Pedro Vicente Costa Sobrinho, Jurandyr Navarro e Francisco Martins |
terça-feira, 15 de maio de 2012
AMIGOS QUE ME ENGRANDECEM
Texto em deferência a Aracy Gomes, Glória de Oliveira, Geraldo Tavares, Francisco Martins (E a tantos outros que labutam nesta nobre causa)
Escrito por Angélica Fernandes de Oliveira Vitalino
Mas que tanto esforço é esse para
garantir que esse tal objeto chegue às mãos de uma criança? Por que tanta insistência nisso? São
formações, visitas aos espaços de
leitura, escrita de textos, incontáveis ligações telefônicas, múltiplas
ações nas instituições escolares (tendas literárias, saraus, bate papos
com escritores, etc e etc), “aconselhamentos”,
presença em eventos, e leitura, muita leitura!
Haja garra intelectual e força física para um investimento de tal porte!
Apenas para garantir que tais
crianças aumentem seu repertório e, assim, tenham acesso às informações
ampliadas mundiais? Para que mudem o
olhar e pensem, severamente, no
outro? Para, tão somente, estreitar
vínculos com o outro mediador, com o autor e também interaja com a arte? Para diversão gratuita, transportando-se para
outros mundos e realidades? Para
desenvolver o princípio da democracia? Para
estimular alguns a arriscar-se a mudar seu país? Para ser brindado com benefícios de
crescimento profissional? Para refletir
sobre sua própria história e, então, exercer influência consciente e positiva
sobre ela? Para se transformar em um
imortal? Para diminuir a pobreza, a
exclusão, a injustiça, a marginalização?
Só para garantir que os meninos e meninas desta geração mudem o seu mundo e o
porvir? Devaneios e loucuras,
que insistência com essa dinamite!
Fonte: http://www.escolasleitoras.org.br/novo/blog.php
MARGARIDA BOTELHO EM PARNAMIRIM
Entendendo
“Comportamentos Leitores” – também – como interações com outros autores e/ou
escritores acerca dos textos literários, a Rede Potiguar de Escolas Leitoras em
Parnamirim, em parceria com a Editora Paulinas, traz a escritora portuguesa
Margarida Botelho, com a palestra “Conte me sua história… O livro ilustrado
como ferramenta artística de intervenção social” no dia 17 de maio, às 9h.
O
objetivo de transformar nossa cidade em um lugar de leitores tem sido traduzido
nas várias ações que, implementadas paulatinamente através de constantes
esforços relacionados com a causa, tem surtido efeitos comprovados.
Considerando
que o gosto pela leitura se constrói em um longo processo e através de
intervenções planejadas - como assinalam muitos especialistas - a palestra é
destinada a professores mediadores de leitura e demais interessados no tema.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
O LOBO E O CORDEIRO
Considerado subversivo pelos vitoriosos do movimento armado de março de 1964, a aplicação do Método Paulo Freire de combate ao analfabetismo levou alguns professores à prisão, incluindo o seu autor.
Achando que, como mãe, teria melhores condições de evitar que Marcos Guerra, um desses professores, fosse transferido do 16º RI, em Natal, para um dos presídios do Recife, onde já estivera, D. Selda não hesita, e vai à procura do Major Darcy Villoco, na capital pernambucana. Depois de muito indagar, descobre a residência do oficial. Através das grades de ferro do portão avista o militar que, naquele instante, assomava à varanda. Sem responder ao bom-dia, indaga aborrecido:
-O que é que a senhora quer?
-Falar sobre meu filho.
-A senhora sabe com quem está falando?
-Sei.
-Conhece a minha fama?
-Conheço.
-Sabe que dizem por aí que eu faço parte do esquadrão da morte?
-Não senhor, não sabia.
-Pois é...é isso o que dizem. Sabem o que dizem o que eu fiz com o Sargento Gregório Bezerra? (Depois de barbaramente espancado, o Sargento foi arrastado pela Praça de Casa-Forte).
(Extraído do livro HIstórias que não estão na História, de José de Anchieta Ferreira, 2ª Edição, RN Gráfica Editora, 1989, páginas 137 e 138)
Achando que, como mãe, teria melhores condições de evitar que Marcos Guerra, um desses professores, fosse transferido do 16º RI, em Natal, para um dos presídios do Recife, onde já estivera, D. Selda não hesita, e vai à procura do Major Darcy Villoco, na capital pernambucana. Depois de muito indagar, descobre a residência do oficial. Através das grades de ferro do portão avista o militar que, naquele instante, assomava à varanda. Sem responder ao bom-dia, indaga aborrecido:
-O que é que a senhora quer?
-Falar sobre meu filho.
-A senhora sabe com quem está falando?
-Sei.
-Conhece a minha fama?
-Conheço.
-Sabe que dizem por aí que eu faço parte do esquadrão da morte?
-Não senhor, não sabia.
-Pois é...é isso o que dizem. Sabem o que dizem o que eu fiz com o Sargento Gregório Bezerra? (Depois de barbaramente espancado, o Sargento foi arrastado pela Praça de Casa-Forte).
Professor Marcos Guerra |
-Sei.
-E a senhora, sabendo de tudo isso, ainda tem a coragem de vir falar comigo?
-Pelos filhos, Major, uma mãe tem coragem para tudo. ( grifo meu)
Pensando que falava com uma advogada, pelo desembaraço e o revide imediato a qualquer indagação sua, o militar declara:
-É, mas eu tenho muita raiva de advogado.
-Mas eu não sou advogada. Sou apenas, há trinta anos, mulher de advogado.
E nesse tom, depois de um diálogo pouco amistoso, o Major Villoco, já menos intransigente, afinal lhe dá uma esperança:
-Bem , mas eu não posso fazer nada sem antes ouvir o Conselho de Justiça.
No dia seguinte, sob um forte temporal, D.Selda chega a um velho casarão na Avenida Conde da Boa Vista, onde estavam reunidos os juízes militares. Ainda na sala de espera, enquanto fechava a sobrinha e se livrava das galochas molhadas, é reconhecido pelo Major, que a viu de longe, e vem em sua direção trazendo a resposta ansiosamente aguardada:
-Falei com cada um dos cinco juízes e todos concordaram com a permanência do seu filho em Natal.
E, assim, Marcos ficou no 16º RI até lhe ser concedido um habeas´corpus, por unanimidade, pelo Superior Tribunal Militar que trancou o processo, não o julgando subversivo. No entanto, antes da concessão, o Conselho Militar, com sede em Recife, transformou em domiciliar a prisão de vários indiciados.
