sábado, 11 de março de 2023

EM CARAÚBAS-RN ACONTECE NESTE DOMINGO FESTIVAL DE CORDEL

 


TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 049/2023

Depois de mais de dois anos sem publicar nenhum torpedo, eis que volto trazendo a  junção da sabedoria popular em seus adágios com a beleza e as promessas de Deus, em sua Palavra.



 Tá lá no livro dos livros: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Salmo 46:10) e  serve também " Não vos inquieteis por coisa alguma" (Filipenses 4:6).

Mané Beradeiro

sexta-feira, 10 de março de 2023

NOVO ROMANCE DE EDSON SOARES ESTÁ EM PRÉ-VENDA



Fotos: Divulgação.

O produtor cultural e escritor Edson Soares colocou em pré-venda a edição limitada do seu novo romance, chamado “Não Espere Nada do Amanhã”. Em edição limitada da Editora Idearte, o livro tem capa dura, ilustrações, corte colorido, 796 páginas de suspense e terror.
Adquirindo o exemplar nesta modalidade de pré-venda, o leitor ganhará diversos brindes (como marcadores de páginas, porta-copos, ecobag, entre outros) e concorrerá ao sorteio de um aparelho Kindle 11ª Geração da Amazon.

SINOPSE

Um livro ousado. Crime, mistério, suspense, erotismo.

Em dezembro de 2012, a cidade de uma ilha caribenha é sacudida pelo brutal assassinato de Pedro Maldonado, o mais famoso ator de teatro local, um artista polêmico, amado e odiado, de língua ferina. Meses antes de sua morte, ele havia publicado um livro de memórias onde contava os detalhes picantes de sua vida amorosa, que envolvia figuras da alta sociedade do lugar.

INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO

Titulo: Não espere nada do amanhã.
Editora: Idearte.
ISBN: 978-65-995861-6-3
Gênero: Romance contemporâneo, ficção policial.
Páginas: 796
Características: Edição luxuosa – capa dura – corte colorido
Tiragem limitada – apenas 100 exemplares.
Os livros serão entregues em março/abril.
Data provável do coquetel de lançamento: Maio/2023.
Local: Livraria Nobel |(Praia Shopping).
Contato: edsonsoares68@hotmail.com.


OBS: A matéria foi copiada do blog: https://www.blogdobg.com.br/novo-romance-de-edson-soares-esta-em-pre-venda/

O FOLHETO DE CORDEL EXPLICANDO A LITERATURA DE CORDEL



Antônio Marques de Carvalho Júnior é o autor do folheto que tem como título: " A Literatura de Cordel no Nordeste Brasileiro: origem e valor". Foi lançado pela Fundação José Augusto, com impressão na Gráfica Manimbu, tendo uma tiragem de 2 mil exemplares.
O folheto não registra a data de quando isso aconteceu.


Chama-me atenção porque é um "livro" com 20 páginas, todo em prosa, onde o autor vai tratar sobre história, conceitos e exemplos da Literatura de Cordel.  A capa tem a ilustração em xilogravura, sem identificação do autor. Este folheto faz parte do acervo da Biblioteca Ciro Tavares - que pertence a Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes - ACLA - Pedro Simões Neto.


Mané Beradeiro
10 março 2023

quinta-feira, 9 de março de 2023

A BENGALA DE JOSÉ MELQUÍADES


Professor José Melquíades ladeado pelo Padre Amorim e Valério Mesquita

JOSÉ MELQUÍADES DE MACÊDO - (Macaíba/RN, 1925 – Natal/RN, 2001)

José Melquíades de Macêdo, nasceu em Igreja Nova distrito de Macaíba em 29 de outubro de 1925, filho Antônio Melquíades de Macêdo e Arminda de Oliveira Macêdo (além de José, o casal teve mais três filhos, Irineu, Iracema e Julieta). Casado com Gizelda Paraguassú de Macêdo com quem teve oito filhos. Foi funcionário público, advogado, professor, escritor. Pertenceu a Academia Norte Riograndense de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico do RN e ao quadro da loja maçônica Bartolomeu Fagundes.


 No campo das minhas pesquisas, eis que encontro o texto abaixo, que foi publicado na revista O GALO, edição setembro 2000, ano XII, p. 14. Vale a pena a leitura.

