ONG idealizada pelo jornalista Flávio Rezende inaugura sede no
próximo dia 15, em Mãe Luiza
Por Verônica Garrido
Assessoria de Imprensa voluntária
O sonho agora é realidade. Depois de cinco anos de luta pela construção de um espaço próprio e muitos outros no caminho da solidariedade, o escritor e jornalista Flávio Rezende anuncia a inauguração da sede oficial da Casa do Bem, no bairro de Mãe Luiza. Será no próximo dia 15 de julho, quando Flávio comemora também 49 anos de idade.
Na programação estão, em um primeiro momento, além de muita energia positiva, apresentações culturais de jovens assistidos pela Casa, plantação de mudas de árvores na área de esportes de Mãe Luiza, discursos das autoridades presentes e homenagens, show do grupo Raízes do Samba, formado por meninos do bairro, e queima de fogos. Tudo isso a partir das 18h, no Centro Desportivo do bairro (campo de futebol), que fica na Rua João XXIII, sem número. Em seguida, por volta das 21h, haverá o deslocamento dos presentes até a Casa do Bem, nº 1719, na mesma rua, para o descerramento da placa e a visitação às instalações da entidade, com oferecimento de coquetel naturalista.
A sede da ONG presidida por Flávio Rezende abre as portas para a comunidade já com 30 ações humanitárias para abrigar e uma estrutura que conta com 11 salas, uma cozinha, cinco banheiros, estacionamento, salas específicas para gastronomia, balé, informática, atendimento psicológico, ensaios do coral e da capoeira, a casa do surfe, brinquedoteca e biblioteca/videoteca. Ainda num segundo momento, serão inaugurados mais dois auditórios.
De acordo com Flávio, a construção de toda essa estrutura foi possível graças ao apoio do Governo do Estado, da Fundação José Augusto, pela Lei Câmara Cascudo, da Cosern e da Petrobras. A ONG conta também com o apoio da Prefeitura do Natal e de diversas empresas e pessoas individualmente.
A Casa do Bem vai funcionar das 8h às 22h e também ficará disponível para que pessoas de boa vontade nela possam compartilhar o seu conhecimento e seus dons pessoais, promovendo, por exemplo, aula de idiomas, ensino de instrumentos musicais, criação de grupos culturais, aulas de gastronomia, palestras, exibição de filmes, realização de shows, entre outras atividades. Além disso, o local vai servir como ponto de apoio para festas infantis de pessoas carentes, para realização de eventos do bairro e como pólo centralizador de discussões de interesse da comunidade.
Hoje, a Casa do Bem atende diretamente, com os 30 projetos, cerca de 450 pessoas, entre crianças, jovens e idosos, com predominância da faixa etária entre 5 e 22 anos. “Todos os projetos têm um coordenador voluntário e o meu papel é tornar todas as ações possíveis e fazer acontecer. Articulo, planejo, crio, peço ajuda, cuido de tudo para que as ações se tornem realidade, mas cada uma tem uma pessoa responsável”, explica Flávio Rezende, que aproveita para fazer o convite: “Conclamo as pessoas de bom coração a ingressarem nas fileiras do bem se tornando voluntários, compartilhando seus dons pessoais gratuitamente com aqueles que necessitam”.
Os projetos realizados atualmente envolvem as áreas da educação, do esporte, da cultura e do lazer. Entre eles estão: Cursinho do Bem, Surfistas do Bem, Capoeiristas do Bem, Casa do Bem Futebol Clube, Coral Infantil da Casa do Bem, Grupo Vocal da Casa do Bem, Cultura do Bem, Show do Bem, Livro Letras e Imagens do Bem, Hotel do Bem, Caminhada do Bem, entre outros.
Como a ONG atua em diversas áreas, acaba envolvendo muita gente nessa energia do bem, na vivência de ajudar as pessoas, dando o peixe em alguns casos, mas principalmente ensinando a pescar, como conta o seu presidente e fundador: “A Casa do Bem atua em um dos bairros mais violentos da cidade e o objetivo principal é ocupar os jovens, dando a eles uma identidade e afastando-os da influência das drogas, da violência etc. A idéia é tentar causar um reflexo bom na vida deles. Uns certamente vão aproveitar de uma forma melhor que outros, mas estou dando uma oportunidade, uma maneira melhor de ver a vida, abrindo horizontes, proporcionando descobertas”.
