terça-feira, 19 de novembro de 2024

BENS TOMBADOS PELO GOVERNO DO ESTADO - PARTE IV

Farol de Mãe Luiza  - Natal/RN

Casarão do Vilar - MACAÍBA - DOE-30/17/2002
Solar Caxangá - MACAÍBA - DOE-30/07/2002

Solar da Madalena - MACAÍBA - DOE-30/07/2002

Conjunto: Capela de Santa Rita, Cemitério e Samoieda - PEDRO VELHO - DOE-30/07/2002

Igreja Matriz - SANTANA DO MATOS - DOE-30/07/2002

Casa de Cultura de Florânia - FLORÂNIA - DOE-23/03/2003

Sítio Cultural de Martins - MARTINS - DOE-25/09/2003

Estação Ferroviária e Armazém da Estação - JOÃO CÂMARA - DOE-30/01/2004

Casa da Estudante - NATAL - DOE-19/05/2004

Antiga Sede da Secretaria Municipal de Educação - PARNAMIRIM - DOE-29/05/2004

Casa de Chico Antônio - PEDRO VELHO - DOE-29/05/2004

Residência da Praça Cristo Rei - CURRAIS NOVOS - DOE-30/09/2004

Casa de Albino Gonçalves de Melo - MACAU - DOE-30/09/2004

Farol de Mãe Luíza - NATAL - DOE-16/10/2004

Sobrado de Parelhas - PARELHAS - DOE-16/10/2004

Antiga Sede da Delegacia Regional de Polícia - SANTA CRUZ - DOE-16/10/2004

Prédio situado na TV. Benício Paiva - ALEXANDRIA - DOE-23/11/2004

Biblioteca Pública Câmara Cascudo - NATAL - DOE-07/12/2004

Cidade da Criança - NATAL - DOE-07/12/2004

Fundação José Augusto - NATAL - DOE-07/12/2004


O CASO DE ANA AMÉLIA FERREIRA VALE

     Josué Montello quando foi escrever  " Os Tambores de São Luís", livro que tem 20 anos de pesquisa e  dois anos de produção, ele teve a  ideia de trazer para dentro do romance, fatos históricos da sociedade do Maranhão. Um desses fatos é sobre ANA AMÉLIA FERREIRA VALE.  Conheça lendo o texto abaixo. Vem a calhar nesta Semana Nacional da Consciência Negra

"O nosso Gonçalves Dias, amigo íntimo do Dr. Teófilo Leal, apaixonou-se por uma cunhada deste, a Ana Amélia, e a pediu em casamento à Dona Lourença Vale, mãe da moça e que Vossa Reverendíssima também conhece. O Gonçalves Dias não é um homem qualquer – é o maior poeta do Brasil e amigo pessoal do Imperador. O Maranhão não tem glória mais alta. Pois nada disso teve o menor significado para a nossa Dona Lourença, diante deste fato, de que o Gonçalves Dias não tem culpa: – ser ele mestiço e filho bastardo. E respondeu ao poeta, numa carta seca, com um não redondo. Não dava a filha a um mestiço. Mas a verdade é que o Gonçalves Dias, se quisesse, podia vir a São Luís, e levar a Ana Amélia, que estava disposta a fugir com ele. E não foi isso que fez. Humilhado, guardou a mágoa. E ao chegar ao Rio, casou numa das mais importantes famílias da Corte. A Ana Amélia, coitada, não perdoou a família. E quando o Domingo Porto, que é também bastardo e mestiço, lhe arrastou a asa, não hesitou em casar com ele, amparada pela Justiça. Vossa Reverendíssima já sabe que o casamento dela, aqui em São Luís, foi um deus-nos-acuda. Parecia que o mundo estava vindo abaixo. As amigas de Dona Lourença passaram a andar de preto, solidárias com o luto fechado da família Vale. O pai da Ana Amélia, instigado por Dona Lourença, foi ao cartório do Raimundo Belo e deserdou a filha, sob a alegação de que a moça tinha casado com o neto da negra Eméria, antiga escrava do coronel Antônio Furtado de Mendonça.

O Dr. Olímpio Machado estava agora debruçado sobre a cadeira, com os antebraços apoiados na madeira do espaldar. E procurando os olhos de Dom Manuel, depois de uma pausa:

– Vossa Reverendíssima já sabia desse fato? Asseguro-lhe que é absolutamente verdadeiro. O Domingos Vale deserdou a filha, por escritura pública, apenas porque o genro, Vice-Presidente da Província e Comandante da Guarda Nacional, é neto de uma escrava! Coisas deste nosso Maranhão, Senhor Dom Manuel da Silveira! Coisas deste nosso Maranhão!

