segunda-feira, 15 de agosto de 2022

FOLHETO DE CORDEL NA OBRA MACHADIANA


O maior escritor da literatura brasileira, Machado de Assis, chegou a conhecer os folhetos que hoje chamamos literatura de cordel. A prova disso é que ele a usa como objeto em um dos seus contos, quando a personagem Inácio, adquire o folheto que é vendido no passadiço do Largo do Paço (Rio de Janeiro, ano de 1870).


A prova dessa minha afirmação o leitor vai encontrar no livro "Várias Histórias", mais precisamente no conto "Uns braços", na página 33 (São Paulo, edição Globo, 1997).

No qual lemos: " Inácio passava-os todos ali no quarto ou à janela, ou relendo um dos três folhetos que trouxera consigo, contos de outros tempos, comprados a tostão, debaixo do passadiço do Largo do Paço... pegou um dos folhetos, a Princesa Magalona".


Veja o leitor que Machado de Assis faz o registro da existência desse gênero literário, o cordel, que naquele tempo era também em prosa: " ...contos de outros tempos". Não há aqui a citação que o título a Princesa Magalona estivesse escrito no formato de poesia.


O importante é que existe a presença da literatura de cordel, embora de forma secundária, na obra Machadiana.


Mané Beradeiro 
15 de agosto 2022


sábado, 13 de agosto de 2022

UM AVIADOR NA ESCOLA BRIGADEIRO


A escola que visitei ontem à tarde tem como patrono Eduardo Gomes, um Brigadeiro da Aeronáutica, que prestou relevantes serviços ao Brasil e até por algum tempo foi nome da cidade onde moro, que por motivos culturais voltou ao antigo topônimo de Parnamirim.


O Brigadeiro foi palco de uma conversa sobre a vida e peculiaridades de um outro aviador, que nunca esteve no Rio Grande do Norte, mas é bastante conhecido. Refiro-me a Antoine de Saint-Exupery.


Falei para alunos sobre a biografia dele e dos seus livros, realçando o mais famoso: O Pequeno Príncipe. A prosa foi a culminância do projeto de leitura sobre a obra citada. Na oportunidade os alunos se despediram da Professora Lucia, que se aposentou.






sexta-feira, 12 de agosto de 2022

QUANDO OS LIVROS TECEM A MADRUGADA




Eu gosto das bibliotecas por serem elas a casa dos livros.
Gosto delas porque ali moram vilões e heróis.
Há em suas estantes corredores que nos conduzem às histórias fantásticas.
Encontramos numa mesa ( e com eles podemos conversar) com os poetas que admiramos, as escritoras daqui e do outro Continente.
Ah! As bibliotecas e seus habitantes! Até já foi titulo de livro (Américo de Oliveira).
Um mundo repleto de vida, de gente que amamos e outras que têm a beleza e frieza da lua cheia.
Nas bibliotecas existem ilhas dos mais variados gêneros. Todas férteis.
Lá dentro é possível conviver com os clássicos, os best seller, os nossos próximos e até conhecemos outros.
Há uns que dizem: "eu sou de Machado de Assis".
Outros gritam: "sou de Homero".
E tem alguns que mesmo com todo sofrimento conseguem dizer: "somos de Raquel, me chamo O Quinze e aquele ali é de Graciliano, Vidas Secas"
E é nesse momento que cada livro diz seu nome e quem o escreveu.
São os galos tecendo a madrugada dentro das bibliotecas.
EU AMO AS BIBLIOTECAS E OS LIVROS.


Francisco Martins
12 agosto 2022

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

PALAVRAS DITAS PELOS VERMES QUE CONSOMEM LIVROS

 


Meu senhor respondeu um longo verme gordo, Nós não sabemos absolutamente nada dos textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem amamos ou detestamos o que roemos; nós roemos.

Fonte: Dom Casmurro Editora Globo 1997, página 28.

CAFÉ NORDESTINADO




Há coisas na minha terra
Que me deixa felizardo
Como a cama de cuscuz
Tendo um carneiro deitado
Mansinho esperando a gente
Num café nordestinado.