Segundo Flávio, com a inauguração da sede, a tendência é envolver ainda mais as pessoas, trazendo cada vez mais resultados positivos, e difundir cada vez mais a cultura da paz na sociedade até mesmo através da imprensa. “Sinto-me extremamente bem em ajudar as pessoas de diversas maneiras e o sonho da construção da Casa foi sendo vivenciado passo a passo numa história de vitórias e também de pequenos contratempos. Mas agora, com a efetiva realização do sonho, no dia do meu aniversário, só me lembro do lado bom de tudo e dedico essa luta vitoriosa principalmente a meu pai, ao qual a Casa do Bem Dr. Fernando Rezende é dedicada, e a meus demais familiares, meus filhos e minha esposa, como também a todas as pessoas que foram e que vão ser beneficiadas com as ações humanitárias que estamos desenvolvendo, além dos voluntários que trabalham e dos doadores que ajudam”.
Até o final do ano, a Casa do Bem está trabalhando na realização do Show Diga Sim ao Bem, que conta com a apresentação anual de todos os grupos da ONG. Em 2010, o show deve acontecer em novembro. O volume 5 do Livro Letras e Imagens do Bem já está em fase de diagramação e será lançado em breve e todos os demais projetos como o Cultura do Bem, a Visita do Bem e o Hotel do Bem continuam acontecendo sistematicamente.
A HISTÓRIA DO PRESENTE
O presente de aniversário não poderia ser melhor para o jornalista “alma boa”, que tem uma bonita história do bem para contar. Flávio Rezende é escritor, jornalista, funcionário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, canceriano, autor de 20 livros, casado e dois filhos. Pessoa iluminada, sincera, amiga para todas as horas - realmente do bem. Sempre gostou de ajudar as pessoas, mesmo no colégio, na faculdade. Ajudava como podia.
No ano de 1992, foi morar em Mãe Luiza, onde comprou um terreno e começou a construir sua casa. Pouco a pouco conheceu as pessoas do bairro carente e como já tinha seu próprio dinheiro, conquistado por meio do trabalho como jornalista em assessorias de imprensa, começou a ajudá-las de diversas maneiras. Flávio ajudava as pessoas dando dinheiro para pequenas reformas em suas casas, levava para hospital e maternidade quando preciso, entre outras coisas.
Nessa época surgiu o trabalho Liberdade aos Passarinhos, que ele chamou depois de Pazlhaço da Paz. A idéia era distribuir doces, balas para crianças de Mãe Luiza e chegar às casas do bairro procurando passarinhos e estimulando as pessoas a libertá-los. Cada vez mais envolvido com o voluntariado, o jornalista se inscreveu na ONG Natal Voluntários, que faz o trabalho de intermediação entre as pessoas de boa vontade e as outras ONGs, direcionando voluntários para as entidades carentes existentes.
Assim, Flávio percebeu que existia uma boa vontade das pessoas em fazer o bem, em ajudar, mas que isso se perdia às vezes porque elas não sabiam pra onde ir, não sabiam a quem poderiam ajudar. Pensou então que seria interessante construir um lugar para poder receber qualquer tipo de voluntários, desde que as pessoas fossem compartilhar seus dons de maneira gratuita. Foi quando, por volta de 1993, 1994, sempre caminhando pela manhã, bem cedo, amadureceu a idéia.
Inicialmente, Flávio pensou em comprar uma casa para que pudesse fazer esse trabalho e em como conseguir o dinheiro. Conversou com Paulo Campos, então presidente da Apurn, de onde Flávio era assessor de imprensa, sobre a idéia e a partir dos conselhos do amigo viu que não conseguiria evoluir nessa vontade sem fundar uma ONG, que daria todo o amparo legal, jurídico. Paulo Campos convenceu Flávio Rezende e disse ainda que o ajudaria. Assim, Flávio foi atrás e em 2005 conseguiu fundar a ONG Casa do Bem. Mas a idéia inicial de comprar uma pequena casa ainda permanecia.
A primeira ação para arrecadar dinheiro foi publicar o Livro Letras e Imagens do Bem, que seria escrito só por jornalistas colaboradores, mas que terminou com a participação de outras pessoas também. No lançamento do livro, o empresário Ricardo Barros, que tem um estabelecimento comercial no bairro de Mãe Luiza, estava presente e ofereceu um terreno em doação, um terreno dos maiores para o padrão do bairro. Com isso, Flávio teve que abandonar logo a idéia de comprar uma casa pequena e partir para a idéia de construir uma casa.
