada desta vida
Encontramos muita dor
Mas também temos a Graça
Dada por Nosso Senhor
De curar toda mazela
Vem São Braz levar Carminha
Ao Poço de Jacó
Dai-lhe água tão bendita
Curai dela a garganta
Dai-lhe força sacrossanta …
Já sentiu Jesus na Cruz
Sete selos do destino
Tem homem, mulher e menino
Vinde São Francisco de sales
Com o poder de Jesus
Curar a dor de Carminha
Neste ouvido inflamado
Devolver para a menina audição
recuperada. Salvem os Santos da Igreja,
Salvem Braz, Salve Luzia, Salve Francisco
de Sales
Na manhã de cada dia.
Em nome de Jesus. Amém!
Quando Creuza
terminou a reza, as folhas do pinhão roxo estavam todas murchas. Deu água a
Carminha e fez algumas recomendações.
Ao se despedir,
lembrou a frase que gostava de falar: "É na doença que o santo vale mais”.
Mané Beradeiro
08 de outubro 2021
quinta-feira, 7 de outubro de 2021
A PRAÇA É DO CORDEL
Estação do Cordel retorna atividades presenciais com o “Cordel na Praça”
Nesta sexta-feira (08) e sábado (09), o Ponto de Memória Estação do Cordel, retornará a realizar as suas atividades presenciais. O Cordel na Praça traz uma programação genuína, como exposição de cordéis, exposição de xilogravuras de Jefferson Campos, exibição do documentário ‘Mulheres Cordelistas na Cena Potiguar’, Feira do Cordel promocional, música e muita arte.
Seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19, as atividades culturais serão realizadas ao ar livre, na Praça Padre João Maria, no Centro histórico de Natal/RN. De acordo com a organização, o evento estará expondo toda a produção adquirida com os recursos da Lei Aldir Blanc.
Confira toda a programação do Cordel na Praça:
Sexta-feira: 08 de outubro de 2021
18 h – Mostra do Cordel na Praça – Exibição do documentário ‘Mulheres Cordelistas na Cena Potiguar’
19:30 – DJ Vinícius Soares– ao som do toque da terra
Sábado: 09 de outubro de 2021
8:30 – Café com poesia aberta aos poetas presentes
Exposição de xilogravura de Jefferson Campos
9 h – Fernandinho no toque da viola
10 h – A hora de Cláudia Borges
12 h – Lançamento do Livro – Inácio da Catingueira – O pandeiro da liberdade de Irani Medeiros com participação especial de Caio Padilha
13 h – A poética de Jadson Lima
14 h – Roda de Cordel com @s poetas (momento aberto aos poetas presentes)
15 h – Bando Fabião
16 h - O Cortejo do Boi Misterioso
17 h - Choro do Caçuá - Carlos Zens
terça-feira, 5 de outubro de 2021
COMENTANDO MINHAS LEITURAS: NA BODEGA DE DONA MARGARETH
"As Bodegas da Rua do Patu e outras histórias" é o segundo livro de Margareth Pereira, desta vez no estilo de contos e crônicas. Lançado em 2018, tem o selo da Editora CJA e em suas 71 páginas há 17 histórias que nos chamam à reflexão da vida.
A prefaciadora, Professora Doutora Cláudia Santa Rosa, escreve: "Há livros que a gente se apega, identifica cheiro, cor, gosto ...Em seus escritos, Margareth deixa todas as pistas de um vasto repertório, forjado nas memórias de várias épocas".
E foi com este norte que eu entrei nos escritos da autora Margareth Pereira. A linha do desenvolvimento exposta por ela contém vários cenários, alguns têm a geografia bem definida (Ceará-Mirim), e outros, não revelada.
Margareth Pereira |
Margareth Pereira nos põe diante de uma grande tela, em branco. Deixa ao nosso alcance tintas variadas e pinceis de modelos diferentes. Com sua escrita, sua vivência e criatividade nos convida a pintar nessa tela as imagens das histórias.
É bem verdade que as ilustrações de Júlio Siqueira já fazem parte do trabalho, mas não custa fazermos a nossa também.
Os contos e as crônicas pegam o tempo e o ontem e o hoje se mesclam. Margareth Pereira nos transporta à rusticidade dos balcões das bodegas, faz a gente ter encontros com crianças vestidas de solidão, reforça a máxima de que "o amor não passa", nos surpreende com o final do conto "Entalo", traça analogias do comportamento humano com alguns animais, rega sementes de amor em corações adolescentes, indaga o porquê daquela vida sem cor e sem sabor e escreve outras histórias.
Tudo isso encontrei na Bodega de Dona Margareth. Vá lá você também!