E endireitando o busto, após outra pausa:

– Vossa Reverendíssima pensa que a família Vale se deu por satisfeita? De modo algum. Fez mais. Decidiu levar o Domingos Porto à ruína, na sua casa de comércio. De um dia para o outro, o Porto se viu com todos os seus créditos cortados. Ninguém quis mais negociar com ele. O resultado foi a falência, e o pobre do Porto obrigado a sair do Maranhão às pressas, para não cair nas unhas de seus perseguidores! Um horror, Senhor Bispo! Um verdadeiro horror! Eu, como Presidente da Província, nada pude fazer para ampará-lo. Só encontrei negativas. Era a cidade inteira contra um homem. E tudo por quê? Porque o Domingos Porto, que é um homem de primeira ordem, culto, educado, finíssimo, tem a desgraça de ser neto de uma escrava! Que é que Vossa Reverendíssima me diz a isto, Senhor Dom Manuel? Em que século estamos? E que terra é esta?"


Fonte: "Os Tambores de São Luís" - Josué Montello - EDitora José Olympio - 1975. 1ª ed. Rio de Janeiro, páginas 112 e 113.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

VALÉRIO MESQUITA - A GRANDEZA CULTURAL DE MACAÍBA - ORGULHO ESTADUAL

 


Valério Alfredo Mesquita está aniversariando hoje. Completa 82 anos. Natural de Macaíba-RN, filho de Alfredo Mesquita Filho e Nair de Andrade Mesquita.  É escritor com livros publicados no gênero de crônica e ensaios.

Seu primeiro livro data 1968, "O tempo e sua dimensão". Mesmo ano em que se formou em Direito, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Hoje, sua produção literária já ultrapassou 25 edições, em vários títulos.

Tem uma especialidade quando se dedica a escrever sobre causos, principalmente os que envolvem políticos, pois nesse campo ele militou como prefeito e deputado estadual.

A cultura do Rio Grande do Norte deve muito a esse homem. Como gestor da Fundação José Augusto,  quando assumiu o cargo em outubro de 1980 e nele permaneceu até 1986, onde administrou  enfatizando o trinômio: restauração de patrimônio histórico, editoração ( 120 publicações) e animação cultural.

Foi Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Conselheiro e atual Presidente do Conselho Estadual de Cultura, membro de diversas instituições culturais, entre elas a Academia Norte-rio-grandense de Letras, onde ocupa a cadeira 21, desde o dia 30 de março de 2000.

Se fôssemos listar as ações e as bandeiras que Doutor Valério Mesquita  adotou  ao longo da sua vida pública, muito teremos para escrever. Homem de cultura e sobretudo de extrema sabedoria, que sabe administrar conflitos e ser resoluto.

Em suas mãos, ainda tremula a flâmula da esperança de que um dia, um governador ou governadora deste estado haverá de ter a coragem de abraçar a causa da restauração da "Casa Comercial do Guarapes, fundada em 1870, que importou e exportou produtos do seu porto para os EUA e Inglaterra".

A esse homem, nossos aplausos e votos de saúde e paz!

Francisco Martins


Fontes: 

Memória Acadêmica - Leide Câmara -  Editora IFRN/Natal - 2017, p. 379 a 381.

Fundação José Augusto 40 anos  - 1963/2003. Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine -  FJA/Natal 2004, página 109.184 a 188.

sábado, 16 de novembro de 2024

TRIBUTO A DIULINDA

É hoje que à noite ficará mais encantada com a magia e força dos versos da poeta Diulinda Garcia. Juntos na Livraria Nobel das 18 h às 20 h. Unidos pelo amor à arte e à escritora potiguar, compartilharemos histórias vividas e recitaremos poemas da obra de Diulinda Garcia. O evento gratuito será apresentando por Kalina Paiva e contará com presença de Joseh Garcia, leitores, amigos, escritores e coletivos literários como o Mulherio das Letras Nísia Floresta, a SPVA/RN, a UBE/RN e a ALAMP. A noite encherá nossa alma de beleza, aliviará a nossa saudade e enviará uma energia de gratidão e alegria à nossa amada Diulinda.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

A NECESSIDADE DA ARTE - UMA BOA CONVERSA NA ANRL



A mesa redonda que vai acontecer amanhã à tarde, no Salão de Eventos da ANRL, vai ter a  participação de Angela Almeida, Iaperi Araújo, Antonio Marques, Edrisi Fernandes e Diogenes da Cunha Lima.
A pauta será sobre "A necessidade da arte" e o evento é aberto ao público que deseja ouvir sobre este segmento tão indispensável.

