Por Flávio Rezende
Os alquimistas das ciências médicas afirmam desde tempos imemoriais que, morremos um pouco a cada segundo. Se todos nós temos um fim físico, um tempo de estada neste belo planeta Terra, nada mais óbvio que a morte, mesmo que temporária para uns, ou definitiva para outros.
Os alquimistas das ciências médicas afirmam desde tempos imemoriais que, morremos um pouco a cada segundo. Se todos nós temos um fim físico, um tempo de estada neste belo planeta Terra, nada mais óbvio que a morte, mesmo que temporária para uns, ou definitiva para outros.
Esse fim, no entanto, é discutido de maneira religiosa,
filosófica, acadêmica, metafísica e biológica de diversas maneiras, sendo
aceito por diversos pensadores que não é certo que o próprio possuidor do que
chamamos de vida, ponha um the end a
esta oportunidade evolucionária, ou a esta dádiva divina ou simplesmente e este
existir.
Apesar de muitos pensarem assim, o suicídio é o ato mais
praticado em nosso planeta em todos os tempos. Não falo daquele suicídio que não
tem mais jeito, onde o ser vai e pula de uma ponte ou deixa que um projétil
desalme sua estrutura celular e ponha em colapso seus órgãos vitais.
A referência no presente escrito é ao suicídio lento,
gradual e seguro ao qual quase todos estão praticando, na medida em que não
seguem determinadas normas médicas, cidadãs ou de outras origens.
O exemplo de um suicida dentro das normas cidadãs é aquele
sujeito que continua bebendo e dirigindo, cortando sinais de trânsito, correndo
com seu veículo ou brigando e até mesmo usando drogas ou praticando roubos e
ilícitos. É uma espécie de suicídio, pois todos nós sabemos que essas práticas
levam quase sempre a morte.
Vou citar o meu caso particular, que certamente encontrará
similitude em muitas pessoas. Sou hipertenso, tomo medicação e, vez por outra
como aquela gostosa pipoca no cinema e outras comidas portadoras de sódio. Ao
não seguir a recomendação médica de evitar o sal, estou sim cometendo suicídio.
Se um dia desencarnar em decorrência de problemas relacionados à hipertensão,
terei sido o único responsável por minha própria morte.
E o mesmo acontece com a ingestão de açúcar e outros
alimentos, que são nocivos a minha saúde, mas que continuam a fazer parte de
minha dieta e, consequentemente, pavimentam a estrada da morte, uma vez que poderei
em decorrência destas infringências médicas, bater biela e dar tchau a presente existência.
Sei também que posso morrer de alguma coisa que não tenha
nada a ver com as que estou desobedecendo e que esse suicídio lento, gradual e
seguro que estou cometendo, pode ocorrer já com idade avançada, não se
constituindo nenhuma grande perda em termos do que tinha que fazer por aqui.
Em todo caso, com o avanço dos anos, a desaceleração das
atividades e ampliação da consciência, tendemos a obedecer mais e mais às prescrições
médicas e ir diminuindo os riscos, mas, o próprio avançar, nos empurra
inevitavelmente para a vala comum das doenças degenerativas.
O melhor é ter uma dieta saudável desde a juventude,
procurando o equilíbrio propalado pela macrobiótica e a pureza do
vegetarianismo ou do veganismo, que serão as dietas do futuro. Além, é claro,
de não beber, fumar, brigar, matar, roubar, coisas que desde o arco da velha,
em textos bíblicos, já avisavam serem bombas destruidoras e matadoras.
A vida não é sem graça sem essas coisas e sem essas comidas
que acham gostosas demais. A vida será sempre bela quando todos perceberem
olhando para dentro, que é lá onde reside a verdadeira felicidade.
· * É escritor, jornalista e ativista social em
Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)