Mané Beradeiro 

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

AS CHAVES PEDAGÓGICAS DO CORDEL FOI TEMA DE PALESTRA POR MANÉ BERADEIRO





O poeta Mané Beradeiro fez na tarde de hoje uma palestra voltada para os professores mediadores de leitura da 1ª DIREC do RN.
A formação aconteceu no auditório da EMATER, Centro Administrativo e teve a presença de Nando Poeta e da poeta Rosa Regis.
Mané Beradeiro falou sobre as chaves pedagógicas do cordel, a construção das cordeltecas e a catalogação do cordel.

UMA PALESTRA QUE TRATA DE LIMITES DO RN

 


terça-feira, 2 de agosto de 2022

ISAURA ROSADO É IMORTAL

 



A cadeira 32 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras tem uma nova ocupante: Isaura Rosado, que foi eleita na tarde de hoje, 2 de agosto, com uma vitória de 24x15.

Isaura Rosado é sem sombra de dúvidas uma das melhores aquisições que a ANRL fez nos dois últimos anos. Quem a conhece sabe o quanto ela é envolvida com a cultura. Seus livros são peças de arte, quer seja pela beleza e pelo teor.


Parabenizo a nova imortal e a ANRL. Com a chegada de Isaura Rosado a entidade passa a ter no momento cinco mulheres. As outras quatro são: Diva Cunha, Leide Câmara, Eulália Duarte Barros, Sônia Faustino.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

AGOSTO COM GOSTO DE FOLCLORE

 Chegamos em Agosto, o mês  no qual comemoramos o Dia do Folclore  (22). É também um mês para pensar nas ações de paz para que nunca mais tenhamos  que ver, em nenhum país do  globo,  sofrimento que teve o Japão com a explosão das bombas atômicas ,dias 6 e 9, respectivamente nas cidades de Hiroshina e Nagasaki.

Hoje, é o Dia do Poeta de Literatura de Cordel, não é uma data muito celebrada porque a maioria prefere a 19 de novembro, quando nasceu Leandro Gomes de Barros, o pai do Cordel Brasileiro. De toda forma, ambas as datas louvam o gênero literário que é símbolo da literatura brasileira.

Para esse mês tenho algumas atividades culturais agendadas: dia 3, à tarde,  darei palestra sobre a literatura de cordel a um grupo de  professores da rede estadual que atuam como Mediadores de Leitura, nas escolas que integram a  Iª DIREC, ao longo do mês noticiarei os demais.


Francisco Martins


domingo, 31 de julho de 2022

LOJA VIRTUAL DE MANÉ BERADEIRO

 


Tudo que é produzido pelo artista Francisco Martins/Mané Beradeiro está disponível à venda, em sua loja virtual, que o internauta tem acesso  clicando Loja de Mané Beradeiro. Lá o visitante vai encontrar os folhetos de cordéis, livros cartoneros, bibliocantos e brevemente voltarei a  expor cardápio de pães que são feitos por encomenda. Enviamos para todo o Brasil e entregamos em sua residência em Natal e Parnamirim.

CRÔNICA DE UMA VIAGEM AO BREJO PARAIBANO - PARTE III - AREIA - FINAL

 Qual a melhor distância entre dois pontos? Inegavelmente é uma linha reta. Quanto tempo se leva entre o ponto Bananeiras ao ponto Areia? Aí as respostas são diversas. Por onde iremos, como iremos, em qual velocidade, etc. No nosso passeio, o trajeto entre esses dois pontos que deveria ser menos de 30 minutos, durou mais de 1:30h. A culpa não foi das estradas, que volto a afirmar que são ótimas. O que aconteceu foi que ao pararmos no Posto Santa Fé, que fica defronte ao Santuário do Padre Ibiapina, tivemos um problema. Desliguei o carro para abastecer e depois ele não quis mais pegar. Tentei várias vezes e ligar.

Estávamos no município de Solânea, já na divisa com Arara. Qual seria a causa? Elétrica, mecânica? Não tínhamos certeza nem sabíamos afirmar. Ainda bem que neste mundo tem gente de bem, um rapaz do posto acionou um mecânico para nos socorrer. Esperamos ... 40 minutos e só depois ele nos disse que não podia vir nos socorrer.  E agora? Não conhecíamos ninguém naquela região.  Outra pessoa se sensibilizou com nossa situação e foi até ao centro de Arara buscar socorro. Ninguém disponível, todos os mecânicos de Arara estavam ocupados naquela manhã de sábado. 

