UM TESTE PARA MEU CORAÇÃO

A vida e suas surpresas, os amigos e seus segredos.  Bem que isso poderia ser o título de um filme,  de um livro, de um poema, mas não é.  A realidade é que a vida e algumas amigas resolveram  testar meu coração na tarde de hoje. Vou explicar:

25 de agosto 2019 – a Professora  Socorro Castro, mediadora de leitura, na Escola Municipal  Antonio Basílio, no bairro Passagem de Areia, em Parnamirim, entra em contato comigo e quer saber da disponibilidade que tenho na agenda para participar dos eventos do Iº ano da inauguração da Biblioteca Escola Drika Duarte.  A proposta foi feita para que eu falasse sobre o cordel brasileiro, na inauguração da cordelteca. Indago  se a escola vai homenagear algum poeta do gênero. A escola não tinha pensado nisso ( ou teria?). O certo é que eu fiquei de enviar alguns nomes como sugestão.

26 de agosto  2019 – Mando  os seguintes nomes: Manoel D’Almeida; Veríssimo de Melo, José Saldanha, Xexéu,  Leandro Gomes de Barros,  etc.

3 de setembro 2019 – A Professora Socorro Castro me informa que o nome escolhido para ser  o Patrono  foi do Poeta Xexéu.

6 de setembro 2019 -  Informo a Socorro Castro que no dia da inauguração (23 de setembro 2019) eu irei falar sobre a importância do Poeta Xexéu no cordel brasileiro. Escrevei o discurso, pois o mesmo ficará na  Biblioteca para consulta dos alunos e comunidade escolar. O tem seria: Xexéu, o cordelista da  mangueira.

19 de setembro  2019 – Recebo  o convite com a programação das atividades  referentes ao Iº ano da inauguração da Biblioteca Drika Duarte – nela consta a  palestra do dia 23 de setembro.

23 setembro 2019 – Manhã: releio o texto que escrevi  para ser lido na inauguração da Cordelteca Poeta Xexéu. Faço pequenas modificações e fico feliz em ter mais uma espaço dedicado a  ele.

Tarde :  às 13 h saio de casa e passo na Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley. Lá pegarei Angélica Vitalino, Coordenadora do Projeto Rio de Leitura. Antes imprimo o discurso na própria biblioteca, pois a minha impressora deu pane.

Chegamos ao local. A Biblioteca Drika Duarte está impecável. O lugar destinado à Cordelteca  bem organizado.  Começa o evento  tendo a Professora Socorro Castro como mestre de cerimônia. Três crianças dançam homenageando Jackson do Pandeiro, que  este ano faz centenário de nascimento. Depois eu sou convidado a falar sobre o Poeta Xexéu. Leio meu discurso, nada desconfio. Finda minhas palavras sou convidado a descerrar o pano que envolve a Cordelteca Poeta Xexéu e para minha surpresa, antes de puxar o pano escuto Socorro Castro dizer: “A Cordelteca é nossa e a gente da o nome que a gente quer”. Meu coração acelera, minhas mãos começam a ficar frias, meus olhos lacrimejam e ao tirar o pano, eis que a Cordelteca é em homenagem ao POETA MANÉ BERADEIRO.

A vida e suas surpresas, os amigos e seus segredos!