O reconhecimento da "nobre" bengala de José Melquíades
    Humberto Guerra, mais conhecido por "Perré", é de família tradicional potiguar. Durante seus primeiros anos de atividade pública, nos anos 70, foi assessor de gabinete do deputado federal Grimaldi Ribeiro. Disputou também a vaga de vereador pela Câmara Municipal de Natal, não obtendo sucesso.
    Decepcionado com a política, resolveu procurar novos horizontes, escolhendo a cidade de São Paulo, onde morou por quase 30 anos, trabalhando na CESP, Companhia de Eletricidade de São Paulo. Com o passar do tempo e vendo aproximar-se os 60 anos, passou a se preocupar com o futuro. Em consequência disso, começou a imaginar que se aproximava o dia em que iria necessitar de apoiar-se numa bengala. Por precaução, adquiriu um estoque de oito delas. Não sem antes testá-las sob o peso do seu corpo.
    Vendo a dificuldade do professor José Melquíades em se locomover, resolveu presenteá-lo com uma das suas bengalas preferidas, de cepa paulista e registrada.
O professor Melquíades agradece a seguir:

Foi no dia vinte e três
De setembro, em Lourival,
Um recanto de Natal
Onde há festa todo mês.
Perré, como bom freguês,
Tudo sabe e não se cala;
Trouxe de São Paulo a mala
E dentro dela o seu bastão
E me deu de coração
Uma fornida bengala.

Presente de Humberto Guerra,
esta bengala de luxo,
Nela peguei o repuxo,
Subo morro, subo serra
Com firmeza, aqui na terra.
Apoiado no bastão
Dispensei o corrimão;
Agora não perco festa,
Um cachorro da molesta
Segurando o pau na mão.

De José Melquíades para Humberto Guerra (Perré)
Natal, Bar do Lourival, sábado, 23 de setembro de 2000

Crédito da foto:https://www.gazetadeparnamirim.com.br/noticia/555/o-profesor-jose-melquiades-de-macedo

quarta-feira, 8 de março de 2023

VEM AÍ A 6ª EDIÇÃO DA COLEÇÃO DEZ MULHERES POTIGUARES

 


As mulheres poetas, cordelistas, reúnem-se mais uma vez para juntas concretizarem um belo projeto que teve a iniciativa da Casa do Cordel, trata-se da 6ª edição, onde 10 mulheres cordelistas escrevem sobre outras dez. O lançamento vai ser dia 10 de março, 16 h, na Casa do Cordel.

QUINTA CULTURAL SOBRE QUILOMBOLAS


O pesquisador e escritor Gerinaldo Moura, que faz parte do IHGRN e da Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes -ACLA - Pedro Simões Neto, fará palestra amanhã à tarde, tendo início às 17h, dentro do projeto Quinta Cultural, do IHGRN. A entrada é franca e o tema será Comunidades Quilombolas de Ceará-Mirim.

terça-feira, 7 de março de 2023

SÔNIA FAUSTINO - CONSELHEIRA

A Conselheira Sônia Maria Fernandes Faustino, é natural de Pau dos Ferros, tendo nascida em 7 de agosto de 1944. Filha de José Fernandes de Melo e Lindalva Torquato Fernandes, bacharelou-se em Direito (UFRN, 1968), tem licenciatura em Pedagogia, com Habilitação em Supervisão e Administração Escolar (UFRN, 1972), Mestre em Educação (UFRN, 1991). Tem vários cursos na área de Ensino Superior, Filosofia, Teoria da Comunicação, Mudança Sócio-Econômica. Atuou como Professora na Escola Doméstica de Natal, Orientadora Pedagógica do Educandário Oswaldo Cruz, em Natal, Professora de História do Ginásio Paula Frassinetti e do SENAI,Professora de Educação Complementar da LBA, Adjunto de Promotoria de Justiça da Comarca de Pau dos Ferros, Consultora Jurídica do Tribunal de Contas do RN, Fundadora e Diretora do Instituto Infantil de Alfabetização e Arte. Realizou muitas pesquisas na área de educação infantil, jovens e adultos. Entre as suas pesquisas, destacamos: A modernidade política com base na teoria da ação comunicativa de Jurgen Habermas. e outra sobre a educação de Câmara Cascudo, com a base teórica de Pierre Bourdieu. É artista plástica, escritora, poeta. Entrou para o CEC no dia 26 de março de 2002, através do Decreto do Governador Garibaldi Alves Filho. Faz parte da Academia Norte-rio-grandense de Letras e tem diversos livros publicados no gênero de poesia, memória, ensaio, biografia. A foto que ilustra esta postagem é muito significativa à Conselheira, pois ela está ladeada por obras de Newton Navarro, que foi o ilustrador do seu primeiro livro de poesia: Sonância. Editora Clima.