De posse, então, de telegrama recebido, o Dr. Otto Guerra procura o Coronel Ednardo D'Ávila.... foi possível a Marcos, ainda na tarde desse mesmo dia, retornar à residência de seus pais.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
DÊ MAIS SAÚDE AOS SEUS RINS
LIMPE SEUS RINS de um modo simples e barato: Pegue um maço de salsa e lave bem. Corte bem picadinho e ponha em uma vasilha com água limpa. Ferva por 10 minutos e deixe esfriar. Coe, ponha em uma jarra com tampa e guarde na geladeira. Beba um copo todos os dias, e você vai perceber que o sal e outros venenos acumulados nos rins saem na urina. Você vai notar a diferença! Há muitos anos a salsa é reconhecida como o melhor tratamento de limpeza dos rins. E é um remédio natural! A salsa é uma das ervas com propriedades terapêuticas menos reconhecidas. Ela contém mais vitamina C do que qualquer outro vegetal da nossa culinária (166mg por 100g). A salsa contém também ferro (5.5mg /100g), manganésio (2.7mg / 100g), cálcio (245mg / 100g) e potássio (1mg / 100g). Sendo recomendada para pedra nos rins, reumatismo e cólica menstrual.
Fonte: Coluna Democratizando a Comunicação - Ano III - Edição 439
www.democratizandoacomunicacao.blogspot.com
quarta-feira, 9 de maio de 2012
CRENDICE POPULAR SOBRE A MATERNIDADE
Mané Beradeiro lembrando algumas crendices populares sobre a maternidade:
Sonhar com cobra, quer dizer gravidez.
Se mulher pejada ( grávida) comer banana ou outra fruta inconha (geminada), terá filhos gêmeos.
Para saber se a mulher esta pejada, o pescoço engrossa e a medida dele passa pela cabeça.
Se a mulher pejada trouxer no seio uma chave, terá o beiço da criança rachado. Se for medalha ou grão, a criança terá um sinal.
Mulher que tem a boca grande, pare depressa.
Na hora do parto é bom para a mulher chá de barba lavada, vestir a camisola do marido e soprar em garrafa dizendo: "não estou prenhe nem parida, minha Santa Margarida".
(Fonte: Miçangas, de Afrânio Peixoto, Editora Cátedra-MEC, edição 1977, páginas 25 e 26)
CANTOFA E JANDI
Cantofa, livre filha dos sertões,
amava a sua taba e a sua gente.
nascida ao sol daquelas regiões,
tinha a cor bronzeada e o gênio ardente.
Era feliz tranquila,
na doce paz das selvas,
sorvendo o mel que o colmeal destila
e a ter por leito a maciez das relvas.
Aprendera de um índio convertido,
catequizado por um franciscano,
a recitar, com os filhos e o marido,
as orações do Ofício Mariano.
"Deus vos salve, Relógio "... repetia,
com doçura e firmeza,
E olhava o céu, que se abria
cheio de infinda beleza,
Fonte de eterna alegria,
arca de eterna riqueza.
Filha de Deus, sentia-se mais forte,
pela fé, convencida
de que esvai-se o crepúsculo da morte
na aurora de outra vida.
A viuvez, mas tarde, lhe chegara,
suavizada pelo amor dos netos;
e Jandi, a mais nova, conquistara
o primeiro lugar nos seus afetos.
Muitas luas passarama-se. A velhice,
que entre os selvagens vale como espelho,
fez de Cantofa oráculo da crendice,
e toda a tribo ouvia-lhe o conselho.
Quando, um dia, inimigos poderosos,
mais desumanos que civilizados,
invadiram os sertões e, belicosos,
destruiram cabanas e cercados,
Cantofa ergueu a voz: "Filhos queridos,
descendentes dos bravos potiguares,
voz de guerra chegou-nos aos ouvidos,
defendamos, com brio, os nossos lares!
Aqui é a nossa Pátria, aqui repousam
as relíquias dos nossos ancestrais;
repilamos os bárbaros que ousam
profanar deste solo a santa paz;
não temamos a guerra mais renhida...
A liberdade vale mais que a vida!"
E, só porque Cantofa erguera a voz
contra a horda invasora,
esta votou-lhe um ódio mais feroz,
e chamou-lhe de "bruxa" e de "traidora"!
Na luta desigual de muitos dias,
Venceu dos invasores a coorte
as cabanas quedavam-se vazias,
por toda a taba era a ruina e a morte!
Velhos índios, escapos dessa guerra,
Foram pedir abrigo ao Cariri,
Deixando ocultas, num desvão da serra,
Cantofa e a neta, a cândida Jandi.
A tapuia, alquebrada pelos anos,
aguardava entre as feras e as serpentes,
que serenasse a ira dos tiranos,
para seguir em busca dos parentes.
Com fome e sede, as duas abrigadas
sob a fronde de um velho cajueiro,
Jandi colhia, longe das estradas,
frutas na mata e água no ribeiro.
E, apesar da cautela
com que Jandi pisava o solo rijo,
alguém viu a donzela
e seguiu-a, de manso, ao esconderijo.
Pouco depois, por todo o acampamento
Espalhava-se a nova alvissareira
de que fora, de acaso num momento,
descoberto o "covil da feiticeira".
E todos, como em face de um perigo,
penetraram, medrosos, na floresta....
Além, à sombra de copado abrigo,
Viram Cantofa, que dormia à sesta.
Ao ruído de olhas machucadas,
Cantofa despertou. Velha, indefesa,
Disse adeus às delícias já gozadas
na quietude feliz da natureza...
Abriu o seu pequeno santuário
e, de joelhos, contrita, olhando o espaço,
pediu à Santa Virgem do Rosário
refúgio mais feliz no seu regaço.
Jandi, banhada em lágrimas, rogava
aos da turba cruel, enfurecida,
perdão para avelhinha, que se achava
a poucos passos do final da vida.
Ninguém ouvia as vozes suplicantes,
os rogos de Jandi, aflita e rouca!
do meio dos iníquos assaltantes
um bandido avançou, com fúria louca,
e, quando a velha índia recitava
"O Deus vos salve" do piedoso Ofício,
o bandido cruel a apunhalava,
sem mostrar de piedade um só resquicio!
E Cantofa estendeu-se sobre o solo,
numa onde de sangue mergulhada,
caindo-lhe de bruços sobre o colo
o corpo da netinha desmaiada!
satisfeitas, assim, iras ferrenhas,
os ímpios, sem remorsos, nem pavor,
regressaram, deixando lá nas brenhas
Jandi, entregue à sua própria dor.
No outro dia, tornaram, com cuidado,
aos sinistro local da mata escura;
o cadáver jazia abandonado....
Cavaram-lhe, ali mesmo, a sepultura.
Depois, muitas batidas foram dadas
de Portalegre às várzeas do Apodi.
Batidas infrutíferas, baldadas.
Ninguém soube notícia de Jandi.
Até bem pouco, a lenda nos atesta,
rezas do ofício por ali se ouviam:
"Deus vos salve!" era o eco da floresta,
"Deus vos salve!" as montanhas repetiam...
