segunda-feira, 4 de abril de 2016

PAULO DE TARSO - O ESTETA DA POESIA AMADURECIDA

 "Se existe uma coisa que eu escolhi para ter seriedade e humildade foi a literatura"
   Paulo de Tarso


Paulo de Tarso Correia de Melo nasceu em Natal, no dia 5 de abril de 1944.  Viu a luz pela primeira vez na Rua São Tomé, bairro da Ribeira. A casa em que ele nasceu ficava de frente para a casa de Sérgio Severo, pai de Augusto Severo e atrás da casa de Câmara Cascudo. Estudou no Salesiano, no Atheneu e  graduou-se em Pedagogia, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, que na época ainda não  tinha sido incorporada à UFRN. Fez pós-graduação na Universidade de Michican - EUA. Foi lá nos EUA onde o poeta Paulo de Tarso começou a produzir seus primeiros poemas. Retornou ao Brasil em 1973 e pouco tempo depois conseguiu organizar seu primeiro livro: "Natal: Secreta Biografia", embora não tenha sido esse o primeiro a ser publicado. Paulo de Tarso tem  a paciência de amadurecer seus poemas em gavetas de carvalho. Não há pressa.  Trabalha seus poema várias vezes, se preciso for  ano após ano, até sentir que estão maduros e prontos para irem ao leitor. E foi assim, que tão somente 20 anos depois  "Natal: Biografia Secreta"  teve sua publicação efetivada. O primeiro livro publicado foi "Talhe rupestre", em 1993, depois vieram "Natal: Secreta Biografia" e "Folhetim Cordial da Guerra em Natal e Cordial Folhetim da Guerra em Parnamirim", ambos em 1994. Sobre isso diz o poeta:
"Para mim foi compensador observar uma coisa: o que tinha feito há 20 anos ainda podia ser lançado. Sem ser datado, ultrapassado de jeito nenhum. Era um trabalho que não fazia concessões à vanguarda. Era poesia com aquela forma consagrada como ainda é hoje, por isso pode ser lançado, 20 anos depois, sem parecer ultrapassado" (SOUZA, 2006).
 O poeta que se revelou aos leitores aos 49 anos de idade, com o firme propósito de jamais se arrepender dos livros publicados nos deu muitos bons livros e continua a produzir. Sua bibliografia consiste em:
1) Talhe rupestre (1993)
2) Natal: Secreta Biografia (1994)
3) Folhetim Cordial da Guerra em Natal e Cordial Folhetim da Guerra em Parnamirim (1994)
4)  Romances de Alcaçus (1998)
5)  14 Moedas Antigas ( 2001)
6) Casa da Metáfora (2002)
7) Rio dos Homens ( 2002)
8) O Sobrado das Palavras ( 2005)
9) Auto de Natal: O menino da paz (2007)
10) Livro de  Linhagens ( 2011)
11) Misto Códice ( 2012)
12) Diário de Natal (2013)

Mas o que pensa Paulo de Tarso? Vamos conhecer um pouco mais sobre ele. Selecionei 12 perguntas das 72 que o escritor e poeta Diogenes da Cunha Lima fez a ele:

1) Escrever é ventura ou aventura?  É ventura e aventura, alegria e sofrimento.
2) A poesia é útil?  Necessária, razoável e salutar. Como o louvor a Deus.
3) Qual a fronteira entre poesia e prosa?  A concisão.
4) Quais os livros que ajudaram na sua formação?  Os livros infantis de Monteiro Lobato e, na juventude,  Camus.
5) Três palavras bonitas:  Amizade, alegria e ternura.
6) Um  ditado popular:  Mais vale o pouco continuado do que o muito acabado.
7) Quais seus heróis na vida real?  Onofre Lopes, Januário Cicco e Luís da Câmara Cascudo.
8) Qual sua cor favorita?  Vertiginosamente azul.
9) A morte é vírgula ou ponto final?  Queria que fosse vírgulas.
10) Seu defeito principal:  A ansiedade impaciente.
11) Seu lema:  Lutar, procurar, encontrar e não ceder.
12) O que o tornaria infeliz?  A impossibilidade física.