domingo, 5 de março de 2023

CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE PAULO DE TARSO

Conselheiro Vice-Presidente Paulo de Tarso Correia de Melo, seu primeiro mandato no CEC teve início em 14 de maio de 1996, designado por Decreto do Governador Garibaldi Alves Filho, em substituição ao Conselheiro Otto de Brito Guerra, que havia falecido. Desde então, o Conselheiro Paulo de Tarso tem prestado relevantes serviços a essa instituição, quer seja como Conselheiro, Presidente ou Vice-Presidente. Nasceu em Natal, no dia 5 de abril de 1944, na Rua São Tomé, centro. Filho de João José de Melo e Gracilde Correia de Melo. Licenciado em Pedagogia (UFRN, 1967), Master If Arte in Education (Universidade de Michigan, EUA, 1973). Foi professor do Instituto Kennedy; chefe do setor de educação de adultos do SESC/RN; professor do Departamento de Educação da UFRN, Pro-Reitor de Extensão Universitária da UFRN, Diretor do Núcleo de Arte e Cultura-NAC/UFRN, Chefe de Gabinete da Reitoria da UFRN; membro do Conselho Diretor da Fundação José Augusto (1996), foi Secretário Geral da Academia Norte-rio-grandense de Letras, trabalhou como cronista redator do jornal "Tribuna do Norte", poeta com vários livros publicados, tendo poemas em diversas antologias internacionais e brasileiras, ensaísta. É também integrante do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

sábado, 4 de março de 2023

JUCÁ, A ÁRVORE QUE DORME








Jucá
Árvore que me atrai.
Vejo-a como poema do meu nordeste.
A jucá tem seus encantos. Floração prolongada, folhas que se retraem no final da tarde, anunciando que ela vai dormir. Cascas e frutos medicinais. Madeira resistente.
Sombra que convida a boa prosa.

CONHEÇA O CONSELHEIRO PRESIDENTE VALÉRIO MESQUITA


Conselheiro Presidente Valério Alfredo Mesquita. Seu primeiro mandato foi de 25 de março de 1986 a 19 de abril de 1989. Foi nomeado por decreto do Governador José Agripino Maia. Já cumpriu vários mandatos no CEC. Foi eleito para ser Presidente do Conselho, em novembro de 2022, indo sua gestão até 17 de novembro de 2024. Nascido em 18 de novembro de 1942, na cidade de Macaíba-RN, sendo seus pais Alfredo Mesquita Filho e Nair de Andrade Mesquita. Estudou no Colégio Marista, no Atheneu, é bacharel em Direito (UFRN, turma de 1968). Foi Prefeito de Macaíba, Deputado Estadual, Presidente da Fundação José Augusto, Conselheiro e Presidente do Tribunal de Contas do Estado, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. É membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, do IHGRN, da União Brasileira de Escritores-UBE/RN. tem vários livros publicados no gênero de crônicas, memórias, artigos políticos e outros).

sexta-feira, 3 de março de 2023

CONSELHO INICIA ATIVIDADES DE 2023 NA PRÓXIMA TERÇA- FEIRA


As sessões do Conselho Estadual de Cultura para o exercício de 2023 terão início, dia 7 de março próximo, às 16 h, em sua sede, situada a Rua Mipibu, 443, em Natal. O CEC caminha para 56 anos de existência. Seu colegiado é composto por 15 componentes. Todos prestando serviço ao estado de forma voluntária, sem receber nenhuma gratificação, tampouco verba indenizatória, como o jeton. Conheça nas postagens seguintes quem são os integrantes do CEC.

quinta-feira, 2 de março de 2023

IHGRN RETOMA PROJETO QUINTA CULTURAL E A PRIMEIRA CONFERÊNCIA É HOJE


"Casa Grande e Senzala", livro clássico  de Gilberto Freire, que completa 90 anos da sua primeira edição, será o tema da primeira conferência  "Quinta Cultural", nesta retomada em 2023,  projeto do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte-IHGRN. A palestra será ministrada por Vicente Serejo, membro do IHRGN, da Academia Norte-rio-grandense de Letras, jornalista, bibliófilo e dono de umas das mais bonitas bibliotecas particulares do Rio Grande do Norte. Quem quiser participar basta se dirigir ao Salão Nobre do IHGRN. Entrada franca e começa às 17 h nesta quinta-feira, 2 de março de 2023.