(fonte: Antonio Soares, Lira de Poti, Imprensa Universitária, Natal, 1971, páginas 113 a 118)
segunda-feira, 7 de maio de 2012
MÃE
Mãe, palavra doce.
Ela começa com M para lembrar que traz MARTÍRIO, pois toda mãe verdadeira se dedica aos filhos de tal forma que por eles se deixa martirizar.
Mãe, palavra pequena.
Ela começa com M para lembrar que traz MISERICÓRDIA, pois na prática desta virtude elas ficam apenas aquém de Deus.
Mãe, palavra forte.
Ela começa com M para lembrar que dominam o MUNDO, pois alguém já falou: "A mão que embala o berço é a mesma que governa o mundo". Pena que muitas mães perderam esta consciência.
Mãe, palavra sacra.
Ela começa com M para lembrar que somente a MULHER pode ser mãe. Que não adiante tentar mesclar o projeto de Deus invertendo os papéis.
Mãe, palavra que não se define.
Ela começa com M para que os filhos jamais deixem de se MARAVILHAR e todos os dias tenham o desejor de falar MUITAS vezes: Mamãe eu te amo.
Mãe, palava rápida.
Ela começa com M para lembrar que a MORTE jamais irá apagar nos seus filhos a sua imagem, seus ensinamentos, suas lembranças. Anos e anos hão de passar, mas a mãe lá sempre estará.
Francisco Martins Alves Neto
Parnamirim -RN, sábado, véspera do Dia das Mães de 2008.
Ela começa com M para lembrar que traz MARTÍRIO, pois toda mãe verdadeira se dedica aos filhos de tal forma que por eles se deixa martirizar.
Mãe, palavra pequena.
Ela começa com M para lembrar que traz MISERICÓRDIA, pois na prática desta virtude elas ficam apenas aquém de Deus.
Mãe, palavra forte.
Ela começa com M para lembrar que dominam o MUNDO, pois alguém já falou: "A mão que embala o berço é a mesma que governa o mundo". Pena que muitas mães perderam esta consciência.
Mãe, palavra sacra.
Ela começa com M para lembrar que somente a MULHER pode ser mãe. Que não adiante tentar mesclar o projeto de Deus invertendo os papéis.
Mãe, palavra que não se define.
Ela começa com M para que os filhos jamais deixem de se MARAVILHAR e todos os dias tenham o desejor de falar MUITAS vezes: Mamãe eu te amo.
Mãe, palava rápida.
Ela começa com M para lembrar que a MORTE jamais irá apagar nos seus filhos a sua imagem, seus ensinamentos, suas lembranças. Anos e anos hão de passar, mas a mãe lá sempre estará.
Francisco Martins Alves Neto
Parnamirim -RN, sábado, véspera do Dia das Mães de 2008.
MANÉ CONTINUA A PRODUZIR CORDÉIS BÍBLICOS
01) Cordel da Salvação
02) Assim Veio o Homem
03) O Engenheiro Noé
04) O Pai da Fé
05) O Administrador José
06) O Salvo das Águas
07) As Desculpas de Moisés
08) As Pelejas de Moisés
sábado, 5 de maio de 2012
O EMBAIXADOR DAS ESTRELAS
Pelas ruas de Natal
e também Parnamirim
caminha um homem
carregando um sacolim
nele há de tudo que se quer
seja bom, seja ruim.
Diz ter vindo do além
de um planeta Betaflex
e que nós pobres mortais
não alcançamos o bastante
do pensar e do agir
neste globo impestante.
Nos oráculos que profere
Se diz ser ele profeta
que tem missão mundial
e para isto atesta
com grande convicção
A Bíblia ler e interpreta.
Este homem é diferente
ou melhor é anormal
no vestir não há pujança
no falar é maioral
domina três idiomas
é sábio sem ter igual.
Mas como tudo tem falha
e só Deus é perfeição
esta nobre criatura
também sofre rejeição
sabe o pai do céu
o que tem no sacolão.
Ceta vez ele mostrou
o que tinha lá no saco
creia meu bom leitor
havia oito macacos,
três jibóias, um tatu,
um poltílico veiaco.
Nas mãos de cada símio
tinha chaves de montão
nas bocas das jibóias
um facho de ilusão
e no político veiaco
não havia coração.
Mas não foi somente isto
que a sacola revelou
quanto mais mexeu Luiz
o tatu escavacou
e dentro daqquele saco
um vulcão acordou.
O lugar em que estava
sofreu grande tremor
de cima a abaixo trincou
Luiz Rebouças gritou:
"-Isto é coisa do demônio
que Obama confirmou".
E daquela erupção
o anticristo surgiu
vindo junto com a morte
coisa que nunca se viu
só no saco de Rebouças
a verdade explodiu.
Agora você conhece
esta figurar sem par
mas tem outras coisas
que são preciso contar
sobre o sábio general
que não sabe se controlar.
Não come carne e ovo,
nem tão pouco peixe algum
mas é doido por mulher
nisto não faz nenhum jejum
gasta tudo quanto tem
de forma incomum.
Permita-me meu bom Luiz
um conselho eu lhe dá
saia desta jangada
antes dela afundar
mude as senhas bancárias
e viva sem se embaraçar.
Seu soldo de professor
é suado e sofredor
não deixe que as quengas
lhe tratem com desamor
não atenta o celular
quando o número for agressor.
Agindo desta maneira
você permite pensar
que do planeta que veio
não tinha o que amar
por isso se abestalhou
com nossa Eva sem par.
Ponha as barbas de molho
tome tento de profeta
haja fundo sem temor
estipule uma meta
creia em Nosso Senhor
vá ser pai de três bonecas.
É dificil, pode crer!
mas quem tanto almeja ser
com certeza saberá
o problema vencer
Luiz Rebouças não se iluda
prá depois se arrepender.
Embaixador das Estrelas
de brilho feonomenal
telepata sem igual
homem racional
espalhe esta poesia
onde houver um sarau.
Mané Beradeiro
03 de maio de 2012
e também Parnamirim
caminha um homem
carregando um sacolim
nele há de tudo que se quer
seja bom, seja ruim.
Diz ter vindo do além
de um planeta Betaflex
e que nós pobres mortais
não alcançamos o bastante
do pensar e do agir
neste globo impestante.
Nos oráculos que profere
Se diz ser ele profeta
que tem missão mundial
e para isto atesta
com grande convicção
A Bíblia ler e interpreta.
Este homem é diferente
ou melhor é anormal
no vestir não há pujança
no falar é maioral
domina três idiomas
é sábio sem ter igual.
Mas como tudo tem falha
e só Deus é perfeição
esta nobre criatura
também sofre rejeição
sabe o pai do céu
o que tem no sacolão.
Ceta vez ele mostrou
o que tinha lá no saco
creia meu bom leitor
havia oito macacos,
três jibóias, um tatu,
um poltílico veiaco.
