segunda-feira, 23 de setembro de 2024

NOTA DE PESAR


Hoje, somos tomados pela tristeza ao perder um grande educador e um ser humano extraordinário, o professor Arnon Andrade. Sua partida deixa um vazio imenso na comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mas também um legado inestimável que permanecerá por gerações.
Professor Arnon desempenhou um papel fundamental na criação da TVU e na implantação do projeto Saci, que marcou uma importante inovação ao introduzir a televisão como um meio para a educação à distância no nosso país. Sua visão e dedicação à educação transcenderam as fronteiras da sala de aula, levando aprendizado e cultura a diversas comunidades do Rio Grande do Norte.
Como pró-reitor de extensão em nossa primeira gestão, Arnon foi o arquétipo do compromisso com a formação e o desenvolvimento educacional. Seu legado é palpável em projetos como o Trilhas Potiguares, a Cientec e sua contribuição ao Probásica, o maior programa de formação de professores da rede pública do nosso estado.
Agradecemos ao professor Arnon Andrade por seus anos de serviço e pela paixão que dedicou à educação, que sempre será lembrada e reverenciada. Que sua memória inspire todos nós a continuar lutando por uma educação pública de qualidade, inclusiva e transformadora.

Descanse em paz, querido professor. Seu legado viverá entre nós.

Ivonildo Rêgo

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

LANÇAMENTO

 


COMENTANDO MINHAS LEITURAS: "ESCRITOS PARA BELISÁRIA"


A Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares - ALAMP, entrega à comunidade leitora a 11ª antologia, dessa vez homenageando Belisária Lins Wanderley de Carvalho e Silva
"Escritos para Belisária - A baronesa da liberdade" foi organizada por Flauzineide Moura e Mona Lisa Machado. 138 páginas que se dedicam a enaltecer uma figura feminina e histórica do século XIX.
A escritora Leide Câmara abre a antologia, após a Apresentação e Prefácio. O Perfil Biográfico de Belisária, traçado por Leide Câmara, tem importantes informações históricas e genealógicas sobre a Baronesa de Serra Branca. Depois dela, outras mulheres alampeanas escrevem  na prosa e poesia sobre a homenageada.
Muitas perguntas ainda esperam respostas nesta temática apresentada no livro. Elas hão de vir com o tempo. Torço para que sejam trazidas também por mulheres.
Fecha-se o livro com o Posfácio de Auricéia Antunes de Lima, jornalista e escritora. Aplausos e concertos para as mulheres que participam dessa antologia. A qualidade dos textos é como uma geografia de planaltos e planícies, cabe ao leitor discernir.
Gostei muito das ilustrações. Faço duas observações para futuras edições, a saber: estabeleçam a grafia correta para o termo que define o topônimo da Baronesa, há Assu e Açu. A outra coisa é um pedido, sei que Renato Caldas é bom e grande poeta, mas ele entrou aqui de cabido. Substitua-o por uma poeta.
De resto, viva a Baronesa, a ALAMP e o livro, instrumento de liberdade.

Francisco Martins

19 de setembro de 2024

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

QUINTA CULTURAL NO IHGRN

 A Quinta Cultural desta quinta-feira tem cheiro de caminhadas, aglomerações políticas e traz lembranças de uma época em que o estado era dividido politicamente, em duas cores: verde, para os bacuraus (grupo liderado por Aluízio Alves) e vermelha, para o grupo das araras (líder Dinarte Mariz).


CONSTITUIÇÃO - DEZ ARTIGOS PARA A BOEMIA

    

