sexta-feira, 28 de março de 2025
quinta-feira, 27 de março de 2025
90 ANOS DE UMA BRIGA DE SANTO EM PAPARI
Foi no último livro que encontro uma história que teve como palco a cidade de Papari, atual Nísia Floresta. Isso se deu 90 anos passados. É um relato do Dr.Ney Marinho, enviado ao escritor Raimundo Nonato, que está no capítulo "Outras brigas de Santos". Confira.
"Por volta do dia 6 de março de 1935, aproximadamente pelas 9 horas da manhã, depois de celebrar a missa em Papari, hoje Nísia Floresta, o então padre Paulo Herôncio retirou da Igreja local a imagem de Nosso Senhor dos Martírios, a fim de realizar a procissão em São José de Mipibu, nos atos da Semana Santa.
Para fazer o transporte do referido Santo, ali estavam postados um automóvel de aluguel e um marceneiro, encarregado de desatarrachá-lo do altar.
Ao ter conhecimento do propósito do pároco,a população em peso levantou-se caminhando para a frente da Igreja, numa demonstração de protesto.
![]() |
Imagem ilustrativa |
__ "Quero, mando e posso!... Se o Santo não for comigo, eu levo com ajuda da Polícia". E dito isto, foi saindo em direção à residência do Sr. José Araújo, antigo político de influência em Nísia Floresta.
Nesta altura o povo foi tomado de exaltação, sendo que o primeiro grito partiu de Leonor Januário. Falaram até em rasgar a batina do Padre...
Mas, como só acontece em ocasiões tais, sempre surge a voz do bom senso.
E foi aí que o senhor João Argilio e D. Iaiá Paiva procuraram conciliar os ânimos, enquanto o vigário saía de automóvel para São José.
Dias depois a mesma senhora endereçou ao sacerdote uma carta circunstanciada, procurando justificar a atitude dos seus conterrâneos perante o reverendo, pela grande veneração que eles tinham ao seu santo e pedindo para o mesmo voltar a Nísia Floresta, pois todos desejavam a paz.
Ao que tudo indica, ele não mais voltou. E como acentua Ney Marinho, a exemplo dessa quadra que ele pegou da tradição oral,
__ Cafundó de Papari
não tem olho nem pestana,
foi o rato que roeu
pensando que era banana.
ficou uma espécie de rivalidade provinciana e fraternal , que o tempo não conseguiu apagar, nem a gente dos dois lugares quis esquecer."
terça-feira, 25 de março de 2025
BREJINHO TEM ACADEMIA DE LETRAS
A cidade de Brejinho, no interior do Rio Grande do Norte, completou 62 anos de emancipação política no dia 21 de março do corrente ano.
Na véspera, 20 de março a população ganhou um belo presente que vai fazer toda diferença na vida cultural da cidade. Foi instalada a Academia de Letras de Brejinho - ALB.
Sabemos que a instituição não tem poderes como o Executivo, Legislativo e o Judiciário, mas pode e muito, influenciar a vida das crianças, dos jovens e despertar os adultos à importância da leitura e a cultura em seus vários seguimentos.
Lembro um pensamento do escritor Josué Montello: "A Academia é um acontecimento na vida literária, não na literatura. A literatura só depende do escritor."
A árvore foi plantada e emergiu do solo de Brejinho, trazendo a força do tubérculo que dá à cidade a fama dos seus produtos. Cabe aos imortais, os oito empossados, fazerem da ALB um instrumento de cidadania e libertação.
Pesquisem, escrevam, publiquem, deem à população de Brejinho, do estado e do Brasil, o melhor que vocês podem fazer. Busquem parceiros, a arte literária diz bem mais quando se incorpora e dá as mãos.
Parabenizo a primeira Diretoria da ALB, na pessoa de Maria Iranete dos Prazeres Viegas e a todos os demais escritores e escritoras desta Arcádia. Vida longa a ALB!
Francisco Martins
segunda-feira, 24 de março de 2025
domingo, 23 de março de 2025
CORAÇÃO DE MECENAS
Existem aqueles que desejam, mas nada fazem para ver a realização . Há os que sonham e isso lhes bastam. E tem aqueles que fazem a coisa acontecer. Esses são os que trazem a luz.
Conheço um homem que é assim. Um dínamo, um potencial no exercício de sonhar e fazer. Às vezes eu indago se a composição material de tais homens é feita de outros elementos. Teriam eles um DNA não contaminado pelo erro de Adão? Não sei!