Nas mãos de cada símio
tinha chaves de montão
nas bocas das jibóias
um facho de ilusão
e no político veiaco
não havia coração.
Mas não foi somente isto
que a sacola revelou
quanto mais mexeu Luiz
o tatu escavacou
e dentro daqquele saco
um vulcão acordou.
O lugar em que estava
sofreu grande tremor
de cima a abaixo trincou
Luiz Rebouças gritou:
"-Isto é coisa do demônio
que Obama confirmou".
E daquela erupção
o anticristo surgiu
vindo junto com a morte
coisa que nunca se viu
só no saco de Rebouças
a verdade explodiu.
Agora você conhece
esta figurar sem par
mas tem outras coisas
que são preciso contar
sobre o sábio general
que não sabe se controlar.
Não come carne e ovo,
nem tão pouco peixe algum
mas é doido por mulher
nisto não faz nenhum jejum
gasta tudo quanto tem
de forma incomum.
Permita-me meu bom Luiz
um conselho eu lhe dá
saia desta jangada
antes dela afundar
mude as senhas bancárias
e viva sem se embaraçar.
Seu soldo de professor
é suado e sofredor
não deixe que as quengas
lhe tratem com desamor
não atenta o celular
quando o número for agressor.
Agindo desta maneira
você permite pensar
que do planeta que veio
não tinha o que amar
por isso se abestalhou
com nossa Eva sem par.
Ponha as barbas de molho
tome tento de profeta
haja fundo sem temor
estipule uma meta
creia em Nosso Senhor
vá ser pai de três bonecas.
É dificil, pode crer!
mas quem tanto almeja ser
com certeza saberá
o problema vencer
Luiz Rebouças não se iluda
prá depois se arrepender.
Embaixador das Estrelas
de brilho feonomenal
telepata sem igual
homem racional
espalhe esta poesia
onde houver um sarau.
Mané Beradeiro
03 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
ALFABETINO - O CLOWN DA LEITURA
Compartilho com vocês leitores, a minha mais recente criação. O Clown Alfabetino, que faz pequenas apresentações enfocando a importância da leitura. Vejam os detalhes da camisa cheia de recortes de jornais, os tenis , idem, a calça com biscut em forma de livros. Nesta apresentação de estréia, na Escola Municipal Manoel Machado, as crianças tiveram um encontro com a família dos livros, e passaram a saber o que é um livro infantil juvenil, biografia, romance, crônica, história, conto, etc.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
OSMAR CASAGRANDE CONHECEU NATAL
Hoje, à tarde, tive a alegria de sair pelas ruas de Natal acompanhado do escritor e poeta Osmar Casagrande, imortal da Academia Palmense de Letras, em Tocantins. Embora seja natural de Presidente Epitácio-SP, vive atualmente em Palmas-TO, onde trabalha e produz cultura de forma incessante.. Graduado em Publicidade e Propaganda, faz outras coisas como ele mesmo gostar de dizer, além de ser contista, poeta, ator, dramaturgo, documentarista e apresentador de televisão. Tem dois livros publicados: Retalhos (2002) e (In)Cômodos (2011), respectivamente de contos e poesias. Osmar Casagrande estava acompanhado de sua esposa. Encantou-se com a beleza de Natal, conheceu a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, manteve contato com o poeta Diógenes da Cunha Lima, doou livros para a Biblioteca Pública Câmara Cascudo, e registrou imagens da Ribeira, do Centro de Turismo, do Baobá e outras belezas da Cidade Natal. Amanhã, logo nas primeiras horas, segue para Brasília e depois retorna a Palmas.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
NO MUNDO VIRTUAL
Melissa
Malissa
Menina
Mulher
Que vê o que gosta
E não sabe o que quer
Que tecla e sorrir
e no virtual não quer o real
Malissa
Menina
Mulher
Que vê o que gosta
E não sabe o que quer
Que tecla e sorrir
e no virtual não quer o real
sexta-feira, 20 de abril de 2012
THEO MACEDO - O SANGUE NÃO NEGA
Este é Theo Macedo, meu filho, artista circense. Tenho um orgulho enorme do seu sucesso e crescimento profissional, torço por ele, acompanho seu trabalho e sei que ele trilha um caminho onde é preciso constância e disciplina para obter êxito. Competência não lhe falta. Parabéns Theo Macedo. Ele faz parte do Circo Grock, que em Natal é instalado no Cidade Satélite.
Dia Internacional do Monumentos e Sítios - "Do Património Mundial ao Património Local" em Vila do Bispo - Portugal
No âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, este ano subordinado à temática “Do Património Mundial ao Património Local – proteger e gerir a mudança”, a Câmara Municipal preparou um programa específico, celebrando a efeméride no próximo dia 21 de Abril, pelas 15h00, no Auditório do Centro Cultural de Vila do Bispo.
Assim “Vila do Bispo, o “Cabo do Mundo”, um lugar de encontros”, é a iniciativa agendada para comemorar aquela data que se celebra a 18 de abril. Esta iniciativa, aberta à população em geral, consta de uma palestra/tertúlia que tem como objetivo refletir sobre a temática do “Património Cultural Português no Mundo”, onde será abordado o facto histórico da partida de uma caravela, em 1455, do mítico Cabo de São Vicente com destino à costa ocidental africana, passando pela construção de toda uma área de influência no Mundo e terminando, novamente, no território local, onde atualmente vivem pessoas oriundas do Brasil e de África, por exemplo.
Na palestra/tertúlia estarão presentes os oradores Adelino Soares (Presidente da Câmara Municipal), Artur de Jesus (Licenciado em História da Câmara Municipal), Maria da Conceição Câmara - Ceicinha Câmara (ligada à Cultura Luso-Brasileira), a Dra. Dália Paulo (Diretora Regional de Cultura do Algarve), e um representante da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esta ação será enriquecida com a participação da comunidade escolar de Vila do Bispo, alunos da Escola do Ensino Básico do 1.º Ciclo n.º 1, de Vila do Bispo, que farão uma abordagem colorida desta temática, ligando Vila do Bispo e o Mundo.
Na palestra/tertúlia estarão presentes os oradores Adelino Soares (Presidente da Câmara Municipal), Artur de Jesus (Licenciado em História da Câmara Municipal), Maria da Conceição Câmara - Ceicinha Câmara (ligada à Cultura Luso-Brasileira), a Dra. Dália Paulo (Diretora Regional de Cultura do Algarve), e um representante da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esta ação será enriquecida com a participação da comunidade escolar de Vila do Bispo, alunos da Escola do Ensino Básico do 1.º Ciclo n.º 1, de Vila do Bispo, que farão uma abordagem colorida desta temática, ligando Vila do Bispo e o Mundo.
