quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A DIGNIDADE, DE LONGE OU DE PERTO TEM O SABOR DE BREVIDADES


Visão, tato, paladar, olfato e audição, cinco sentidos que fazem parte do sistema sensorial humano. Coisas dadas pelo  Criador, assim como a Graça. E se principio este texto trazendo o nome daquele que nos fez é porque desejo manifestar minha gratidão a Ele em ter os cinco sentidos maravilhosamente funcionando.  Àqueles que não tem a fé, sem a qual é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6),  abraços-os  (fazendo uso do tato) e digo que aceito seu posicionamento, mas permitam-me lembrar uma máxima de Edgar Barbosa: “O poder de duvidar não é maior que a faculdade de crer”2


 E foi  por causa dos sentidos acima que aprendi a admirar um homem bom e um bom homem.  Com ele tenho a alegria de conviver e aprendo quando o escuto ou simplesmente quando não fala, mas se comporta com uma elegância tamanha, que também ensina. E como eu sei que há homens que não se contentam simplesmente em ter apenas os cinco sentidos funcionando harmoniosamente, este que admiro, também externou o sexto sentido que vem através da escrita, e é em seus livros que eu fui buscar deleite.


Foi em 2007 que ele publicou “A Dignidade como patrimônio”, um livro que trata sobre a biografia do seu pai Diomedes Lucas de Carvalho, embora para o autor, ele considere ser apenas “um caderno de notas puxadas da memória” (2007,p.17). Compreensível, pois o autor faz desse trabalho a sua obra de abertura no mundo da literatura e traz em si a certeza de que está entrando numa guerra de muitas batalhas, onde a arma é a palavra e já disse o poeta: 

Lutar com palavras
É a luta mais vã.
Entretanto lutamos
Mal rompe a manhã
(ANDRADE, 1979, P. 172)



É um livro cheio de registros não apenas do genitor, mas também de fatos históricos de Cuiité e outras localidades da Paraíba. O autor não mediu esforços para fortalecer suas afirmações, fazendo uso das notas de rodapé, que enriquecem mais ainda a biografia. Fico a imaginar o quanto custou e doeu ao escritor fazer este ensaio biográfico. Com certeza, a ida ao passado assegura o que escreve  Elias José: “As nossas lembranças nunca são só  nossas. Nelas estão envolvidos os nossos parentes, amigos e conhecidos”6 (2012, P.42) . Começa bem!



Li  “De Longe e de Perto”(2012) e viajei com ele, através das suas crônicas e tendo como transporte a imaginação e como combustível a narrativa  do “encabulado”, acelerei os quatro ventos e também me fiz presente em todos os lugares onde ele esteve, As crônicas  de viagens são um caleidoscópio que encantam crianças e adultos.  Entreguem um mapa mundi a este homem, uma caixa de alfinetes e peça para ele marcar os países que ainda não foi, serão poucos. 



Contar histórias é envolver,  é prender o ouvinte ou leitor da forma mais sutil e deixar que ele seja também participante da trama, vá ao texto e passeie por entre as linhas e tenha a liberdade de sentir as personagens reais ou fictícias que o autor trabalha. Em “Brevidades”(2019), a palavra escrita  vem com o sabor das memórias, enroladas em pequenas crônicas, servidas em bandejas, assim como os bolos que deram nome ao livro, nos lembra o autor.  Nota-se que a cada obra o escritor vai amadurecendo e concordo com Fraçois Silvestre, quando afirma que ele, o autor, apresenta um texto primoroso, sem ser pedante. Ler “Brevidades” não apenas me deu conhecimento sobre música, educação, sertão, cinema, etc, mas me fez pensar nas minhas memórias.


A esta altura, alguns leitores já sabem sobre quem estou escrevendo. Os que ainda não o conhecem, apresento. É Ivan Lira de Carvalho,  magistrado, professor universitário, membros de diversas associações culturais, entre elas a Academia Norte-rio-grandense de Letras,  o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e o Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte. Homem que enaltece sua terra, suas origens, seu berço e com muito esmero a literatura. Não canso nem minto ao escrever que ouvir ou ler é receber a sonoridade de uma lira e ter a certeza das seguras raízes de um carvalho.