Paulo de Tarso é membro das seguintes entidades culturais:  Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, ocupante da cadeira 11, Academia Cearamirinense de Letras e Artes - Pedro Simões Neto, cadeira  3, Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte, Instituto Histórico e Geográfico do RN e União Brasileira de Escritores/RN.

Referências

SOUZA, Carlos de.  Cordial folhetim de um poeta. In: Revista Brouhaha. Natal: Fundação Cultural Capitania das Artes,  ano II, nº 4 - abril/junho 2006.
LIMA, Diogenes da Cunha. O livro das revelações - matrizes do afeto - o pensamento vivo de escritores. Natal: Unigráfica, 2013.
MELO, Paulo de Tarso Correia de. Diário de Natal.  Mossoró (RN): Sarau das Letras, 2013.







ALUNOS DO 5º ANO DA ESCOLA MANOEL MACHADO FARÃO LIVRO CARTONERO

A Escola Municipal Manoel Machado, em Parnamirim - RN, através da professora  Christiane Patrícia, do 5º ano, vai construir com seus alunos um livro de poesia, pela Editora Carolina Cartonera. Já foi feita a primeira reunião para construção do projeto, ocasião em que participou o escritor Francisco Martins, a professora Christiane Patrícia, além da mediadora de leitura Itamara Andrade. Com a publicação desse livro a Carolina Cartonera  continua com a sua missão de produzir livros e formar leitores.

MANÉ BERADEIRO NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DAS OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA


Data: 04 de abril - Local: Auditório Vinícius de Medeiros - Parnamirim - RN - Hora:  9 h

ANRL LANÇA AMANHÃ O Nº 46 DA SUA REVISTA TRIMESTRAL

Terça feira, 5 de abril, a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras lança o número 46 da revista referente ao trimestre janeiro-março do ano 2016. O evento será na sede da ANRL, sito à Rua Mipibu, 443, bairro Petrópolis, em Natal - RN.  Fundada em 1951, a revista tem 65 anos de existência e nem sempre conseguiu manter sua impressão anual. Em 2014, graças ao esforço da Diretoria da ANRL, tendo a frente o Presidente Diógenes da Cunha Lima, como Diretor da Revista, o Acadêmico Manoel Onofre Jr e o escritor Thiago Gonzaga, como editor, a revista ganhou nova apresentação visual e está saindo trimestralmente. Parabéns aos que fazem a revista.

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 030/2016

Dona Cotinha está cada vez mais materialista, reclama de tudo. Seu esposo, homem dedicado à leitura bíblica, felizmente tem sempre um versículo para argumentar. Ontem, em pleno domingo, enquanto eles almoçavam, Dona Cotinha  reclamou da mesa que tinha mais de vinte anos, da louça que ainda foi presente das bodas de prata do casamento e dos talheres inox, vejam só! Não dada por satisfeito, depois de muito falar externou: "-A aranha vive do que tece, e eu não sou aranha, vamos  comprar tudo novo, sentenciou." O esposo, amavelmente levou o guardanapo à boca, tomou água e disse: "-Cotinha lembremo-nos que quando nos casamos o saco era a mala e  o cadeado um nó, e sobretudo tenha em mente o que nos ensina a Palavra de Deus: tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes ( 2 Timoteo 6:8).

MANÉ BERADEIRO ABRE FORMAÇÃO DAS OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Começando mais uma semana com atividades culturais, e nesta manhã de segunda feira, dia 4 de abril, a agenda de Mané Beradeiro marca para
às 9 h, no auditório Vinícius de Medeiros, em Parnamirim - RN,  a abertura da formação sobre as Olimpíadas da Língua Portuguesa, com os formadores da II DIRED. O assunto em pauta são os gêneros textuais e Mané Beradeiro mostrará seu trabalho com a poesia do cordel.