O conjunto desses homens é raro. No Rio Grande do Norte tem um, para alegria nossa, um apenas, que com suas atitudes eleva pessoas e instituições. É preciso dizer que o seu modus operandi é totalmente diferente. Traz nos olhos a claridade que alumia a verdade, tem na voz a serenidade da canção que acalenta a alma e em suas mãos, sinais de que é doutor em separar joio do trigo.
Vi, recentemente, em ação. Vive aquela máxima de Saramago: "não tenhamos pressa, mas não percamos tempo". A filantropia é o que nutre seu viver e suas ações não se propagam em publicidades que massageiam o ego, pelo contrário, age em silêncio como as fontes que dão origem aos grandes rios. Esse homem é Antonio Gentil.
quinta-feira, 20 de março de 2025
"ABRIL VERDE" - O NOVO CORDEL DE MANÉ BERADEIRO JÁ DISPONÍVEL PARA VENDA
terça-feira, 18 de março de 2025
segunda-feira, 17 de março de 2025
NOTA PÚBLICA DO IHGRN
COMENTANDO MINHAS LEITURAS: O CORDEL DE ADÉLIA
quarta-feira, 12 de março de 2025
MANOEL ONOFRE TEM NOVO LIVRO
Manoel Onofre Júnior (MOJ), 81 anos, 60 deles de intensa produção cultural. Incansável na prática da leitura, e, com consequência um excelente semeador de literatura de qualidade.
Tenho em minhas mãos o seu mais recente livro publicado: "ALÉM DO JORNAL". É um conjunto de textos que foram publicados no "Jornal de Fato" e no blog "Papo Cultural", onde o leitor vai "conversar" com MOJ.
Eu, sinceramente, sempre tenho essa impressão de que ele está no meu lado ( quando abro um livro da sua autoria) com a sua voz de timbre de trovão. Sim! MOJ não tem apenas o cognome de "Cruviana" que lhe foi dada por Câmara Cascudo.
Para mim ele é o "Trovão Literário", embora nunca tenha dito isso a ninguém, nem mesmo a Thiago Gonzaga, seu fiel escudeiro. Sempre que vou ler um livro de MOJ eu penso: "O que vou aprender aqui com o Trovão Literário?"
Quando eu digo que MOJ é "Trovão Literário" eu reforço a ideia de que seus livros chegam como chuvas em terras secas, sempre necessárias e abençoadas.
Agora ele e outros vão ficar sabendo. Voz e produção de MOJ se assemelham ao trovão, e quando abrimos os livros, o relâmpago aparece e ilumina o espírito. Confesso que é assim!
Peço licença a vocês pois vou ler "Além do Jornal".
Francisco Martins - 12/03/25
ESCRITOR É HOMENAGEADO NA GALERIA DE NOTÁVEIS DO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA
Na tarde de ontem, 11 de março, o Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte fez uma sessão solene, inaugurando as novas instalações da Sala Onofre Lopes, local onde acontecem as sessões ordinárias. O espaço foi totalmente reformado graças a visão do mecenas Antonio Gentil, que não mediu esforços para deixá-lo bonito, confortável e moderno.
As paredes receberam quadros e entre estes, 18 são dedicados à instituições e pessoas físicas que colaboraram e atuam na área cultural. Na Sala Onofre Lopes estão fixados os quadros dos Governadores Aluízio Alves, Monsenhor Walfredo Gurgel, o poeta, escritor e pintor Newton Navarro, Dorian Gray, que além de artista plástico também foi Conselheiro, Câmara Cascudo (fundador desse Conselho), as duas grandes mulheres da literatura local: Auta de Souza e Nísia Floresta, Onofre Lopes (que presidiu esse Conselho) . As instituições Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, o Instituto Gentil e a Academia de Letras de Campo Grande ( terra natal de Antonio Gentil), além do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e o Instituto Ludovicus fazem parte dessa galeria.
Na sala anterior,denominada Veríssimo de Melo, a galeria é composta por seis quadros, ali são homenageados Zilda Lopes do Rego, primeira mulher a ser Secretária de Educação do Estado e durante muitos anos se dedicou ao Conselho Estadual de Cultura, sendo secretária administrativa e Conselheira, o poeta Renato Caldas, assuense, o folclorista, poeta e escritor Deífilo Gurgel, que também foi Conselheiro, Sanderson Negreiros, poeta, escritor e Conselheiro e o gigante da cultura no Rio Grande do Norte, Jerônimo Vint-Un Rosado Maia, que publicou inúmeros livros.
No meio deles também foi lembrado Francisco Martins, que tem feito um trabalho voltado à cultura em vários campos, publicando livros, folhetos de cordel, contando histórias, fazendo palestras sobre livros e autores, dando oficinas sobre a produção de livros cartoneros, etc.