Francisco Martins

13 de novembro 2019





REFERÊNCIAS:



1)      ANDRADE, Carlos Drummond de. Drummond Antologia Poética. Rio de Janeiro(RJ): Livraria José Olympio Editora, 1979

2)      BARBOSA, Edgar. Imagens do Tempo. Natal(RN): Editora Universitária, 196

3)      CARVALHO, Ivan Lira de. A dignidade como patrimônio.Natal(RN): Metropolitano, 2007

4)      __________.De Longe e de Perto. Natal(RN): Sebo Vermelho, 2012

5)      __________.Brevidades. Natal(RN): Caule de Papiro, 2019

6)      ELIAS, José. Memória, cultura e literatura: o prazer de ler e recriar o mundo. São Paulo(SP): Paulus, 2012.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

ALUNOS DA ESCOLA HÉLIO GALVÃO CONHECEM A SEDE DA ANRL

O escritor Francisco Martins recebeu na manhã de hoje, um grupo de alunos da Escola Municipal  Hélio Galvao (Parnamirim/RN) que vieram a Natal para conhecer a sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras - ANRL. Os estudantes, acompanhados pelas professoras, ouviram atentamente as explicações que foram dadas pelo escritor, que falou sobre a historia da fundação da ANRL, seus presidentes, patronos e ocupantes do atual quadro acadêmico. A ANRL completa dia 14 de novembro 83 anos de fundação.



60 ANOS DO LIVRO "O ARADO" DE ZILA MAMEDE


CORDEIS DE MANÉ BERADEIRO SOBRE O NATAL

Se você quer presentear alguém  com folhetos de cordéis, não perca esta oportunidade. O poeta Mané Beradeiro tem 4 poemas sobre o tema do  nascimento de Jesus. São eles:
1)  Um menino nos foi dado ( que narra o nascimento de Jesus sobre a ótica dos homens)

2) O primeiro Natal ( nele, o nascimento é contado pelos animais da manjedoura)

3) O natal dentro do céu ( os anjos contam como foi a festa no Céu com o nascimento de Jesus)

4) A infância de Jesus ( uma narração poética, na qual o poeta cria situações na infância do menino nascido em Belém)

Os 4 folhetos estão à venda pelo valor de R$ 10,00 (dez reais). Adquira o seu pelo whatsaap (84) 9.8719 4534. Enviamos para todo o Brasil.

domingo, 10 de novembro de 2019

PELA VOZ E AS MÃOS DE DUDA - "DOUTOR BUTI" É APRESENTADO NO PARÁ

Mediar leitura é uma arte, assim como contar histórias também é. A diferença entre uma e outra, é que na primeira, o objeto livro é indispensável nas mãos do mediador. Ele se torna o narrador da história e faz isso com esmero, levando à sua plateia as palavras e as imagens que o autor e ilustrador  trabalharam.


Na semana passada, quarta-feira, MARIA EDUARDA JOUMBLAT, carinhosamente conhecida como DUDA, apresentou às crianças do Instituto  Palavra da Vida Norte, na distante cidade de Benevides-PA, o meu livro "Doutor Buti". Duda fez brilhantemente. E eu fiquei emocionado em saber que um livro meu pode encantar crianças por alguns momentos.

Uma das coisas lindas que a  Mediadora de Leitura  - Duda - fez foi dizer às crianças que além de ler o livro, elas podem também ser amigas do escritor. E provou isso , pedindo-me um pequeno vídeo  que ela apresentou aos pequeninos, no qual eu agradeço o trabalho dela e saúdo as crianças do grupo. Meu muito obrigado a você. Abraços.

