terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...

 




Eu sou poeta profissional e advogado como meio de vida.

Diogenes da Cunha Lima

Fonte: A República, 27 de janeiro 1979, p. 8, quando recebia o título de cidadão natalense, em 26 de janeiro daquele ano.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

O CORDEL É O MELHOR SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA NA LITERATURA BRASILEIRA

O leitor de hoje tem ao seu dispor uma quantidade imensa de sites que tratam sobre o Cordel Brasileiro. Neles é possível não apenas ler os poemas, como também ouvir e ver declamações, aulas, oficinas, dicas de livros sobre o tema, etc. Tudo fácil de ser encontrado e   ao alcance do internauta. Mas nem sempre foi assim.  43 anos atrás, o estudioso e pesquisador do Cordel Brasileiro, Veríssimo de Melo, escreveu com entusiasmo  a mudança que estava chegando nesse gênero literário, era o uso do Micro-Filme.  Leia o artigo abaixo e perceba o quanto crescemos.


  CORDEL EM MICRO-FILME

Veríssimo de Melo


    A literatura de cordel - antes tão humilde, restrita apenas aos mercados e feiras ou nas mãos dos caboclos nordestinos, hoje é motivo constante de teses e debates em universidades dentro e fora do país. Como se explica a ascensão desse tipo de literatura tão pobre nos seus aspectos formais?

    Na era da informática e da Comunicação, descobriu-se que o cordel é um dos canais legítimos de difusão da cultura e ideologia dos nordestinos. A partir do século passado, ele desempenha papel relevante na difusão de valores, homens e fatos regionais, nacionais e até internacionais.

    A sua eclosão no Nordeste - e não noutras áreas brasileiras, - é ainda um fato que provoca reflexões. Mas já se sabe que aqui ele encontrou condições ideais para sua florescência e sobrevivência. Condições que não ocorreram noutras regiões do país. Modernamente, o cordel vem aparecendo em cidades do centro e sul, como Rio de Janeiro e São Paulo. O que se justifica pela presença maciça de nordestinos nesses Estados e igualmente porque esse tipo de literatura tem público garantido, sendo, portanto, um valor comercial.

    Só nas últimas décadas a literatura de cordel passou a interessar a professores universitários e escritores em geral. Várias teses de mestrado já se ocupam de aspectos do cordel, tanto do ponto de vista literário quanto social e cultural. Um conterrâneo nosso, prof. José Gomes Neto, para obtenção do grau de Mestre em Letras, na Universidade Federal de Santa Catarina, escreveu sua tese sobre "O ASPECTO VERBAL NA LITERATURA DE CORDEL". É valioso trabalho de pesquisa, onde examina e estuda paralelismo entre os aspectos verbais na literatura em geral e no cordel, apontando conclusões.

    Temos sido testemunhas do enorme interesse que o cordel tem provocado entre professores e escritores do país, que se deslocam até Natal, vez por outra, para adquirir folhetos. Muitos percorrem o Nordeste inteiro à procura de folhetos, comprando exemplares, tomando emprestado, fazendo cópias dos que mais os interessam.


    Ultimamente, esteve em Natal o prof. Joseph M. Luyten, holandês de origem, hoje brasileiro naturalizado, - professor de Comunicação na USP e especialista em cordel. Ele nos trouxe uma novidade na espécie: A firma de São Paulo IMS -Informações, Microformas e Sistemas S.A. - Rua Matheus Grou, 57 - 05415, S.P, - está produzindo micro-filmes de cordéis. As fichas, que medem 16 x 11,5 centímetros condensam, em média, cinco folhetos comuns, podendo ser adquiridos por Cr$ 12,00 cada. Na verdade, relativamente muito mais barato do que folhetos aos preços atuais. Sobretudo quando se trata de exemplar mais antigo.

