quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ESTOU ME SUICIDANDO

 Por Flávio Rezende



Os alquimistas das ciências médicas afirmam desde tempos imemoriais que, morremos um pouco a cada segundo. Se todos nós temos um fim físico, um tempo de estada neste belo planeta Terra, nada mais óbvio que a morte, mesmo que temporária para uns, ou definitiva para outros.
         Esse fim, no entanto, é discutido de maneira religiosa, filosófica, acadêmica, metafísica e biológica de diversas maneiras, sendo aceito por diversos pensadores que não é certo que o próprio possuidor do que chamamos de vida, ponha um the end a esta oportunidade evolucionária, ou a esta dádiva divina ou simplesmente e este existir.
         Apesar de muitos pensarem assim, o suicídio é o ato mais praticado em nosso planeta em todos os tempos. Não falo daquele suicídio que não tem mais jeito, onde o ser vai e pula de uma ponte ou deixa que um projétil desalme sua estrutura celular e ponha em colapso seus órgãos vitais.
         A referência no presente escrito é ao suicídio lento, gradual e seguro ao qual quase todos estão praticando, na medida em que não seguem determinadas normas médicas, cidadãs ou de outras origens.
         O exemplo de um suicida dentro das normas cidadãs é aquele sujeito que continua bebendo e dirigindo, cortando sinais de trânsito, correndo com seu veículo ou brigando e até mesmo usando drogas ou praticando roubos e ilícitos. É uma espécie de suicídio, pois todos nós sabemos que essas práticas levam quase sempre a morte.         
         Vou citar o meu caso particular, que certamente encontrará similitude em muitas pessoas. Sou hipertenso, tomo medicação e, vez por outra como aquela gostosa pipoca no cinema e outras comidas portadoras de sódio. Ao não seguir a recomendação médica de evitar o sal, estou sim cometendo suicídio. Se um dia desencarnar em decorrência de problemas relacionados à hipertensão, terei sido o único responsável por minha própria morte.
         E o mesmo acontece com a ingestão de açúcar e outros alimentos, que são nocivos a minha saúde, mas que continuam a fazer parte de minha dieta e, consequentemente, pavimentam a estrada da morte, uma vez que poderei em decorrência destas infringências médicas, bater biela e dar tchau a presente existência.
         Sei também que posso morrer de alguma coisa que não tenha nada a ver com as que estou desobedecendo e que esse suicídio lento, gradual e seguro que estou cometendo, pode ocorrer já com idade avançada, não se constituindo nenhuma grande perda em termos do que tinha que fazer por aqui.
         Em todo caso, com o avanço dos anos, a desaceleração das atividades e ampliação da consciência, tendemos a obedecer mais e mais às prescrições médicas e ir diminuindo os riscos, mas, o próprio avançar, nos empurra inevitavelmente para a vala comum das doenças degenerativas.
         O melhor é ter uma dieta saudável desde a juventude, procurando o equilíbrio propalado pela macrobiótica e a pureza do vegetarianismo ou do veganismo, que serão as dietas do futuro. Além, é claro, de não beber, fumar, brigar, matar, roubar, coisas que desde o arco da velha, em textos bíblicos, já avisavam serem bombas destruidoras e matadoras.
         A vida não é sem graça sem essas coisas e sem essas comidas que acham gostosas demais. A vida será sempre bela quando todos perceberem olhando para dentro, que é lá onde reside a verdadeira felicidade.

·       * É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

82 ANOS FARIA MEU PAI HOJE


86 anos de vida faria meu pai, se vivo fosse, nesta quarta-feira 12 de fevereiro. Nasceu Francisco Fernandes da Silva, na cidade de Caraúbas-RN.  Filho de Raimunda  Doca da Silva e Delfino Bento Fernandes. Meu pai foi um homem íntegro, trabalhador. Era daquela geração que quando falava com um filho na intenção de repreendê-lo, um só olhar era suficiente. Casou com Raimunda Alves da Costa, e, deste casamento gerou seis filhos: três mulheres, Socorro Fernandes, Maristela Fernandes e Rejane Fernandes, todas nascidas em Campina Grande-PB, e três homens, Francisco Fernandes (Natal), Francisco Martins (Iracema-CE) e Oderval Fernandes (Ceará-Mirim). Trabalhou em diversas profissões, buscando trazer o pão ao seu lar. Era dado à leitura e durante muitos anos exerceu a profissão de Administrador Agrícola, sendo responsável pela Fazenda Santa Maria, em Ceará Mirim-RN e depois juntou-se a esta mesma administração as Fazendas Riachão e Rosário. Fixou seus últimos anos de vida no  Distrito de Dom Marcolino Dantas (Maxaranguape-RN). Faleceu vitimado por infarte do miocárdio, em 06 de maio de 1991. Tinha 63 anos. Na postagem que hoje faço revelo fatos que para alguns dos meus familiares são desconhecidos. São anotações que tenho guardadas desde 1992 e somente esta semana revirando papéis antigos eu as encontrei.