Francisco Martins

AGENDE-SE PARA PARTICIPAR DO 4º CÍRCULO NATALENSE DO CORDEL


“CONTOS DO MEU JEITO” - DO JEITO DE HAILTON MANGABEIRA


Cordel um estilo de poema difícil de ser feito.  Não é à toa que o poeta que escreve o cordel é também conhecido por poeta de bancada. Entenda-se por esta expressão, o significado de alguém que tem a missão de burilar o seu texto, ler, reler, guardar e após  dias e meses, se preciso for  voltar a analisá-lo para só depois entregar ao público.

São poucos os poetas que cumprem este ritual. Eu mesmo, quando comecei a trilhar nesta literatura tinha uma ânsia de apresentar logo o poema. Soltava-o como criança que brinca com pipa e somente depois que ele estava por aí, espalhado pelas redes sociais  e até mesmo impresso, é que eu notava quanto ele podia está melhor e voar com mais intensidade e beleza.

Ainda bem que aprendi a lição. Meus primeiros folhetos estão desmetrificados, contém erros de rimas e estrutura de estrofes (tanto na quantidade de versos como na quantidade de estrofes). Pensava em não corrigi-los, deixá-los assim, mas o poeta que cresce deseja ver sua obra qualificada, afinal é ela que vai falar por ele quando não mais estiver por aqui. Hoje estou refazendo todos eles e os atuais eu tenho uma preocupação maior antes de  deixá-los içar voo.

Faço essa introdução para o leitor  poder entender  a resenha do livro  “CONTOS DO MEU JEITO”, do Poeta Hailton Mangabeira. O livro foi lançado dia 12 de setembro pela Z-Editora.  O poeta tem 46 anos, é natural de Macaíba-RN. Seu nome civil é Hailton Alves Ferreira, mas adotou o artístico Hailton Mangabeira, em homenagem  ao distrito rural em que nasceu.

Nosso poeta é graduado em Pedagogia, Geografia, Especialista e Mestre em Educação. Atua como professor da rede  pública. É membro da Academia Macaibense de Letras – AML.  O poeta já assinou  138 folhetos de cordéis. Começou a escrever neste gênero em 2001 e seu primeiro folheto foi “ Macaíba – manancial de nobreza”. Já publicou dois livros,  além deste que estou resenhando e dedica-se também ao teatro, cinema e música. Portanto, Hailton Mangabeira é muito mais do que poeta,  é uma riqueza cultural.

Debrucei-me no livro acima e fiquei lendo desde o dia 29 de outubro até hoje, 10 de novembro. Foram 13 dias. Li  e reli. E depois  voltei a folheá-lo com o olhar do  leitor crítico.  E como é chato ser crítico. Primeiro porque nem todos valorizam a missão que ele presta à comunidade literária, segundo, se tudo ele disser corre o risco de não ser entendido e perder colegas e amigos. Mas, torço para que Hailton Mangabeira e outros mais que estou a ler e resenhar tenham a maturidade de que faço pelo Cordel.

O livro  tem um título que à priori pode causar certa estranheza ao leitor de cordel: “Contos do Meu Jeito”. Mas não há nada de errado aqui, afinal cada texto  é na verdade um conto, narrado  não em prosa, mas em poema. Hailton Mangabeira  participa com 12 poemas e os outros 2 são participações de dois convidados: Juliano José Alcântara de Oliveira e Sebastião Palhares de Freitas.

No tocante ao tema das histórias cordelizadas, o livro apresenta uma beleza de criação. Destaco aqui “O Livro Amarelo”; “O caderno mais bonito”; “Carta para Lindóia”. Quando o poeta opta em escrever um texto de gracejo, também  tece a trama do cordel com elementos e cenas  que atingem o objetivo: “Ojuara, o homem que levou chifre do Lobisomem” e “O homem que matou a geladeira” são dois cordéis que atestam o que afirmo.

“Contos do Meu Jeito” é um livro que não ofende, ao contrário faz bem ao leitor que não possui um olhar tão profundo. Até aqui é a parte boa do livro.  Quero, entretanto,  chamar a atenção do poeta para a experiência que relato nos três primeiros parágrafos desta resenha. Nota-se tangivelmente que houve uma pressa em ter o livro pronto, e o autor que  montou o conjunto de textos com poemas já publicados anteriormente, não teve a preocupação de revê-los.