    Vemos, assim, que a literatura de cordel já ingressou na era eletrônica. Ou, por que não dizer? - na era biônica, - pois a palavra nova, empregada até mesmo em sentido pejorativo, nada mais significa do que a união da biologia com a eletrônica. É a eletrônica a serviço do homem. E nem se compreenderia a eletrônica sem essa vinculação ao homem.

    O cordel ganhou agora um raio de ação muito mais vasto. Pode ser estudado por qualquer pessoa, em qualquer parte. O que antes era pobre lazer de caboclos semi-analfabetos, - hoje é matéria-prima para estudos e debates universitários de âmbito nacional e até internacional. 

A República, 17 novembro 1979.

Não há dúvidas: o cordel é o melhor símbolo de resistência na literatura brasileira. Ele passou por várias fases, foi lavrado pelas mãos de homens e mulheres do povo e aos poucos foi fincando suas raízes e sendo o juazeiro na flora literária. Vem as secas, falta água, morre tudo ao seu redor, mas o Cordel permanece com vigor.

Mané Beradeiro

Parnamirim-RN, 11 de fevereiro de 2022

NATAL EM 1979

 


A cidade por ser um organismo vivo cresce com o passar dos anos. Lembro que quando cheguei para morar em Natal, no ano de 1981, havia poucos edifícios. Ir  do Centro até Lagoa Nova I, então, uma viagem. Hoje Natal, Parnamirim, Extremoz, São Gonçalo e Macaíba estão juntas. O limite geográfico é quase imperceptível. 

Foto: Jornal "A República".

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

HELENROSE VAI LANÇAR LIVRO PARA AJUDAR QUEM VIVE O LUTO

 

Inúmeras famílias estão perdendo entes e pessoas queridas, e sabemos na pele o como o processo de luto é muito difícil. 

Esse material foi desenvolvido como um apoio para a elaboração do maior sofrimento da vida de alguém.  Indico não somente para quem está passando por esse momento, mas a todos que desejam ajudar quem esteja vivendo o luto. Nele você encontrará experiências e exercícios que viabilizam o processo do luto.

Sobre a autora:

Helenrose Oliva Valin da Rocha, casada, mãe. Pedagoga, Especialista em Avaliação do Ensino - Aprendizagem, autora de livros infantis cristãos, Contadora de Histórias, Líder do Ministério de Crianças da Igreja Batista de Presidente Epitácio/SP

Preço: R$ 29,90

Clique aqui para comprar: https://lodare.minhalojanouol.com.br/produto/253106/foi-num-entardecer-de-outono-pre-venda

VIAGEM A PIRANGI, NO TÚNEL DO TEMPO, COM DIOCLÉCIO DUARTE

    Fim do veraneio no litoral potiguar. Muitas famílias foram para Pirangi, hoje município de Parnamirim-RN. Trago para o deleite dos leitores, a crônica escrita por Dioclécio Duarte. Uma página repleta de testemunho e saudade. Um texto com 83 anos.



PIRANGI

 Cinco intermináveis horas em cavalo "chotão"... Atravessamos, primeiramente, espessa mata. Depois marchávamos ao longo do tabuleiro para, em seguida, nos enterrarmos nas areias movediças das dunas.

    Inúmeras mangabeiras que, mais tarde, desapareceram ao corte das foices e machados assassinos eram ornamentos dos terrenos arenosos.

    Os homens ignorantes dos crimes que cometiam transformaram os troncos das árvores raquíticas em caçuás e sacos de carvão vendido na cidade por preços ínfimos.

    E eu sei que ainda hoje não parou a devastação. As saborosas mangabas diminuíram. Custo a descobrir dentro das enormes cuias que, antigamente, as pretas velhas conduziam na cabeça oferecendo à porta das casas ricas.

    Entre as mangabeiras, desordenadamente, os batiputás surgiam. Os antigos aprenderam com os índios a fabricação do óleo que empregam na cozinha do peixe, dando-lhe gosto especial.