UM REGISTRO DE VIDA

Ter um lar como o que eu tive  não tem preço. Meu pai sabia juntamente com a minha mãe manter a paz, o equilíbrio, a alegria. Éramos pobres de bens materiais, mas, imensamente ricos de valores que o dinheiro não compra. Em meu livro "Crônicas Sensoriais" (2009), na página 30 eu digo: E se tinha um momento que nos fazia sentir o quanto éramos unidos, este  era a hora do almoço, principalmente quando ao redor da mesa estavam todos os filhos e filhas. Que celebração! que brilho nos olhos de mamãe, que vigor, felicidade e orgulho ostentava papai contemplando sua grei ali, partilhando o pão.      
Mamãe (56 anos) e papai (58 anos)
                                                O tempo é algo que brinca com as pessoas, que faz com quê elas possam ser melhores ou piores. Se meu pai em algum momento da vida fez minha mãe sofrer, o amor foi maior. O tempo não conseguiu acabar. Não teve a força nem o poder de corroer aquela relação. E olha que o casal se mudou muitas vezes, buscando acertar o ninho definitivo.A trajetória registra Patu, depois a Fazenda Sirigada (Patu), Campina Grande, Almino Afonso-RN, Fazenda Pitombeira (1953), novamente Campina Grande, Natal (1962-1963), Fazenda Cacimbas-CE (1964), Recanto, Junco, Extremoz, Fazenda Jorge (Ceará Mirim) e finalmente a Fazenda Santa Maria (Ceará Mirim) e a casa própria em Dom Marcolino Dantas (Maxaranguape-RN).
O último relógio de papai
 Eu sempre tive curiosidade de saber como foi a infância do meu pai. Sabia que foi diferente, criado longe da mãe (Raimunda Doca da Silva) e  lá, num passado remoto, que por sinal ele não gostava de falar, fui buscar peculiaridades que hoje me faz sentir o quanto ele tinha marcas na alma. .Doca era uma mulher linda, bela em todos os sentidos. Teve um relacionamento quando jovem com  um homem chamado Delfino Bento Fernandes, e deste namoro veio ao mundo o meu pai.  Doca não pode criar o filho, pois precisou sair de Caraúbas e fugir para Campina Grande, também por razões que desconheço, a criança não foi criada pela família paterna. E aqui, entra o registro narrativo que eu mesmo ouvi de EmídiaLeite, em 31 de março de 1992.
Vovó Doca
Emídia assegura que no dia 14 de agosto de 1928, portanto, quando papai só tinha seis meses foi entregue por Doca à família de José Leite da Silva, casado com Amélia Leite. Era uma família grande, Zé Leite, o homem que criou meu pai morava na Fazenda João Pereira, distante seis quilômetros de Patu. Naquela casa moravam nove filhos, além do casal. Nazaré Leite dedicou-se aos cuidados de papai, e ele, naturalmente passou a chamá-la de "mainha".
Vovô Oliveira (Delfino)
Se a vida começou árida para Francisco Fernandes da Silva, não tinha nenhum voto de fazê-lo feliz. Aos 12 anos de idade ele tem seu primeiro momento com a morte, ao vê-la tragar Nazaré Leite sua "Mainha" adotiva, dentro daquela família tão numerosa. Aquele momento foi demais para ele.  "Não teve coragem de vê-la morta e chorando ficou debaixo de uma tamarineira, até ser recolhido por Zé Leite, meu pai" - diz Emídia Leite. Para estudar, papai caminhava todos os dias 18 quilômetros de sua casa até a escola do Professor Zacarias Ferreira de Melo, não é de estranhar que diante deste esforço só tenha conseguido ir até a terceira série primária. Sua letra foi sempre bonita, assim como a sua assinatura.
 Se a escola não lhe deu toda a sabedoria necessária, despertou no adolescente o amor, pois lá conheceu uma moça por nome de Nazaré com quem teve seu primeiro namoro. Aos 15 anos viajou pela primeira vez para Campina Grande, onde ficou com sua mãe Raimunda Doca Fernandes.
aos 20 anos