8º CÍRCULO NATALENSE DO CORDEL



sábado, 9 de novembro de 2024

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

"ERA UMA VEZ NO LEITO ..." 3ª AÇÃO DE 2024


 O Contador de Histórias, Francisco Martins, realizou na manhã de hoje, no Hospital Infantil Varela Santiago, a 3ª ação do projeto "Era uma vez no leito...", que objetiva levar o lúdico às crianças e os acompanhantes, que estão hospitalizadas.


Dentro desta bolsa está o Ananias, que nesse projeto é "enfermeiro da alegria", um jumentinho que cativa crianças e adultos.


Essas ações acontecem mensalmente e no momento da contação,  Francisco Martins tenta  trazer para dentro das histórias, tanto o paciente como o acompanhante, gerando assim uma maior interação


.

Se cada um contribuir com um pouco, esse pouco será muito. Há um hospital carente da sua ajuda. Apareça!


O CORDEL NA POÉTICA ARMORIAL

 

Dia 9 de novembro, sábado, às 16 h, no Palácio Potengi, onde está instalada a Pinacoteca do Estado,  dentro da programação da exposição "Armorial 50 anos" haverá uma palestra  no campo da literatura, com Clotilde Tavares e Kydelmir Dantas, figuras célebres que irão tratar sobre o romanceiro popular nordestino e o cordel.  Os palestrantes são fautores da arte poética do cordel e de temas correlatos.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

A JUSTIÇA E A PAZ

O poema de minha autoria  "A justiça e a paz", foi classificado e selecionado para a antologia do  PRÊMIO OFF FLIP 2024 - Poesia. 

A justiça e a paz se abraçarão. (Salmos 85:10-13)

A Justiça é o repouso do bem e a detenção do mal,
A eterna voz de Deus na consciência de todos os povos.
A justiça não tem dono. É um bem universal.

A justiça não é urdida de intrigas, nem se prevalece de vantagens reais.
É independente. Não se banqueteia com poderosos
E, sem favoritismos, acolhe os fracos e desvalidos dos bens sociais.  
  
A justiça não é vingativa. Pressupõe a inocência.
É equânime, mas não favorece jamais a impunidade,
Sendo, por isso, reconhecida a magnitude de sua dignidade.

A justiça é indulgente com o argueiro no olho do acusado,
Mas há de ser inexorável com a trave no olho dos que o condenam
Ruidosamente, fundados em controversas razões parciais.

A justiça é meridiana. Não permite nem faz sombras à verdade,
Mas é, nela, que se ilumina e se sustenta. Sua fala é a verdade
E diz, em plena claridade, do que é, que é; do que não é, que não é.

A justiça não está nos códigos, nem nas supremas leis, 
Mas no imperativo do que deve ser feito e não procrastinado,
Realizando-se rigorosamente, no tempo preciso, o seu desígnio maior.

A justiça falha quando erra e erra quando tarda e é complacente, 
Ou omissa até com as próprias falhas de consequências irreparáveis.
Justiça tardia e lassa não é justiça. É cumplicidade falaz.
 
A justiça não é perseguição, mas determinação;
Não é contingência, mas diligência em sua suprema função
De garantir uma sociedade justa e organizada que a todos compraz.

Ai dos traidores da justiça! dos que detêm e concentram o seu poder,
E, em seu nome, praticam a iniquidade, surdos à voz do Infinito Poder,
Porque a sua Lei é implacável, e a sua dosimetria é a eternidade!
 
Não é cega a justiça e não será jamais. Vê que é bom, tudo o que faz
E constrói, com o trabalho dos justos de boa vontade, o luminoso dia
Em que vem, para todos, ela mesma, a justiça abraçada com a paz!

Roberto Lima de Souza

EXPOSIÇÃO ARMORIAL FICA EM NATAL ATÉ FEVEREIRO DE 2025

 


A exposição sobre o Movimento "Armorial 50 anos", que foi oficialmente aberta dia 31 de outubro, à noite, no Palácio Potengi, em Natal, vai continuar disponível para o público até o dia 2 de fevereiro de 2025, com portas abertas de terça a sexta, das 8 às 17h e sábado e domingo, no horário das 9 às 18 horas.