FONTE: Portal Autárquico
MANÉ NO Iº FESTLIVROS EM PARNAMIRIM
Por ocasião do Iº Festlivros, realizado na Escola Municipal Ivanira Paizinho, em Parnamirim-RN, Mané Beradeiro e o Jumento Ananias levram poesia e alegria àquela platéia, no dia 19 de abril. O evento teve a participação de toda a comunidade escolar, contando com a presença de professores, pais e alunos. É fruto do belíssimo trabalho que a Secretaria Municipal de Educação vem cultivando nas escolas, com o projeto de incentivo à leitura, tão bem coordenado por Angélica Vitalino e sua equipe.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
EDITAIS DA ACADEMIA DE LETRAS DO RN
Continuam abertas as inscrições para as vagas das Cadeiras 4r, 32 e 38 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que eram respectivamente ocupadas por Enélio Petrovich, João Batista Cascudo Rodrigues e América Rosado. Quem desejar se candida a estas vagas deve procurar a secretaria da ANRL que fica na Rua Mipibu, 443, Petrópolis, na Capital, levando um requerimento, pelos menos duas obras publicadas e curriculum vitae. Os editais foram publicados no Diário Oficial do Estado nos dias 21 e 28 de março e em 13 de abril. Cada edital tem prazo de trinta dias. O primeiro a vencer é o da Cadeira 4, dia 22 de março, seguido da Cadeira 38, dia 29 de março depois o da Cadeira 32, em 14 de maio. Em Busca da Luz! Ad Lucem Versus.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Livro de Deífilo Gurgel, Romanceiro Potiguar, será lançado dia 18 de abril
Uma boa notícia para quem aprecia a obra de Deífilo Gurgel, escritor, poeta, folclorista, falecido no dia 6 de fevereiro deste ano. Leia a matéria completa no endereço abaixo: secretariadeculturarn.blogspot.com.br
AGENDA DE APRESENTAÇÕES DE MANÉ BERADEIRO
Agenda de Mané Beradeiro para os próximos dias de abril:
Dia 13 - 15 hs - Escola Municipal Manoel Machado, em Parnamirim -RN
Dia 23 - 14 hs - Escola Estadual Dom Nivaldo Monte - Parnamirim - RN
Dia 23 - 20 hs - Capela de São José Operário - Cidade Praia - Natal - RN
Dia 24 - 9 hs - Escola Estadual Dom Nivaldo Monte - Parnamirim - RN
Dia 25 - 19: 30 hs - Escola Estadual Dom Nivaldo Monte - Parnamirim - RN
Se você desejar contratar Mané Beradeiro para um show em sua escola, igreja ou outro evento, entre em contato pelos telefones 9158 3151 e 8719 4534.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
UM NOVO LIVRO DE NELSON PATRIOTA
O escritor Pedro Vicente Costa Sobrinho classifica Nelson Patriota como um prosador dos melhores mestras da literatura potiguar. E o escritor Manoel Onofre Jr assim escreve sobre Nelson: "Considero-o, dentre os homens de letras natalenses, a mais perfeita encarnação do intelectual, do scholar". Pois bem, é este escritor, Nelson Patriota, que no dia 20 de abril, às 18 hs, na Sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras estará lançando seu mais recente livro: "Uns Potiguares".
O livro foi editado pela Sarau das Letras, recebendo apoio cultural do Instituto José Maciel. São 270 páginas com textos que já foram compartilhados com os leitores no jornal "Tribuna do Norte" e também no site "Substantivo Plural". Como diz o próprio autor os textos "...são amiúde pequenos ensaios pontuais abordando reflexões de leituras ou lembranças de personagens que marcaram sua passagem pela nossa vida cultural".
O livro foi editado pela Sarau das Letras, recebendo apoio cultural do Instituto José Maciel. São 270 páginas com textos que já foram compartilhados com os leitores no jornal "Tribuna do Norte" e também no site "Substantivo Plural". Como diz o próprio autor os textos "...são amiúde pequenos ensaios pontuais abordando reflexões de leituras ou lembranças de personagens que marcaram sua passagem pela nossa vida cultural".
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA UBE/RN SERÁ AMANHÃ
A União Brasileira de Escritores- UBE/RN vai realizar amanhã, quinta-feira, às 16:30 horas, no salão nobre da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras uma Assembléia Geral Ordinária, tendo como pauta três assuntos principais: eleição de novos sócios, relatório das atividades 2011 e prestação de contas do exercício de 2011. Eduardo Gosson, Presidente da UBE convida os associados para este evento.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
ANTONIO FRANCISCO ABRIU PÁGINA NA INTERNET
O poeta e cordelista Antonio Francisco está agora com sua página na internet. Um espaço cheio de sua presença, biografia, obras, etc. Assim noticiou a coluna Democratizando a Comunicação, Edição 502, do jornalista Hermes Oliveira: " a cerca de dez dias, agora o poeta cordelista encontra-se, também, no mundo virtual no seguinte endereço: http://poetaantoniofrancisco.com.br. A página apresenta sua biografia, fotos, obras publicadas, espaço para contato e contrato com a produtora Adriana de Oliveira. É bom registrar que a página foi criada pelo chargista Tulio Ratto e está ilustrada por um carrossel de imagens em alto estilo. Parabéns poeta Antônio Francisco e sua inseparável bicicleta."
sábado, 31 de março de 2012
ASSIM DISSERAM ELES
"Fazer barulho pode, cultura, não"
Carlinhos Zens
Ontem à noite na "Cesta Cultural" realizada pela SPVA no IFRN.
Carlinhos Zens
Ontem à noite na "Cesta Cultural" realizada pela SPVA no IFRN.
sexta-feira, 30 de março de 2012
A PÁSCOA DE ANANIAS
Se depender do jumento Ananias, o coelho da Páscoa está com os dias contados. Leia o cordel e descubra o motivo.
A PÁSCOA DE ANANIAS
A PÁSCOA DE ANANIAS
Autor: Mané Beradeiro
Ananias, meu jumento,
meu bichim de estimação
não quis comer capim
e nem tocou na ração.
Perguntei o quê ele tinha
e me deu a explicação.
Mané eu estou triste
por falta de educação
o povo é enganado
e não busca solução
o comércio manipula
a festa da Ressurreição!
Eu, curioso, quis saber
Me diga de que se trata
pois entre eu e você
nada nos maltrata
e se puder ajudar
eu serei um diplomata.
Ananias foi falando
de tudo o que sabia
da maior festa da vida
que na história havia
coisa do povo de Deus
que Moisés registraria.
Ele falava da Páscoa
que todos conhecem
da ilusão comercial
que nada nos apetecem
com propaganda enganosa
que as almas adoecem.
Eu disse ao meu jumento
fingindo que não entendia:
-Me responda sem dar coice
se você souber Ananias
omotivo é o ovo
ou há outra idolatria?