Quando retornou ao Rio Grande do Norte, já homem feito, conheceu em Janduís -RN aquela que seria sua paixão maior, Raimunda Alves da Costa.  Muitos encontros se deram escondidos do pai da moça, e se porventura  surgisse algum obstáculo Raimunda encontrava um meio de vê-lo:
             " Chiquinho já descobri um meio de nós conversarmos. Após a luz se apagar, venha para o     portão do muro. Cuidado! Não erre o portão, a divisa é um pé de cajarana grande". E foi numa noite de Natal, que após a missa em Patu,  Chiquinho foi deixar Raimunda em casa.
Aos 27 anos
Na sua vida houve uma página negra, fato que ele nunca nos contou e acredito que somente minha mãe e as minhas tias sabiam disto. Quando ele estava prestando o serviço militar, em Recife, envolveu-se numa briga de rua com outro militar e nesta pugna, para não morrer, atingiu em legítima defesa o militar com uma pedra, que provocou a morte do mesmo. Na ocasião deixou o bibico  de soldado na cena do crime e isto foi o suficiente para identificá-lo. Em tempo, desertou e fugiu a pé de Recife para Patu, sempre escondido no meio da vegetação, andando mais a noite do que de dia.
Nesta época, Chico Leite,  já estava casado e escondeu papai na morada de Açude Novo, acobertado por Epifânio Barbosa, que guarnecia fugitivos da lei. Quando isto aconteceu, meus pais ainda não eram casados.
Eis aí irmãos, netos e bisnetos, uma página sobre a vida do meu pai. Se foi muito cedo, e parafraseando Azevedo eu digo: "cada morte, sejá lá de quem for, é acervo riquíssimo de experiências e sensibilidades que se queima" e do mesmo autor eu cito também: "Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete".*

Parnamirim-RN, 12 de fevereiro de 2014, 82º aniversário de nascimento de Francisco Fernandes da Silva, meu pai.


*AZEVEDO, Francisco. O arroz de palma. Rio de Janeiro: Record, 2013.





terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ASSIM DISSERAM ELES...

"Só existem dois tipos de pessoas no mundo: as que reclamam e as que agradecem"

AZEVEDO, Francisco. O arroz de palma. Rio de Janeiro: Record, 2013, página 256

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"ORAÇÃO" DO FRENTISTA

Em 1997 eu nem pensava em ser escritor, mas já andava rabiscando alguns textos, principalmente poesias. Em setembro daquele ano trabalhava num posto de gasolina, na função de Chefe de Pista. O Posto era da rede Jota Flor, na esquina da Prudente de Morais com a Bernardo Vieira. As bombas eram antigas, todos os dias quebravam. Havia sempre clientes que passavam cheques sem fundos e outros "perigos" que rodeavam os frentistas.  Pensando nisto fiz a

 "Oração do Frentista"

Senhor Patrão, dai-me a oportunidade de vos servir hoje e sempre.
Que eu seja um frentista dedicado à vossa empresa,
sempre atuante em vosso posto, atendendo com prontidão os clientes que vem até mim.

Livrai-me dos cheques sem fundos e roubados,
Escondei-me dos trambiqueiros
E protegei-me dos malfeitores.

Ó bom Patrão!, que Deus vos dê muito dinheiro
para que possais continuar a pagar o meu pão de cada dia.

Dai-me, eu vos peço, em nome do líquido precioso e aditivado
que enche vossos tanques, uma farda nova, bombas computadorizadas e
bicos sem defeitos.

Que vossa experiência me acompanhe
E a força que vos sustenta neste anos
de vida empresarial possa me fortalecer.

Que no cotidiano do meu trabalho
eu mantenha a pista sempre limpa,
minha apresentação impecável
por meses e meses até as férias.

Tudo isto vos peço em nome da Companhia,
da Distribuidora e do Posto.

Amém! 