sábado, 2 de abril de 2016

COMENTANDO MINHAS LEITURAS - A SERVIDÃO DIÁRIA 2

O escritor Manoel Onofre Jr  dá continuidade ao seu diário e lançou recentemente " A Servidão Diária 2", livro que à semelhança do primeiro, traz como proposta principal  ser nas mãos do leitor um jornal literário. Começo dizendo que não gostei da capa.  Poderia ser uma  condigna com o conteúdo e a mensagem do texto, mas ao meu ver não foi. Passa a ideia que é um livro triste, escuro, o que na verdade não é.  Nele, Manoel Onofre Jr  nos dá a conhecer um pouco da sua vivência no ano  compreendido de 7 de agosto de 2014 a 7 de agosto de 2015.  Lê-lo é ter um encontro com a própria cultura do autor que nos apresenta seus autores  preferidos, suas músicas, suas memórias, sugestões de leitura, seus gostos culinários, sua infância, os filmes,  etc. Manoel Onofre nos leva a um passeio onde a dimensão do tempo está sem o controle do relógio e a própria geografia encontrada no diário é  ampla, passando por paisagens, economia e política. É tudo escrito de uma forma tão peculiar, que o leitor tem  a sensação que conversa com o autor. Se me perguntarem: -Vai continuar lendo o autor? Responderei: -Batatal ( é certo, não tenha dúvida).


Livro: A Servidão Diária 2
Autor: Manoel Onofre Jr
Gênero:  Memórias
Editora: Sarau das Letras
Páginas: 152
Leitura: 30 e 31 de março 2016

UM DIA DE INTENSA ALEGRIA EM PRIMEIRO DE ABRIL - NÃO FOI MENTIRA.


Na manhã desta sexta feira ultima, 1 de abril, retornei à Escola Municipal Professora Luzanira, em Passagem de Areia, Parnamirim - RN, para proporcionar aos alunos uma sessão de autógrafos de Mané Beradeiro.  Tive uma surpresa emocionante, um aluno estava caracterizado de Mané Beradeiro e convicto afirmava ser ele o verdadeiro e não eu.  A emoção não ficou por aí, pois a Professora Ângela Silva,  Mediadora de Leitura, escreveu uma poesia  homenageando Mané Beradeiro e Leiturino.
No turno vespertino, as crianças tiveram seu encontro com Leiturino, palhaço que faz da leitura uma alegria e motiva as crianças a buscarem nos livros o conhecimento. E, nessa apresentação, contou com a colaboração de Ana Cristina,  professora multifacetada,  que dividiu o palco com Leiturino. Tudo foi belo e cheio de alegria como pedia a programação em comemoração ao Dia do Circo que a escola celebrou sexta feira.




quinta-feira, 31 de março de 2016

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA LUZANIRA





POETA JOSÉ DE CASTRO E SUA POESIA ENCANTADORA EM OFICINA IMPERDÍVEL


COMENTANDO MINHAS LEITURAS: REVISTA DO IHGRN

O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN publicou o nº 92 da sua revista. Lançada no último dia 29 deste mês, dentro das comemorações dos 114 anos da instituição. A revista tem a participação de vinte e um  escritores. Apenas duas mulheres  foram contempladas (Lúcia Helena  e Marileide Matias), poderia ter uma participação maior da ala feminina, principalmente por ser março um mês dedicado às mulheres. O periódico traz os seguintes assuntos: Glorinha Oliveira; mitologia grega; Raimundo Nonato; política, história, Macau, religiosidade,etc. Lançada numa data comemorativa considero uma falha da revista não trazer nenhum artigo sobre a história do IHGRN  e sobre a administração de Valério Mesquita que no dia 29 de março passou o mandato para Ormuz Barbalho. Proponho também que nos próximos números todos os artigos estejam datados, só assim o leitor saberá em que tempo foi escrita a matéria publicada. Vejamos o caso  "Síntese Histórica da Briosa Vila" de Lúcia Helena, com certeza redigido bem antes de 2016,  pois a escritora faz menção que Agnelo Alves  e  Ednólia da Câmara Melo são  respectivamente os atuais gestores municipais de Parnamirim e Ceará Mirim (p. 79).

terça-feira, 29 de março de 2016

LEITURINO NA ESCOLA MUNICIPAL LUZANIRA MARIA DA CRUZ COSTA

A alegria do Palhaço Leiturino e seus bonecos estarão na manhã desta quarta feira, 30 de março,  com os alunos, pais e professores da Escola Municipal Professora  Luzanira Maria da Cruz Costa, em Passagem de Areia, Parnamirim-RN.  A criançada vai comemorar o Dia do Circo, e nada melhor do quê  poesias, malabarismos, mágicas, bonecos e palhaço.

