terça-feira, 26 de maio de 2020

MANÉ BERADEIRO HOMENAGEIA O POETA ODILON RAMOS

Já escrevi por aqui que gratidão não é moeda para ser guardada, ela deve ser passada adiante o mais rápido possível, principalmente às mãos daquelas pessoas que merecem recebê-las. Ontem à noite, tão logo terminei de ver a live do poeta Odilon Ramos, no Facebook, comecei a escrever o cordel "A VISITA DE ODILON RAMOS".
É preciso que o leitor saiba que a Odilon Ramos eu devo o reconhecimento de Mané Beradeiro ter saído das fronteiras do Rio Grande do Norte e passar a ser conhecido em muitos estados do Brasil, graças ao vídeo que ele fez com o meu poema "O Vírus e o Velho", que circula através dos grupos de WhatsApp. O próprio poeta já disponibilizou o material, por mais de quatro vezes,  em seu programa "Do Campo à Metrópole", que vai ao ar de segunda a sexta-feira,  Rádio Campo Afora-RS.
Odilon Ramos é jornalista, radialista e sobretudo um excelente poeta, com mais de cinquenta anos de caminhada na estrada dos versos. Natural do Rio Grande do Sul, mora atualmente na cidade de Santo Antonio da Patrulha-RS.
E o cordel foi finalmente terminado na madrugada de hoje, precisamente às 00:58 minutos. Só fui me deitar depois de fazer o vídeo abaixo. Era madrugada e o galo do vizinho cantava. Breve darei continuidade à segunda parte da história, quando desta feita, Mané Beradeiro visitará o Rio Grande do Sul.

Mané Beradeiro
26 de maio 2020




segunda-feira, 25 de maio de 2020

O PEIXINHO QUE QUERIA CONHECER O MUNDO

Neste tempo em que as crianças não estão podendo ir à escola, alguns professores tem enviado tarefas pelas redes sociais para seus alunos. Hoje eu gravei um pequeno vídeo, com Ananias, para o público estudantil da Escola Municipal Irene Soares (Parnamirim-RN).  Contei a fábula do Peixinho Oscar, que está no livro "Coração de Vidro", de José Mauro de Vasconcelos.

 

QUANDO A POESIA INTERFERE NO TRABALHO DO POETA

Na atual gestão da Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel-ANLiC eu estou na função de 1º Secretário. Recentemente a Presidente  Tonha Mota me pediu para providenciar um documento e coletar a assinatura de José Acaci, membro da ANLiC. Acaci e eu  moramos na mesma cidade, mas em bairros diferentes. Preparei a documentação e mandei pelo Whatsaap a seguinte mensagem para ele:

JOSÉ ACACI EU PRECISO
DA SUA BELA ASSINATURA
EM UM PAPEL DA ANLiC.
DIGA AÍ, OH CRIATURA
COMO DEVO PROCEDER?
TONHA, QUE É PRESIDENTE
VAI FICAR TODA CONTENTE
NISSO VOCÊ PODER CRER.

Não demorou muito ele também respondeu em septilha:
MEU CARO AMIGO MANÉ
O SEU PRAZER NÃO SE ATRAZA
SE VIER NUM FÓRMULA UM
OU NUM FOGUETE DA NASA
MAS DEIXE DE AGONIA
QUE EM TEMPOS DE PANDEMIA
EU ESTOU EM MINHA CASA

Aí eu respostei:
VOU À TARDE, MEU BICHIM.
AGUARDE MINHA CHEGADA
VOU MONTADO NUMA BIKE
A RESPOSTA ESTÁ DADA
DEUS VOS LIVRE DA DOENÇA 
PRA VOCÊ SÓ QUERO "BENÇA"
BELA VIDA ARRETADA.

Isso aconteceu no dia 21 de maio último.

 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

ASSIM DISSERAM ELES ...

 


Não adianta pedir que o tempo espere um pouco
Que o filho demore um pouquinho a crescer;
O tempo tem pressa e nem bem começa,
A vida se põe a nos envelhecer.

Odilon Ramos

Fonte:  50 Anos de Poesia, in: Dezoito Anos, página 21.

DE VOLTA AO PASSADO

Viajar no tempo e rever coisas que ficaram lá atrás, é esta a proposta do vídeo abaixo. Veja e identifique quais imagens falam da sua infância.

 

QUE HINO É ESSE?

Silvio Pizza Pedroza (1918-1998) era governador do Rio Grande do Norte (1951-1956) quando recebeu o embaixador do Líbano, Adib El-Nahas.
 