Francisco Martins
 

MANÉ BERADEIRO FARÁ ABERTURA DA JORNADA PEDAGÓGICA EM CARNAUBAIS-RN

Convidado pela segunda vez a fazer apresentação cultural na cidade de Carnaubais - RN, desta feita Mané Beradeiro fará a abertura da Jornada Pedagógica, na noite de 17 de fevereiro, quando falará para 200 professores da rede municipal de ensino. Com o humor, Mané passará verdades que tratam sobre "Educação com Qualidade".

sábado, 8 de fevereiro de 2014

COMENTANDO MINHAS LEITURAS - O AVESSO DAS COISAS

O poeta tem um jeito todo peculiar de olhar o mundo e tudo o que o cerca. Neste olhar, as vezes crítico, outras  com traços de humor, ele vai nos falando de verdades que nem sempre paramos para analisar. Foi assim que senti Carlos Drummond de Andrade, nas 170 páginas do livro "O avesso das coisas - aforismos". A edição que li é da Record, Rio de Janeiro, ano 1987 e pertence ao acervo da Biblioteca Padre Luis Monte, da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Nele o poeta fala de vários temas da vida, sempre em aforismos e nos diz coisas dos homens, das mulheres, das árvores, da política, da fé, do amor, etc. É um livro que se lê num fôlego só. Assim foi comigo na tarde de 4 de janeiro de 2014.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

E NÃO É QUE ACABA MESMO!


Oh,
We close our eyes
The perfect life, life
Is all we need
(Moby)

De tanto roubar frases - o único roubo que a minha mãe ainda me permite fazer-, estou começando a me esquecer de onde e de quem foi feito o furto... Ah, viva o esquecimento! O que o cérebro não lembra; o coração não sente, não é mesmo?!
Pois bem, acho que foi Shakespeare quem disse: “Os gregos inventaram de tudo, até mesmo o homem”. Então, se o escritor inglês tiver mesmo razão, ao inventar o homem, eles inventaram também uma forma de explicar o amor e o desamor.
E está lá na mitologia grega a história de Orfeu e Eurídice: após ser picada por uma cobra, no dia do seu casamento, ao andar sozinha na floresta... (aqui abro um parêntese: o que danado Eurídice, com tanta coisa melhor para fazer, no dia do seu casamento, foi andar sozinha na floresta? Interessante é que a mesma pergunta eu faço a Eva: com tantas frutas para serem comidas, foi logo comer a maçã? É... caro leitor: a literatura é machista! A culpada é sempre a mulher... fecho aqui o parêntese!). Volto a Eurídice. Morta pela picada da cobra. Orfeu inconsolado e extremamente apaixonado, pega sua lira, vai ao mundo dos mortos, tentar convencer Hades a deixá-la voltar ao mundo dos vivos. E não é que Orfeu consegue. A música tem esta magia. Encanta até o sujeito que é ruim da cabeça e doente do pé...
Hades libera Eurídice. Ela pode voltar. Mas... Se... então, houve duas condições: “Eurídice pode voltar, mas você vai à frente e ela vai logo depois; se você olhar para trás, Eurídice morrerá novamente”... e lá se foi Orfeu, sem celular, sem WhatsApp, para mandar uma mensagem: “E aí, meu amor: tudo beleza aí atrás?!”. E Orfeu não resiste! Orfeu olha para trás. Eurídice morre! Pois para os gregos, ao olhar para trás, Orfeu mostrou a sua desconfiança em Eurídice... a desconfiança é uma arma mortal para o amor.
Interessante é que Padre Antônio Vieira, que considero um dos maiores escritores, colocou a distância, o tempo e a ingratidão, como armas mortais para destruição do sentimento maior, e real sentido da vida: o amor. Mas se esqueceu de colocar a desconfiança como a mais mortal delas...
Viver é negócio muito perigoso, já dizia Guimarães Rosa. E quem vive apaixonado, amando ao que faz, corre um risco terrível de ao olhar para trás, tornar o seu amor algo sem sentido. Pois a desconfiança, do olhar para trás, leva a racionalização do amor. E o amor não pode ser nem visto, nem explicado e nem entendido (leiam Eros e Psiquê), sob pena dele ser destruído. Era por isso que Eros (Cupido) andava com uma venda nos olhos...
Portanto, sem tirar a venda dos meus olhos, consigo enxergar outra coisa interessante: Nelson Rodrigues, meu outro guru na literatura, afirmava que se o amor acabou era por que não era amor. Discordo! Amor acaba sim!
Em 16/05/1964, Paulo Mendes Campos escreveu uma crônica para a revista Manchete, cujo título era “O AMOR ACABA”. E para o escritor mineiro, não é que acaba mesmo... Acaba em “apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadeza, onde há mais encanto que desejo; acaba em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero (aqui caro leitor, qualquer semelhança com os nossos hospitais de urgências é mera coincidência); na usura o amor se dissolve; o amor acaba e em Brasília, o amor pode virar pó; às vezes, o amor acaba como se fosse melhor nunca ter existido... a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba: para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba”...
Ensinar, eu já disse e vou repetir milhões e milhões de vezes, é um ato de amor. E ensinar medicina (a arte de amar ao próximo) é duplamente um ato de amor. Portanto, pelo amor de Deus: não nos obriguem a olhar para trás! Não nos façam - além de voltar o nosso pescoço para trás-, retirar a venda que cobre os nossos olhos. Deixem-nos continuar cegos! “Não existe nada mais aborrecido no mundo do que a ida ao oftalmologista para que ele nos avalie o grau dos óculos e escolha as novas lentes”... pois, o  professor vive de sonhos. Vive de ilusões. Vive na certeza ingênua que vai mudar o mundo; vai mudar as pessoas. O professor pode sim, como escreveu Francisco Azevedo, no seu livro “O Arroz de Palma”, ser aquele farmacêutico a passar o algodãzinho com álcool, soprar a bunda da terra e lhe aplicar à injeção que nos aplacará todas as dores..
Eu sei que tudo isso não passa de um romantismo barato e louco – e que as bolsas de valores, as relações on line, etc. etc. são o que interessam-, mas não se esqueçam: “louco é aquele que perdeu tudo, menos a razão”... e ai daquele que desejar viver sem uma ilusão. Pagará um preço muito alto por isso!
Pois AMOR “é um prato que, quando se acaba, nunca mais se repete!”.
Francisco Edilson Leite Pinto Junior – Professor, médico e escritor.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CÂNTICO DA CONSCIÊNCIA (AO POVO DE CEARÁ MIRIM-RN)