IHGRN 114 ANOS DE MEMÓRIA VIVA

O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte fará hoje à noite a celebração dos seus 114 anos, oportunidade em que lançará o mais recente número da sua revista também tomará posse a nova diretoria, tendo a frente Ormuz Barbalho.

segunda-feira, 28 de março de 2016

ESCRITOR PARTICIPA DO CHÁ POÉTICO COM ALUNOS DO DOM NIVALDO MONTE


A tarde de hoje  estive na Biblioteca Jorge Amado, da Escola Estadual Dom Nivaldo Monte, em Parnamirim-RN, para falar de poesia. Comigo estiveram os alunos do ensino médio, que também trouxeram algumas apresentações e aprenderam um pouco mais sobre o universo da arte poética. Falei sobre a poesia e suas manifestações românticas, líricas, satíricas, humorísticas, etc. E mostrei aos alunos que a vida nos cerca de poesias. Foi literalmente uma tarde com chá e poesia. Parabéns aos que fazem a Escola Estadual Dom Nivaldo Monte.



COMENTANDO MINHAS LEITURAS - HUMOR NO CONTO POTIGUAR

Livro: Humor no conto potiguar
Autor organizador: Manoel Onofre Jr
Capa e diagramação: Diolene Machado
Editora: 8 Editora
Páginas: 127
Leitura: 25 a 27 de março 2016


“Humor no conto potiguar” é esse o título de um dos mais recentes livros de Manoel Onofre Jr lançado na noite de 23 março, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, em Natal. O livro traz o selo da 8 Editora e em suas 127 páginas nos leva aos contos com marcas de humor da literatura potiguar através da criatividade dos escritores: José Pinto Jr; Augusto Severo Neto, Eulício Farias de Lacerda, Luis Carlos Guimarães, Bartolomeu Correia de Melo, Tarcísio Gurgel, Demétrio Diniz, François Silvestre de Alencar, Osair Vasconcelos, Clauder Arcanjo, Aldo Lopes de Araújo, Celina Muniz, Carlos Fialho, Thiago Gonzaga e Carlos Onofre.
Aproveitei o feriadão da Semana Santa e fiquei a ler o livro, buscando algo mais do que é convencional nos contos,  passeava pelas entrelinhas dos textos, garimpando frases que por si só já me davam prazer na leitura, pois ler é algo maravilhoso, principalmente quando sabemos os dez direitos do leitor que Daniel Pennac nos deu como bússola. E foi assim, lembrando cada item do decálogo que eu me alegrei, ri, gargalhei e poucas vezes pensei que o autor poderia ter se prolongado mais no conto.
Confundi ficção com a vida real (“ Bem Melhorado” e “ A Fantástica história do fabuloso dia em que Jesus voltou”),  pratiquei o direito de reler (“De como Bitú se deu mal com uma de suas promoções empresariais: o pão anatômico”),  levei o livro e lia em qualquer lugar: na rede, no banheiro, deitado no chão.  Li em voz alta para minha esposa e juntos concordamos com os contistas. As páginas foram se avolumando do lado esquerdo, sinal de que estava próxima a finalização da leitura respirei fundo, tomei água, e Pennac me lembrou que tenho o direito de não terminar a leitura de um livro, mas não era isso que queria o que desejava na verdade era que ele fosse bem longo, com mais de mil páginas.
O certo é que cheguei ao último conto, e tudo quanto disse aqui não é  “uma pilostenia vagante” como diz Napole, personagem do conto “ O Anjo Negro”.  Bato palmas para a maioria dos contistas que participam deste trabalho de Manoel Onofre Jr e àqueles que não foram ovacionados também tem seus créditos, mas confesso que alguns me deixaram em estado “augustifólio oblativo com rebarbas de ansilitude devanatória” recorrendo mais uma vez a Napole.
Assim sendo, fecho o livro descumprindo o décimo direito do leitor: “de não falar do que se leu”.