 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

RN PERDE O MÚSICO MANASSÉS

A cultura local perdeu hoje o músico, compositor, jornalista e servidor do TRT Manassés Campos. Após uma cirurgia cardíaca bem sucedida, e alguns dias de alta em casa, ele sentiu-se mal ontem à noite e veio a falecer na madrugada de hoje.


Manassés Campos partiu
Deixou o mundo local
A sua voz se calou
Há um luto musical
As cifras e as canções
Hoje são lamentações
Do sertão ao litoral.

Mané Beradeiro

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

A MULHER SEM SORTE


 Numa certa manhã, de um dia  e ano que não gravei as datas, eu e minha esposa estávamos numa clínica no bairro de Tirol, onde seríamos atendidos  por um cardiologista. Naquele mesmo local também se encontrava meu amigo João Batista Pinheiro Cabral. Escutei quando a recepcionista anunciou o seu nome para fazer um exame.  Quando ela saiu do consultório, dirigi-me até ele e como sempre, foi aquela alegria! Sorriso largo, sentimento gostoso de uma amizade. Chamei Sandra e a apresentei:

-Doutor João Batista, esta é Sandra, minha mulher!

Ele a olhou.  E como não podia deixar de fazer, aproveitou a oportunidade para fazer uma das suas peraltices, pois naquele homem sempre prevalecia o humor e o espírito de um menino peralta.

-Muito prazer  em conhecê-la. Deixe-me dizer que a senhora é a SEM SORTE e ele é o CONSORTE.

Os trocadilhos de João Batista deixava a vida mais alegre!



O consorte e a sem sorte

Francisco Martins
16 fevereiro 2023

ASSIM DISSERAM ELES...

 

"Um povo que cresce habituado a má literatura é um povo que está em vias de perder o pulso de seu país e de si próprio"

Ezra Pound

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

POEMA DEDICADO AO POETA OTONIEL MENEZES


(WALFLAN DE QUEIROZ)

O mundo não será jamais extinto pela água.
Não haverá mais dilúvios.
Um grande hotel foi construído no cimo do monte em que [parou a Arca de Noé.
O mundo agora pode ser extinto pela falta de amor entre [os homens.
Acredito que desta vez ele não se salvará.
A não ser que os seus poetas o salvem.
Só uma coisa causa medo: o desaparecimento da poesia.
Meu Deus! Para onde irão os poetas depois da morte?
Todo poema é comunicação.
O poeta quando fala oferece aos outros, como dádivas, os seus [sentimentos mais puros.
Nenhum poema pode ser reflexo de um coração de pedra.
Meu Deus! Livrai-nos dos homens vazios!
E dai-nos esta pureza que nos torna semelhantes aos vossos [anjos,
E causa raiva ao imperador dos antros infernais!

DEDICATÓRIA DO AUTOR



FONTE: O tempo da solidão, Walflan de Queiroz, poesia, Edições Cactus, Natal-RN, 1960, página 34

sábado, 11 de fevereiro de 2023

JOÃO BATISTA PINHEIRO CABRAL: UM SÁBIO



“De fato, os dias de nossa vida chegam a setenta anos, ou a oitenta para os que têm mais saúde; entretanto, a maior parte dos anos é de labuta e sofrimentos, porquanto a vida passa muito depressa, e nós voamos!”
Salmo 90:10 (versão King James atualizada)