Com aquele jeito meigo
de olhar angelical
Ananias deu dois pulos
e falou bem pontual:
-O negócio é bem pior
que o bicho folharal.
E com muita paciência
Superando Abraão e Jó
Ananias me contou
a razão daquele nó
que na sua garganta
não passava pão de ló.
-Vejam só o que fizeram
da Páscoa verdadeira
permutaram seus sinais,
símbolos de nação inteira
abandonando o Cordeiro
Isto é grande baboseira.
O coelho nada fez
O Cordeiro deu a vida!
O seu sangue foi sinal
de trato na saída
da terra do pecado
à glória prometida (Êxodo 12:13)
E ainda tem mais
que é uma perdição
O ovo de chocolate
que desvia o cristão
de pensar seriamente
na maior libertação.
Eu defendo uma luta
e ao povo adianto
venha unir-se nesta festa
debaixo de um só manto
prá resgatar na Pàscoa
O Cordeiro sacrossanto.
E se é pra ter bicho
que seja comercial
vamos tirar o coelho
e por o fenomenal
o jumento Ananias
pois outro não há igual.
O jumento é seu irmão
nunca força lhe negou
Tá na Bíblia que foi ele
que a lenha carregou
Para o Monte Moria
Onde a fé se provou (Gênesis 22:3-6)
Eu refresco sua mente
lembrando de Balaão
homem que viu na terra
o que não tem explicação
conversou com minha tia
arriada naquele chão (Números 22:28-30)
Se isto ainda é pouco
Deixe eu lembrar Sansão
que com uma queixda
derrotou foi um montão
diz o Livro que eram mil
e não discorde dele não.
Foi queixada sim senhor
de jumento, antecessor.
nada de pé de coelho.
Reconheça meu valor.
É por isto que afirmo:
Com Deus não há terror.
Dê razão à história
que Jesus, pixototinho,
nos braços de sua mãe
no Egito fez seu ninho
e naquela viagem
o jumento fez caminho.
Mas tarde João Batista
primo de Nosso Senhor
botou nele um apelido
que os judeus apavorô
Era Cordeiro de Deus ( João 1:29)
de sangue libertador.
E finalmente o Cristo
em seus dias finais
quis entrar na cidade
de plantas olivais
montando num jumento
como não se viu jamais (Lucas 19:30-35)
Por tudo isto eu luto
brigo, dou coice e mordo
e quero sua ajuda
neste grande transbordo
paa fazer do jumento
o melhor dos acordos.
Lei a Bíblia e verá
em cada livro um consolo
mas aposto que não tem
coelho, ovo e bolo
pois na Páscoa do Senhor
Não tem nem um dolo.
Eu prefiro vê o mundo
Com os olhos de um cristão
Nem que prá isto sofra muito
e tenha decepção
mas a Palavra de Deus
não causa alienação.
Meu bom Mané
que parece um querubim
eu peço o teu voto
e faça agindo assim
elegendo Ananias
o jumento de cetim.
29 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
MANÉ LANÇA 7º CORDEL BÍBLICO NO SÁBADO
Mané Beradeiro vai lançar seu 7º Cordel Bíblico, sábado próximo, dia 31, às 20 horas, na Igreja Batista Regular Emaús, em Parnamirim. O Cordel tem como título "As Desculpas de Moisés". O evento é aberto para o público em geral. Na oportunidade, antes do lançamento, Mané Beradeiro fará uma pequena apresentação com seu jumento Ananias (foto), falando sobre a Páscoa. Quem gosta vai. Os Cordéis e Poesias Cristãs de Mané Beradeiro são encontradas nas Livrarias Gilgal e no Mundo dos Evangélicos.
UM CASARÃO PARA UMA GRANDE MULHER
Foi ontem prestigiar a inauguração do Museu Nísia Floresta. A casa onde foi instalado o museu, que na verdade funcionará mais como Casa de Cultura, é um casarão antigo, pertencente ao patrimônio da Paróquia de Nossa Senhora do Ó, que durante 20 anos sediará o museu. Há várias salas temáticas, sobre Nísia Floresta, sua obra e as mulheres. Um passeio imperdível e ideal para aulas de campo.
sexta-feira, 23 de março de 2012
UMA HOMENAGEM A UMA GRANDE MULHER
Dia 28 de março, às 16 hs, será inaugurado o "Museu Nísia Floresta", na Praça Coronel José de Araújo, 135, na cidade homônima. O Museu tem como proposta ser um espaço vivo da memória e da identidade do povo daquela cidade, além de funcionar como espaço dinâmico de atividades culturais. O projeto se tornou real graças a aprovação no programa Mais Museus, do Ministério da Cultura. A entidade será administrada pelo Centro de Documentação e Comunicação Popular - CECOP.
quarta-feira, 21 de março de 2012
ANANIAS E O COELHO DA PÁSCOA
Ananias (foto), o jumento de Mané Beradeiro, tirou a manhã de hoje para refletir sobre a presença do coelho como animal que lembra a Páscoa, principal festa cristã. O Ananias firmou alguns argumentos e começará uma campanha contra o coelho. O texto será disponiblizado amanhã, aqui, no blog. Acompanhe e tome partido nesta luta.
A FALSA BARONESA
Este causo aconteceu de tanto Mané ouvir, uma senhora jurar e sacramentar que ele não gostava da sua pessoa. Nos últimos encontros que Mané tinha com ela, o assunto era sempre o mesmo. Parecia uma goteira pingando em dia de chuva. Aquilo foi enchendo, enchendo, até que num dia , ou melhor, 14 de março, Mané a saudou todo alegre, como é próprio dele. E foi recebido com a maior das friezas poláticas, daquelas que são capazes de congelar dinosauros, em plena era glacial. Aí Mané se embriquitou, para não briquitar. E quando a viu disse para ela a poesia abaixo:
A FALSA BARONESA
Já se vai muito tempo
Que passou a escravidão
Mas ainda tem gente
Que não notou isto não!
Vive esticando o pescoço
Como ganso que quer ser cisne.
Pisa no chão à força,
Orgulhosa e sem temor
Não sabe a entritescida
Que da terra nada levará
E sua carne tão “nobre”
Carniça se tornará.
Ainda tem a desculpa
De falar em alto som:
“eu vim de berço”
Como se isso valesse.
O maior do Universo
Quando quis vir ao mundo
Deitou-se em manjedoura,
E é Rei da Salvação.
Agora, em pleno 21,
Século da Liberdade,
Tu véns dizer a mim
“Sou Baronesa sim”
És, nada, e podes
Ser, pois o reino
Que almejas ter
Nem engenho que moer.
Vê se tira da cabeça
Ou dentro do coração
Esta raiz amarga
Que se chama ilusão.
Baronesa, sem proeza
Poeta, sem solidão.
Eu não sou burro de carga
E te dou o meu perdão.