 A situação nos deixou tão tenso que sequer tiramos fotos desse momento.  Finalmente apareceu o proprietário do Posto Santa Fé. Ladeou seu carro próximo ao nosso, colocou uns cabos interligando as baterias e o carro pegou sem precisar fazer outra tentativa. Confirmado o problema: bateria descarregada. Agradecemos imensamente e voltamos à estrada em direção a Areia.

Não demoramos a chegar em Areia. Almoçamos no Restaurante Rural  Vô Maria, bastante conhecido naquela cidade e depois fomos ao Engenho Triunfo, um espetáculo à parte, com sua beleza floral, recepção e a natureza cercando-o de carinho.

Restaurante Vô Maria - foto da internet


Engenho Triunfo - foto acervo do autor


Engenho Triunfo - foto acervo do autor.

Retornamos sem nenhum problema.

LEITURINO SE APRESENTOU ÀS CRIANÇAS DA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

 Foi na tarde de ontem, 30 de julho, que às 17 h o Palhaço Leiturino se apresentou para as crianças da Igreja do Evangelho Quadrangular, que realizava o congresso estadual, na cidade de Natal.

Leiturino contou histórias, levando em seu repertório não apenas histórias ligadas aos ensinamentos bíblicos, mas também valores humanos.

O evento estava muito bem organizado e tinha crianças de várias cidades do interior do Rio Grande do Norte. A Igreja do Evangelho Quadrangular foi fundada nos Estados Unidos da América, em  Janeiro de 1923. O termo Evangelho Quadrangular foi criado pela fundadora da Igreja, a Missionária  Aimée Semple McPherson, e signfica equilibrado por todos os lados, resistente.

Nas imagens abaixo momentos da equipe de jovens que colaborou com Leiturino quando se apresentava.







Ao fazer a postagem no meu instagran escrevi: Dos dois personagens que faço o que mais me emociona é o Palhaço Leiturino. Ele traz o encanto da infância que tem aquele aroma de "nunca mais".

Francisco Martins - 31 de julho 2022

quarta-feira, 20 de julho de 2022

"MEU SONHO DE AMOR" - POEMA DE SELMA JUSTINO

 A poeta Selma Justino retorna  hoje ao blog. Presenteia-nos com o poema romântico "Meu Sonho de Amor". Ah! o amor, esse sentimento nobre que dois grandes homens bem souberam definir. O Apóstolo Paulo escrevendo sobre a natureza desse sentimento nos diz: "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios 13:7) e o poeta Camões o define : "O amor é fogo que arde sem se ver/ É ferida que dói, e não se sente/ É um contentamento descontente,/É dor que desatina sem doer."

Leiam o poema de Selma Justino e vejam quanto há dessa verdade na sua escrita.



MEU SONHO DE AMOR

Você me fez reviver, 
Te conheci, te amei, 
Chorei, sofri, sem entender  o porquê você se foi..
Senti raiva, mágoas, desilusão, decepção.
Dias, meses, anos, foram passando e tudo foi ficando como uma lembrança. 
A dor se foi 
A tristeza cessou 
A mágoa passou 
A saudade  foi a que mais demorou, mas um dia também se foi...
E o que restou?
Restou o amor, mas este um dia também congelou, 
Bloqueei todos os meus desejos.
Apaguei da minha vida,da minha história tudo que pudesse lembrar você...
Decidi caminhar sozinha...dentro mim eu queria te encontrar.
Onde você estava? Estava no meu sonho.
Na realidade nunca te esqueci...te procurei..te busquei..
Te encontrei..,relutei...voltei..mas algo me impulsionava até você..
Te olhei...te desejei  como antes. 
Descobri o melhor e o maior sentimento ,você chegou...e com apenas um sorriso quebrou todo gelo do meu coração, me fez renascer, reviver.
HOJE ÉS O SONHO MAS LINDO QUE ESTOU A VIVER.