    De quando em vez se erguia um cajueiro florido.

    As mangabeiras, as árvores de bati e os cajueiros são as frutas preferidas desses sítios. Somente na proximidade da praia é que se desvendam os altivos coqueiros.

    Depois... O tempo correu veloz. Amigos morreram. Não mais existe o professor Mendes, um homem alto e magro, de extrema palidez. Andava sempre de luto e tossia como se a tísica lhe roesse continuamente os pulmões cansados.

    Onde está a família Pulga? As meninas envelheceram e abandonaram a praia carregada de filhos. Deixou de fazer rendas a velhinha de cabelos brancos entre cujos dedos esguios os bilros cantarolavam para dormirem ao contacto da almofada de palha.

    Isso foi há muitos anos. Eu não passava de uma criança travessa que gostava de apreciar as jangadas e ouvir a história feiticeira dos pescadores.

    Os meus amigos pescadores! Mas eles não me acompanham... A paisagem primitiva não aparece perante os meus olhos.

    Pirangi no meu tempo de menino era uma praia alegre. As ondas não tinham a irritação das suas irmãs. O mar era suave o tranquilo. Permitia que andássemos, com água pela cintura, 500 metros ou mais sem receios de precipícios e ressacas.

    Era um mar generoso e amigo. Quando as jangadas chegavam carregadas de "xaréus", "ciobas", "galos", "cavalas", "serras", "dourados", "garoupas", ajudava a arrastá-los até a areia da praia, onde a algazarra era enorme.

    Voltei agora a Pirangi. Não conhecia a estrada. Em lugar do animal bisonho corria o automóvel. Tudo para mim estava mudado. Os pescadores perderam também a confiança na amizade do mar.

    Poucas as jangadas. Botes raros. Apenas meia dúzia de "currais" roubam a bravura do pescador e o seu contacto destemeroso com o oceano. Os "currais" simbolizam a preguiça. E não pertencem ao pescador. Ficam os seus donos embalados e sonolentos nas redes até a hora em que os empregados vão colher a safra das armadilhas nocivas.

    Foram os tresmalho substituídos pelos "currais". Os pescadores desertaram. Não encontram ocupação. Um "curral" exige o serviço de seis homens. O tresmalho de trinta. Mas o tresmalho é mais trabalhoso, como a jangada e o bote são mais arriscados. Escasseiam os peixes. Passam fome os pescadores. Os "currais" destruíram os cardumes e mataram o animo dos pescadores. As praias perderam também a existência pitoresca e encantadora.

    Pirangi é uma vítima, pobre vítima da indolência dos homens e do espírito displicente da autoridade que preferia deixar de cumprir a lei a experimentar incômodos, desatendendo a compadres e correligionários, a quem era difícil esclarecer e mostrar o erro de não ser patriota.  

DIOCLÉCIO D. DUARTE 

 Jornal "A República", 9 de fevereiro de 1939, página 3.


Imagem: site https://natalrn.com.br/parnamirim-rio-grande-do-norte/, visualizado em 08 de fevereiro de 2022.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

ASSIM VEIO O HOMEM

 

Em novembro próximo, o cordel "Assim veio o homem" vai completar 22 anos de existência. Foi o primeiro  feito por Mané Beradeiro. Ontem, 27 de janeiro, o texto passou pela sua primeira modificação e revisão. Agora, ao invés de ter doze estrofes, o cordel possui  vinte e quatro, todas em sextilhas. Confira o vídeo. Breve teremos os folhetos disponíveis para venda.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

O SONHO DE ADÃO - CORDEL GANHA NOVAS ESTROFES E REVISÃO


 O poeta Mané Beradeiro está aproveitando o ano de 2022 para rever suas produções de cordéis e revisar os textos, bem como acrescentar algumas estrofes àqueles que ele julga necessário. O primeiro da lista foi "O Sonho de Adão", escrito originalmente em 8 de março de 2013, com apenas 12 estrofes em sextilhas, que agora passa a ter 24 estrofes, além de ter sido revista a rima e métrica. Breve o novo folheto estará disponível para venda. Assista ao vídeo e veja como ficou a nova versão.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

VACINADO

 



Ontem eu tomei vacina
Sou um homem reforçado
Quando o dia amanheceu
Meu corpo estava quebrado
Tomo chá de Super Bond
Pra ficar regenerado.