Mané Beradeiro, 20 de março de 2012
Ps: Em tempo, este é um texto de ficção, qualquer semelhança com fatos ou pessoas terá sido coincidência.
Ps: Em tempo, este é um texto de ficção, qualquer semelhança com fatos ou pessoas terá sido coincidência.
terça-feira, 20 de março de 2012
A TRAIÇÃO DE DONANA
Donana, moradora do Engenho Diamante, casada com Chico Bento, homem de valor consideral, procurou o velho padre, para contar um problema, coisa que homem não entende e sacerdote poder saber.
Tudo foi dito e falado, depois dela ter se ajoelhado, e com o dedo polegar feito o "pelo sinal", sem soltar da mão esquerda, um rosário de contas azuis, trazido do Juazeiro, bento pelo Padre Cíço. Isso foi lá na Matriz, da Igreja Conceição.
Pois bem, meu camarada, preste bem atenção, ao fato que eu vou narrar.Não é lenda, nem estória, conversa de ouvir falar. É parte, sim, deste vale, onde os anjos passam as férias, os santos estagiam e vez ou outra vem um diabo manchar o verde canavial.
Como eu estava dizendo, Donana, lá no confessionário, tendo a cabeça coberta com manto preto, escutou o padre falar:
-- Conte seus pecados minha filha.
Aquelas palavras soaram como lâminas das foices cortando as varas da cana de açúcar. Sua alma se abriu e assim ela narrou:
--Sou filha de Coronel, da Guarda Nacional, tenho parentes importantes, irmãos que são doutores, outros advogados, gente de muitos recursos, que ajudou esta Igreja, Dando sinos, cruz inglesa, mesa de comunhão, altar-mor e sacrário, pia batismal, etc e coisa e tal.
O padre ouvindo aquilo, deu um urro sem igual, tão forte e animal, que Santa Maria Goretti, a menina virginal, pulou do seu altar e foi se esconder debaixo da saia de Santa Rita.
Donana entendeu o recado que o padre deu. Deixou seu arquivo financeiro e se pôs a relatar seu pecado por inteiro.
--Estava eu no meu banho, no rio de água azul, jogando água por sobre o corpo, que a terra há de comer...
Interrompeu o padre (falando bem baixinho)
--Se Chico Bento deixar algo para apodrecer
--Perdão, falou algo sacerdote?
--Não minha filha, continue, continue
--Então, como estava dizendo, no meu banho sossegada, jogando cuiasnd'águas na cabeça, quando de repente eu vejo à minha frente...
--O quê? Perguntou o padre com muita curiosidade.
--Eu vi uma barata. Mas logo a matei.
--Tá perdoada minha filha.
--Mas, padre, meu pecado é bem maior
--Então, diga, criatura. Deus tudo perdoa, e o sacerdote o que ouve silencia.
--Continuava eu no banho, quando ouço passos fortes. Meu corpo corpo estremece, minha alma se queima, e...
--E o quê filha! Pelas cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo conte logo este pecado!
--Tem certeza padre que serei perdoada?
--Tenho, cristã, conte de uma vez!
E Donana assim fez, narrou tim-tim por tim-tim o caso que aconteceu com ela e João da Traíra, no banho que sucedeu. Disse tudo, nada escondeu, da traição que meteu crifres em Chico Bento. Era o tempo da Quaresma, do ano do nunca-mais, do mês que se tem medo do bicho canavial, e tão logo quis o padre saber porque com João Traíra, ouviu a resposta mais tirana e paroquial:
-- E não estamos na Quaresma? Oxente! Traíra é peixe.
Tão logo soube o marido, vingou-se do acontecido, passando faca no "peixe" e deixando a "traíra" do tamanho de uma piaba que ninguém mais ofendeu. E durante muitos anos, este fato se contou dentro do mercado velho que Coronel Onofre edificou.
Mané Beradeiro - 15 de março de 2012
Tudo foi dito e falado, depois dela ter se ajoelhado, e com o dedo polegar feito o "pelo sinal", sem soltar da mão esquerda, um rosário de contas azuis, trazido do Juazeiro, bento pelo Padre Cíço. Isso foi lá na Matriz, da Igreja Conceição.
Pois bem, meu camarada, preste bem atenção, ao fato que eu vou narrar.Não é lenda, nem estória, conversa de ouvir falar. É parte, sim, deste vale, onde os anjos passam as férias, os santos estagiam e vez ou outra vem um diabo manchar o verde canavial.
Como eu estava dizendo, Donana, lá no confessionário, tendo a cabeça coberta com manto preto, escutou o padre falar:
-- Conte seus pecados minha filha.
Aquelas palavras soaram como lâminas das foices cortando as varas da cana de açúcar. Sua alma se abriu e assim ela narrou:
--Sou filha de Coronel, da Guarda Nacional, tenho parentes importantes, irmãos que são doutores, outros advogados, gente de muitos recursos, que ajudou esta Igreja, Dando sinos, cruz inglesa, mesa de comunhão, altar-mor e sacrário, pia batismal, etc e coisa e tal.
O padre ouvindo aquilo, deu um urro sem igual, tão forte e animal, que Santa Maria Goretti, a menina virginal, pulou do seu altar e foi se esconder debaixo da saia de Santa Rita.
Donana entendeu o recado que o padre deu. Deixou seu arquivo financeiro e se pôs a relatar seu pecado por inteiro.
--Estava eu no meu banho, no rio de água azul, jogando água por sobre o corpo, que a terra há de comer...
Interrompeu o padre (falando bem baixinho)
--Se Chico Bento deixar algo para apodrecer
--Perdão, falou algo sacerdote?
--Não minha filha, continue, continue
--Então, como estava dizendo, no meu banho sossegada, jogando cuiasnd'águas na cabeça, quando de repente eu vejo à minha frente...
--O quê? Perguntou o padre com muita curiosidade.
--Eu vi uma barata. Mas logo a matei.
--Tá perdoada minha filha.
--Mas, padre, meu pecado é bem maior
--Então, diga, criatura. Deus tudo perdoa, e o sacerdote o que ouve silencia.
--Continuava eu no banho, quando ouço passos fortes. Meu corpo corpo estremece, minha alma se queima, e...
--E o quê filha! Pelas cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo conte logo este pecado!
--Tem certeza padre que serei perdoada?
--Tenho, cristã, conte de uma vez!
E Donana assim fez, narrou tim-tim por tim-tim o caso que aconteceu com ela e João da Traíra, no banho que sucedeu. Disse tudo, nada escondeu, da traição que meteu crifres em Chico Bento. Era o tempo da Quaresma, do ano do nunca-mais, do mês que se tem medo do bicho canavial, e tão logo quis o padre saber porque com João Traíra, ouviu a resposta mais tirana e paroquial:
-- E não estamos na Quaresma? Oxente! Traíra é peixe.