Francisco Martins
27 de março 2016

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 029/2016


Não vos angustieis se o que tendes é quase nada. Lembrai-vos que "o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada".  Em cima deste chão, há muitos anos, André disse a Jesus que tinha um rapaz com cinco pães e dois peixinhos (e havia uma multidão faminta).  Cinco mil homens se alimentaram e ainda sobraram doze cestos. Qual o segredo? A presença de Deus.  Ademais não esqueçais que a corrupção não agrada a Deus: "É melhor ter pouco com retidão do que muito com injustiça" Provérbios 16:8.

domingo, 27 de março de 2016

COMENTANDO MINHAS LEITURAS - AMOR DE VERÃO

Título: Amor de Verão
Autor:  Carlos Roberto de Miranda Gomes
Ilustração: Carlos Victor Rosso Gomes Caldas
Gênero: conto
Editora: Sebo Vermelho
Ano 2016
Leitura: 25 de março 2016


Neste conto que tem como espaço geográfico a divisa das praias de Cotovelo e Pirangi se dá uma estória romanceada entre Jorge e Helena, personagens que caracterizam a juventude do final dos anos 50. Carlos Gomes vai pintando uma cena que ele muitas vezes viu e viveu naquele lugar, retratando a beleza local, os nativos, as dificuldades de transporte, etc. E, quando o autor começa a envolver Jorge e Helena na esfera do relacionamento, o conto passa a ter uma dimensão maior. A lição que fica ao leitor é que desde que o homem descobriu a mulher e a mulher se deu ao homem, não se deve confiar  em águas que descem as ladeiras, nem tão pouco em fogo de ladeira acima. O ontem e o hoje tem a mesma fragilidade diante dos hormônios que floram em corpos juvenis. O conto não poderia ter título melhor: "Amor de Verão". Quente, rápido e que foi capaz de deixar marcas inesquecíveis. Descubra quais marcas foram estas lendo o conto.



sábado, 26 de março de 2016

DAS PÁGINAS DA LITERATURA À VIDA DE HOJE

"A importância dum país não depende do tamanho territorial, nem do número de habitantes. Depende da qualidade do povo" Dona Benta

Referência
LOBATO, Monteiro. O Minotauro. São Paulo: Brasiliense, 1965. p. 4

sexta-feira, 25 de março de 2016

POEMA PASCAL PELO BRASIL


Senhor,  em cujas mãos  está todo o poder, eu te suplico pelo meu país.
Que haja Páscoa no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.
Que o sangue negro, pisado nas Casas Grandes, derramado nos  campos,  lavando os pelourinhos nos lembre o quanto somos fortes para lutar.
Que a miscigenação  das nossas raças continue a nos mostrar que devemos construir um só Brasil, um grande lar de dignidade, segurança, saúde, educação e moradia para todos.
Liberta-nos de toda escravidão física e moral. Afuguenta de nossa mente o espírito da corrupção, do centavo ao bilhão, da criança ao ancião, do ateu ao cristão.
Dai-nos visão para encontrar homens e mulheres que possam nos conduzir nesta travessia do deserto.
Senhor, em cujas mãos está todo o poder, eu te suplico:  Ordem e Progresso!

Francisco Martins - Parnamirim-RN, 25 de março 2016.

quinta-feira, 24 de março de 2016

COISAS DE ANANIAS VI

Fui visitar um museu com Mané Beradeiro e deparei-me com este busto ao lado. Fiquei observando e cheguei a conclusão que o artista não poderia expressar melhor uma fisionomia de quem sofre de prisão de ventre.

terça-feira, 22 de março de 2016

ASSIM DISSERAM ELES...

"Só está realmente alfabetizado quem sabe ler nas entrelinhas"

Millôr Fernandes

SARAU POLÍTICO II

Vamos continuar com nosso Sarau para os políticos. Hoje trago um poema de Murilo Mendes (1901-1975), do livro "História do Brasil" publicado em 1932.

segunda-feira, 21 de março de 2016

LEITURINO PARTICIPOU DA III MARATONA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

 Na manha do domingo último, o Palhaço Leiturino participou da programação da III Maratona de Contação de Histórias, promovido por Daluzinha Avlis e equipe, que aconteceu na Cidade da Criança, em Natal. Leiturino aproveitou para contar a história das "Duas Páscoas".