05 de outubro 2021
domingo, 3 de outubro de 2021
PÉROLAS DOS BASTIDORES DA LITERATURA POTIGUAR
Vingt-un Rosado |
Certa vez o jornalista Vicente Serejo escreveu para Vingt-un Rosado: "Meu caro Vingt-un Rosado; recebi seu bilhete. O título do livro de Cascudo é "Informação de História e Etnografia". Não tenho o exemplar. Assalte, imediatamente, o poeta Diógenes da Cunha que tem a segunda edição. Faça a terceira que só voismicê é capaz disto."
Vingt-un procurou o poeta Diógenes e dele recebeu o seguinte bilhete: "Tenho. E empresto desde que cuide do livro como Dona América cuida de você".Vicente Serejo
Diógenes da Cunha |
sábado, 2 de outubro de 2021
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
UM LUGAR ESPECIAL
Se existe um lugar neste mundo no qual eu quero ser lembrado, é sem sombra de dúvidas, o espaço das bibliotecas. Eu tenho uma história de amor para com elas. Primeiro foi com a Biblioteca Pública Municipal Doutor José Pacheco Dantas, em Ceará-Mirim-RN; depois, lembro que gostava imensamente de ficar entre os livros da Biblioteca do Seminário de São Pedro, em Natal-RN. Nessa mesma cidade conheci a Biblioteca Estadual Câmara Cascudo, a Biblioteca Esmeraldo Siqueira (na sede da Capitania das Artes) e tive um grande caso de amor com a Biblioteca Padre Luiz Monte ( na Academia Norte-rio-grandensense de Letras), onde servi por mais de dez anos.
Em Parnamirim, cidade que me acolheu, estou sempre que posso, flertando com o acervo da Biblioteca Pública Municipal Rômulo Wanderley. Uma biblioteca que merece receber por parte do poder público, um olhar e atitude dignas de uma cidade leitora. Quantas cidades no Rio Grande do Norte têm vários prêmios por ações desenvolvidas no campo da leitura? Uma eu sei: Parnamirim, e o mérito é todo do esforço do projeto Rio de Leitura, que tem em seu leito de ações a força e a coragem dos professores mediadores de leitura e da equipe que administra o projeto, desde sua criação, tendo à frente a professora Angélica Vitalino. Nutro a esperança de que o legislativo e o executivo de Parnamirim compreendam o que significa a frase lobatiana: " Um País se faz com homens e livros".
Fui agraciado com uma visita que fiz à biblioteca particular do jornalista Vicente Serejo, uma das mais bonitas do Rio Grande do Norte, que ocupa praticamente toda uma casa, no bairro de Morro Branco. Senti o aconchego na biblioteca particular do poeta Oreny Junior, em Parnamirim. Sentei nos bancos da Biblioteca Central Zila Mamede, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e, antes da pandemia eu estava namorando com a Biblioteca Veríssimo de Melo, que também pertence a UFRN e fica sediada no Museu de Antropologia Câmara Cascudo. A pandemia me distanciou, mas a paixão continua e tão logo ela esteja aberta ao público voltarei àquele lugar.
Biblioteca particular de Vicente Serejo |
Recentemente organizei o acervo da Biblioteca Ciro Tavares, que pertence a Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes - ACLA - Pedro Simões Neto, na cidade de Ceará-Mirim. Na semana, quase todos os dias, agendo um horário para pesquisar, de forma remota, no site da Biblioteca Nacional. Alimento-me dos jornais e revistas que estão disponíveis ao público, esse material é muito rico de informações culturais.
Minha biblioteca |
Dentro do meu lar, tenho uma pequena biblioteca, onde descansam nas prateleiras as obras que jugo necessárias tê-las perto de mim e debaixo do meu teto. Não muito distante lá de casa, na Escola Municipal Rubens Lemos, eu fui agraciado para ser o patrono da biblioteca escolar, vejam só quanta alegria! Lá na placa de inauguração consta: Biblioteca Escolar Francisco Martins. Breve celebraremos sete anos de existência, em dezembro próximo.
Esta fascinação que tenho pelas bibliotecas me faz um bem enorme. Foi graças ao amor pelos livros que aprendi não apenas me tornar leitor, mas ser também: escritor, encadernador, arrumador de bibliotecas, pesquisador e outras coisas correlatas. Todo esse universo, que possui um clima de sabedoria e paz, leva-me cada vez mais para perto de Deus, afinal, Ele também nos dá a alegria de termos nas mãos a sua Biblioteca, onde a Palavra se fez carne e habitou entre nós.
Francisco Martins - Parnamirim-RN - 01 de outubro 2021