Com a nova idéia na cabeça, Flávio falou com a jornalista Eliana Lima, que indicou o arquiteto Wellington Fernandes. Ele aceitou e fez o projeto arquitetônico da Casa do Bem. O orçamento foi feito na seqüência. Seriam necessários 370 mil reais para a construção da sede da ONG. Então, o jornalista do bem começou a luta, com a realização de festas, rifas, bingos e viu que seria muito difícil construir a casa com o dinheiro arrecadado só dessa maneira. Assim, um amigo informou que podia transformar o projeto de construção da Casa do Bem em um projeto amparado pela Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura.
A essa altura, Flávio começou a criar, paralelamente à luta para construir a Casa do Bem, o que ele chama de ações humanitárias no bairro, como: a criação do coral infantil, um dos primeiros projetos, com a voluntária Cristina Nagahama; a adoção dos jovens que praticavam surfe no bairro pela fundação Filhos da Mãe, que se transformaram nos Surfistas do Bem; a criação do time de futebol Casa do Bem Futebol Clube; o grupo vocal da Casa do Bem; a realização de visitas do bem, vindo em seguida o balé, a capoeira e muitos outros.
O projeto de construção da sede da ONG foi então aprovado pela Lei Câmara Cascudo. Em seguida recebeu a adesão primeiramente da Cosern e depois da Petrobras, o que culminou na sua conclusão e inauguração agora em 2010, no próximo dia 15 de julho.
O sonho se transformou então em realidade e segundo Flávio Rezende, presidente da entidade, nessa caminhada nos últimos cinco anos, muito mais de 200 ações humanitárias foram realizadas pela ONG Casa do Bem nos mais variados lugares de Natal. Isso se considerarmos a realização de apenas três ações por mês.
“A palavra BEM nunca foi tão falada na cidade, tudo é do bem, não tem discriminação, envolvimento político. Construímos muito mais do que uma casa, mais do que um sonho, um pólo centralizador do bem. Trabalhamos de maneira bem simples, sem muitas pretensões, sem muito protocolo. Todos podem ajudar e fazer parte dessa corrente”, conclui Flávio Rezende.
Doações de alimentos, roupas, utensílios domésticos e equipamentos de informática sempre são bem vindos, além de apoios financeiros que podem ser depositados na conta do Banco do Brasil 26847-X, Agência 1668-3. As pessoas interessadas em conhecer a Casa do Bem ou em ser voluntárias podem entrar em contato pelos telefones (84) 3202-3441 e (84) 9902-0092. A Casa do Bem tem suas ações detalhadas no site www.casadobem.org.br.
Por Verônica Garrido
Assessoria de Imprensa voluntária
O sonho agora é realidade. Depois de cinco anos de luta pela construção de um espaço próprio e muitos outros no caminho da solidariedade, o escritor e jornalista Flávio Rezende anuncia a inauguração da sede oficial da Casa do Bem, no bairro de Mãe Luiza. Será no próximo dia 15 de julho, quando Flávio comemora também 49 anos de idade.
Na programação estão, em um primeiro momento, além de muita energia positiva, apresentações culturais de jovens assistidos pela Casa, plantação de mudas de árvores na área de esportes de Mãe Luiza, discursos das autoridades presentes e homenagens, show do grupo Raízes do Samba, formado por meninos do bairro, e queima de fogos. Tudo isso a partir das 18h, no Centro Desportivo do bairro (campo de futebol), que fica na Rua João XXIII, sem número. Em seguida, por volta das 21h, haverá o deslocamento dos presentes até a Casa do Bem, nº 1719, na mesma rua, para o descerramento da placa e a visitação às instalações da entidade, com oferecimento de coquetel naturalista.
A sede da ONG presidida por Flávio Rezende abre as portas para a comunidade já com 30 ações humanitárias para abrigar e uma estrutura que conta com 11 salas, uma cozinha, cinco banheiros, estacionamento, salas específicas para gastronomia, balé, informática, atendimento psicológico, ensaios do coral e da capoeira, a casa do surfe, brinquedoteca e biblioteca/videoteca. Ainda num segundo momento, serão inaugurados mais dois auditórios.
De acordo com Flávio, a construção de toda essa estrutura foi possível graças ao apoio do Governo do Estado, da Fundação José Augusto, pela Lei Câmara Cascudo, da Cosern e da Petrobras. A ONG conta também com o apoio da Prefeitura do Natal e de diversas empresas e pessoas individualmente.
A Casa do Bem vai funcionar das 8h às 22h e também ficará disponível para que pessoas de boa vontade nela possam compartilhar o seu conhecimento e seus dons pessoais, promovendo, por exemplo, aula de idiomas, ensino de instrumentos musicais, criação de grupos culturais, aulas de gastronomia, palestras, exibição de filmes, realização de shows, entre outras atividades. Além disso, o local vai servir como ponto de apoio para festas infantis de pessoas carentes, para realização de eventos do bairro e como pólo centralizador de discussões de interesse da comunidade.