Mané Beradeiro

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

OS NOVE NOMES DE CEARÁ-MIRIM QUE NATAL NÃO ESQUECEU NO ANO 2000

Augusto Leopoldo Raposo da Câmara (1856 -1941)

Edgar Ferreira Barbosa (1909-1976)

Eduardo Medeiros ( 1886-1961) 

Jayme Leopoldo Raposo Adour da Câmara (1898-1964)

Inácio Meira Pires (1928-1982)

Nilo de Oliveira Pereira ( 1909-1992)

Rodolfo Augusto de Amorim Garcia (1873-1949)

João da Fonseca Varela (1850-1931)

Wilson Correa Dantas Cavalcanti (1920-1998)

Esses nove nomes, de homens ilustres,  todos nascidos em Ceará-Mirim-RN, têm sua participação no livro 400 nomes de Natal, ano 2000, que foi organizado por Rejane Cardoso, na gestão da Prefeita de Natal, Wilma de Faria. Cada nome tem um pequeno ensaio biográfico.




sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

TESTAMENTO E ÚLTIMO DESEJO

(Para Protásio) 
                                                                   
  VERÍSSIMO DE MELO


Deixo para minha família, meu pó.
Para a humanidade, meu nome esquecido.
Para a história, meus feitos invisíveis!

E a minha alma,
Continue vagando pelo espaço!
Silenciosa... Calada...
Das outras almas,
Escondas sempre o Romance de amor,
Que ainda encerras...
Não contamines a eternidade!
Os eternos não admitem ilusões,
Nem amor profundo, nem falsidade!
Guardas tudo consigo...

E numa tarde semelhante Aquela...
Penses um pouco na vida, e na eternidade!
Reúnas Amor, ciúme, ilusão, ódio, saudade!
E precipite-se no abismo virgem dos infinitos!

Fonte: A República, 4 de Outubro de 1938.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

"HORTO" : ESBOÇO PARA NORTEAR AS FUTURAS EDIÇÕES

"Auta de Souza, foi uma destas criaturas a quem Deus, lhe dando um corpo para sofrer, deu-lhe um'alma para brilhar" (Câmara Cascudo)


Horto e Auta de Souza, dois nomes que são praticamente inseparáveis. O primeiro  é o título do livro, o segundo, nome da autora. Poucos livros no Rio Grande do Norte recebem um olhar tão carinhoso por parte do público leitor e dos profissionais do mercado editorial, como ele. 

1ª edição - capa

Lançado pela primeira vez em 20 de junho de 1900, com 232 páginas e 114 poemas, com tiragem de mil exemplares, o livro trazia  na 1ª edição o prefácio de Olavo Bilac. Foi impresso nas oficinas de "A República". 

2ª edição - capa

Dez anos depois, em 1910, Henrique Castriciano, irmão de Auta de Souza, organiza a 2ª edição, preparada em Paris, com 17 poemas a mais. O livro  teve capa e ilustrações de D.O. Widhopff  e foi impressa na Tipographie Aillaud, Alves e Cia, Bouleve Montparnasse, 96. É importante que se diga que essa edição foi feita pelo Governo do Rio Grande do Norte, na época, Alberto Maranhão, conforme consta na Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo, em 1º de novembro de 1911, na página 10.