A consequência é que temos uma série de erros, tais quais:  décimas com estruturas diferentes na sequência dos versos;  rimas repetidas numa mesma estrofe, rimas perdidas, muitos versos desmetrificados, erros de revisão.  Tudo coisas que poderiam não estar presentes no livro e que  agora, indelevelmente, mancham a beleza  de “Contos do Meu Jeito”.

Não vou mostrar aqui os erros que consegui encontrar. Até porque  isso não vem corroborar a ligação entre o leitor e o autor.  Mas fica a dica, para que nos próximos ele  espere um pouco mais e entregue seu material para ser  lido por alguém da sua confiança e que tenha competência no assunto.  Fora isso, penso que foi proposital o título do livro,  ele contou suas narrativas poéticas do SEU JEITO e zé-fim-nim!



Mané Beradeiro

10 de novembro de 2019

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

40 ANOS DAQUELE FESTIVAL


O MAIS NOVO CORDEL DE MANÉ BERADEIRO JÁ CHEGOU NA ESCOLA ANTONIO BASÍLIO



A Cordelteca Mané Beradeiro, que está instalada dentro da Biblioteca Drika Duarte, na Escola Municipal Antonio Basílio, em Parnamirim;RN, foi a primeira a receber exemplares do cordel " A Infância de Jesus", da autoria de Mané Beradeiro. Ontem, a Professora Socorro Castro, Mediadora de Leitura, enviou esta foto onde as crianças estão conhecendo o texto.

ESCOLA CARLOS ALBERTO RECEBE HOJE O PROJETO DA SPVA: POETAS NA ESCOLA

Esta semana o escritor Francisco Martins está participando do projeto da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins - SPVA: Poetas na Escola. Ontem, o evento foi na cidade de Brejinho/RN, na Escola Municipal Avelino Matias e hoje, quinta-feira, às 13 h,  o escritor estará na Escola Municipal Carlos Alberto, em Parnamirim/RN. Através deste projeto a comunidade escolar toma conhecimento sobre as obras dos escritores, além de conhecê-los pessoalmente. Na visita, a SPVA  promove um sarau e os alunos juntos com os professores selecionam um título dos autores para ser estudado em sala de aula.
Ontem, em Brejinho, Francisco Martins conseguiu registrar este momento em que uma senhora se deliciava com a leitura do cordel "A avó com a saia de merinó - a poética história de Dindinha", autoria de Mané Beradeiro ( heterônimo do escritor).

sábado, 2 de novembro de 2019

AO PÉ DO TÚMULO

Auta de Souza

Eis o descanso  eterno, o doce abrigo
Das almas tristes e despedaçadas.
Eis o repouso, enfim.. E o sono amigo
Já vem cerrar-me as pálpebras cançadas.

Amarguras da terra! eu me desligo
Para sempre de vós...Almas amadas
Que soluçais por mim, eu vos bendigo,
Ó almas de minhalma abençoadas.

Quando eu daqui me for, anjos da guarda,
Quando vier a morte que não tarda
Roubar-me a vida para nunca mais...

Em pranto escrevam sobre minha lousa:
"Longe da mágoa, enfim, no Céu repousa
Quem sofreu muito e quem amou demais"

MORRER


O homem morre a prestações. A velhinha que visitei hoje, de sessenta e oito anos, está há meses na cama, morrendo. Morreu-lhe a mocidade, morreu-lhe a vista, o ouvido agoniza, a memória e a inteligência morrem aos centímetros. A carcaça que sobrevive à linda criatura que ela foi, é ela? Não, apenas resíduos, resto que ainda não morreu. Falta-lhe morrer o coração. A morte arrecada as vidas a prestações...