Tão logo soube o marido, vingou-se do acontecido, passando faca no "peixe" e deixando a "traíra" do tamanho de uma piaba que ninguém mais ofendeu. E durante muitos anos, este fato se contou dentro do mercado velho que Coronel Onofre edificou.
Mané Beradeiro - 15 de março de 2012
DEÍFILO GURGEL É LEMBRADO HOJE NO CEC
O escritor, poeta, folclorista e conselheiro Deífilo Gurgel, que faleceu no dia 6 de fevereiro deste ano, será lembrado hoje, de forma especial, na sessão do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte. Deífilo Gurgel era membro desse Colegiado. A homenagem será feita pela escritora e também conselheira, Anna Maria Cascudo Barreto. A sessão acontecerá às 17 horas, na Sala Onofre Lopes, sito à Rua Mipibu, 443, Petrópolis, em Natal. Um soneto inédito de Deífilo, a ser publicado brevemente na Revista do CEC/RN, assim diz: " Um dia a morte, monja silenciosa, me levará também, só, entre rosas, para a outra margem desta solidão".
segunda-feira, 19 de março de 2012
A MORTE DO PESCADOR
Jorge Jiménez era rude
Tinha a força do mar
Dentro de suas entranhas
Havia muito a contar
Somente Rita Jiménez
Sabia o decifrar.
Esta história se passa
Numa vila bem distante
E Mário Gerson, escritor,
Novelista irradiante,
Narra num livro sério
Fato emocionante.
Logo nas primeiras linhas
Tem o leitor um encontro
Com frases bem montadas
Em oito vidas e um conto
Sem falar do cachorro
De olhar tão afronto.
Rita Jiménez é mulher
Que traz em sua vida
Um pouco de cada fêmea
Que entre casa, cama e lida
Aprende a conviver
E em tudo é combalida.
Murilo e Marquito Jiménez
Naquela vila do mar
Amam duas mulheres
Sem se preocupar
São as filhas de Frederico
Que atendem o assobiar.
E a vida vai cessar
Ou quem sabe mutilar
Uma família inteira
Uma vila a pensar
Quando Jorge Jiménez
Nas dunas vai rolar.
Não chame João Bolina
Um conselho eu lhe dou
Se for para construir
Algo que guarde a dor
Pois é possível que haja
Confussão, sim senhor.
Leia o livro meu amigo
"A Morte do Pescador"
Escrito uma treze vezes
Assim diz o seu autor
E vera que a novela
Tem muito valor.
Termino este cordel
Dizendo que vida e morte
Andam de mãos dadas
E prá isso não há sorte
Viva intensamente
Use o passaporte.
Mané Beradeiro, 18 de março de 2012
Tinha a força do mar
Dentro de suas entranhas
Havia muito a contar
Somente Rita Jiménez
Sabia o decifrar.
Esta história se passa
Numa vila bem distante
E Mário Gerson, escritor,
Novelista irradiante,
Narra num livro sério
Fato emocionante.
Logo nas primeiras linhas
Tem o leitor um encontro
Com frases bem montadas
Em oito vidas e um conto
Sem falar do cachorro
De olhar tão afronto.
Rita Jiménez é mulher
Que traz em sua vida
Um pouco de cada fêmea
Que entre casa, cama e lida
Aprende a conviver
E em tudo é combalida.
Murilo e Marquito Jiménez
Naquela vila do mar
Amam duas mulheres
Sem se preocupar
São as filhas de Frederico
Que atendem o assobiar.
E a vida vai cessar
Ou quem sabe mutilar
Uma família inteira
Uma vila a pensar
Quando Jorge Jiménez
Nas dunas vai rolar.
Não chame João Bolina
Um conselho eu lhe dou
Se for para construir
Algo que guarde a dor
Pois é possível que haja
Confussão, sim senhor.
Leia o livro meu amigo
"A Morte do Pescador"
Escrito uma treze vezes
Assim diz o seu autor
E vera que a novela
Tem muito valor.
Termino este cordel
Dizendo que vida e morte
Andam de mãos dadas
E prá isso não há sorte
Viva intensamente
Use o passaporte.
Mané Beradeiro, 18 de março de 2012
MINHAS LEITURAS 007/2012
Livro: A Morte do Pescador
Autor: Mário Gerson
Editora: Queima Bucha/Jornal Plural
Ano: 2008
Página: 60
Leitura: 18 de março de 2012
Quando o Acadêmico Manoel Onofre Junior fala sobre a obra de um escritor, o leitor pode mergulhar sem medo na leitura, que certamente ele terá um encontro com um texto bem produzido e uma obra encantadora. Foi assim que na tarde de ontem, domingo, eu tive a oportunidade de me deleitar com a vida de Jorge Jiménez, sua esposa Rita, seus dois filhos Murilo e Marquito, além de conhecer também Frederico Batista, Rosalina e Rosalita e o Juan Bolina. Com nomes tão distantes dos nossos tradicionais João, Maria e José, o escritor Mário Gerson (Mossoró-RN), nos leva a uma vila de pescadores e em 60 páginas conta com muito esmero e leveza os últimos 6 anos da vida de Jorge Jiménez. É uma novela para ser lida de um só fôlego, sem querer soltar o livro. Parabéns ao autor e parafraseando Lívio Oliveira, digo que me deixei ser pescado por Mário Gerson. Para curiosidades dos leitores, até pedi ao Mané Beradeiro, poeta e cordelista, que em nove estrofes falasse um pouco sobre o livro, o que ele protamente me atendeu. Leiam acima.
Autor: Mário Gerson
Editora: Queima Bucha/Jornal Plural
Ano: 2008
Página: 60
Leitura: 18 de março de 2012
Quando o Acadêmico Manoel Onofre Junior fala sobre a obra de um escritor, o leitor pode mergulhar sem medo na leitura, que certamente ele terá um encontro com um texto bem produzido e uma obra encantadora. Foi assim que na tarde de ontem, domingo, eu tive a oportunidade de me deleitar com a vida de Jorge Jiménez, sua esposa Rita, seus dois filhos Murilo e Marquito, além de conhecer também Frederico Batista, Rosalina e Rosalita e o Juan Bolina. Com nomes tão distantes dos nossos tradicionais João, Maria e José, o escritor Mário Gerson (Mossoró-RN), nos leva a uma vila de pescadores e em 60 páginas conta com muito esmero e leveza os últimos 6 anos da vida de Jorge Jiménez. É uma novela para ser lida de um só fôlego, sem querer soltar o livro. Parabéns ao autor e parafraseando Lívio Oliveira, digo que me deixei ser pescado por Mário Gerson. Para curiosidades dos leitores, até pedi ao Mané Beradeiro, poeta e cordelista, que em nove estrofes falasse um pouco sobre o livro, o que ele protamente me atendeu. Leiam acima.
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