2ª  edição

 A 3ª edição demora vinte seis anos para chegar ao leitores, é de 1936, Tipografia Batista de Souza, Rio de Janeiro-RJ. Nessa 3ª edição, o prefácio foi feito por Tristão de Athayde ( Alceu Amoroso Lima). A  edição foi acima de 2000 exemplares, pois o Governo do Rio Grande do Norte comprou e doou  esta quantidade para a instituição Dispensário Sinfrônio Barreto (Natal), conforme publicação no jornal "A Ordem", edição do dia 12 de dezembro de 1936.

3ªedição

Esses livros foram vendidos como ingressos para  "A Festa do Horto",  bastante divulgada pelos jornais "A Ordem" e  "A República", em várias edições. Toda a arrecadação das vendas foi destinada ao Dispensário Sinfrônio Barreto. O evento aconteceu na noite de 14 de março de 1937, no Teatro Carlos Gomes ( hoje Alberto Maranhão) e em seu programa constava uma palestra de Palmira Wanderley sobre a vida e o livro de Auta de Souza, além de declamações de poemas do Horto e aqueles que foram musicados e fazem parte do Cancioneiro de Auta de Souza, que contou com as participações de Sílvia Paiva, Dulce Tavares, Clarice Palma, Bertha Guilherme, Elza Dantas, Maria de Lourdes Lago, Maria Amorim, Zenaide, Alba e Maria do Carmo Soares, todas acompanhadas pelo Maestro Thomaz Babini. "A Festa do Horto" foi um sucesso de público e critica.

4ª edição - capa

A 4ª edição data de 1970,  e foi feita pela  Gráfica Manimbu, da Fundação José Augusto, que naquele ano tinha como Presidente Ilma Melo Diniz. A 5ª edição demorou aparecer. Somente trinta e um anos depois é que ela vai chegar às mãos dos admiradores de Auta de Souza, trazendo o selo da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - EDUFRN, lançada no ano de 2001.

5ª edição - capa
A edição acima, embora tenha sido entregue ao público no ano de 2001, ela "representa" a edição dos 100 anos de "Horto" no Calendário Cultural do Rio Grande do Norte. Há uma singularidade nessa edição, que a torna mais rica, trata-se da Introdução para um estudo da vida e obra de Auta de Souza, de Ana Laudelina Ferreira Gomes, uma pérola sobre o assunto, que se estende das páginas 21 a 62.

Edição 2009 ( a 6ª)
No ano de 2009, a EDUFRN volta a se dedicar ao livro, lançando o que podemos enumerar de 6ª edição, embora não esteja isso implícito na ficha catalográfica. Uma edição com 274 páginas, que além do conteúdo do Horto, tem outros poemas e ressonâncias. Um Cd e um DVD acompanham o livro:  no CD , "Horto em Canto", há 16 poemas de Auta de Souza que foram musicados por Alvamar Medeiros, e o outro "Noite Auta, Céu Risonho" um documentário. De todas as edições, foi a que mais envolveu pessoas. A Professora Universitária Ana Laudelina Ferreira Gomes escreveu a apresentação, introdução e o texto da quarta capa.

Fábio Fidelis e Carlos Castin organizaram a mais recente edição do "Horto", que foi lançada na tarde de 10 de dezembro de 2021, na Academia Norte-rio-grandense de Letras. Os organizadores optaram por fazer uma edição similar a de 1900, justificando que ao longo destes 122 anos, a obra vem recebendo acréscimo em suas edições. 

Edição do ano 2021 ( a 7ª )


Edições - produzidas fora do Rio Grande do Norte (sem a participação de organizadores ou editores potiguares)

No Distrito Federal, a Editora Auta de Souza - Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza lançou no ano 2000 a edição comemorativa dos 100 anos de "Horto". 

A  Lebooks Editora lançou uma versão digital do "Horto", no formato eBook,  disponibilizada para venda desde o dia 18 de dezembro  de 2019, no site da Amazon.