Selma Justino


terça-feira, 19 de julho de 2022

QUINTA CULTURAL NO IHGRN COM VICENTE SEREJO

 


O IHGRN dentro das festividades do centenário do Modernismo fará na próxima quinta-feira, palestra aberta ao público, com o tema: Modernismo e Identidade Brasileira. O palestrante será o jornalista, cronista e bibliófilo Vicente Serejo.

CRÔNICA DE UMA VIAGEM AO BREJO PARAIBANO - BANANEIRAS - AREIA - PARTE II

 Em 1936 o poeta Manuel Bandeira lança o livro "Estrela da Manhã" e dentro dele há um dos mais conhecidos poemas brasileiros: "Trem de Ferro". Quem nunca ouviu ou leu  a sonoridade dos versos que lembram um trem em movimento: "Café com pão/ Café com pão/ Café com pão/ Virge Maria que foi isto maquinista? ..."

É com a imagem desse trem da infância que eu trago ao leitor a continuidade da crônica de viagem ao Brejo Paraibano.  A Estação Bananeiras fica em uma parte alta da cidade, aliás, lá tudo ou é no alto ou no baixo, dificilmente no plano. Bananeiras tem um relevo que oscila literalmente entre vales profundos e estreitos dissecados. E isso é encantador! Ali bem próximo da Estação fica o túnel.


A passagem foi aberta em 1922 e os trilhos colados em 1925. O local é conhecido como Túnel da Serra da Viração, e foi feito durante o Governo de Solon de Lucena. Faz muito tempo que não passa nenhum trem por ali, até os trilhos foram extraídos e hoje, a passagem é uma estrada rodoviária.

Bananeiras é cidade
Que dá gosto conhecer
Cada rua tem uma ladeira
Que faz a gente tremer
O frio é bem gostoso
Um bom vinho vou beber
(Mané Beradeiro)

Na noite de sexta-feira, quando chegamos ao apartamento, a lua nos saudava desejando um bom descanso. Antes, bebemos um vinho tinto, tendo queijo, pão e  pasta de trutas defumadas com azeitonas verdes. Na condição de poeta escrevi:


Vejo a lua da janela
Tão fria e solitária
Como quem busca na vida
Ser mais que celibatária
Inda é musa do poeta
De alma milionária
(Mané Beradeiro)

No outro dia, saímos por volta de 9 horas com destino  a Areia, distante 46 km de Bananeiras. Pedimos uma sugestão a Yvana e a mesma nos disse que o melhor trajeto era ir por Solânea.
Nos despedimos de Yvana, que nos alugou o apartamento (veja o espaço clicando aqui:Apartamento em Bananeiras)



E o "trem de ferro" correu com destino a Areia...

...Vou depressa/ Vou correndo/Vou na toda/ Que só levo/ Pouca gente/Pouca gente/ Pouca gente"

Espero vocês na estação de Areia-PB, quando terminaremos a viagem!

Francisco Martins
19 julho 2022







segunda-feira, 18 de julho de 2022

CRÔNICA DE UMA VIAGEM AO BREJO PARAIBANO - BANANEIRAS - PARTE I

 Sexta e sábado passados eu  e minha esposa voltamos ao Brejo Paraibano, para rever as cidades de Bananeiras e Areia. Dessa vez fomos em nosso carro, acompanhados de Clovis e Conceição, pais de Sandra. Viagem de 552 km, compreendidos no trajeto Parnamirim- Ceará-Mirim- Areia  (ida e volta). 

Viajar é oxigenar a alma, é jogar sal na vida que às vezes se apresenta tão insípida e carece desses momentos. E quando fazemos isso em família os momentos são melhores e inesquecíveis. Nossa primeira parada foi em Tangará, onde tomamos café degustando os famosos pastéis daquela cidade, que se tornaram patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte.

Logos após o desjejum seguimos pela RN 093 que liga Tangará  até a cidade de Passa e Fica. O trecho que compreende o percurso da entrada de Lagoa Dantas até Passa e Fica está insuportável. Muitos buracos na estrada, praticamente sem asfalto. Lamentável, pois é uma RN importante para o turismo local.