Francisco Martins


Ela é a cidade do futuro
Um futuro distante.
Mas uma coisa é certa
Vive nos sonhos de sua glória.
Louros de um tempo colonial,
Onde engenhos tinham fogo vivo.

Acabaram-se os engenhos,
Foram todos engolidos,
Por grandes usinas.
Mas, nem isso,
Soube a cidade manter.
Tornaram-se sucatas.
E a única que resta
É comida dia após dia
Pela fome insaciável,
Do egoísmo, do abandono,
Da ferrugem.

Barão, Coronéis e Majores
Já tiveram força naquele solo.
Canaviais já entoaram,
De mãos dadas ao vento,
Louvores à glória.

Mas, a cidade do futuro
Vive hoje, na esperança
Do que poderá ter:
Educação, Saúde, Segurança,
Cultura, Lazer.

Não há mais barão,
Não existem mais coronéis,
Não se houve nenhuma voz
De major.
A cidade literalmente dorme,
Desenganada e enganada.

É preciso gritar!
Gritar nas praças,
Nas escolas, nas ruas,
Nas Igrejas,
Em todo e qualquer lugar,
Onde o povo estar.

Acordai, homens públicos!
Sede altaneiros e soberanos
Povo nobre do vale mais fértil,
Onde desabrocha a “Rosa Verde”.

05 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

VERSÃO IMPRESSA DA GAZETA DO OESTE


Matéria publicada na edição de domingo último.

IMAGENS DA APRESENTAÇÃO DE MANÉ BERADEIRO NA ESCOLA EMANUEL BEZERRA, EM NATAL






À priori seriam apenas duas apresentações, uma para o turno matutino e outra  para o vespertino, mas diante da aceitação da equipe pedagógica, acabei sendo contratado para fazer outra apresentação também à noite, sempre com os professores na abertura da semana pedagógica.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ESCOLA MUN. EMANUEL BEZERRA CONHECE MANÉ BERADEIRO

Hoje, segunda-feira, às 7:30 da manhã, Mané Beradeiro vai se apresentar para os professores da Escola Municipal Emanuel Bezerra, no bairo do Planalto, em Natal.
À tarde, às 13:30 hs, o turno vespertino também terá a oportunidade de desfrutar das histórias e poesias que faz uso Mané Beradeiro.