No mesmo ano, a Editora Figura de Linguagem lançou  também uma edição que vem sendo bastante criticada pela má qualidade da diagramação e outros erros.. Segundo Carlos Castin  " Essa edição lançada pela Figura de Linguagem  é um vilipêndio à obra poética de Auta de Souza, e diante de inúmeras falhas editoriais, é para ser esquecida".

Edição da Figura de Linguagem

Fico por aqui, deixanbo bem claro aos leitores, que provavelmente falte alguma edição, não por esquecimento, mas por desconhecê-la, afinal, este artigo é um esboço e não um texto definitivo sobre o assunto.

Francisco Martins
13 de janeiro de 2022,  Parque Industrial, Parnamirim-RN.

Fontes pesquisadas

Sites:

http://www.elfikurten.com.br/2013/05/auta-de-souza.html

https://www.albertolopesleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=7197089

https://www.amazon.com.br/HORTO-Auta-Souza-Ra%C3%ADzes-ebook/dp/B082WKHHZ3

https://literaturars.com.br/2019/09/05/horto-auta-de-souza/

http://www.editoraautadesouza.com.br/livros/horto-edicao-especial

https://www.unirn.edu.br/noticia/obras-de-auta-de-souza-serao-relancadas-com-apoio-do-uni-rn

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/lana-amento-da-edia-a-o-original-de-horto-acontece-nesta-sexta-feira-10/527205

Jornais: 

 "A Ordem" - edições de 12.12.1936;  23.10. 1942

"A Republica" - edições de  04.03.1937;  07.03.1937;  14.03.1937 

"Diário de Natal" -edições  de 2.02. 1970; 21.11. 1970

Livros:

Fundação José Augusto - 40 anos - 1963-2003, página 73.

"Horto" - Auta de Souza - edições  2001 e 2009 - acervo da Biblioteca SESC Rio Branco - Natal/RN

"Alma Patrícia" -  Crítica Literária - Luiz da Cãmara Cascudo - 2ª edição Fac-Similar 2021.  Org. Eulália Duarte Barros.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...

 

"A Política atualmente não se faz por opinião, mas por conveniência, como os casamentos"


Fonte: Eloy de Souza, no pseudônimo de Jacinto Canela de Ferro, em carta publicada no jornal "A República", em 7 de fevereiro de 1914.

Nota: 108 anos depois continua a velha forma de fazer política no Brasil


sábado, 8 de janeiro de 2022

DEFINIÇÃO

 

Escrever?
É parto.
É crer.
É ver.
É ser.
Também é rever
É correr caneta
Sobre folha branca
Assistir nascer
A escrita mágica
Que vem nos dizer:
De um amor perdido
Do sorriso franco
Das memórias de guerra e de paz.
Escrever é ofício de redenção
Contar história da criação,
Voar e voltar, no ritmo frenético de arribação.
É se deixar espremer na moenda das ideias,
Extrair manipueira,
Purificar as sílabas
Fortalecer as palavras
Ter um coração formado de frases.
Escrever...
Contemplar a vida
Filosofar com loucos
Ser muito, tendo pouco
Soltar textos
Em savanas, caatingas, cerrados, densas matas
Ou desertos.
Entregar ao vento suas palavras
É crer, ver, ser!


Francisco Martins 08 de janeiro de 2022



domingo, 2 de janeiro de 2022

CORDEL "AS RUAS CASCUDIANAS" - 2ª ETAPA DA PRIMEIRA EDIÇÃO

 O poeta Mané Beradeiro  está montando a segunda etapa, da primeira edição do cordel "As Ruas Cascudianas", um  texto que narra de forma poética, todas as ruas de Natal  onde morou Câmara Cascudo, o "Provinciano Incurável". A primeira edição são de 500 exemplares. A metade já foi feita E vendida. Agora, no primeiro semestre de 2022, o poeta pretende encerrar a edição, com os 250 livros restantes.