Tão logo entramos no estado da Paraíba, a rodovia estadual PB-099 nos recebeu  com a dignidade que merecem os que trafegam na qualidade de viajantes. Excelente pista, sem problemas no asfalto. As demais que as seguiram também assim estavam. A malha rodoviária da Paraíba já é conhecida pela sua qualidade suprema. Junte-se a isso o preço da gasolina que é bem mais barato que aqui no RN. Encontramos o preço do litro de até R$ 6,08 (seis reais e oito centavos).

Finalmente chegamos na linda cidade de Bananeiras. Às 12 h a temperatura era amena. Almoçamos no Divino Casarão, onde fomos bem servidos com uma moqueca de pescada branca.

Sandra, no Divino Casarão, Bananeiras-PB

Os bananeirenses são bem hospitaleiros e receptivos. Alegres, puxadores de uma boa prosa. Ainda pegamos a Praça  Epitácio Pessoa, centro, totalmente  ornamentada com tema junino. Visitamos a Estação Bananeiras, o túnel  do Trem e caminhamos pelas ruas conhecendo pontos comerciais e vendo o artesanato local.


Por enquanto eu fico por aqui. Depois continuo o relato dessa viagem.


Francisco Martins

18 julho 2022







terça-feira, 12 de julho de 2022

COMENTANDO MINHAS LEITURAS: "A CIDADE EM CHAMAS" - CHAMOU MINHA ATENÇÃO!

Diz o povo em seu saber
Que fogo ladeira acima
A água ladeira abaixo
são coisas que não anima
Por isso meu camarada
Não passe nesta estrada
Nem queira sentir o clima

Isso é coisa pra Bombeiro
Que sabe bem o que faz
A ele nosso louvor
Que da dor nos dá a paz
É anjo aqui na terra
A verdade que encerra
Em espírito tão audaz"

Mané Beradeiro.

Flademir Gonçalves Dantas, guardem bem esse nome, ele tem muita coisa a nos dar no campo da literatura de pesquisa. Quem é ele?  É um homem que tem 40 anos, casado, pai de dois filhos, estudou em escolas públicas, prestou concurso para  soldado no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande Norte (2002), graduou-se em  História e Direito e é Mestre em História. Atualmente é 3º Sargento Bombeiro Militar.


Li recentemente o seu  livro " A Cidade em Chamas: O serviço de extinção de incêndios em Natal/RN (1917-1955). Fui ao lançamento que aconteceu no dia 9 de junho deste ano, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, do qual ele faz parte. A dedicatória veio assim: "Ao amigo Martins Neto, dedico esse livro para ser lido com capa, capacete e cilindro de ar respirável, pois as chamas do passado ainda queimam ."



Há livros que você ler e esquece. Há aqueles que são lidos e ficam por algum tempo em nossa memória e existem os que têm o poder de nos cativar. O livro "A Cidade em chamas ..." vai ficar na minha biblioteca por muitos anos. Primeiro porque é fruto de uma pesquisa árdua ( e quem é pesquisador sabe bem o que isso representa), segundo: ele traz um resgate  valioso e inédito na lacuna da História do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte. Some-se a isso, que através dele mergulhamos numa Natal  dos séculos XIX e XX com suas fragilidades na  inexistência e depois na estrutura de uma corporação dos bombeiros.  Enquanto o fogo queima, Flademir Dantas vai tirando das cinzas o calor da história e monta um painel repleto de cenas que Natal viveu.


Não pretendo tirar o sabor do mel que Flademir tem guardado nas páginas do seu livro aos leitores, mas posso reavivar a chama da curiosidade e dizer que vale a pena tê-lo. O projeto gráfico é muito bom. Capa bonita, diagramação bem feita, revisão  textual excelente, papel pólen no miolo ( que não cansa a vista), muitas fotografias, etc. O próprio autor promete que esse é a primeira parte de uma trilogia: " Esse é o primeiro volume de uma trilogia que almeja rascunhar a centenária História do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte ...". Parabenizo o autor, pois um trabalho deste nível fica para sempre! 

Aguardamos ansiosos os outros livros.


Francisco Martins
12 de julho de 2022





segunda-feira, 11 de julho de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...



 "O homem é uma doença da Natureza - e a pior de todas porque é uma doença inteligente."

Fonte Ideias de Jeca Tatu - Editora Brasiliense Ltda. São Paulo: 1946, página 209.