    Nós, os boêmios sob a proteção da noite, decretamos e promulgamos a Constituição da República Independente do Bairro do Recife.
    Art. 1º - A República Independente do Bairro do Recife será organizada sob a forma de frevocracia, regime anarco-musical, exercido por boêmios, músicos e poetas.
    Art. 2º - Ficam instituídos como símbolos do Bairro do Recife, a garrafa e a radiola de ficha.
    Art. 3º - São cores da bandeira do Bairro do Recife, o verde-cana, o amarelo-cerveja e o azul-madrugada.
    Art. 4º - Todos são iguais perante a primeira dose e desiguais depois da décima-dose.
    Art. 5º - Todos os boêmios terão assistência gratuita com direito a albergue e soro glicosado e farão jus a um seguro-etílico.
    Parágrafo único - os bêbados, para fins de direito, são equiparados aos menores.
    Art. 6º - O Bairro do Recife é território da paz, das lutas amorosas e da felicidade compartilhada.
    Art. 7º - No Bairro do Recife, situado ao lado de baixo do Equador, fica abolido o pecado.
    Parágrafo único - Todas as noites serão noites de lua.
    Art. 8º - No Bairro do Recife o sistema de preços é capitalista e o sistema de pagamento das contas é socialista.
    Art. 9º - Fica criado o tabelionato de Notas para registrar conversas e promessas noturnas com fé de ofício.
    Art. 10º - Fica criado o patrimônio Histórico-Etílico com o objetivo de preservar todo o ecossistema lirico alcoólico do Bairro, tombados desde já os bares 28 e o de Waldemar Marinheiro.

Nota: não sei quem é o autor ou autora desse texto. Consegui dentro de um livro antigo, esquecido entre as páginas.
    

domingo, 15 de setembro de 2024

CONVITE

 


ASSIM DISSERAM ELES...


"A memória do político depende das circunstâncias"

Negrão de Lima

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

MANHÃ LITERÁRIA



Participação especial do Escritor Francisco Martins na MANHÃ LITERÁRIA realizada pela Escola Municipal Dr. Sadi Mendes Sobreira.




 

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

CINEMA RIO GRANDE VAI SER TOMBADO

 O prédio do antigo Cinema Rio Grande vai ser tombado. O pedido partiu  de Ormuz Barbalho Simonetti,  através de ofício datado de 23 de maio de 2022, destinado ao então Diretor Geral da Fundação José Augusto, Joaquim Crispiniano Neto.

Foto 1

"O prédio foi construído no ano de 1949 pela empresa pernambucana J.A. Camarinha & Cia, contratada pela firma Moreira, Souza & Cia, de propriedade dos sócios Otacílio Maia, Rui Paiva, João Massena e Raul de Souza Ramalho"

Inaugurado em 11 de fevereiro de 1949, o Cinema Rio Grande tinha o mais moderno equipamento de projeção, e em seus dois andares, acomodava 1600 pessoas. O primeiro filme a ser exibido foi "Minha Rosa Silvestre", diz Ormuz Barbalho, e naquela sessão de inauguração, esteve presente várias autoridades, incluindo o Governador José Augusto Varela.

Cena do filme "Minha Rosa Silvestre", 1947.

Durante décadas, o Cinema Rio Grande foi reduto dos apaixonados pela arte do cinema, em Natal. Ali, além das exibições de filmes, o palco também era usado para shows de artistas locais e nacionais. Nos anos oitenta começou a decaída de público, mas Moacir Maia, proprietário, em 1991 "numa tentativa de revitalizar o cinema, criou o Cine Rio Verde I e II, no mesmo prédio, com espaços reduzidos", registra Ormuz Barbalho.

Foto 2 - Moacir Maia e esposa

Moacir Maia faleceu em 2005 e o prédio ficou fechado até o ano de 2009, quando a família resolveu alugar  para uma instituição religiosa.

Na próxima postagem trataremos sobre  o tombamento.


Francisco Martins - 11 de setembro de 2024



Fontes

Foto 1, acervo: https://tribunadonorte.com.br/viver/pela-memoria-do-cine-rio-grande/

Foto 2, acervo: https://passarelacultural.blogspot.com/2019/04/sessao-nostalgia.html

PROFESSOR CARLOS DE MIRANDA GOMES: 85 ANOS

 


CONVITE

 


sábado, 7 de setembro de 2024

ANÚNCIO DE VALORES


Vendo cabelos brancos
Olhar treinado em ver coisas boas
Coração safenado - repleto de ternura e bondade
Interessados entrar em contato com o poeta

Francisco Martins
7 setembro 2024

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

ALEGRIA: O MELHOR REMÉDIO À ALMA DOLORIDA

 

A foto acima data de setembro de 2010. As crianças que estão  na imagem, com certeza são hoje adultas. A vida é um rio que corre com destino à eternidade. Ela foi tirada no Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal, quando naquele distante ano, eu fazia um trabalho voluntário de contação de histórias.
14 anos depois, eu volto. Desta vez não tivemos uma plateia coletiva, o trabalho foi realizado em pequenos espaços das enfermarias, no corredor e até mesmo, bem próximo dos leitos, sob os quais estavam meus preciosos ouvintes. Crianças que sofrem, que precisam de esperança brotando no coração.