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 028/2016

Dona Cotinha, tadinha! Diante da situação política em que vive o país, está tão preocupada que a semana passada nem teve tempo de ficar fazendo fuxico dos seus vizinhos. Eu até estranhei. Cadê Dona Cotinha? Perguntei ao marido. "Foi ao médico, está com a pressão altíssima". Dona Cotinha é muito materialista, já seu esposo, ao contrário, vive dizendo pra ela: "Cotinha, lembre-se que caixão não tem gaveta, nem mortalha tem bolso". Estou torcendo para Dona Cotinha não passar dessa para o além,  mas que é verdade é: "PORQUE NADA TEMOS TRAZIDO PARA O MUNDO, NEM COISA ALGUMA PODEREMOS LEVAR DELE" (1 Timóteo 6:7)  Cá prá nós, bem que o caixão de Dona Cotinha devia ser com dois compartimentos: um para o corpo e o outro para a língua.

domingo, 20 de março de 2016

COISAS DA PÁSCOA - SAMPAULO

Páscoa, palavra que significa passagem, no sentindo da libertação do povo hebreu saindo do Egito em busca da  terra prometida, mas que também tem a conotação de vitória, quando a utilizamos para lembrar que Jesus Cristo ressuscitou e venceu a morte. Esses são os significados religiosos desta festa judaica e cristã.
Comercialmente foram criados os ovos de Páscoa e desde então,  aos lares que não tem base bíblica, o ovo de chocolate ocupa o lugar de Jesus e sua vitória sobre a morte. Isso não vem de hoje, já é bastante usado pelo comércio. Uma prova desta prática de que na Páscoa o coelho aparece com ovos, é a charge abaixo. Datada de 1963, tem como autor o cartunista SamPaulo ( Paulo Brasil Gomes de  Sampaio - 1931 a  1999).

 SamPaulo  nasceu em Uruguaina-RS, publicou livros e trabalhou por mais de dez anos no jornal Zero Hora.  Para saber mais sobre sua obra clique no link: http://sampaulocartunista.blogspot.com.br/

Referências

SAMPAULO. H,u,m,o,r do 1º ao 5º ano. Porto Alegre -RS: Globo, 1963.
Disponível em . Visualizada em 03 mar 2016.

sábado, 19 de março de 2016

COISAS DE ANANIAS - V

Foto de Ananias Azulão.Vocês sabem o nome deste penteado?
-Não!
-É o famoso "bunda de jumento". Um grande sucesso no início do século XVIII.

sexta-feira, 18 de março de 2016

SARAU POLÍTICO- I

Convenhamos que o quadro político do Brasil está uma verdadeira bagunça. Então, para não ficarmos  estressados nada melhor que um Sarau Político, onde a poesia abre sua arte para falar da política. Comecemos com este poema, de minha autoria:

GRAMPO NA FOGUEIRA

 Clique no link abaixo e conheça a charge do dia de Ivan Cabral.
A ARTE DE IVAN CABRAL

quarta-feira, 16 de março de 2016

CURSO A DISTÂNCIA SOBRE LITERATURA INFANTIL


ASSIM DISSERAM ELES ...

"Machado de Assis ensinou o Brasil a escrever com limpeza, tato, finura, limpidez."

Monteiro Lobato

terça-feira, 15 de março de 2016

COISAS DE ANANIAS - IV


Mané Beradeiro querendo testar a sensibilidade de Ananias sobre  arte em tela, mostrou a ele o quadro Mulher no banho, de Rembrant e perguntou:
-Olhando essa tela qua é a mensagem que ela lhe passa?
Ananias respondeu sem titubear:
-Ela foi tomar banho e perguntou antes ao marido: "Vai me usar hoje?" Ele respondeu que não, então, ela só lavou os pés.

segunda-feira, 14 de março de 2016

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 027/2016

Naquela rua não existe outra mulher mais fuxiqueira que Dona Cotinha. Passa o dia inteiro na janela vendo que vem, quem vai, quem chega e quem sai. Ela é daquelas que nada escapa ao seu olhar. Trata a gente por "meu querido", "minha amada", tudo falsidade.  Procure um pé de coentro na casa dela que você não vai encontrar, sabe por que? Porque ela não cuida do seu quintal. Leva a vida se preocupando com a vida alheia. Dona Cotinha planta ventos, e quem planta ventos, colhe tempestades. Não vai demorar para que nela a Palavra de Deus se cumpra: "Porque semeiam ventos e segarão tormentas" (Oséias 8:7).