Silvio Pedroza

O próprio governador telefonou ao maestro da Banda de Música da Polícia Militar para que a mesma se preparasse para no ato da recepção receber o embaixador  tocando o  hino nacional do Líbano. O diálogo se deu assim:
-Comandante, você tem aí o hino nacional do Líbano?
-Tem, sim senhor.
-Quero que toque amanhã, aqui, quando prestarem continência ao embaixador na frente do Palácio.

E, na  hora em  que começou a tocar, o embaixador do Líbano vira-se para o governador e pergunta:
-Que hino é esse?
O governador Silvio Pedroza disse que ignorava. No dia seguinte soube que a Banda de Música da Polícia Militar tocou o hino japonês.

Mané Beradeiro
Parnamirim-RN, 18 maio 2020




UM CORDEL DE ESPERANÇA CONTRA UM MUNDO EM CONFLITO

Niro Carper e Henrique José, poetas cordelistas,  respectivamente do Pará e do Rio Grande do Norte se uniram e construiram o texto : "O HEROÍSMO DO BANDIDO FERRABRÁS" ( Nordestina Editora, Fevereiro 2020). Um folheto com  60 sextilhas, portanto 360 versos.
 Qual é a grande mensagem que os poetas Niro Carper e Henrique José passam neste poema? Antes de responder, permitam-me levar os leitores ao tempo em que viveu o filósofo Baruch Spinoza (1632-1677). Este pensador norteou parte da sua vida tentando responder as três perguntas existências, são elas:

1)  Em que espécie de mundo vivemos?
2) Quem nos pôs aqui?
3)  Por quê?

Passados 343 anos da morte de Spinoza, convenhamos, ainda nos atiça a busca pelas respostas. O filósofo forneceu as suas. Voltemos ao texto do poema e vamos aplicar as mesmas indagações  spinozas  ao protagonista Ferrabrás. Teria ele consciência do mundo em que nasceu e viveu? Será que em algum momento da sua vida chegou a pensar quem o pôs aqui? e Por quê? Não tenho a pretensão de contar a história do poema para os leitores, mas sim, provocar a curiosidade para que busquem o folheto e tirem suas próprias conclusões ( Pedidos na página da Nordestina Editora).
Posso, entretanto adiantar, sem prejuízo à leitura, que os poetas escreveram um texto edificante, tendo como princípio um mundo cruel, cheio de violência e sem esperança a quem nele nasce e vive.  Isso me fez pensar: é realmente o homem produto do meio em que vive?
Ao longo do poema Ferrabrás vai encontrar uma família que provocará nele a germinação da semente do amor ágape.
 -Sou Tomás, esta é Joana

E nossa filha querida

Tem o nome de Luzia

O jovem disse em seguida:

-O meu nome é Ferrabrás,

Bandido de alma perdida. 

(página 5).


Nem tudo está perdido quando acreditamos no homem e este se deixa  transformar por aquele que o pôs aqui. Como bem disse Francisco de Assis: O amor faz o amargo ficar doce.
 
Mané Beradeiro
Parnamirim-RN, 18 maio 2020.







sábado, 16 de maio de 2020

UMA GRANDE TRAVESSURA DO MENINO ANTONIO SOARES FILHO

Travessuras são coisas próprias das crianças e jovens. A que irei contar agora foi feita por ANTONIO SOARES DE ARAÚJO FILHO.  Quando ele tinha 15 anos ( 1929), ele leu que o Presidente dos Estados Unidos da América, Herbert Hoover estava visitando o Brasil e iria passa ao largo de Natal,  no navio Utah.
Herbert Hoover
 Foi aí que ele planejou e executou uma travessura que teve dimensão além do que esperava.  Escreveu numa folha de papel "Good Year - Herbert Hoove",  pôs dentro de uma garrafa e como estava passando as férias na  praia da Redinha, lançou-a dentro do mar, naquele dia 23 de janeiro de 1929. A garrafa foi encontrada por Tarcísio Medeiros (seu primo) que a levou ao Professor Luiz Soares ( tio de Antonio).
Foto do blog  Tok de História (26.07.2019)
 O Professor Luiz Soares apresentou o material na redação do jornal "A República", que no dia 25 de janeiro de 1929, página 2,  publicou uma matéria com a seguinte manchete: "Uma saudação do Presidente Herbert Hoover" . Alguns exemplares do jornal foram enviados à Casa Branca. 

Antonio Soares Filho (1914-1996)

Esta foi sem dúvida uma traquinice que fez com quê o mais famoso jornal do Rio Grande do Norte publicasse uma notícia que não era verdadeira.

