Todos sabemos que o cordel brasileiro deve seu crescimento e estruturação a Leandro Gomes de Barros (1865 - 1918). Entretanto, é inegável dizer que bem antes dele já existiam folhetos de cordéis que eram lidos, a saber:
1) "Cantigas Oferecidas aos Moleques" (1824) - descoberto pelo pesquisador Victor Ramos, impresso em Paris.
2) "A Pedra do Reino" (1836) - que o pesquisador Ariano Suassuna atesta ter circulado pelo estado da Paraíba.
3) "Testamento que faz um macaco, especificando suas gentilezas, gaiatices, sagacidades, etc" (1865), impresso em Recife - autor desconhecido - descoberto pelo pesquisador Orígenes Lessa.
4) "O Imposto do Vintém" (1880) - de João de Sant'Ana de Maria, o Santaninha, poeta que foi descoberto por Sílvio Romero, mas que recebeu indumentária lavada e bem passada pelos pesquisadores Arievaldo Vianna e Stélio Torquato, no livro: "Santaninha: um poeta popular na capital do Império".
Oba! Império. É essa palavra que eu estava buscando para poder trazer outra informação que achei importante. Você sabia que o maior escritor da língua portuguesa brasileira, Machado de Assis, tomou conhecimento do cordel? Sim, é ele próprio quem vai nos dizer. É bem verdade que não há nenhuma citação de títulos e autor, mas Machado de Assis cita isso numa crônica escrita em 1º de agosto de 1877.
Ah, o cordel! Esta poesia resiliente que vem atravessando os anos, as crises, construindo sua história e com sua estrutura dizendo às gerações de ontem, hoje e amanhã: eu sou forte!.
Mané Beradeiro
Parnamirim-RN, 11 de maio de 2021.
7 comentários:
Parabéns, poeta e grande pesquisador. Informações valiosíssimas! (Gilberto Cardoso dos Santos)
Obrigado Gilberto
APRECIEI!
Show de bola. Parabéns Martins, pela matéria.
Pesquisa super rica e interessante. PARABÉNS poeta pesquisador!
Pesquisa super rica e interessante. PARABÉNS poeta pesquisador!
Pesquisa super rica e interessante. PARABÉNS Prezado escritor e pesquisador Francisco Martins!
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