Hoje, a Casa do Bem atende diretamente, com os 30 projetos, cerca de 450 pessoas, entre crianças, jovens e idosos, com predominância da faixa etária entre 5 e 22 anos. “Todos os projetos têm um coordenador voluntário e o meu papel é tornar todas as ações possíveis e fazer acontecer. Articulo, planejo, crio, peço ajuda, cuido de tudo para que as ações se tornem realidade, mas cada uma tem uma pessoa responsável”, explica Flávio Rezende, que aproveita para fazer o convite: “Conclamo as pessoas de bom coração a ingressarem nas fileiras do bem se tornando voluntários, compartilhando seus dons pessoais gratuitamente com aqueles que necessitam”.
Os projetos realizados atualmente envolvem as áreas da educação, do esporte, da cultura e do lazer. Entre eles estão: Cursinho do Bem, Surfistas do Bem, Capoeiristas do Bem, Casa do Bem Futebol Clube, Coral Infantil da Casa do Bem, Grupo Vocal da Casa do Bem, Cultura do Bem, Show do Bem, Livro Letras e Imagens do Bem, Hotel do Bem, Caminhada do Bem, entre outros.
Como a ONG atua em diversas áreas, acaba envolvendo muita gente nessa energia do bem, na vivência de ajudar as pessoas, dando o peixe em alguns casos, mas principalmente ensinando a pescar, como conta o seu presidente e fundador: “A Casa do Bem atua em um dos bairros mais violentos da cidade e o objetivo principal é ocupar os jovens, dando a eles uma identidade e afastando-os da influência das drogas, da violência etc. A idéia é tentar causar um reflexo bom na vida deles. Uns certamente vão aproveitar de uma forma melhor que outros, mas estou dando uma oportunidade, uma maneira melhor de ver a vida, abrindo horizontes, proporcionando descobertas”.
Segundo Flávio, com a inauguração da sede, a tendência é envolver ainda mais as pessoas, trazendo cada vez mais resultados positivos, e difundir cada vez mais a cultura da paz na sociedade até mesmo através da imprensa. “Sinto-me extremamente bem em ajudar as pessoas de diversas maneiras e o sonho da construção da Casa foi sendo vivenciado passo a passo numa história de vitórias e também de pequenos contratempos. Mas agora, com a efetiva realização do sonho, no dia do meu aniversário, só me lembro do lado bom de tudo e dedico essa luta vitoriosa principalmente a meu pai, ao qual a Casa do Bem Dr. Fernando Rezende é dedicada, e a meus demais familiares, meus filhos e minha esposa, como também a todas as pessoas que foram e que vão ser beneficiadas com as ações humanitárias que estamos desenvolvendo, além dos voluntários que trabalham e dos doadores que ajudam”.
Até o final do ano, a Casa do Bem está trabalhando na realização do Show Diga Sim ao Bem, que conta com a apresentação anual de todos os grupos da ONG. Em 2010, o show deve acontecer em novembro. O volume 5 do Livro Letras e Imagens do Bem já está em fase de diagramação e será lançado em breve e todos os demais projetos como o Cultura do Bem, a Visita do Bem e o Hotel do Bem continuam acontecendo sistematicamente.
A HISTÓRIA DO PRESENTE
O presente de aniversário não poderia ser melhor para o jornalista “alma boa”, que tem uma bonita história do bem para contar. Flávio Rezende é escritor, jornalista, funcionário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, canceriano, autor de 20 livros, casado e dois filhos. Pessoa iluminada, sincera, amiga para todas as horas - realmente do bem. Sempre gostou de ajudar as pessoas, mesmo no colégio, na faculdade. Ajudava como podia.
No ano de 1992, foi morar em Mãe Luiza, onde comprou um terreno e começou a construir sua casa. Pouco a pouco conheceu as pessoas do bairro carente e como já tinha seu próprio dinheiro, conquistado por meio do trabalho como jornalista em assessorias de imprensa, começou a ajudá-las de diversas maneiras. Flávio ajudava as pessoas dando dinheiro para pequenas reformas em suas casas, levava para hospital e maternidade quando preciso, entre outras coisas.