Mané Beradeiro
16 de maio de 2020

Fonte: Memória Viva - entrevista com Antonio Soares de Araújo Filho - Natal/RN - Nossa Editora, s/a.


PASSEIO NA CHUVA



Desde  ontem à noite que chove intensamente. E hoje, logo cedo, acordei e tão logo saí do banheiro eu escutei ele me chamando:
-Vamos passear hoje, está um dia lindo!
-Não, não podemos. Está chovendo e tudo levar a crer que continuará assim, "Chuva, Chuvai" como escreveu José Mauro de Vasconcelos.
Minha resposta não o convenceu, ao contrário, atiçou ainda mais o seu desejo de sair pelas ruas.
-Não dá, você não percebe que estamos vivendo uma período de quarentena e quanto mais nos protegermos melhor para nossas vidas?
-Nossas não, suas vidas! Eu não sou vítima desta pandemia. 
-Concordo, mas não vou sair.
Ele ficou ali, quietinho, triste, fechado, parecia um viúvo ou um velho padre de batina.
Não me contive.  Peguei-o pelo pé, coloquei a máscara no rosto e saímos para um pequeno passeio pelas ruas perto de casa. 
Ele  se abriu, molhava-se todo, e feliz repetia:
-Chuva, Chuvai!

Francisco Martins
16 maio 2020

sexta-feira, 15 de maio de 2020

EU CONFESSO: TAMBÉM FUI GAROTO


 
Eu confesso:
Já usei o espelho no sapato
Não perdi o lance da escada
e olhei pela fechadura

Francisco Martins

CLORAQUINA




Se a Cloraquina fosse uma mulher
Dois Ministros já derrubou
Um Presidente por ela se apaixonou
E a nação brasileira na cloaca tomou!

Mané Beradeiro

terça-feira, 12 de maio de 2020

ABELHINHA NENÉ CONTA DOUTOR BUTI

Quem conta histórias desenha tatuagens nas almas daquelas pessoas que as escuta. Não é um ofício para qualquer mortal, há  todo um jeito e um caminho a seguir.  A Professora Neriane Rodrigues da Silva, que trabalha na Escola Municipal Felipe Tavares de Paiva, em Taborda (São José de Mipibu-RN), tem  percorrido este caminho. Ela personifica a Abelhinha Nené, desde dezembro de 2019, uma operária de uma colmeia cheia de livros, cujo néctar, extraído das palavras, é a matéria prima que vai produzir a geleia real dos leitores. Tive a felicidade de ser contemplado com a arte de Neriane Rodrigues, que entregou às patinhas da Abelhinha Nené, o meu primeiro livro infantil: Doutor Buti. Assistam ao vídeo.



sexta-feira, 8 de maio de 2020

MEU HERÓI



Hoje eu vi um herói
Não tinha capa azul
Não tinha escudo
Não carregava nenhum martelo
Não ficava invisível
Tampouco verde.

O herói que eu vi hoje
Tinha um semblante cansado.
Usava indumentária branca
O que me fez pensar ser ele um anjo
E eu fiquei rodeando tentando descobrir as asas.

Meu herói não tinha asas!
Sua missão não exigia voar,
ao contrário, ele precisava estar com os pés no chão.
Neste chão cheio de coronavírus.

Meu herói é aquele profissional da linha de frente
Desta pandemia, ceifadora de sonhos e vidas.
Ele tem o poder exercido pelos técnicos de enfermagem,
enfermeiros, médicos, paramédicos, maqueiros, motoristas de ambulâncias,
os recepcionistas, secretários,  ASG, etc.

São eles meus heróis, tão humanos, tão cansados, tão santos.
Um deles me disse: Vamos vencer esta guerra!
Eu creio e quero que quando a pandemia passar, em cada praça deste Brasil
haja um monumento a estes heróis, homens e mulheres que defendem a vida.

Francisco Martins
08 de maio de 2020

terça-feira, 5 de maio de 2020

ASSIM DISSERAM ELAS ...




"Um cordel é o mesmo que um ato cirúrgico, tudo milimetricamente calculado, caso contrário mato o paciente  ou seja, o cordel!"

Nádia Ribeiro

MÁSCARA

Eu nem sei se vai prestar
Mas confesso meu intento
Para não morrer da praga
Deste grande mal  cruento 
Uso máscara  da mata
Dada pelo meu jumento 

Mané Beradeiro
04 maio 2020


NEWTON NAVARRO EM DEZ TELAS











segunda-feira, 4 de maio de 2020

domingo, 3 de maio de 2020

FILHO

Nove luas para te gerar,
a vida inteira para te cuidar em todas as fases.

Lisbeth Lima