sábado, 2 de novembro de 2019

AO PÉ DO TÚMULO

Auta de Souza

Eis o descanso  eterno, o doce abrigo
Das almas tristes e despedaçadas.
Eis o repouso, enfim.. E o sono amigo
Já vem cerrar-me as pálpebras cançadas.

Amarguras da terra! eu me desligo
Para sempre de vós...Almas amadas
Que soluçais por mim, eu vos bendigo,
Ó almas de minhalma abençoadas.

Quando eu daqui me for, anjos da guarda,
Quando vier a morte que não tarda
Roubar-me a vida para nunca mais...

Em pranto escrevam sobre minha lousa:
"Longe da mágoa, enfim, no Céu repousa
Quem sofreu muito e quem amou demais"

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