Foram mais de 30 minutos levando alegria naquele ambiente. Meu cachê? Querem mesmo saber? O sorriso estampado no rosto das crianças e dos pais. Voltarei em outubro, se Deus assim permitir.

Francisco Martins/Mané Beradeiro
05 setembro 2024

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

COMENTANDO MINHAS LEITURAS: NÉVOA, DE UNAMUNO

 

Este é Miguel de Unamuno, espanhol, escritor, poeta, pensador. Viveu entre 1864 a 1936.
Tive a alegria de conhecer um pouco do seu trabalho, quando tomei emprestado o livro "Névoa", ao poeta Paulo de Tarso Correia de Melo.
A leitura foi feita de 29 de agosto a 4 de setembro do corrente. Uma história aparentemente simples, que envolve poucos personagens, sendo Augusto Perez o mais importante da novela. Não é volumoso, são apenas 187 páginas, o suficiente para o leitor compreender porque "tudo o que se ganha em extensão perde-se em intensidade". Pois é nesse livro que eu, leitor voraz, encontrei um dos mais lindos capítulos da literatura ficcional. Esplêndido, empolgante! Nada direi sobre isso, pois desejo que a curiosidade faça-o procurar ler também "Névoa", que teve a sua primeira edição em 1914 e foi traduzida sete anos depois para 10 idiomas. Obrigado poeta Paulo de Tarso por oportunizar conhecer Unamuno aos meus sessenta anos.

Francisco Martins

MANÉ BERADEIRO E ANANIAS NO HOSPITAL INFANTIL VARELA SANTIAGO


 

terça-feira, 3 de setembro de 2024

FILHO DE QUEM MESMO?

Dom João VI quando morou no Brasil teve um caso com uma mulata por nome de Patrocínia. Ela engravidou do monarca, e o filho quando atingiu a idade de estudar foi enviado para Portugal, sem a mãe, onde recebeu educação no Seminário de Lisboa, chegando a ser Bispo de Coimbra.  Certa vez, a mãe precisou ajudar um frade e recorreu à intervenção do filho.  Este mandou uma carta assim dirigida à sua genitora:

"Senhora; seu recomendado lhe dirá que foi atendido. Mas não torne a escrever-me, e menos ainda a me tratar como coisa sua, porque os filhos naturais do rei não têm mãe. Deus a proteja"

Patrocínia não o deixou sem resposta. Eis como respondeu:

"Meu senhor: agradecendo as atenções que dispensou ao meu confessor, cumpre-me dizer-lhe, por minha vez, que os filhos da puta não têm pai. Deus proteja e guarde Vossa Reverendíssima".


Fonte: Diário da Manhã, de Josué Montello,  Volume I, Rio de Janeiro: Editora Nova Aguillar, 1998, p. 124.



 

FESTIVAL DE REPENTISTAS EM NATAL


 Eles são a oralidade da poesia que se transforma em cordel. Cantadores e violeiros foram nos séculos passados os bardos que iam pelas vilas e cidades levando através da sua arte as histórias que encantavam a plateia.

Muitos anos se passaram e o "DNA"  dessa profissão continua presente na região Nordeste. No 12 de setembro as portas da AABB, em Natal estarão abertas ao público para prestigiarem 14 cantadores repentistas, homens de raciocínio rápido que formulam as estrofes da cantoria.

Mané Beradeiro

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

"RECEITA DA AMIZADE" FOI LANÇADO DIA 31 DE AGOSTO PASSADO



 Sábado passado, à noite, por ocasião do Festival da Amizade que foi realizado pela IBCidade, no bairro de Neópolis, em Natal, o poeta Mané Beradeiro fez o lançamento do seu mais recente folheto de cordel "Receita de Amizade".


O cordel foi lido na íntegra para os participantes que ao final ovacionaram o poeta. Na segunda participação, Mané Beradeiro voltou ao palco, dessa vez com seu inseparável amigo Ananias, que presenteou o público com "Monólogo de Ananias"