ESCOLA BOA IDEIA HOMENAGEIA ESCRITORES VIVOS

 A Escola Boa Ideia, no Cidade Satélite, em Natal-RN, inovou este ano nas confecções das agendas escolares. Selecionou doze escritores, todos vivos, para serem estudados ao longo do ano letivo por seus alunos.  São os seguintes os escritores: Fred Galvão, Flávio Rezende, Carol Vasconcelos,  Pablo Capistrano, Aluísio Azevedo, Marcos Medeiros, Francisco Martins, José Acaci, Vicente Serejo, José de Castro, Carlos Fialho e João Andrade.  A entrega aconteceu na manhã de hoje, com a presença de vários alunos, professores e pais. Depois da cerimônia de abertura, onde houve uma mesa com a participação de 10 escritores, os homenageados tiveram a alegria de poder conhecer um pouco mais dos alunos, em suas próprias salas, num momento dedicado a um pequeno bate papo e autógrafo na agenda.



sábado, 12 de março de 2016

UM POUCO SOBRE CAROLINA MARIA DE JESUS

Livros são formidáveis. Eles recebem informações, segredos, notícias, revelações, denúncias, sentimentos em palavras e sabem guardar tudo isso por tempos e tempos, sempre na espera de que um dia alguém vai folheá-los e ter acesso. 
Foi exatamente isso que aconteceu comigo na tarde de ontem, sexta feira, 11 de março, quando estava numa biblioteca vendo alguns exemplares da  Revista do Ateneu Angrense de Letras e Artes.
No exemplar de março de 1977 encontrei uma notícia que a revista registrava sobre a morte de Carolina Maria de Jesus, a patrona da Editora Carolina Cartonera. Clique na imagem para ver melhor.

terça-feira, 8 de março de 2016

MULHER

Hoje eu quero parabenizar todas as mulheres! As que estão e passaram pela minha vida. Sou um homem de muitas mulheres: mãe, 1ª professora, tias, irmãs, leitoras, etc. rsrsrsrs
E entre elas, a Mulher

S enhora da minha vida
A pérola melhor dos oceanos
N ata do meu feijão verde
D ia infinito do meu pensar
R iso que nutre minh'alma
A e Z da minha existência


O poeta Diogenes da Cunha Lima  publicou hoje no jornal Tribuna do Norte, no caderno Viver, a seguinte poesia:

MULHER

A humanidade é feita de homem e mulher.
O homem é forte,
Mulher densa,
Homem faz norte,
A mulher pensa.

O homem enfoca,
A mulher detalha.
O homem faz a toca,
A mulher trabalha.

Os homens são pobres,
Têm mulheres almas,
Com mulheres nobres
Homens ganham palmas.

O homem faz o meio,
A mulher o imita.
O homem é feio,
A mulher bonita.

GERALDO TAVARES LANÇA MAIS UM FOLHETO DE CORDEL

Geraldo Tavares - poeta, cordelista.
O poeta, cordelista, Antonio Francisco assim define o que é escrever:

É construir com a mente
Um mundo de ficção,
Colocar nele o baú, 
De métrica, rima e oração
Para afogar o leitor
Nas águas da emoção.

Nessa linha de pensamento, o  Professor Geraldo Tavares,  poeta também cordelista,  está nos presenteando com mais um folheto de sua criação: "A Suprema Biblioteca", cujo lançamento acontecerá nesta quarta feira, dia 9 de março, pela manhã e à tarde, no auditório da UNP, por ocasião da formação dos Mediadores de Leitura.

Referência

FRANCISCO, Antonio. Escrever é, sonhar. 2015


MENINA E MOÇA

Está naquela idade inquieta e duvidosa
Que não é dia claro e é já  o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.

....

É que esta creatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher, e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

Machado de Assis