Todas as capas são feitas de caixa de papelão, no estilo cartonero,  através do selo da Carolina Cartonera, editora informal fundada pelo poeta. As 500 capas são personalizadas, nenhum é igual a outra. Se você deseja adquirir o livro, pode entrar em contato pelo whatsApp (84) 9.8719-4534. O valor com frete para todo o Brasil é de R$ 10,00 (dez reais). Segue abaixo as primeiras capas disponíveis para venda em 2022.

















PESQUISADOR FRANCISCO MARTINS INICIA ANO 2022 BUSCANDO HISTÓRIAS NO ARQUIVO PÚBLICO ESTADUAL

 Amanhã, dia 3 de janeiro de 2022 eu começo a por em prática, desta vez de forma mais intensa, a minha veia de pesquisador. Consegui finalmente agendar uma visita ao Arquivo Público Estadual, que desde o início do Governo de Fátima Bezerra foi terceirizado. Todo o acervo entregue à uma empresa.  Irei verificar se realmente essa iniciativa foi boa para os pesquisadores.  Muitos projetos culturais estão na agenda: livros, cordéis, contação de histórias, vídeos, etc.  Cada um chegará em seu tempo. Aguardem!


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

NA CASA DE DEUS

 


Agora à noite estive na casa do Pai, o Senhor de todos os Tempos e do Espaço, meu Deus. Fui entregar todos os dias vividos até o presente momento, agradecer e dizer que estou apto a receber Dele o que tem para mim reservado. Orei por vocês que caminham comigo. Feliz 2022.

Francisco Martins

ESCONDINHO

 Um prato fácil e gostoso. Pode usar feijäo verde, branco ou vermelho (400 g). Cozinhe, escorra e ponha em um refratário. Prepare carne moída ao seu modo (500 g) e ponha por cima do feijão. Faça um purê de batata, cubra a camada de carne, pincele com uma gema, espalhe queijo ralado e batata palha. Leve ao forno para gratinar. Bom apetite!



quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A LIGAÇÃO

 

-Alô
-Alô!
-Posso falar com Deus?
-Quem deseja?
-Um filho dele
-Um momento por favor
-Não, não faça isso! Eu suplico pelas cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo.
-O que foi? Porque essa agonia?
-Um "momento" aí no Céu são muitos anos aqui na Terra, lembre-se do que está escrito em 2 Pedro 3:8: Um dia para o Senhor é como mil anos
-Verdade! Como pude esquecer disso. A frase é minha.
-Tá brincando? Então estou falando com Pedro?
-Sim
-Não acredito! Pedro Apóstolo?
-Ele mesmo
-Que legal! Mas você não é o Porteiro Celestial, o homem que tem as chaves do Céu?
-Não é bem assim ...
-Tá, depois a gente fala sobre isso, mas como meus créditos estão poucos, por favor passe a ligação para Deus.
-Seu nome?
-Mané Beradeiro
-Não acredito! O poeta cordelista que escreve folhetos bíblicos?
-Ele mesmo
-Nós gostamos muito dos seus poemas
-Nós, quem?
-Eu e muita gente que eterniza por aqui. Quando você chegar aqui vai conhecê-la.
-Eita!
-Vou passar a ligação ...
-Obrigado.
SEUS CRÉDITOS ACABARAM. POR FAVOR RECARREGUE E TENTE NOVAMENTE!
-Quê? Eu só queria dizer obrigado por 2021.


Mané Beradeiro 30 de dezembro 2021

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

ABERTA A EXPOSIÇÃO DE IAPERI ARAÚJO



O artista plástico Iaperi Araujo abriu ao público, na noite de hoje, uma exposição com 33 quadros que foram pintados durante o período da pandemia, 2020/ 2021.
Os quadros retratam natureza, personagens da história do cangaço, pessoas ilustres e anônimas.







O acervo vai ficar disponível para visitação até o final de janeiro de 2022, na Pinacoteca do Estado, que funciona no Palácio Potengi, centro de Natal.