João Batista Pinheiro Cabral viveu exatos 81 anos e 8 meses. Nasceu em Assu, no dia 7 de junho de 1941. Seus pais foram Heitor Cabral e Gisélia Pinheiro Cabral. Foi sempre um homem voltado à cultura, quer seja sendo professor ou atuando como escritor, pesquisador e historiador.
Viveu mais de 25 anos fora de Natal, para cumprir, como ele mesmo escreveu, “o destino profissional, funcional e magisterial que me foi ditado pelos desígnios da Providência Divina”. Sua formação primária se deu no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, da Congregação “Filhas do Amor Divino”, em Assu e depois, em 1953, foi aluno do Colégio Estadual do Atheneu Norte-rio-grandense. Formado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1968, tornou-se depois Mestre em História (1972) e depois Doutor em História da América Latina, concluindo em 1979. Foi professor titular da Universidade de Brasília, mas antes, trabalhou em várias escolas de Natal, ministrando aulas de História e Inglês em instituições públicas e particulares. De 1965 a 1969, foi diretor da Escola Estadual Padre Miguelinho, em Natal. Ao todo, foram 32 anos de magistério.
Escrevia em vários idiomas. Quando esteve estudando nos Estados Unidos da América, casou-se com Joan Marie Cabral e constituiu família. No Brasil, também Foi funcionário do TRT-21ª Região, cursou a Escola Superior de Guerra (1984), foi diretor do SENAR e Oficial de Gabinete do Governo Aluízio Alves. Sua participação em simpósios, seminários e congressos é extensa.
Foi eleito para a Academia Norte-rio-grandense de Letras no ano de 1994 e tomou posse em 23 de março de 1995, na cadeira 6, que tem como patrono Luís Carlos Wanderley (Assu), sendo fundadora e primeira ocupante Carolina Wanderley (Assu), tendo como primeiro sucessor Gumercindo Saraiva (João Câmara), a quem João Batista sucedeu.
Seu primeiro livro foi “Partido Liberal Mexicano e a Greve de Cananeia” (1981) e depois vieram outros trabalhos. Escreveu em vários jornais e muito contribuiu com seus artigos para a Revista da ANRL, onde publicou 14 textos.
Foi sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, que diante da sua grandeza cultural, por iniciativa da Diretoria do IHGRN, passou a ser sócio honorário, compondo uma lista de renomados nomes de homens e mulheres que se dedicam à cultura. Na Revista do IHGRN, Joao Batista Pinheiro Cabral também deu sua contribuição. Estão lá nas edições de 1980, 1981 e 1987.
O intelectual João Batista Pinheiro Cabral atendeu, no dia 8 de fevereiro último, ao chamado da “Moça Caetana”, e quando o leitor estiver lendo esse artigo, nosso honrado e saudoso escritor e historiador já estará recebendo as insígnias que a ele estavam reservadas, na eterna “Potyguarânia Cósmica”.
A morte não irá ofuscar a sua trajetória, seus passos ficarão durante muitos anos nas estradas por onde passam seus amigos, as instituições culturais das quais participou saberão cuidar do seu legado.


Francisco Martins
Sócio efetivo do IHGRN, da Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes–ACLA – Pedro Simões Neto, da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel-ANLiC e do Conselho Estadual de Cultura do RN (Secretário Administrativo).


Fontes Consultadas:
Revista da Academia Norte-rio-grandense de Letras, nº 25, Janeiro 1996
Memória Acadêmica – Leide Câmara –Natal:IFRN, 2017
Site do IHGRN – www.ihgrn.org.br

https://ihgdorn.blogspot.com/2023/02/joao-batista-pinheiro-cabral-um-sabio.html?m=1

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

A SOLIDÃO DA IMORTALIDADE


Fui ao Morada da Paz me despedir de João Batista Pinheiro Cabral. Era seu sepultamento. Poucas pessoas compareceram ao ato. Muitas mulheres, alguns homens, e do círculo cultural eu só consegui identificar Doutor Armando Holanda. Se tinha outros, não os conhecia.
Fiquei pensando na "irmandade " ou "confraria" que realmente é cultivada pelas instituições que ele pertencia. Onde estavam aqueles que o procuraram para obter o seu voto quando se candidataram?
A imortalidade pode até se vestir de capelo, túnica, murça, pelerine ou qualquer outro nome que a ela seja dado, mas de uma coisa eu tenho certeza: a imortalidade é seca e solitária. Zombemos dela enquanto vida tivermos! Não tenhamos a pretensão de que multidão estará se despedindo do nosso corpo, excerto se tivermos sidos políticos ou magistrados.
O sepultamento de um escritor é silencioso, como as letras de um alfabeto. E é com elas que eu formei as palavras: Adeus, gratidão e obrigado.


Francisco Martins
10.02.2023