Fonte:Lobato, Monteiro.  Mundo da Lua. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946, páginas 39 e 40.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - DONA SALETE



Dona Salete saiu bem cedo de casa, colocou dentro da sua bolsa o frasco com o material colhido para os exames de fezes e urina,  tendo o cuidado de embrulha-los  com muito cuidado. Antes precisou passar no caixa eletrônico, onde sacou seu salário e quando saiu percebeu que estava sendo seguida. Ficou nervosa, apressou os passos, e o sujeito continuava lhe seguindo. Ela  deu uma corridinha e ele também. A adrenalina começou a fazer o corpo de Dona Salete tremer. O medo estava grande. Ela sentia que ele queria o seu dinheiro.
Teve então a ideia de entrar na Igreja de Santo Antonio. Com certeza ele não teria a audácia de entrar ali e roubá-la. Entrou. Sentou-se e começou a rezar. Pedia para Santo Antonio a proteger daquele meliante. Mal terminou sua oração, ela percebeu que ele estava  ajoelhado por trás dela e falava bem  pertinho dela:
-Eu vi quando a senhora tirou o dinheiro do caixa. Não quero lhe fazer mal nenhum. Ponha a mão na bolsa e me dê o pacote que a senhora enrolou.
Dona Salete sempre enrolava o seu salário. Foi chorando que ela obedeceu. O ladrão saiu em disparada. Ela também.
Quando chegou em casa,  aflita, a filha lhe deu água e pediu para ela contar tudo bem direitinho. Terminada a narração a filha pergunta:
-Mãe, mas a senhora foi pelo menos deixar o material dos exames?
-Que nada minha filha, está  tudo aí.
-Vou jogar fora então. 
E quando a filha vai até a bolsa, eis que o dinheiro estava todinho lá. O ladrão correu levando apenas fezes e urina.

Mané Beradeiro
31 outubro 2019

Obs: Este causo aconteceu de verdade. A pessoa que me contou pediu para mudar apenas os nomes.

JOANA-DE-BARRO

Eu
Joana-de-barro
Ajudo
A construir
Taperas de sonhos
Em árvores
Imaginárias.

Gizelda Braz

Livro: Riscos de Lápis, Editora Clima, 1988, p. 85

HELIO ALEXANDRE - UM POETA JOVEM COM QUALIDADE



Hélio Alexandre Silveira e Souza, filho da nação seridoense, nasceu em Caicó/RN, no dia 4 de junho de 1980. É neto de Elias de Zé do Padre, filho primogênito de Hélio Pedro Souza e Almira Francisca Silveira e Souza. Graduado em Direito  e Enfermagem e Obstetrícia, ambas pela UFRN. É ilustrador, conhece bem o valor de uma imagem e sabe que ela vale por mil palavras. Já realizou trabalho para livros de Junior Dalberto, Julian Cola, José de Castro, Marcos Medeiros, Antonio Francisco, Gisele Borba, etc. Atualmente trabalha como advogado.
Na escrita, Hélio Alexandre participou de coletâneas. Ganhou prêmios literários com os cordéis: “A Odisseia Nordestina na terra dos Bandeirantes” (Prêmio CTN) ,   “O Milagre da Energia sobre as terras potiguares” ( 1º lugar – COSERN – 2013) e “O brando sopro da vida nas armadilhas mundanas” (2º lugar – COSERN – 2014). O poeta Hélio Alexandre prova que filho de peixe é também peixe. É autor também dos poemas em cordel “O Político honesto vai ao Congresso das Lendas”, “Jacobino Pirilampo e o jegue conversador”;  “PM Joel – O Renascer da esperança”; “O Sopro de Outubro Rosa nas cores da Primavera”; “O Passeio da Esperança no Céu de Novembro Azul” ( estes dois últimos escritos em co-autoria com o seu pai  Hélio Pedro).
Participa do Clube de Trovadores do Seridó e é imortal na Academia de Trovas do Estado do Rio Grande do Norte.
Hélio Alexandre, candidato único à cadeira 11 da ANLiC, tem grandes chances de ser eleito. Méritos não lhe faltam.