Nessa época surgiu o trabalho Liberdade aos Passarinhos, que ele chamou depois de Pazlhaço da Paz. A idéia era distribuir doces, balas para crianças de Mãe Luiza e chegar às casas do bairro procurando passarinhos e estimulando as pessoas a libertá-los. Cada vez mais envolvido com o voluntariado, o jornalista se inscreveu na ONG Natal Voluntários, que faz o trabalho de intermediação entre as pessoas de boa vontade e as outras ONGs, direcionando voluntários para as entidades carentes existentes.
Assim, Flávio percebeu que existia uma boa vontade das pessoas em fazer o bem, em ajudar, mas que isso se perdia às vezes porque elas não sabiam pra onde ir, não sabiam a quem poderiam ajudar. Pensou então que seria interessante construir um lugar para poder receber qualquer tipo de voluntários, desde que as pessoas fossem compartilhar seus dons de maneira gratuita. Foi quando, por volta de 1993, 1994, sempre caminhando pela manhã, bem cedo, amadureceu a idéia.
Inicialmente, Flávio pensou em comprar uma casa para que pudesse fazer esse trabalho e em como conseguir o dinheiro. Conversou com Paulo Campos, então presidente da Apurn, de onde Flávio era assessor de imprensa, sobre a idéia e a partir dos conselhos do amigo viu que não conseguiria evoluir nessa vontade sem fundar uma ONG, que daria todo o amparo legal, jurídico. Paulo Campos convenceu Flávio Rezende e disse ainda que o ajudaria. Assim, Flávio foi atrás e em 2005 conseguiu fundar a ONG Casa do Bem. Mas a idéia inicial de comprar uma pequena casa ainda permanecia.
A primeira ação para arrecadar dinheiro foi publicar o Livro Letras e Imagens do Bem, que seria escrito só por jornalistas colaboradores, mas que terminou com a participação de outras pessoas também. No lançamento do livro, o empresário Ricardo Barros, que tem um estabelecimento comercial no bairro de Mãe Luiza, estava presente e ofereceu um terreno em doação, um terreno dos maiores para o padrão do bairro. Com isso, Flávio teve que abandonar logo a idéia de comprar uma casa pequena e partir para a idéia de construir uma casa.
Com a nova idéia na cabeça, Flávio falou com a jornalista Eliana Lima, que indicou o arquiteto Wellington Fernandes. Ele aceitou e fez o projeto arquitetônico da Casa do Bem. O orçamento foi feito na seqüência. Seriam necessários 370 mil reais para a construção da sede da ONG. Então, o jornalista do bem começou a luta, com a realização de festas, rifas, bingos e viu que seria muito difícil construir a casa com o dinheiro arrecadado só dessa maneira. Assim, um amigo informou que podia transformar o projeto de construção da Casa do Bem em um projeto amparado pela Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura.
A essa altura, Flávio começou a criar, paralelamente à luta para construir a Casa do Bem, o que ele chama de ações humanitárias no bairro, como: a criação do coral infantil, um dos primeiros projetos, com a voluntária Cristina Nagahama; a adoção dos jovens que praticavam surfe no bairro pela fundação Filhos da Mãe, que se transformaram nos Surfistas do Bem; a criação do time de futebol Casa do Bem Futebol Clube; o grupo vocal da Casa do Bem; a realização de visitas do bem, vindo em seguida o balé, a capoeira e muitos outros.
O projeto de construção da sede da ONG foi então aprovado pela Lei Câmara Cascudo. Em seguida recebeu a adesão primeiramente da Cosern e depois da Petrobras, o que culminou na sua conclusão e inauguração agora em 2010, no próximo dia 15 de julho.
O sonho se transformou então em realidade e segundo Flávio Rezende, presidente da entidade, nessa caminhada nos últimos cinco anos, muito mais de 200 ações humanitárias foram realizadas pela ONG Casa do Bem nos mais variados lugares de Natal. Isso se considerarmos a realização de apenas três ações por mês.
“A palavra BEM nunca foi tão falada na cidade, tudo é do bem, não tem discriminação, envolvimento político. Construímos muito mais do que uma casa, mais do que um sonho, um pólo centralizador do bem. Trabalhamos de maneira bem simples, sem muitas pretensões, sem muito protocolo. Todos podem ajudar e fazer parte dessa corrente”, conclui Flávio Rezende.
Doações de alimentos, roupas, utensílios domésticos e equipamentos de informática sempre são bem vindos, além de apoios financeiros que podem ser depositados na conta do Banco do Brasil 26847-X, Agência 1668-3. As pessoas interessadas em conhecer a Casa do Bem ou em ser voluntárias podem entrar em contato pelos telefones (84) 3202-3441 e (84) 9902-0092. A Casa do Bem tem suas ações detalhadas no site www.casadobem.org.br.